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sábado, 17 de abril de 2010

Obs:


Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la ...

A Mulher Inspiradora .




Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro:
o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

Porque amanhã é Domingo...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nas asas do sonho...


Nas asas do sonho
voo com destino incerto
regresso ao passado?
Nem eu sei!
apenas sinto
que de ti
quero estar perto...

Pensamentos...


O que seria o vazio das nossa vidas sem as luminosas idéias dos nossos pensamentos!

Dia Mundial do Livro



23 de Abril Para celebrar o Dia Mundial do Livro, que se comemora no dia 23 de Abril, vai a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill promover a Maratona de Contos que se assume como um incentivo à leitura, à expressividade e à partilha de saberes, através de contos que transformam um simples livro num mundo mágico onde tudo pode acontecer. Como diz o povo, as histórias são como as cerejas, que se contam e recontam num desfiar de imaginação e criatividade.

Assim no Dia Mundial do Livro, vai realizar-se uma sessão de contos para crianças, narrados por convidados de diferentes áreas profissionais, que irão contar uma pequena história de forma muito própria e singular, com o objectivo de promover uma maior consciencialização sobre a importância dos livros na sociedade actual.

Aberta à comunidade em geral, esta actividade está agendada para o dia 23 de Abril (sexta-feira) às 10.30H na Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill.

Para mais informações ou esclarecimentos adicionais devem os interessados contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill através do número de telefone 249 739 367 ou via correio electrónico para biblioteca@cmconstancia.pt.


Leia mais. Viva mais.

Por CMC

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Perfume de rosas.


Pele macia
corpo sensual
olhos doces
brilhos de cristal...
Seios redondos
cativantes
corpo divino
formas ondulantes...
Olhar cristalino
boca formosa
teus cheiros
perfume de rosa...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Loreena McKennitt

Paixão




Supõe que de uma praia, rocha ou monte,
Com essa vista embaciada e turva
Que dá aos olhos entranhável dor,
Tinhas podido ver transpor a curva
Pouco a pouco do líquido horizonte
A barca saudosa que levasse
Aquele a quem primeiro uniste a face
E o teu primeiro amor!

Depois, que toda mágoa e saudade,
Da mesma rocha ou alcantil deserto,
Olhando avidamente para o mar...
Vias na solitária imensidade
Vagas ficções de um pensamento incerto
Surgir das ondas, desfazer-se em espuma,
Não alvejando nunca vela alguma...
E sempre a suspirar!

Até que à luz de uma intuição sublime
De alma arrancavas o gemido extremo
De saudade, desespero e dor!...
Pois é assim que eu sofro, assim que eu gemo,
Que nuvem negra o coração me oprime,
Nuvem de mágoa, nuvem de ciúme,
Em te não vendo à hora do costume...
Meu anjo e meu amor!

João de Deus, in 'Campo de Flores'

O Que Devemos Sentir




Todas as pessoas devem ter experimentado a sensação desagradável que se tem nas estações de caminho de ferro. Vamos despedir-nos de alguém. A pessoa já entrou no comboio, mas ele demora a partir. Ali ficam as duas pessoas, uma na plataforma e a outra à janela, esforçando-se por conversar, mas de repente não têm nada para dizer.
Isto, evidentemente, resulta de não podermos sentir o que queremos. A situação impõe-nos um determinado sentimento. E quem não experimentou aquele tremendo alívio quando o comboio finalmente parte?

Ou nos funerais. Quando alguém morre ou adoece, quando surgem as desilusões, espera-se sempre que sintamos determinadas coisas.
Em todas as situações, excepto as mais quotidianas, as mais neutras, há uma pressão que se exerce sobre nós, que nos dita a forma como devemos conduzir-nos, aquilo que devemos sentir, E se examinarmos bem o fenómeno, verificamos, não raras vezes, que esses papéis nos são atribuídos por romances, filmes ou peças de teatro que vimos há muito tempo.
Quando somos realmente confrontados com situações invulgares (por exemplo, rivalidades que prevíamos e não se verificam, e em vez disso se transformam num amor que nos deixa sós), a primeira coisa a que nos agarramos são esses padrões sentimentais livrescos.
Não nos ajudam muito. Deixam-nos mais sós do que antes - e caímos, desamparados, na realidade.

Lars Gustafsson, in 'A Morte de um Apicultor'

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um Certo Grau de Vida .




Quando atingimos um certo grau da vida, da experiência e do conhecimento dos homens, toda a relação, mesmo com os mais avisados e os mais amáveis dos nossos amigos, quase não vale mais do que pela atmosfera que a envolve, e todas as nossas conversas, mesmo aquelas que se dizem profundas, já não são capazes de nos dar riqueza e felicidade no plano intelectual, mas unicamente de um modo quase melódico ou musical.

Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

Hoje é dia do beijo.


Beijo

Beijo na face
Pede-se e dá-se:
Dá?
Que custa um beijo?
Não tenha pejo:
Vá!

Um beijo é culpa,
Que se desculpa:
Dá?
A borboleta
Beija a violeta:
Vá!

Um beijo é graça,
Que a mais não passa:
Dá?
Teme que a tente?
É inocente...
Vá!

Guardo segredo,
Não tenha medo...
Vê?
Dê-me um beijinho,
Dê de mansinho,
Dê!

*

Como ele é doce!
Como ele trouxe,
Flor,
Paz a meu seio!
Saciar-me veio,
Amor!

Saciar-me? louco...
Um é tão pouco,
Flor!
Deixa, concede
Que eu mate a sede,
Amor!

Talvez te leve
O vento em breve,
Flor!
A vida foge,
A vida é hoje,
Amor!

Guardo segredo,
Não tenhas medo
Pois!
Um mais na face,
E a mais não passe!
Dois...

*

Oh! dois? piedade!
Coisas tão boas...
Vês?
Quantas pessoas
Tem a Trindade?
Três!

Três é a conta
Certinho, e justa...
Vês?
E que te custa?
Não sejas tonta!
Três!

Três, sim: não cuides
Que te desgraças:
Vês?
Três são as Graças,
Três as Virtudes;
Três.

As folhas santas
Que o lírio fecham,
Vês?
E não o deixam
Manchar, são... quantas?
Três!

João de Deus, in 'Campo de Flores'

Alegações finais...



PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO CLIC NA IMAGEM.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dores de cabeça!

Literatura


A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol

Murakami, Haruki
Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Mas o destino separa-os, os anos passam, e Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, Shimamoto reaparece certa noite. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco.

Azul do céu, terra e mar...


Azul
cor do céu sem nuvens
cor fresca tranquilizante
cor dos homens...


Azul marinho
descontraído
calmo na tua imensidão
mar que pacificas
em noites de escuridão...


Azul celeste
claro
sobrenatural
supremo
celestial...


Azul escuro
sedativo para a mente
criativo
atraente...

domingo, 11 de abril de 2010

Incertezas...

Amar Teus Olhos




Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.

Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.

Podia com teus olhos escrever
a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar.

Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.

Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"

A Mocidade Propõe, a Maturidade Dispõe



É função da mocidade ser profundamente sensível às novas ideias como instrumentos rápidos para dominar o meio; e é função da idade madura opor-se tenazmente a essas ideias ; isso faz com que as inovações fiquem em experiência por algum tempo antes que a sociedade as ponha em prática. A maturidade atenua as ideias novas, redu-las de modo a caberem dentro da possibilidade ou a que só se realizem em parte. A mocidade propõe, a maturidade dispõe, a velhice opõe-se. A mocidade domina nos períodos revolucionários; a maturidade, nos períodos de reconstrução; a velhice, nos períodos de estagnação. «Dá-se com os homens», diz Nietzsche, «o mesmo que com as carvoarias na floresta. Só depois que a mocidade se carboniza é que se torna utilizável. Enquanto está a arder será muito interessante, mas incómoda e inútil.»

Will Durant, in 'Filosofia da Vida'

sábado, 10 de abril de 2010

Animais!


Os animais são amigos tão agradáveis: não fazem perguntas, não criticam ...