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sábado, 31 de maio de 2008

Os livros.


Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.



José Jorge Letria

Gatos.



Elogio aos Gatos

Celso Japiassu



Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, êles são desastrados e sujeitos a todo tipo de acidente. A agilidade natural que possuem evita coisa pior, na maior parte das vezes. Adorados e odiados na história do seu relacionamento com o homem, foi o último dos animais domésticos a ser domesticado. O cão foi o primeiro a ser atraído para ajudar nas caçadas, o cavalo para ser usado como meio de transporte, o boi para o trabalho e para fornecer leite e carne. O gato, sem qualquer utilidade, permaneceu selvagem e livre, dono de si mesmo, independente e orgulhoso.


Os ratos que comiam metade da colheita dos egípcios foi que tornaram necessária a ajuda desse perseguidor que se diverte com a caça e ataca tudo o que se movimentar a sua frente. Foi difícil para o homem, ao se aproximar dos gatos, permanecer indiferente a sua beleza e à elegância de seus movimentos.

Divindades na Birmânia e representação do mal na Idade Média cristã, foram perseguidos como símbolos da heresia e do feitiço, torturados e mortos a pauladas, queimados na praça de todas as cidades européias.



Muito do preconceito até hoje existente para com os gatos tem origem nessas crenças medievais. A Europa inteira acabou pagando caro por sua superstição e crueldade, pois a ausência de gatos fez com que os ratos se proliferassem e a peste bubônica matou dois terços da população do continente.





Na companhia dos artistas



O gato não tem sido visto apenas como caçador de ratos. Esopo, Fedro, Cícero, entre os antigos, escreveram sobre êle. Beaudelaire comparou seu pelo macio ao corpo da mulher amada. Hemingway viveu em Havana na companhia de 50 gatos e transformou um deles - Bose - num personagem forte e inesquecível de As Ilhas da Corrente - o companheiro solidário e silencioso de um artista a viver momentos de solidão e angústia.

Eles gostam do silêncio das bibliotecas, dos estúdios com suas mesas abarrotadas de papel e do ruído dos teclados. Dormem com profundo prazer sobre a capa dos livros. Os trabalhadores literários amam verdadeiramente a companhia dos gatos.



O historiador francês Taine escreveu: "conheci muitos pensadores e muitos gatos, mas a sabedoria dos gatos é infinitamente superior."



Theophile Gautier disse que "Deus criou o gato para dar ao homem o prazer de acariciar um tigre".



É extensa a lista dos compositores influenciados pelos gatos. Scarlatti compôs a Fuga del Gatta, Rossini o Duetto Buffo dei due Gatti, Ravel um dueto entre gatos em L'enfant et les Sortiléges. Tchaikovsky, Grieg, Jules Massenet também deixaram obras inspiradas nos gatos. Por coincidência, uma das características dos felinos é a sua sensibilidade à música, que os faz especialmente tranquilos e propensos a um sono imediato.



Obras primas da pintura têm os gatos como tema. Da Vinci tem A Virgem do Gato, Albrecht Dürer pintou um gato a lamber os pés de Eva, Jean Antoine Watteau o imortalizou em seu quadro O Gato Doente. Veronese, Rubens, Bosh, Brueghel, Rembrandt, Tintoretto, todos lhe renderam homenagem fascinados com a sua beleza. Da mesma forma que os modernos Delacroix, Renoir, Courbet, Gauguin e Picasso. Edouard Manet, que os pintou com paixão, costumava observá-los na rua, olhando-os durante horas seguidas debruçado na janela de sua casa.







Uma verdadeira amizade



No cinema, desde o musical Cats a Tom e Jerry, Felix, the Cat e a Pantera Cor de Rosa, que não passa de uma charmosa gata, os gatos são fonte de entretenimento e criatividade.



O pintor Silva Costa me afirmou que um gato de nome Rachid, habitante de um telhado vizinho, já lhe deixou inúmeros recados fazendo uso do teclado do computador. O gato tem suas próprias formas para se comunicar com o homem. Mia, exprime satisfação e prazer ronronando, exibe seu mau humor mediante total indiferença a qualquer tentativa de aproximação. Expressa amor roçando-se nas pernas do dono, lambendo ou trazendo alguns presentes exóticos, produtos do seu trabalho de caçador: um rato ou um pássaro agonizantes.



Os gatos são bichos egoístas, esnobes, insolentes, orgulhosos e desobedientes. Mas quando se convive com eles descobre-se uma verdade antes insuspeitada: a de que é possível existir uma bela e verdadeira amizade entre um homem e um animal.

De António Aleixo.

Grandes idéias.

A lingua portuguesa, essa riqueza!









Para ensinarmos os registos/variedades de língua.







Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade,
subiu para o palanque e começou o discurso:

- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados,
reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou
assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou de
morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a
minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste
Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer
a mesma coisa? O candidato respondeu:

- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível
cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas
com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui;
A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo,
pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e respondeu:

- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto, circunstância
ou razão pela qual me encontro (hic) num estado etílico, alcoolizado ou
mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic)
cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). E com todo a reverência,
estima ou respeito que o senhor me merece (hic)pode ir agrupando, reunindo
ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e
encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora,
à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Poemas eternos


Da alma e de quanto tiver
Quero que me despojeis,
contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.

(Camões.)

Combustíveis.


O melhor é usar vaselina.

Painel de Neptuno.


Painel de Neptuno


A essência e a História de Constância estão indissociavelmente ligadas aos rios Zêzere e Tejo, que junto à vila confluem, e às actividades fluviais que eles proporcionaram ao longo de vários séculos: a pesca, a construção naval e, sobretudo, o transporte de mercadorias entre este lugar e a capital do país.

O elemento líquido é, assim, parte essencial da identidade de Constância, como o é a memória das actividades dos homens que fizeram da vila um centro importante do comércio e do transporte fluvial e que eram, e são, conhecidos pela designação de marítimos, gente do mar-Tejo, das embarcações, das viagens e dos seus perigos, da relação profunda com a água da qual nasceram e se fortaleceram a fé e a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Por outro lado, a Constância se liga também, por uma antiga e arraigada tradição, a memória da presença de Camões, nosso Poeta maior e também ele homem do mar e das viagens dos tempos do Império Quinhentista, para além de figura cimeira do renascimento da cultura clássica greco-latina que tão eloquentemente perpassa toda a sua produção poética e, em especial, Os Lusíadas.

Das figuras mitológicas que Camões mais frequentemente evoca e realça destaca-se a de Neptuno, deus do Mar e da Navegação entre os Romanos, que tinha um palácio na profundeza das águas, onde cavalos com crinas de ouro puxavam o seu carro sobre as ondas, cercado de nereidas, de tritões e de monstros marinhos:

«(...)
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram
(...)»

Os Lusíadas, I, 3

«No mais interno fundo das profundas
Cavernas altas, onde o mar se esconde,
Lá onde as ondas saem furibundas,
Quando às iras do vento o mar responde,
Neptuno mora e moram as jucundas
Nereidas e outros Deuses do Mar(...)».

Os Lusíadas, VI, 8

Assim, quando, em 1997, no âmbito do POMTEZE, se construiu um novo fontenário na plataforma inferior do Parque de Merendas da vila e se pretendeu decorá-lo com um painel de azulejos, o motivo escolhido foi, obviamente, a água e, como figura central, Neptuno.

Nos seus 27 metros quadrados, ali a dois passos do monumento a Camões e da confluência dos rios, o painel simboliza e evoca, a um tempo, o mar e a navegação, a água e as viagens, os marítimos e as suas fainas e a tradição da cultura clássica que nos chegou pelos versos de Camões, sintetizando, deste modo, os elementos essenciais da identidade de Constância.

Grandes idéias.

Vincente-legendado.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Grandes idéias.

Jardim Horto de Camões-Constância



Criação do arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Teles, este jardim-horto convida a conhecer 52 espécies botânicas referidas por Camões na sua lírica e no`"Os Lusíadas". O jardim-horto de Camões tornou-se singular por ser o mais vivo monumento erigido no mundo a um poeta. Camões, na sua obra, conjugou a poesia com a flora e assim nasce um jardim em que cada planta ali presente possui uma placa explicativa que a identifica, ensinando o seu nome vulgar e o científico. A placa mostra também a transcrição do verso onde o poeta a menciona. O jardim sugere ainda um percurso onde se destacam alguns pontos de maior interesse para o visitante, incluindo o jardim de Macau (que contou com o apoio do Instituto Cultural de Macau), marca da presença portuguesa na China; um pequeno auditório com uma reprodução do planetário de Ptolomeu; uma esfera armilar, um poço de traça árabe e uma âncora do século XVII arrancada ao Tejo.

Poesias eternas.


"Eu vi a luz em um país perdido.

A minha alma é lânguida e inerme.

Oh! Quem pudesse deslizar sem ruído!

No chão sumir-se, como faz um verme..."

(Camilo Pessanha

Feminismo vs machismo.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Luis Vaz de Camões.


Glosa a mote alheio

"Vejo-a na alma pintada,
Quando me pede o desejo
O natural que não vejo."

Se só no ver puramente
Me transformei no que vi,
De vista tão excelente
Mal poderei ser ausente,
Enquanto o não for de mi.
Porque a alma namorada
A traz tão bem debuxada
E a memória tanto voa,
Que, se a não vejo em pessoa,
"Vejo-a na alma pintada."

O desejo, que se estende
Ao que menos se concede,
Sobre vós pede e pretende,
Como o doente que pede
O que mais se lhe defende.
Eu, que em ausência vos vejo,
Tenho piedade e pejo
De me ver tão pobre estar,
Que então não tenho que dar,
"Quando me pede o desejo."

Como àquele que cegou
É cousa vista e notória,
Que a Natureza ordenou
Que se lhe dobre em memória
O que em vista lhe faltou,
Assim a mim, que não rejo
Os olhos ao que desejo,
Na memória e na firmeza
Me concede a Natureza
"O natural que não vejo."

Luís de Camões

Grandes idéias.

Qualquer coisa de asseado.

Tigeladas.


Receitas da nossa região








Ingredientes
Quantidade
Ovos
12

Leite
1 litro

Açúcar
750 g

Farinha
12 colheres

Limão (casca apenas)
1

Canela
1 pau

Sal
uma pitada








Ø Batem-se os ingredientes (menos o leite) com uma colher de pau durante 5 a 10 minutos, depois junta-se o leite e bate-se novamente.



Ø O segredo da feitura das tigeladas está no forno. Deverá estar bastante quente. Deixar aquecer durante 1 hora ou 1 hora e meia. Metem-se as tigeladas dentro do forno para aquecerem e quando estiverem quentes deita-se a massa, sem as retirar do forno.



Ø Quando estiverem douradas devem retirar-se as tigeladas e com uma faca de ponta redonda retira-se a tigelada.

Distrito de Santarém.


Maior número de mortes na estrada é “vergonhoso” para Santarém



Em 2007 o distrito de Santarém foi o que registou maior número de vítimas mortais nas estradas nacionais, um total de 68 mortos, mais 17 que no ano anterior, embora os dois últimos meses do ano tenham revelado já uma inversão relativamente ao mesmo período de 2006. De acordo com os dados estatísticos das forças de segurança (PSP e GNR) registaram-se no mesmo período 248 feridos graves (225 em 2006) e 2.571 ligeiros (2.502 em 2006).

Dados que o Governador Civil Santarém apelidou na segunda-feira como “vergonhosos”, afirmando ser necessário intervir de forma ainda mais clara para combater estes números. “Embora os números até 15 de Maio deste ano indiquem uma redução de oito mortos em comparação com 2007, o resultado não é satisfatório”, disse Paulo Fonseca.

Afirmando que a responsabilidade da sinistralidade é de todos os cidadãos, enquanto elemento activo do tráfego rodoviário, o governador admitiu no entanto haver “um conjunto de problemas” que precisam de ser corrigidos nas estradas nacionais, elogiando no entanto o trabalho efectuado pela Direcção de Estradas de Santarém na resolução dos pontos negros das vias da região e o das forças de segurança na área da fiscalização.

Fonte:O Mirante online.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Espelho de água.


Desenho corações
no espelho de āgua das minhas lágrimas

desta saudade de ti,

o teu perfume,
ficou no meu corpo despido e só
sem o teu abraço,

tento reconstruir o nosso amor,

com o resto que sobra da minha dignidade,

porque sem o teu sorriso, tudo e cinzento e silêncio.

Se no fim de tudo

Estas palavras ainda te soarem a perdão,

Posso enfim deitar a minha alma

No doce leito do teu olhar.


(apoesia.net)

Grandes idéias.

Curriculuns...

O senhor não tem idade nem curriculum!



Há cada uma, neste País de «gentinha sui generis»

Viva o nosso PM que tem coragem para dizer as maiores barbaridades!!!


Não tá mal, não senhora!

O Primeiro-ministro José Sócrates num momento de alucinação dirigindo-se a Francisco Louçã disse: " Você não tem idade nem curriculum ...".

Uma boa piada, diz o jornalista do Portugal Diário!

Eu fui à Internet verificar o curriculum e não resisto a publicar:

Actividade política:

*Louçã, nasceu em 12 de Novembro de 1956. Participou na luta contra a Ditadura e a Guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso em Dezembro de 1972 com apenas 16 anos e libertado de Caxias sob caução, aderindo à LCI/PSR em 1972 e em 1999 fundou o Bloco de Esquerda. Foi eleito deputado em 1999 e reeleito em 2002 e 2005. É membro das comissões de economia e finanças e antes comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi candidato presidencial em 2006.

Actividades académicas:

Frequentou a escola em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996.

Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).

Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; "referee" para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.).

Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.

Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).

Em 2005, foi convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.

Terminou em Agosto um livro sobre "The Years of High Econometrics" que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra.

Obras publicadas:

Ensaios políticos

Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)

Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)

A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)

A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)

A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)

Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)

Livros de Economia

Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)

The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes

Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)

Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)

Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)

Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)

As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)

* Fonte Wikipédia

Sobre sócrates, sabe-se que é engenheiro civil tirado na Universidade Independente, ainda sob suspeita de ilegalidades. Que assinava como Engenheiro quando era Engenheiro-Técnico. Que elaborou ou pelo menos assinou uns projectos de habitação caricatos. Que a sua actividade política se deu com o 25 de Abril na JSD/PSD e depois no PS como deputado e como governante. Do seu curriculum sabe-se ainda (embora ele o desconhecesse) que teve uma incursão fugaz como empresário-sócio de uma empresa de venda de combustíveis.

Quanto a curriculuns estamos conversados!

Quanto à idade devem ter diferença de meses...


Comparar o currículo de Sócrates ao de Louçã, é o mesmo que dizer que

o vinho a martelo é superior a um Cartuxa Reserva 2002 Tinto.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Poesias eternas


Sá de Miranda.


Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
.
Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assim crescesse:
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?

A eternidade dos amores fugases.

Maria das Graças Targino *


Pedro Juan Gutierrez, escritor cubano, ignorado em sua terra natal e festejado em outros países, pela coragem em decantar em seus livros, muitas vezes, de forma brutal e venal, as atrocidades vividas pelo seu povo, costuma, de forma direta ou indireta, exaltar os amores fugazes. Para ele, o amor fugidio, oculto, proibido, recôndito, secreto ou interdito tem muito de magia e encantamento. São amores sem expectativas. Sem passado. Sem futuro. Nada há para lembrar. Nada há para lamentar. Nada há para esperar. Daí se enquadrarem na frase quase histórica do eterno Vinicius de Morais, ao cantar o amor: "que seja eterno enquanto dure!"

Sim, que seja eterno enquanto dure! Isto incentiva a todos nós, pobres mortais, para que vivamos intensamente cada amor, nas mil vidas que fazem a nossa própria vida. Vale viver! Viver intensamente! Viver sem medos! Sem rancores! Sem amarguras! Viver a delícia de cada momento! Mas, se as expectativas em excesso podem destruir e corroer os sentimentos humanos, porque fortalecem grilhões, algemam com dor, geram cobranças, estabelecem prazos, pedem respostas e mais respostas, a falta total de esperança também é arrasadora. Não permite a criação de laços. Não permite um viver sem sobressaltos. E não falo de um viver pautado na acomodação dos amores de caserna. Falo na tranqüilidade de que é possível esperar, confiar, amar. Amar sem temor. Amar com esperança. Amar com amor infindo! Se mesmo assim, o amor se for, o sentimento deixado é o de uma eternidade vivida, é de uma delícia saboreada que acabou, mas não deixou um travo amargo de dor e pesar. É chorar o amor perdido. É lamentar o sonho abortado. É recordar com saudade, mas sem horror, a beleza dos momentos vividos.

Caso contrário, frente ao amor fugaz, porque nós o queremos fugaz; frente ao amor fortuito e passageiro, porque nós o queremos fortuito e passageiro, quando este se vai, deixa em seu rastro e como legado uma sensação de fracasso infindo, um sentimento de dor, uma sensação de pesar, um gosto amargo de fel. E a busca continua. É preciso prosseguir. É preciso correr, quase insanamente, para viver novos amores. Mas a vida se vai e se esvai numa trajetória que não permite tréguas...

Por tudo isto, mesmo se não há certeza de um viver até que a morte nos separe, vivo, de cara limpa e alma límpida, esta história de amor que a vida me reservou. Não posso renegar um presente dos deuses. Um presente que se torna presente a cada momento, quando transformamos um amor fugaz em eterno. São os gestos infindos de carinho. A compreensão que se impõe a cada dificuldade. A cumplicidade dos olhares enamorados. A troca de beijos apaixonados. As lágrimas de saudade. A emoção incontida em cada encontro. A coragem de transpor as quase intransponíveis barreiras da possibilidade... Enfim, é, antes de tudo, a esperança sem fim de transmutar a fugacidade dos amores tardios e longínquos na eternidade dos amores intensos e verdadeiros!

Poesia 7

De Mário Sá-Carneiro.

domingo, 25 de maio de 2008

Literatura.



Leitura para a semana.

Alves Redol, representante do neo-realismo em Portugal

Orfeu-Livraria Portuguesa.


A orfeu é a sua livraria em Bruxelas.

Pretende ser um ponto de encontro para a cultura portuguesa,envolvida na ambiência da capital da Europa.
Livraria,auditório e galeria,a Orfeu quer ser um espaço para reflectir e conversar,onde a paixão pela leitura se alia a outras formas de sentir.

Se gosta de ler e não sabe onde comprar livros:

Rue du Taciturne 43 Willem Zwijgerstraat,
Bruxelles/Brussels 1000
Bélgique/België
T/F:+32(0)27350077
orfeu@skynet.be

"A infanticida."

Maria Farrar,nascida em Abril,
sem sinais particulares,
menor de idade,orfão,raquítica
ao que parece matou um menino
da maneira que se segue,
sentindo-se sem culpa.
Afirma que grávida de dois meses
na cave da casa de uma dona
tentou abortar com duas injeções
dolorosas,diz ela
mas sem resultado.
E bebeu pimenta em pó
com álcool,mas o efeito
foi apenas de purgante.
Mas vós,por favor,não deveis
vos indignar.
Toda criatura precisa da ajuda dos outros.
Seu ventre inchara,agora a olhos vistos
e ela própria,criança,ainda crescia.
E lhe veio tal tonteira no meio do ofício das matinas
e suou também de angústia aos pés do altar.
Mas conservou em segredo o estado em que se achava
até que as dores do parto lhe chegaram.
Então tinha acontecido também a ela,
assim feiosa,cair em tentação.
Mas vós, por favor,não vos indigneis.
Toda a criatura precisa da ajuda dos outros.
Naquele dia,disse,logo pela manhã,
ao lavar as escadas sentiu uma pontada
como se fossem alfinetadas na barriga.
Mas ainda consegue ocultar sua moléstia
e o dia inteirinho,estendendo paninhos,
buscava solução.
Depois lhe vem á mente que tem que dar a luz
e logo sente um aperto no coração.
Chegou a casa tarde.
Mas vós,por favor,não vos indigneis.
Toda a criatura precisa da ajuda dos outros.
Chamaram-na enquanto dormia.
Tinha caído neve e havia que varrê-la
ás onze terminou.Um dia bem comprido.
Sómente á noite pode parir em paz.
E deu á luz,pelo que disse,a um filho
mas ela não era como as outras mães.
Mas vós,por favor,não vos indigneis.
Toda a criatura precisa da ajuda dos outros.
Com as últimas forças,ela disse,prosseguindo,
dado que no seu quarto o frio era mortal,
se arrastou até a privada,ali
quando não mais se lembra,
pariu como pode quase ao amanhecer.
Narra que a esta altura estava transtornadíssima,
e meio endurecida e que o garoto,o segurava a custo
pois que nevava dentro da latrina.
Entre o quarto e a privada
e o menino prorrompeu em pratos
e isso a perturbou de tal maneira,ela disse,
que se pôs a socá-lo
ás cegas,tanto sem cessar,
até o fim da noite.
E de manhã o escondeu então no lavatório.
Mas vós, por favor, não deveis vos indignar,
toda a criatura precisa da ajuda dos outros.
Maria Farrar nascida em Abril
morta no cárcere de Moissen,
menina-mãe condenada,
quer mostrar a todos quanto somos frágeis.
Não deveis execrar os fracos e desamparados.
Por obséquio,pois ,não vos indigneis.
Toda a criatura precisa da ajuda dos outros.

(Celso Japiassu)

"Adeus."


Eugénio de Andrade.

sábado, 24 de maio de 2008

Feira do livro Lisboa.


Abriu a feira do livro em Lisboa.

Com polémica ou sem ela agora o importante é comprar-se livros e ler-se bastante.

Manifesto Anti-Dantas

Manifesto Anti-Dantas

País emerso.

Natália Correia.
Poetisa,ficcionista,autora dramática e ensaísta,Natália de Oliveira Correia nasceu na Fajã de Baixo,ilha de S.Miguel(Açores),a 13 de Setembro de 1923 e faleceu em Lisboa a 16 de Março de 1993;. Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com paciência dos versos
espero viver dentro de mim.
Sou em azul o código de todos
(curtido couro de cicatrizes
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes.
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei.
Senhores professores que puseste
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição.
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis.
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além.
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs na ordem ?
Que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem ?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejais meu pássaro
sem que ele cante minha defesa.
Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de paixão
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde posso escrever.
Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Poesias eternas.

Dó da miséria!...Compaixão de mim..."
E,nas esquinas,calvo,eterno,sem repouso,
Pede-me sempre esmola,um homezinho idoso,
Meu velho,professor nas aulas de latim.

(Cesário Verde)

Ria,porque rir, faz bem á alma...


Manuel,de 72 anos,veste o casaco para sair de casa,Marcolina sua mulher,sentada frente á televisão,pergunta-lhe:
-Olha lá,onde pensas que vais...
Responde ele:
-Vou ao médico...
Porquê ? Tás doente ?
-Não,vou ver se ele me receita viagra,faz tempo que não dou uma para a caixa...
Ela deixa o cadeirão de baloiço,veste o casaco e prepara-se para sair.
Ele surpreso pergunta:
-E tu Marcolina,a esta hora,onde pensas que vais...
-Vou ao médico...Uma vez que pensas usar essa ferramenta cheia de ferrugem,vou me vacinar contra o tétano.

Habitação.

Nem saberia dizer onde moro exactamente
Desconfio que habito dentro dos meus dentes.
Doutras vezes,a penugem dos canários,
e era ali,naquelas sedas,penugem e cor,
que eu me mudava para as minhas mãos,
senão os gatos,o dorso,viajava neles.
E se um pássaro súbito:
não pelo avisto,pelo o ouvido porém;
(o som é que è súbito)-e outra vez me mudava,
era só ouvidos.
Para os meus olhos,
eles se esbarraram-sobre todos os horizontes
-em cima da beleza:
clamassem os dentes,
clamassem as mãos,clamassem as oiças,
a pele também clamasse-qual nada!-
haveria de engolfá-la só com os olhos
anos a fio moro neles.
Um dia morei sobre o peito de minhas mães
branca e preta,as mães,
(todas verdadeiras)
na mesma medida,agora assim
minha banda-fêmea
te regaça:
desta vez
"mulher"
sou tua "mãe".
Pousa, amor,
te esbalda na cavilha deste peito-pulso
que pulso de pulsar te estremece:
teus dentes,tua-inteira,toda-tua,
tua cara,teus cabelos,tua pele-tudo-e alma;
deixa-te cair neste infinito-agora.
Terminei de sair dos meus dentes,dos meus olhos,
das minhas oiças também saí;
habito agora apenas esta minha mão;
sou apenas esta mão:
nenhuma diferença entre todas as coisas,
um dia quis pegá-las,mordê-las;mão,
o calor de tuas sedas.
E se dormires
recobrirei respeitosamente a tua nudez,
que é só tua-
pousadamente,pousa
o hálito
na cavilha deste peito largo:
dorme amor
sossega
da
tua
nudez-sossega
que da aurora
vigilante
eu tomo conta.
(Poesia de Carlos Feitosa).

Margens.

Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem.

Poema de Ruy Belo.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Poesias eternas.

"Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos,
e,para mais me espantar,
os maus vi sempre nadar
Cuidando alcançar assim
o bem tão mal ordenado,
fui mau.Mas fui castigado.
Assim que só para mim
anda o mundo concertado."

(Camões.)

Pomonas Camonianas.

Notável vila de Constância

"Bucólica"

De Miguel Torga;

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Livre pensador.

Livre pensador é aquele que está livre,até das suas próprias idéias...

Poesia eterna.

Este inferno de amar-como eu amo!
Quem me pôs aqui n'alma...quem foi ?
Esta chama que alenta e consome.
Que é a vida-e que a vida destrói
Como é que se veio a atear,
Quando-ai quando se há-de ela apagar ?


(Ameida Garrett.)

Parque ambiental.


Parque ambiental de Santa Margarida-Constância.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Rio da vida.


Ninguém pode construir em teu lugar

as pontes que precisarás de passar,

para atravessar o rio da vida.

-Ninguém ,excepto tu ,só tu.

Existem por certo,atalhos sem números,

e pontes,e semideuses que se oferecerão

para levar-te além rio;

mas isto te custaria a tua própria pessoa;

tu te hipotecarias e te perderias.

Existe no mundo um único caminho

por onde só tu podes passar.

Onde leva ? Não perguntes,segue-o.

(Nietzsche.)

Centro ciência viva de Constância-Parque de astronomia.


segunda-feira, 19 de maio de 2008

A vida.

Florbela Espanca.É vão o amor,o ódio,ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre...Desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres,meu amor,se isto é a vida!

Literatura.

Leitura da semana.

Charlie Chaplin.


Alegadamente disse a propósito da vida:
-"No fim é tudo uma gargalhada."

domingo, 18 de maio de 2008

Com justiça.

Esta já cá canta.

Dia internacional dos Museus.

Casa museu Vasco Lima Couto. Com características dos finais do século XVIII,esta casa é desde os anos 70,propriedade de José Ramoa Ferreira,português de Braga dos versos de Vasco de Lima Couto.Encontra-se aqui guardados objectos pessoais e colecções de arte



Museu dos rios e de artes marítimas. Durante séculos,quando o transporte de mercadorias se fazia predominantemente por via fluvial,Constância foi um importante porto e um entreposto de comércio,na confluência dos rios Zêzere e Tejo.

O caminho de ferro, primeiro e o transporte ferroviário,depois,acabaram com essa actividade que animava a vila e era o ganha pão de muitos marítimos e suas famílias.

O museu dos rios e artes marítimas,inaugurado em 1998,tem por função conservar,estudar e divulgar as memórias dos tempos em que em Constância vivia das actividades fluviais,em especial do transporte,da pesca e da construção naval.
Aguardamos a sua visita.



1916-2008.


Por detrás de um homem esteve sempre uma grande mulher:
-Zélia Amado.
Paz á sua alma.

sábado, 17 de maio de 2008

40 anos depois...


Segundo Vaneigen e citando palavras de insolente inocência:

-Os grandes só nos parecem grandes porque estamos de joelhos perante eles.

Levantemo-nos.

Corpos sem alma!


Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo,porque os corpos se entendem mas as almas não.


Tu,que dormes,espírito sereno,

Posto á sombra dos cedros seculares,

Como uma levita á sombra dos altares,

Longe da luta e do fragor terreno,

Acorda! é tempo! O sol,já alto e pleno,

Afuguentou as larvas tumulares...

Para surgir no meio desses mares,

Um mundo novo espera só um aceno...

Escuta! É a grande voz das multidões!

São teus irmãos,que se erguem!São canções...

Mas de guerra...E são vozes de rebate!

Ergue-te pois,soldado do futuro,

E dos raios de luz do sonho puro,

Sonhador,faze espada de combate!

Antero de Quental.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Downhill urbano


Águas correntes.

Rio zêzere bravo e manso
Que nasceste em tão bela serra
Tens contigo o encanto
De uma bela donzela.
No verão quase secas,
No Inverno és turbilhão
És beleza quando cansas
És terror feito zangão.
No Verão todos te buscam
Em tuas águas se refrigeram
No Inverno admiram
Tua força destruidora.
Corres entre salgueirais
Saltas por cima de fragas,
Regas belos milheirais,
Dás comer ás tuas damas.
Minério lavam em teu leito,
Barragens te sugam o mel,
Alimentas a capital do reino
Geras força para o bem e para o mal.
Por fim exausto e cansado
Terminas no grande rio
Que passa na capital
(VJ)










Ah belo Tejo!Rio das lindas caravelas

dos golfinhos bordejando os seus barcos

dos pescadores ufanando as lindas velas

dos amores embalando com água os regaços.

Poetas exultaram as tuas lindas e belas águas,

trovadores cantaram os teus grandes desafios,

Foste amado por lindas e formosas donzelas,

navegadores de ti partiram buscando outros destinos.

Nascido lá longe nos reinos de Espanha,

corres ora bravo,ora manso buscando a capital

de um povo intrépido,bravio e com ganas de ser o maior.

No espírito e na alma ter a esperança,

de banhares as belas terras de Portugal,

Que o tempo se tornou herói com perseverança.


(VJ)