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terça-feira, 6 de julho de 2010

Reconhecimento à Educação.


Constância voltou a obter o 1º lugar nos Prémios de Reconhecimento à Educação
• Ministra da Educação entregou o Prémio dia 5 de Julho Pelo segundo ano consecutivo o Município de Constância voltou a obter o 1º lugar nos Prémios de Reconhecimento à Educação, desta vez na categoria de Comunidade e Parcerias/Protocolos, com o projecto Constância é Comunidade!

A cerimónia de entrega deste prémio que decorreu na passada segunda-feira, dia 5 de Julho, na Universidade Católica, foi presidida pela Ministra da Educação, no âmbito da 18ª Conferência Sinase.

Os Prémio de Reconhecimento à Educação, têm como objectivo distinguir e galardoar entidades educativas e formativas, cuja actuação se destacou ao nível do contributo que prestaram junto e para a comunidade educativa no ano de 2009, nomeadamente ao nível do ensino regular e de projectos específicos, no âmbito da formação profissional e de situações de envolvimento da comunidade alargada no contexto escolar.

O projecto apresentado pelo município de Constância, denominado Constância é Comunidade, aborda a importância do estabelecimento de parcerias, e o seu papel no processo educativo do concelho de Constância, mencionando acções desenvolvidas com os seguintes parceiros: Agrupamento de Escolas de Constância, Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro, Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário Os Quatro Cantos do Cisne e Associação Casa Memória de Camões.

Constância é Comunidade é bastante revelador do facto do Município de Constância apostar na concretização de um projecto educativo concelhio, tendo como base essencial as parcerias, pois a escola constitui-se num espaço privilegiado de participação dos indivíduos com o desiderato de uma sociedade e de um futuro melhor.

Assim, uma das presenças mais fortes e visíveis na comunidade, principalmente em Constância, sendo um concelho pequeno, é, sem dúvida, a Autarquia. Deste modo, a Autarquia revela-se como promotora de uma rede de parcerias credível e organizada, envolvendo os estabelecimentos de ensino e as associações, tendo como linhas orientadoras a execução de um projecto educativo concelhio que promova a educação para o exercício de uma cidadania responsável e participada, sendo assim a forma mais eficaz e económica de assegurar uma sociedade mais democrática e solidária.

Considerando o papel cada vez mais importante dos municípios na educação a nível local e nacional, a Autarquia de Constância, assume um posicionamento expressivo na definição, coordenação e promoção de políticas educativas locais.
Por CMC

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Palavras para quê...

Ateliês de Verão em Constância



Dando continuidade às suas estratégias de promoção do livro e de ocupação saudável dos tempos livres e de lazer, a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, promove nas terças-feiras do mês de Julho, um conjunto de ateliês que pretendem proporcionar aos participantes actividades lúdico-pedagógicas, contribuindo para o desenvolvimento do gosto pela leitura e pela expressão artística.

Assim, para o próximo mês estão agendados os seguintes ateliês:

• 6 de Julho - Ateliê de Trabalhos Manuais – Soraia Fonseca

• 13 de Julho - Arca das Histórias – Anabela Cardoso

• 20 de Julho - Ideias & Ideias – Sara Nunes

• 27 de Julho – Oficina de Construção de Herbário – Tiago Lopes

A participação nestas actividades implica inscrição, pelo que os interessados nas mesmas devem contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, através do número de telefone 249 739 367 ou via correio electrónico para biblioteca@cm-constancia.pt.
Por CMC

De Um e de Dois, de Todos




Sou o espectador o actor e o autor
Sou a mulher o marido e o filho
E o primeiro amor e o derradeiro amor
E o furtivo transeunte e o amor confundido

E de novo a mulher seu leito e seu vestido
E seus braços partilhados e o trabalho do homem
E seu prazer em flecha e a fêmea ondulação
Simples e dupla a carne nunca se exila

Pois onde começa um corpo ganho eu forma e
[consciência
E mesmo quando na morte um corpo se desfaz
Eu repouso em seu cadinho desposo o seu
[tormento
Sua infâmia me honra o coração e a vida.

Paul Eluard, in "Algumas das Palavras"

domingo, 4 de julho de 2010

Angie

O homem que contempla.


Vejo que as tempestades vêm aí
pelas árvores que, à medida que os dias se tomam mornos,
batem nas minhas janelas assustadas
e ouço as distâncias dizerem coisas
que não sei suportar sem um amigo,
que não posso amar sem uma irmã.

E a tempestade rodopia, e transforma tudo,
atravessa a floresta e o tempo
e tudo parece sem idade:
a paisagem, como um verso do saltério,
é pujança, ardor, eternidade.

Que pequeno é aquilo contra que lutamos,
como é imenso, o que contra nós luta;
se nos deixássemos, como fazem as coisas,
assaltar assim pela grande tempestade, —
chegaríamos longe e seríamos anónimos.

Triunfamos sobre o que é Pequeno
e o próprio êxito torna-nos pequenos.
Nem o Eterno nem o Extraordinário
serão derrotados por nós.
Este é o anjo que aparecia
aos lutadores do Antigo Testamento:
quando os nervos dos seus adversários
na luta ficavam tensos e como metal,
sentia-os ele debaixo dos seus dedos
como cordas tocando profundas melodias.

Aquele que venceu este anjo
que tantas vezes renunciou à luta.
esse caminha erecto, justificado,
e sai grande daquela dura mão
que, como se o esculpisse, se estreitou à sua volta.
Os triunfos já não o tentam.
O seu crescimento é: ser o profundamente vencido
por algo cada vez maior.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"

Ventos meus...



O amor é como o vento,não se vê,mas sente-se!

sábado, 3 de julho de 2010

A Única Coisa Duradoura Que Podes Criar




A mamã costumava dizer-lhe que tinha muita pena. As pessoas tinham andado a trabalhar durante tantos anos para fazer do mundo um sítio organizado e seguro. Ninguém percebera como ele se iria tornar aborrecido. Com todo o mundo dividido em propriedades, com os limites de velocidade e as divisões por zonas, com tudo regulado e tributado, com todas as pessoas analisadas e recenseadas e rotuladas e registadas. Ninguém tinha deixado muito espaço para a aventura, exceptuando, talvez, a do género que se pode comprar. Numa montanha-russa. Num cinema. No entanto, isso seria sempre uma excitação falsa. Sabes que os dinossauros não vão comer os míudos. Os referendos recusaram com os seus votos qualquer hipótese de um desastre falso ainda maior. E porque não existe a possibilidade de um desastre verdadeiro, ficamos sem nenhuma hipótese de termos uma salvação verdadeira. Entusiasmo verdadeiro. Excitação a sério. Alegria. Descoberta. Invenção.
As leis que nos dão segurança, estas mesmas leis condenam-nos ao aborrecimento. Sem acesso ao verdadeiro caos, nunca teremos paz verdadeira.


A não ser que tudo possa ficar pior, nunca poderá ficar melhor.
Isto eram tudo coisas que a mamã lhe costumava dizer.
E dizia-lhe mais:
- A única fronteira que ainda tens é o mundo dos intangíveis, tudo o resto está demasiado controlado.
Aprisionado dentro de demasiadas leis.
Por intangíveis ela quer dizer a Internet, os filmes, a música, as histórias, a arte, os boatos, os programas de computador, tudo o que não é real. Realidades virtuais. Coisas imaginadas. A cultura.
O irreal é mais poderoso que o real.
Porque nada é tão perfeito como tu és capaz de imaginar.
Porque são só as ideias intangíveis, conceitos, crenças, fantasias que duram. A pedra esfarela-se. A madeira apodrece. As pessoas, bem, essas morrem.
Mas coisas tão frágeis como um pensamento, um sonho, uma lenda, essas continuam para sempre.
Se conseguires mudar a maneira como as pessoas pensam, dizia ela. A maneira como elas se vêem a si próprias. A maneira como vêem o mundo. Se fizeres isso, consegues mudar a maneira como as pessoas vivem as suas vidas. E isso é a única coisa duradoura que podes criar.

Chuck Palahniuk, in 'Asfixia'

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Amo porque sinto...


Essência do amor
ternura e sentimento
um olhar juntos enfrente
subir ás nuvens
sorrir de contente...
O amor
jamais terá fim
é imortal
faz parte de mim...
Não amo apenas por amar
amo porque sinto
amar é gostar
odores que pairam no ar
flores do meu jardim
aromas que cheiro em ti..

Literatura.


A Chave para Rebecca – Ken Follett

«A Chave para Rebecca faz parte de um conjunto de obras que Ken Follett, um dos mais aclamados escritores da actualidade, escreveu sobre a II Guerra Mundial. Nessa altura, o Nazismo estava no auge, e com espiões espalhados por toda a Europa. Mas o alvo do Reich não era nenhum país do Velho Continente, e sim o Cairo, a capital do Egito.
Neste livro, Follett relata a história de um espião alemão, Alex Wolff, conhecido como “A Esfinge”, em busca de uma documentação secreta que ajudará o exército alemão a concretizar a estratégia de Hitler.
É com esse objectivo – e com habilidade e frieza – que Alex Wolff, homem desapiedado e hábil espião ao serviço do capitão Rommel, atravessa o deserto do Sahara e penetra na misteriosa cidade egípcia. Estamos em 1942.
Rommel parece imbatível: as suas armas secretas são Alex Wolff, espião exímio, e um código fatal enterrado nas páginas do romance de Daphne de Maurier, Rebeca.
Porém, se atravessar o deserto se afigura um desafio fácil, enfrentar William Vandam (do exército britânico) revela-se bastante mais complicado. E tanto um como outro recorrem à mesma estratégia: fazem-se valer de Elene e Sonia que tentam seduzir, respectivamente, Wolff e Vandam.
E à medida que as tropas de Rommel se aproximam da vitória, a perseguição desenrola-se no deserto até chegar a um confronto impressionante e explosivo.»

Banda da Armada e Festival de Folclore em Constância




2 e 3 de Julho Hoje, dia 2 de Julho, pelas 21h30, o Anfiteatro dos Rios em Constância recebe um grandioso concerto com a Banda da Armada, o qual será o primeiro evento do programa de Animação de Verão 2010.

No Sábado, dia 3 de Julho, também no Anfiteatro dos Rios em Constância, a partir das 21h30 terá lugar o XXV Festival Nacional de Folclore Tejo e Zêzere 2010, uma organização do Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, da freguesia de Santa Margarida da Coutada, concelho de Constância.
Por CMC

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Poema Melancólico a não sei que Mulher .




Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...

Miguel Torga, in 'Diário VII'

Se Penso, Existo .




Se penso, existo; se falo, existo para os outros, com os outros.

A necessidade é o lugar do encontro. Procuro os outros para me lembrar que existo. E existo, porque os outros me reconhecem como seu igual. Por isso, a minha vida é parte de outras vidas, como um sorriso é parte de uma alegria breve.

Breve é a vida e o seu rasto. A posteridade é apenas a memória acesa de uma vela efémera. Para que a memória não se apague, temos que nos dar uns aos outros, como elos de uma corrente ou pedras de uma catedral.

A necessidade de sobrevivência é o pão da fraternidade.
O futuro é uma construção colectiva.

António Arnaut, in 'As Noites Afluentes'

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Solidão .




A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios...

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"

A Verdadeira Bondade do Homem ...




A verdadeira bondade do homem só pode manifestar-se em toda a sua pureza e em toda a sua liberdade com aqueles que não representam força nenhuma. O verdadeiro teste moral da humanidade (o teste mais radical, aquele que por se situar a um nível tão profundo nos escapa ao olhar) são as suas relações com quem se encontra à sua mercê: isto é, com os animais. E foi aí que se deu o maior fracasso do homem, o desaire fundamental que está na origem de todos os outros.

Milan Kundera, in "A Insustentável Leveza do Ser"

terça-feira, 29 de junho de 2010

Agitação


Agitação
vida stressada
nervos á flor da pele
fazem mal ao coração...
Ama mas devagar
assim o amor
prolongado
tem mais sabor...
Saboreia a vida
ama intensamente
o amor faz bem
e dá saúde
a quem não a tem...

Abraça o Conteúdo e Não a Forma .




Às vezes o homem repudia a mulher, ou a mulher muda de amante, por se ter desiludido. Consequências do comportamento leviano quer de um quer do outro. Porque só é possível amar através da mulher e não a mulher. Através do poema e não o poema. Através da paisagem entrevista do alto das montanhas. E a licenciosidade nasce da angústia de não se conseguir ser. Quando uma pessoa anda com insónias, volta-se e torna-se a voltar na cama, à procura do fresco ombro do leito. Mas basta tocá-lo, para ele se tornar tépido e recusar-se. E ele procura noutro sítio uma fonte durável de frescura. Mas não consegue dar com ela, porque mal lhe toca a provisão esvai-se.
O mesmo se passa com aquele ou com aquela que se fica no vazio dos seres. Não passam de vazios os seres que não são janelas ou frestas para Deus. É por isso que, no amor vulgar, só amas o que te foge. De outra maneira, vês-te saciado e descoroçoado com a tua satisfação.

Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Não Sei se Isto é Amor ...




Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro a olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'

Escravo de Si Mesmo ...




A suposição de que a identidade de uma pessoa transcende, em grandeza e importância, tudo o que ela possa fazer ou produzir é um elemento indispensável da dignidade humana. (...) Só os vulgares consentirão em atribuir a sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência serão «escravos e prisioneiros» das suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que mera vaidade estulta, que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão ou mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem.

Hannah Arendt, in 'A Condição Humana'

domingo, 27 de junho de 2010

Necessidades e desejos...


As minhas necessidades são poucas ,mas os meus desejos,hui...