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quarta-feira, 26 de junho de 2013

O meu barco...

No meu barco
navego
viajo pelo mundo...

Há histórias de encantar
rios para navegar
mar
o além mar...

Ondas que enrolam na areia
murmúrios do vento
sentimentos
fases da Lua
Lua cheia...De amor.

O meu barco
é a barca dos sonhos
nau da esperança
mar de encantos
jardim em flor..

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Águas passadas.

O amor e a paixão
são margens do mesmo rio
o desejo a combustão
que incendeia o amor
em corpo frio...

O amor e a razão
sentimentos que se opoiem
reverso da ilusão
lágrimas de dor
em amores que dóiem.


E nas margens do amor
correntes desencontradas
a razão e a dor
se fundam e misturam
em águas passadas...

sexta-feira, 21 de junho de 2013

domingo, 16 de junho de 2013

Literatura.



Sinopse


A acção do romance localiza-se em Lisboa em meados do século XX. Num prédio existente numa zona popular não identificada de Lisboa vivem seis famílias: um sapateiro com a respectiva mulher e um caixeiro-viajante casado com uma galega e o respectivo filho - nos dois apartamentos do rés do chão; um empregado da tipografia de um jornal e a respectiva mulher e uma "mulher por conta" no 1º andar; uma família de quatro mulheres (duas irmãs e as duas filhas de uma delas) e, em frente, no 2º andar, um empregado de escritório a mulher e a respectiva filha no início da idade adulta.

O romance começa com uma conversa matinal entre o sapateiro do rés do chão, Silvestre, e a mulher, Mariana, sobre se lhes seria conveniente e útil alugar um quarto que têm livre para daí obter algum rendimento. A conversa decorre, o dia vai nascendo, a vida no prédio recomeça e o romance avança revelando ao leitor as vidas daquelas seis famílias da pequena burguesia lisboeta: os seus dramas pessoais e familiares, a estreiteza das suas vidas, as suas frustrações e pequenas misérias, materiais e morais.

O quarto do sapateiro acaba alugado a Abel Nogueira, personagem para o qual Saramago transpõe o seu debate - debate que 30 anos depois viria a ser o tema central do romance O Ano da Morte de Ricardo Reis - com Fernando Pessoa: Podemos manter-nos alheios ao mundo que nos rodeia? Não teremos o dever de intervir no mundo porque somos dele parte integrante?

Claraboia de José Saramago

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O meu acordar.

A vida é um sonho
do que o amor é sonho
é o adormecer abraçado de fantasia
é o sonhar em amar
de noite e de dia...

É crer no amor e nos sonhos
em noites tristes
em dias risonhos
é amar-te
é sonhar que existes...

És sono e sonho
no meu adormecer
és vida e meu fado
insónia em noite de lua cheia
o meu renascer...

És a esperança
do meu acordar
tempestade bonança
o sol que nasce
o meu respirar...

És sonho sonhado
és a noite e o meu dia
meu sonho acordado
a minha alegria...

És o meu jardim
a minha flor
sonho do tamanho do mundo
és pólen do meu amor
o meu sentir profundo...

E tu não és um sonho
és  o meu sonhar
a razão da minha vida
a minha flor preferida
o meu acordar...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sempre haverá uma ilha de esperança no mar dos meus sonhos.



Juntos olhamos o mar
para além do infinito
o crepúsculo
escurece o nosso olhar
de mãos dadas olhamos o céu...

O sonho é o nosso universo 
espaço sideral
transformado 
submerso
imortal...

A lua beija o mar
a maresia perfuma o teu corpo
envolve-me no sonho
de te amar...

Olho o mar
cada vez mais distante
o vento refresca-me 
abraço-te sofregamente
o sonho é uma constante...


quarta-feira, 5 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Tremo Quando te Escrevo.




Meu amor adorado: a tua querida cartinha ao chegar-me hoje às mãos veio dar-me o primeiro momento de alegria desde que partiste. O que eu sinto corresponde exactamente - ai de mim - aos sentimentos que expressas, mas é-me muito difícil responder na tua bela língua a essas doces expressões, que merecem uma resposta mais em actos do que em palavras. Espero, no entanto, que o teu coração seja capaz de sugerir tudo o que o meu gostaria de te dizer. Talvez que se te amasse menos não me custasse tanto exprimir o meu pensamento, pois tenho de vencer a dupla dificuldade de expor um sofrimento insuportável numa língua estranha. Desculpa os meus erros. Quanto mais bárbaro for o meu estilo, mais se assemelhará ao meu Destino longe de ti. Tu, o meu único e derradeiro amor - tu, minha única esperança - tu, que já me habituara a considerar só minha - partiste e eu fiquei sozinho e desesperado. Eis a nossa história em poucas palavras. É esta uma provação que suportaremos como outras suportámos, porque o amor nunca é feliz, mas devemos, tu e eu, sofrer mais ainda, pois tanto a tua situação como a minha são igualmente extraordinárias. 

(...) Quando o Amor não é o Senhor de um coração, quando não cede tudo perante ele, quando não se lhe sacrifica tudo, então trata-se de Amizade, - de estima - de tudo o que tu quiseres, mas de Amor é que não. 
(...) Antes de te conhecer estava sempre interessado em muitas mulheres, nunca numa só. Agora, que te amo, não existe nenhuma outra mulher no Mundo. Falas de lágrimas e da nossa desdita; o meu sofrimento é interior, não choro. 
(...) Meu tesouro adorado - tremo enquanto te escrevo, como treme o mesmo doce bater de coração. Tenho milhares de coisas para te dizer e não sei como dizer-tas - um milhão de beijos para te dar, e, ai de mim, quantos suspiros! Ama-me - não como eu te amo, pois te sentirias muito infeliz; não me ames como eu mereço, pois não seria o bastante - ama-me como te ordena o coração. Não duvides de mim. Sou e serei sempre o teu mais terno amante. 

Lord Byron, in 'Carta a Teresa de Guiccioli (1819)'

terça-feira, 28 de maio de 2013

Literatura.

Sinopse

Nesta obra, o autor oferece-nos belas telas ricas de cor, de luz, dos vários elementos colhidos na natureza.
O entardecer nas suas várias cambiantes, conforme o lugar e o tempo, é descrito em pinceladas fortes com verbos no presente - a ação em decurso e com o subjetivismo do autor arrastado pelo sonho e transpor para as telas, que sugere, a tragédia de um poente tempestuoso à beira-mar que é sempre temível para os pescadores.
Além de belos quadros paisagísticos, também nos oferece sugestivos retratos - o do faroleiro, a velha da Foz do Douro, a sanjoaneira, a mulher da Afurada, de Mira "feia mas esbelta (que) tem ar grave e senhoril quase sempre", a heroica Ti Ana Arneira da Gafanha, a mulher da Murtosa "baixa e atarracada", a de Ovar "delicada e forte, alta e bem proporcionada, cheia de predicados domésticos e morais", a poveira "a bem dizer - um homem", a Rata da Foz. É evidente a simpatia de Raul Brandão pela sua dolorosa vida difícil, de trabalho, de explorados.

sábado, 25 de maio de 2013

Cheiros da Lua...

Saudoso de ti caminho só no escurecer.
as pálpebras fecham-se silenciosamente...

À noite até a Lua
 tem o teu cheiro!

sábado, 18 de maio de 2013

A cor da tua alma...


É na noite
que me deito a teu lado
enquanto te beijo
invento palavras
e descrevo a cor da tua alma...

Resta-me uma dor suave
porque me amaste
assim me disse o teu olhar...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mulher ...



Tu que inquietas o meu sono
de insónia
e ilusão
asas do meu sonho
em noites de lua (cheia)
de paixão...
Tu mulher amada
extensão dos meus sonhos
de noites brancas
ilusão inventada
sonho o teu corpo
beijo a tua boca
tua alma perfumada...

sábado, 4 de maio de 2013

Poeminha à Lua.



Olho a tua imagem
e vejo a lua em meu redor
Lu(a) feiticeira 
és o meu amor...

domingo, 28 de abril de 2013

O tempo já não dá tempo ao tempo ...


O tempo passa
como a água do rio
no aconchego do seu leito
escoa lágrimas da vida
de dentro do peito...
Tempo que tudo arrasta
intemporal para os amantes
entre alegria e tristezas
vida de incertezas
nada deixas como antes...
Deixas marcas
feridas por cicatrizar
boas recordações
muitas emoções
e segues sem parar...
Corres e desgastas
como as pedras do rio
desgastadas pela corrente
como um amor fugidio
e segues em frente...
O tempo já não dá tempo ao tempo
o tempo que era já se foi
são apenas os momentos
parados no tempo
que por vezes dói...

sábado, 27 de abril de 2013

Pernoitas em mim ...

Pernoitas em mim 
e se por acaso te toco a memória... amas 
ou finges morrer 

pressinto o aroma luminoso dos fogos 
escuto o rumor da terra molhada 
a fala queimada das estrelas 

é noite ainda 
o corpo ausente instala-se vagarosamente 
envelheço com a nómada solidão das aves 

já não possuo a brancura oculta das palavras 
e nenhum lume irrompe para beberes 

Al Berto, in 'Rumor do

terça-feira, 23 de abril de 2013

O livro.


«Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.»

Jorge Luís Borges:

domingo, 21 de abril de 2013

Desejo.


Há dentro de mim um desejo
que queima as minhas entranhas
o aninhar-me no teu corpo
amar-te até sentir a dor
do teu amor em lágrimas...

Porque o meu desejo é
fogo que me faz arder
me enche de luz
o mesmo que me ilumina
me inflama de tanto te querer...

Tu, imagem dos meus desejos
enlouquecidos pelos teus cheiros de fêmea
desejos de sorver a tua carne
em grandes beijos
fundir-me em ti minha alma gémea...

Porque o meu desejo
é amor é querer é ambição
na liberdade do meu ensejo
num desejo ardente
almejado na minha solidão...

É amar-te num vendaval de desejos
sentir-te em todas as minhas madrugadas
pelo teu cheiro pelo teu suor
debaixo dos lençóis te tocar
com desejo e muito amor...

sábado, 20 de abril de 2013

Memória do teu corpo.

Tenho nas mãos
a memória do teu corpo
adio o sonho
invento palavras
escondo o meu rosto
por detrás de um ar risonho
escondendo o meu desgosto...

Nem sempre se ama
quando se quer
flutuo nas incertezas
tacteando os meus pensamentos
no teu corpo
mulher...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Um só corpo....

Na escuridão do frio
ajoelho-me à lareira
reacendo o fogo
apagado por completo
o amor jaz nas cinzas...

Acendo as chamas do amor
nas labaredas
o teu sorriso
ilumina o meu caminho
esqueço a dor...

Quero adormecer no teu leito
sermos um só corpo
aquecer-me na tua boca quente
resguardar-me no teu peito
amar-te eternamente....