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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Desejos do coração.

(Blogagem colectiva)



Desejar
é querer amar
É desfolhar o teu corpo mulher
embriagar-me no teu perfume
mal me quer
bem me quer...
Desejar
é arrancar as pétalas de uma flor
com ganas de amar
dar
e receber amor...
Desejar
é um sentimento profundo
é partilhar o que temos
dentro de nós
bem cá no fundo...
Desejar
é sentir ciúme
é chorar
é pôr as mãos no lume...
Desejar
é dizer não
ao desejo possessivo
é querer com paixão
o teu ventre mulher
e não apenas amar
quando se deseja e quer.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Caudal de amor...


Águas mansas
correm entre as margens
do rio
mágoas do passadas
meu corpo gelado
de frio...
Rio que corres para o mar
leva as minhas lágrimas
lava esta saudade
de amor magoado
dentro de mim...
Margens que separam
comprimam este caudal de amor
enlaça-me nas tuas águas
amansa-o na corrente
acaba com esta dor...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tu mulher amada...


Tu que inquietas o meu sono
de insónia
e ilusão
asas do meu sonho
em noites de lua (cheia)
de paixão...
Tu mulher amada
extensão dos meus sonhos
de noites brancas
ilusão inventada
sonho o teu corpo
beijo a tua boca
tua alma perfumada...
Tu
desejos meus
em madrugadas ardentes
nas minhas entranhas sinto
o frio da tua ausência
odores da tua essência
o calor dos lábios teus...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Receita de amor...


Apaixonar-se é a receita que os séniors usam contra o tempo; e há tanta virtude nesse método, que voltam a ser jovens enquanto amam...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Na ânsia de te amar...


Encontro em mim
neste desencontro
vida que se arrasta
sôfrega
gasta
amor que mora em ti...
Procuro encontrar
teu rasto
teu perfume
uma flor
neste mundo vasto
onde a minha dor
o meu ciúme
se esvai
na ânsia de te amar...

domingo, 1 de agosto de 2010

Sonhos meus.


De mansinho tu chegas
quem és tu?
não te conheço
(apenas te vi em sonhos)
teus passos
leves com o vento
pisam
recalcam
meu pensamento...
Serás a minha alma
o meu espírito
minha visão
ou a intercepção da luz
do teu corpo opacto
trevas
noite
solidão...
Serás o meu anjo da guarda
serás aquela que sempre esperei
ou a sombra dos meus sonhos
que sempre amei ?

O Livro




Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
Em «César e Cleópatra» de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza.

(...) Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objecto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria.

Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Livro'

Una lacrima sul viso.

sábado, 31 de julho de 2010

Selo prémio Sunshine Award



Oferecido pela Vovó Noemia do blog:

http://noemiabrandao.blogspot.com

Obs :Hoje não vou nomear ninguém ,quem quiser pode levar.

Imagem




Uma coisa branca,
Eis o meu desejo.

Uma coisa branca
De carne, de luz,

Talvez uma pedra,
Talvez uma testa,

Uma coisa branca,
Doce e profunda,

Nesta noite funda,
Fria e sem Deus.

Uma coisa branca,
Eis o meu desejo.

Que eu quero beijar,
Que eu quero abraçar,

Uma coisa branca
Para me encostar

E afundar o rosto.
Talvez um seio,

Talvez um ventre,
Talvez um braço,

Onde repousar.
Eis o meu desejo,

Uma coisa branca
Bem junto de mim,

Para me sumir,
Para me esquecer,

Nesta noite funda,
Fria e sem Deus.

(Dante Milano)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A morte rouba toda a seriedade à vida ...


Terminou às 23h25 de ontem, precocemente, uma das mais brilhantes carreiras do teatro português. Desaparece, com 55 anos, um homem que o público se habituou a respeitar. António Feio.

Descansa em paz.

Não tenhas medo de amar...

(Medo, blogagem colectiva)




Uma das consequências do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.Quanto melhor preencher-mos a nossa vida,criando amizades,amando o próximo menos medo se tem,o que ajuda mais a manter a nossa força é o facto de amar-mos e ser-mos amados.
Um dos maiores erros da vida é de ter sempre medo de errar.Sonhamos, e por medo não passamos os nossos sonhos á prática.Não deixes que o medo te force a deixar de sonhar e viver.
O medo nunca está na vida mas em nós,pois quem não tem medo da vida não tem medo da morte, a felicidade consiste em gozar de boa saúde dormir sem medo e acordar sem angústias.
Não tenhas medo de amar hoje, pois amanhã é tarde demais...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Verdes são os teus olhos...


Paisagem de serenidade
refúgio da solidão
verdes são os campos
paixão que mora em mim
refugiada em meu peito
perene de saudade...
Verdes são os teus olhos
olhar de esperança
refletem o teu sentir
acalmam o meu viver
fazem-me sorrir...
Verdes são os mares
de marés ondulantes
onde afogo saudades
lembrando o passado
de quimeras distantes...

Literatura.


A Grande Tentação foca a sua atenção num tema pouco usual, mas fundamental para compreender a atitude de Franco perante a Segunda Guerra Mundial: a sua obsessão por conseguir um Império Colonial para a Espanha no Norte de África.
O livro analisa a dupla via que Franco e o seu governo utilizou para alcançar estes objectivos. Por uma lado, as negociações diplomáticas com Paris, Londres e, mais tarde, Berlim e Roma, por outro lado, a via militar, preparando uma invasão da zona francesa do Protectorado marroquino, e a guerra contra a Inglaterra, atacando Gibraltar e invadindo preventivamente Portugal.
Grande parte desta obra baseia-se em documentação inédita, arquivos militares espanhóis que permaneciam classificados, e que revelam as verdadeiras intenções belicistas de Franco. Esclarece, de maneira definitiva, a verdadeira atitude de Franco e as dúvidas que o assaltaram no momento dessa Grande Tentação, finalmente frustrada.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

"Estatura"


"Nunca percas o contacto com o chão, porque só assim terás uma ideia aproximada da tua estatura ."

A sombra da pessoa





(...) Uma pessoa não está... nítida e imóvel diante dos nossos olhos, com as suas qualidades, os seus defeitos, os seus projectos, as suas intenções para connosco (como um jardim que contemplamos, com todos os seus canteiros, através de um gradil), mas é uma sombra em que não podemos jamais penetrar, para a qual não existe conhecimento directo, a cujo respeito formamos inúmeras crenças, com auxílio de palavras e até de actos, palavras e actos que só nos fornecem informações insuficientes e aliás contraditórias, uma sombra onde podemos alternadamente imaginar, com a mesma verosimilhança, que brilham o ódio e o amor.

Marcel Proust, in 'O Caminho de Guermantes'

terça-feira, 27 de julho de 2010

Rendas de desejo.


Um sorriso
uma palavra
um beijo
uma flor
teço no teu corpo
rendas de desejo
rendilhadas com amor...
Um sorriso
uma palavra
um olhar
alimentam a minha paixão
flores desfolhadas pelo vento
cobrem teu corpo
encanto
fascínio
sedução...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Excesso de Volúpia




A volúpia carnal é uma experiência dos sentidos, análoga ao simples olhar ou à simples sensação com que um belo fruto enche a língua. É uma grande experiência sem fim que nos é dada; um conhecimento do mundo, a plenitude e o esplendor de todo o saber. O mal não é que nós a aceitemos; o mal consiste em quase todos abusarem dessa experiência, malbaratando-a, fazendo dela um mero estímulo para os momentos cansados da sua existência.

Rainer Maria Rilke, in 'Cartas a um Jovem Poeta'

domingo, 25 de julho de 2010

Seis coisas sobre mim.

Recebi o desafio da minha querida amiga Denise do blog http://baliar.blogspot.com. Devo contar seis coisas sobre mim que muita gente não deve ainda saber.


1.
Querer:

Quero ser um homem de valores e não apenas bem sucedido.
Quero amar e ser amado.
Quero um mundo de paz aonde toda a gente se entenda.
Quero sonhar mas não viver de sonhos.
Quero o melhor para todas as minhas amizades.

2.

Gostar:

Gostava de conhecer todos os meus amigos virtuais pessoalmente.
Gostava de um dia os reunir e fazer uma grande festa de amizade.
Gostava de poder acabar com a fome.
Gostava que todas as crianças fossem felizes.



3.
Precisar:

Precisava de reunir todas as condições para poder realizar o ponto 3.


4.
Aprender:

Tenho tanto que aprender que não sei por onde começar.
Primeiro gostava muito de aprender a pensar...

5.
Procurar:
Eu procuro o mais possível ser como o gato, um gato bem manso de maneira que a vida venha, me pegue pelo cachaço e me leve onde isso for conveniente para a vida .

6.
ser:
Se apenas restar um, esse serei eu ...

Caminharemos de Olhos Deslumbrados




Caminharemos de olhos deslumbrados
E braços estendidos
E nos lábios incertos levaremos
O gosto a sol e a sangue dos sentidos.

Onde estivermos, há-de estar o vento
Cortado de perfumes e gemidos.
Onde vivermos, há-de ser o templo
Dos nossos jovens dentes devorando
Os frutos proibidos.

No ritual do verão descobriremos
O segredo dos deuses interditos
E marcados na testa exaltaremos
Estátuas de heróis castrados e malditos.

Ó deus do sangue! deus de misericórdia!
Ó deus das virgens loucas
Dos amantes com cio,
Impõe-nos sobre o ventre as tuas mãos de rosas,
Unge os nossos cabelos com o teu desvario!

Desce-nos sobre o corpo como um falus irado,
Fustiga-nos os membros como um látego doido,
Numa chuva de fogo torna-nos sagrados,
Imola-nos os sexos a um arcanjo loiro.

Persegue-nos, estonteia-nos, degola-nos, castiga-nos,
Arranca-nos os olhos, violenta-nos as bocas,
Atapeta de flores a estrada que seguimos
E carrega de aromas a brisa que nos toca.

Nus e ensanguentados dançaremos a glória
Dos nossos esponsais eternos com o estio
E coroados de apupos teremos a vitória
De nos rirmos do mundo num leito vazio.


Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'