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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vermelho .


Lábios vermelhos
sexys,sensuais
boca vermelha
sedução
cor de fogo
paixão...

Vermelho
vinho generoso
que me abrasas
num amor ardente
dramático
misterioso
potente...

Dália vermelha,mulher
teus olhos abrasadores
rosa vermelha
de paixão
amor vivo
vermelha tulipa
que declaras amor
cravo vermelho
altivo...

sábado, 17 de abril de 2010

Obs:


Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la ...

A Mulher Inspiradora .




Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro:
o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

Porque amanhã é Domingo...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nas asas do sonho...


Nas asas do sonho
voo com destino incerto
regresso ao passado?
Nem eu sei!
apenas sinto
que de ti
quero estar perto...

Pensamentos...


O que seria o vazio das nossa vidas sem as luminosas idéias dos nossos pensamentos!

Dia Mundial do Livro



23 de Abril Para celebrar o Dia Mundial do Livro, que se comemora no dia 23 de Abril, vai a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill promover a Maratona de Contos que se assume como um incentivo à leitura, à expressividade e à partilha de saberes, através de contos que transformam um simples livro num mundo mágico onde tudo pode acontecer. Como diz o povo, as histórias são como as cerejas, que se contam e recontam num desfiar de imaginação e criatividade.

Assim no Dia Mundial do Livro, vai realizar-se uma sessão de contos para crianças, narrados por convidados de diferentes áreas profissionais, que irão contar uma pequena história de forma muito própria e singular, com o objectivo de promover uma maior consciencialização sobre a importância dos livros na sociedade actual.

Aberta à comunidade em geral, esta actividade está agendada para o dia 23 de Abril (sexta-feira) às 10.30H na Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill.

Para mais informações ou esclarecimentos adicionais devem os interessados contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill através do número de telefone 249 739 367 ou via correio electrónico para biblioteca@cmconstancia.pt.


Leia mais. Viva mais.

Por CMC

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Perfume de rosas.


Pele macia
corpo sensual
olhos doces
brilhos de cristal...
Seios redondos
cativantes
corpo divino
formas ondulantes...
Olhar cristalino
boca formosa
teus cheiros
perfume de rosa...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Loreena McKennitt

Paixão




Supõe que de uma praia, rocha ou monte,
Com essa vista embaciada e turva
Que dá aos olhos entranhável dor,
Tinhas podido ver transpor a curva
Pouco a pouco do líquido horizonte
A barca saudosa que levasse
Aquele a quem primeiro uniste a face
E o teu primeiro amor!

Depois, que toda mágoa e saudade,
Da mesma rocha ou alcantil deserto,
Olhando avidamente para o mar...
Vias na solitária imensidade
Vagas ficções de um pensamento incerto
Surgir das ondas, desfazer-se em espuma,
Não alvejando nunca vela alguma...
E sempre a suspirar!

Até que à luz de uma intuição sublime
De alma arrancavas o gemido extremo
De saudade, desespero e dor!...
Pois é assim que eu sofro, assim que eu gemo,
Que nuvem negra o coração me oprime,
Nuvem de mágoa, nuvem de ciúme,
Em te não vendo à hora do costume...
Meu anjo e meu amor!

João de Deus, in 'Campo de Flores'

O Que Devemos Sentir




Todas as pessoas devem ter experimentado a sensação desagradável que se tem nas estações de caminho de ferro. Vamos despedir-nos de alguém. A pessoa já entrou no comboio, mas ele demora a partir. Ali ficam as duas pessoas, uma na plataforma e a outra à janela, esforçando-se por conversar, mas de repente não têm nada para dizer.
Isto, evidentemente, resulta de não podermos sentir o que queremos. A situação impõe-nos um determinado sentimento. E quem não experimentou aquele tremendo alívio quando o comboio finalmente parte?

Ou nos funerais. Quando alguém morre ou adoece, quando surgem as desilusões, espera-se sempre que sintamos determinadas coisas.
Em todas as situações, excepto as mais quotidianas, as mais neutras, há uma pressão que se exerce sobre nós, que nos dita a forma como devemos conduzir-nos, aquilo que devemos sentir, E se examinarmos bem o fenómeno, verificamos, não raras vezes, que esses papéis nos são atribuídos por romances, filmes ou peças de teatro que vimos há muito tempo.
Quando somos realmente confrontados com situações invulgares (por exemplo, rivalidades que prevíamos e não se verificam, e em vez disso se transformam num amor que nos deixa sós), a primeira coisa a que nos agarramos são esses padrões sentimentais livrescos.
Não nos ajudam muito. Deixam-nos mais sós do que antes - e caímos, desamparados, na realidade.

Lars Gustafsson, in 'A Morte de um Apicultor'

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um Certo Grau de Vida .




Quando atingimos um certo grau da vida, da experiência e do conhecimento dos homens, toda a relação, mesmo com os mais avisados e os mais amáveis dos nossos amigos, quase não vale mais do que pela atmosfera que a envolve, e todas as nossas conversas, mesmo aquelas que se dizem profundas, já não são capazes de nos dar riqueza e felicidade no plano intelectual, mas unicamente de um modo quase melódico ou musical.

Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

Hoje é dia do beijo.


Beijo

Beijo na face
Pede-se e dá-se:
Dá?
Que custa um beijo?
Não tenha pejo:
Vá!

Um beijo é culpa,
Que se desculpa:
Dá?
A borboleta
Beija a violeta:
Vá!

Um beijo é graça,
Que a mais não passa:
Dá?
Teme que a tente?
É inocente...
Vá!

Guardo segredo,
Não tenha medo...
Vê?
Dê-me um beijinho,
Dê de mansinho,
Dê!

*

Como ele é doce!
Como ele trouxe,
Flor,
Paz a meu seio!
Saciar-me veio,
Amor!

Saciar-me? louco...
Um é tão pouco,
Flor!
Deixa, concede
Que eu mate a sede,
Amor!

Talvez te leve
O vento em breve,
Flor!
A vida foge,
A vida é hoje,
Amor!

Guardo segredo,
Não tenhas medo
Pois!
Um mais na face,
E a mais não passe!
Dois...

*

Oh! dois? piedade!
Coisas tão boas...
Vês?
Quantas pessoas
Tem a Trindade?
Três!

Três é a conta
Certinho, e justa...
Vês?
E que te custa?
Não sejas tonta!
Três!

Três, sim: não cuides
Que te desgraças:
Vês?
Três são as Graças,
Três as Virtudes;
Três.

As folhas santas
Que o lírio fecham,
Vês?
E não o deixam
Manchar, são... quantas?
Três!

João de Deus, in 'Campo de Flores'

Alegações finais...



PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO CLIC NA IMAGEM.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dores de cabeça!

Literatura


A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol

Murakami, Haruki
Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Mas o destino separa-os, os anos passam, e Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, Shimamoto reaparece certa noite. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco.

Azul do céu, terra e mar...


Azul
cor do céu sem nuvens
cor fresca tranquilizante
cor dos homens...


Azul marinho
descontraído
calmo na tua imensidão
mar que pacificas
em noites de escuridão...


Azul celeste
claro
sobrenatural
supremo
celestial...


Azul escuro
sedativo para a mente
criativo
atraente...

domingo, 11 de abril de 2010

Incertezas...

Amar Teus Olhos




Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.

Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.

Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.

Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.

Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"

A Mocidade Propõe, a Maturidade Dispõe



É função da mocidade ser profundamente sensível às novas ideias como instrumentos rápidos para dominar o meio; e é função da idade madura opor-se tenazmente a essas ideias ; isso faz com que as inovações fiquem em experiência por algum tempo antes que a sociedade as ponha em prática. A maturidade atenua as ideias novas, redu-las de modo a caberem dentro da possibilidade ou a que só se realizem em parte. A mocidade propõe, a maturidade dispõe, a velhice opõe-se. A mocidade domina nos períodos revolucionários; a maturidade, nos períodos de reconstrução; a velhice, nos períodos de estagnação. «Dá-se com os homens», diz Nietzsche, «o mesmo que com as carvoarias na floresta. Só depois que a mocidade se carboniza é que se torna utilizável. Enquanto está a arder será muito interessante, mas incómoda e inútil.»

Will Durant, in 'Filosofia da Vida'

sábado, 10 de abril de 2010

Animais!


Os animais são amigos tão agradáveis: não fazem perguntas, não criticam ...

Os meus Bichos.


Fredy:
Elegante,manhoso,só lhe falta falar.

Snupy:
Meigo, muito carinhoso.


Tosquina:Do meu filho Carlos.(vadia e dona do seu nariz.)


Caicedo:
Brincalhão , adora dormir de barriga para o ar.

Magalhães: do meu filho Miguel.
Mimado , ás vezes até chateia(é um amigão)

Um dia Brilhante...




Para todas as minhas amizades e não só.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fim de semana.


"Boa noite, Faça um final se semana diferente!"

Poema da Eterna Presença

Estou, nesta noite cálida, deliciadamente estendido sobre a relva,
de olhos postos no céu, e reparo, com alegria,
que as dimensões do infinito não me perturbam.
(O infinito!
Essa incomensurável distância de meio metro
que vai desde o meu cérebro aos dedos com que escrevo!)

O que me perturba é que o todo possa caber na parte,
que o tridimensional caiba no dimensional, e não o esgote.

O que me perturba é que tudo caiba dentro de mim,
de mim, pobre de mim, que sou parte do todo.
E em mim continuaria a caber se me cortassem braços e pernas
porque eu não sou braço nem sou perna.

Se eu tivesse a memória das pedras
que logo entram em queda assim que se largam no espaço
sem que nunca nenhuma se tivesse esquecido de cair;
se eu tivesse a memória da luz
que mal começa, na sua origem, logo se propaga,
sem que nenhuma se esquecesse de propagar;
os meus olhos reviveriam os dinossáurios que caminharam sobre a Terra,
os meus ouvidos lembrar-se-iam dos rugidos dos oceanos que engoliram
continentes,
a minha pele lembrar-se-ia da temperatura das geleiras que galgaram sobre a
Terra.

Mas não esqueci tudo.
Guardei a memória da treva, do medo espavorido
do homem da caverna
que me fazia gritar quando era menino e me apagavam a luz;
guardei a memória da fome;
da fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez estender os lábios sôfregos para mamar quando cheguei ao mundo;
guardei a memória do amor,
dessa segunda fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez desejar a mulher do próximo e do distante;
guardei a memória do infinito,
daquele tempo sem tempo, origem de todos os tempos,
em que assisti, disperso, fragmentado, pulverizado,
à formação do Universo.

Tudo se passou defronte de partes de mim.
E aqui estou eu feito carne para o demonstrar,
porque os átomos da minha carne não foram fabricados de propósito para mim.
Já cá estavam.
Estão.
E estarão.

António Gedeão, in 'Poemas Póstumos'

Vida Ilusória



Ao mesmo tempo que a realidade é uma fábula, simulações e enganos são considerados como as verdades mais sólidas. Se os homens se detivessem a observar apenas as realidades, e não se permitissem ser enganados, a vida, comparada com as coisas que conhecemos, seria como um conto de fadas ou as histórias das Mil e Uma Noites.
Se respeitássemos apenas o que é inevitável e tem direito a ser, a música e a poesia ressoariam pelas ruas fora. Quando somos calmos e sábios, percebemos que só as coisas grandes e dignas têm existência permanente e absoluta, que os pequenos medos e os pequenos prazeres não passam de sombra da realidade, o que é sempre estimulante e sublime. Por fecharem os olhos e dormirem, por consentirem ser enganados pelas aparências, os homens em toda a parte estabelecem e confinam as suas vidas diárias de rotina e hábito em cima de fundações puramente ilusórias.

Henry David Thoreau, in 'Walden'

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bom humor.


O bom humor tem algo de generoso: dá mais do que recebe ...

As Pessoas Só Crescem ao Ritmo a que São Obrigadas .




Os jovens de agora parece que têm dificuldade em crescer. Não sei porquê. Se calhar as pessoas só crescem ao ritmo a que são obrigadas. Um primo meu, com dezoito anos, já tinha as insignías de auxiliar do xerife. Era casado e tinha um filho. Tive um amigo de infância que, com a mesma idade, já tinha sido ordenado sacerdote baptista. Era pastor de uma igrejinha rural, muito antiga. Ao fim de uns três anos foi transferido para Lubbock e, quando disse às pessoas que se ia embora, elas desataram todas a chorar, ali sentadas no banco da igraja. Homens e mulheres, todos em lágrimas. Tinha celebrado casamento, baptizados, funerais. Com vinte e um anos, talvez vinte e dois. Quando pregava os seus sermões, a assistência era tanta que havia gente de pé no adro a ouvir. Fiquei espantado. Na escola ele era sempre tão calado.

(...) A Loretta contou-me que ouviu falar na rádio de uma certa percentagem de crianças deste país que está a ser criada pelos avós. Já não me lembro do número. Era bastante alto, pareceu-me. Os pais não querem ter esse trabalho. Conversámos sobre isso. Demos connosco a pensar que quando a próxima geração crescer e também já não quiser criar os filhos, quem é que vai tomar essa tarefa a seu cargo? Os pais deles vão ser os únicos avós disponíveis e nem os próprios filhos quiseram criar. Não encontrámos resposta para isto.

Cormac McCarthy, in 'Este País Não É para Velhos'

Nos dois lados do mar...


No outro lado do mar
há vida
há esperança
há amor...
Deste lado do mar
há amor
há esperança
há vida...
Dos dois lados do mar, de amar
ama-se
sofre-se
desespera-se...
águas mansas
bravas
em ondas de desespero
balançam corpos
famintos de amor...
Ventos
brisas marinhas
levam amor
trazem paixão
numa permuta de perfume
maresia
ilusão...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Olhar e Sentir .




Olhar e sentir
por dentro do corpo a massa de que é feito o avesso dele.
Ossos músculos nervos veias
tudo o que está no corpo e mundo é
a pintura contém e depõe na tela e
se acaso aí o pintor deixou reservas
nesse sem nada o avesso do mundo se
recolhe e mostra a face.

Júlio Pomar, in "TRATAdoDITOeFEITO"

Sentir...

Moral da moral.


Um coelhinho felpudo estava a fazer as suas necessidades matinais quando olha para o lado e vê um enorme urso fazendo exactamente o mesmo.

O urso vira-se para ele e diz:

- Hei, coelhinho, perdes pêlo?

O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:

- De forma nenhuma, descendo de uma linhagem muito boa...

Então o urso pegou no coelhinho e limpou o cu com ele.

MORAL DA HISTÓRIA:

CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, PENSA BEM NAS POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER!

No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:

- Olá amigo urso! Com toda essa pinta de bravo, forte e machão, vi-te ontem, a dar o cu a um coelhinho felpudo. Já contei a toda a malta!!!

MORAL DA MORAL:

PODES ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRA-TE QUE EXISTE SEMPRE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA DO QUE TU!



"O problema de Portugal é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê os jornais, mas quem limpa o cu com eles...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Memórias


A memória é o espelho onde observamos os ausentes ...

Fala Também Tu




Fala também tu,
fala em último lugar,
diz a tua sentença.

Fala —
Mas não separes o Não do Sim.
Dá à tua sentença igualmente o sentido:
dá-lhe a sombra.

Dá-lhe sombra bastante,
dá-lhe tanta
quanta exista à tua volta repartida entre
a meia-noite e o meio-dia e a meia-noite.

Olha em redor:
como tudo revive à tua volta! —
Pela morte! Revive!
Fala verdade quem diz sombra.

Mas agora reduz o lugar onde te encontras:
Para onde agora, oh despido de sombra, para onde?

Sobe. Tacteia no ar.
Tornas-te cada vez mais delgado, irreconhecível, subtil!
Mais subtil: um fio,
por onde a estrela quer descer:
para em baixo nadar, em baixo,
onde pode ver-se a cintilar: na ondulação
das palavras errantes.

Paul Celan, in "De Limiar em Limiar"

A Alma Dominada pela Solidão .




Se protegerdes com demasiada devoção o jardin secret da tua alma, ele pode facilmente começar a florescer de um modo excessivamente luxuriante, transbordar para além do espaço que lhe estava reservado e tomar mesmo pouco a pouco posse da tua alma de domínios que não estavam destinados a permanecer secretos. E é possível que toda a tua alma acabe por se tornar um jardim bem fechado, e que no meio de todas as suas flores e dos seus perfumes ela sucumba à sua solidão.

Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Em tons de Rosa.


Em sonhos cor de Rosa
alimentei ilusões
quimeras
utopias
construí castelos no ar
vivi num mundo
de fantasias...

Rosa cor de mulher
femenina delicada
cor de rosa de afeição
tens tons eróticos
infedilidade
e perdão...

Rosa flor
rosa bela
rosa cor de rosa
rosa mulher
rosa do amor
dos sonhos do prazer...

A rosa é rainha das flores,toda a mulher é uma rosa,toda a mulher é uma rainha.

sábado, 3 de abril de 2010

Páscoa


Páscoa é ressurreição...
E ressurreição é:
Passagem...
Mudança...
Renascer...
Passar é sair do lugar, da rotina...
Mudar é transformar...
Trocar uma vida gasta e empoeirada por um modo de ser e de viver...

Renascer é um recomeçar...
É "ser de novo"
De aniquilar a rotina e de recomeçar...
Por isso seja de novo...
Recomece!
Agora é o tempo e a hora...
Feliz recomeçar!
Feliz libertar-se!
Feliz Páscoa

A Páscoa no Mundo

Os festejos da Páscoa em todo o mundo
possuem variações em suas origens e significados.

Na China

O "Ching-Ming" é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa,
onde são visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma
de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes.

Nos países da Europa Oriental, como Ucrânia,
Estônia, Lituânia e Rússia

A tradição mais forte é a decoração de ovos com os quais
serão presenteados amigos e parentes.
A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior
ao domingo de Páscoa e deixarem um boné de tecido num lugar escondido,
o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses "ninhos".

Na Europa

As origens da Páscoa remontam a bem longe, aos antigos rituais pagãos
do início da primavera (que no Hemisfério Norte inicia em março).
Nestes lugares, as tradições de Páscoa incluem a decoração de ovos cozidos
e as brincadeiras com os ovos de Páscoa como, por exemplo:
rolá-los ladeira abaixo, onde será vencedor aquele ovo que rolar
mais longe sem quebrar.

Nos Estados Unidos

A brincadeira mais tradicional ainda é a "caça ao ovo",
onde ovos de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa
para serem descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa.
Em algumas cidades a "caça ao ovo" é um evento da comunidade
e é usada uma praça pública para esconder os ovinhos.

No Brasil e América Latina

O mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa,
sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado.
Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar doces e ovinhos
na madrugada de Páscoa.
A "caça ao ovo" ou "caça ao cestinho" também é utilizada.

Canção de Madrugar



Obs:Este vídio foi sugestão da minha querida amiga Rosa de Oliveira do blog

.http://metafisicadacoincidencia.blogspot.com/

Rua da saudade.


De linho te vesti
De nardos te enfeitei
Amor que nunca vi
Mas sei

Sei dos teus olhos acesos na noite
Sinais de bem despertar
Sei dos teus braços abertos a todos
Que morrem devagar
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer

Irei beber em ti
O vinho que pisei
O fel do que sofri e dei
Dei do meu corpo um chicote de força
Rasei meus olhos com água
Dei do meu sangue uma espada de raiva
E uma lança de mágoa
Dei do meu sonho uma corda de insónias
Cravei meus braços com setas
Descobri rosas, alarguei cidades
E construí poetas

E nunca te encontrei
Na estrada do que fiz
Amor que não logrei
Mas quis

Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
Então:

Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem feras, nem ferros, nem farpas, nem farsas,
Nem forcas, nem cardos, nem dardos, nem trevas,
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem terras, nem ferros, nem farpas, nem farsas
Nem MAL

José Carlos Ary dos Santos

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Minha Hora




Que horas são? O meu relógio está parado,
Há quanto tempo!...
Que pena o meu relógio estar parado
E eu não poder marcar esta hora extraordinária!
Hora em que o sonho ascende, lento, muito lento,
Hora som de violino a expirar... Hora vária,
Hora sombra alongada de convento...

Hora feita de nostalgia
Dos degredados...
Hora dos abandonados
E dos que o tédio abate sem cessar...
Hora dos que nunca tiveram alegria,
Hora dos que cismam noite e dia,
Hora dos que morrem sem amar...

Hora em que os doentes de corpo e alma,
Pedem ao Senhor para os sarar...
Hora de febre e de calma,
Hora em que morre o sol e nasce o luar...
Hora em que os pinheiros pela encosta acima,
São monges a rezar...

Hora irmã da caridade
Que dá remédio aos que o não têm...
Hora saudade...
Hora dos Pedro Sem...
Hora dos que choram por não ter vivido,
Hora dos que vivem a chorar alguém...

Hora dos que têm um sonho águia mas... ai!
Águia sem asas para voar...
Hora dos que não têm mãe nem pai
E dos que não têm um berço p'ra embalar...
Hora dos que passam por este mundo,
De olhos fechados, a sonhar...

Hora de sonhos... A minha hora
- 'Stertor's de sol, vagidos de luar -
Mas... ai! a lua lá vem agora...
- Senhora lua, minha senhora,
Mais um minuto para a minha hora,
Mais um minuto para sonhar...

Saúl Dias, in "Dispersos (Primeiros Poemas)"

Pink Floyd

Fim de semana.



Primeiro toma-se um copo,depois o copo ,toma outro copo,depois o copo, toma conta da gente...

O fim de semana está á porta,se conduzir não beba.

Bom fim de semana e uma Páscoa feliz.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Inocência .




Vou aqui como um anjo, e carregado
De crimes!
Com asas de poeta voa-se no céu...
De tudo me redimes,
Penitência
De ser artista!
Nada sei,
Nada valho,
Nada faço,
E abre-se em mim a força deste abraço
Que abarca o mundo!

Tudo amo, admiro e compreendo.
Sou como um sol fecundo
Que adoça e doira, tendo
Calor apenas.
Puro,
Divino
E humano como os outros meus irmãos,
Caminho nesta ingénua confiança
De criança
Que faz milagres a bater as mãos.

Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'

Milhares de flores de papel adornam Constância por ocasião da Páscoa.






Serão milhares as flores de papel que ornamentarão as ruas, os recantos e a praça da vila de Constância, durante as Festas do Concelho 2010, nos próximos dias 3, 4 e 5 de Abril.

Fruto do trabalho colectivo, realizado pelos moradores, pelas escolas, pela Santa Casa da Misericórdia e por outras entidades, os milhares de flores já produzidas são o reflexo do carinho que as pessoas têm pelo Concelho, e por estas grandes festas, que são já um verdadeiro cartaz turístico a nível nacional.

Os adornos de papel confeccionados manualmente contêm milhares de rolos de papel crepe, centenas de resmas de papel e de rolos de papel crepon, mais de 250 quilos de arame, mais de 100 rolos de cordel, panos, redes, tintas, esferovites, cartolinas, pastas de papel, colas, palmeiras e murta. Tudo isto para que, por ocasião da Páscoa, Constância se vista de cor e de flores, acentuando ainda mais as memórias dos rios e as tradições dos antigos marítimos, que estão bem enraizadas nas gentes da vila.

As ruas floridas com inúmeros arranjos são sem dúvida um dos motivos que atrai milhares de visitantes a esta grande manifestação cultural que são as Festas do Concelho de Constância.

Além das ruas floridas integram o programa das Festas do Concelho 2010 muita animação, o Grande Prémio da Páscoa de Constância, a Descida dos 3 Castelos, um Passeio de Cicloturismo, a Mostra Nacional de Artesanato, a Mostra de Doces Sabores, várias exposições, a chegada das embarcações ao cais de Constância, as tasquinhas típicas e um Espectáculo de Fogo de Artificio.
Por CMC

Segunda-feira da Boa Viagem


No próximo dia 5 de Abril - Dezenas de Embarcações recebem Bênçãos em Constância
com a presença do Secretário de Estado da Cultura
No próximo dia 5 de Abril (Segunda-feira da Boa Viagem / Feriado Municipal), por volta das 13.00H vão chegar a Constância cerca de uma centena de embarcações, para participar nas cerimónias do Dia do Concelho.

Recebidas com salva de foguetes e saudação musical pela Banda da Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro, as embarcações são representativas da quase totalidade dos municípios ribeirinhos do Tejo, desde Abrantes até ao mar. A recepção às embarcações vai contar com a presença do Secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle.

Os barcos vão participar num grandioso cortejo fluvial nos rios Tejo e Zêzere para receberem as Bênçãos de Nossa Senhora da Boa Viagem que, em terra, percorre as ruas da vila, em Procissão de rara beleza e envolvimento religioso.

As tripulações das embarcações estarão trajadas ao modo das épocas de então, lembrando os tempos em que os rios eram estradas e deles vinha o ganha pão de grande parte da população.

As cerimónias religiosas em louvor de Nossa Senhora da Boa Viagem terão início às 15.30H, com a Missa Solene, seguindo-se a Procissão com as já referidas Bênçãos dos Barcos nos rios, e das Viaturas, na Praça Alexandre Herculano.

Registe-se que, para além destas manifestações, as Cerimónias do Dia do Concelho, vão ter início às 9.00 horas com o Içar das Bandeiras, nos Paços do Concelho, com Guarda de Honra prestada pelos Bombeiros Voluntários de Constância e a presença da Banda da Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro. Às 9.45 horas decorrerá o habitual encontro com os Jornalistas, ao que seguirá uma visita às ruas floridas.

A realização integra a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem / Festas do Concelho 2010, um evento que tem lugar em Constância, no próximo fim-de-semana, dias 3, 4 e 5 de Abril.
Por CMC