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domingo, 17 de abril de 2011

A frescura do dia...




"A frescura na mulher é uma taça inebriante que se gosta de levar aos lábios."

sábado, 16 de abril de 2011

Amar é parir o amor,,,



Através da nudez
da tua alma
pura
como a lua alva
vejo o teu olhar
de ternura...
Preenche os teus vazios
não te vista apenas de saudade
o caminho
faz-se andando
ama
procura a felicidade...
Amar é parir o amor
é o nu
de um parto sem dor
é o seres tu
despida como uma flor...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Num poema despido.




O sol e o mar deram à tua pele
O tom do bronze, a cor da eternidade.
E agora, nos meus olhos de poeta,
És uma deusa eterna a passear
Na praia iluminada.
Imaginada
Num poema despido,
Desafias o tempo, olímpica e sagrada,
Humana só na sombra de o teres sido.

Miguel Torga

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Agradecimento.



"Mesmo que a palavra "obrigado" signifique muito, não expressará por inteiro o quanto estou grato pelas vossas palavras de carinho e amizade .
Obrigado a todos."

(Meu filho já se encontra em casa em franca recuperação.)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

At My Most Beautiful


Eu encontrei uma maneira de torná-lo
Eu encontrei uma maneira
Uma maneira de fazer você sorrir

Leio poesia ruim
Em sua máquina
Eu salvo seus recados
Basta ouvir a sua voz
Você sempre ouvir com atenção
Para rimas difíceis
Você sempre diz seu nome,
Como se eu não soubesse que é você,
Na sua mais bela



Na minha mais bela
Eu conto seus cílios secretamente
Com cada um, sussurrar eu te amo
Eu deixei você dormir
Eu sei que você está me vigiando de olhos fechados,
Ouvindo
Eu pensei que eu vi um sorriso

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Interesses e amor...




"Amor não é interesse, porque quem tem interesse por outra pessoa raramente gosta dela..."

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os primeiros passos...




No silêncio da chuva
de mãos dadas
ensaiamos os primeiros passos
tímido olho
os teus olhos
o reflexo da lua
treme no teu rosto...

Não quero ser limitado
pelo que sinto
quero olhar
no charco de água
e ver os teus olhos
sem mágoa...

Em noites frias
de chuva intensa
quero aquecer-me
no teu lume
e no rasto do meu corpo
sentir o teu perfume...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Grito a tua ausência…



Ausente
olho o universo
nada vejo.
Sinto um vazio
fecho os olhos
imagino
teu corpo esbelto
envolto numa áurea
luminosa.
Flutuas no espaço
que me limita
circunda
e controla.
Grito a tua ausência...
Não te vejo
não te sinto
espaço sideral
universo vazio
vácuo total...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Não te Amo




Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma.
E eu n’alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'

domingo, 3 de abril de 2011

Passa uma Borboleta por Diante de Mim




Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XL"
Heterónimo de Fernando Pessoa

A Primeira Palavra que em Toda a Minha Vida me Esgotou o Ser



Uma palavra. Disse-a. Amo-te - uma palavra breve. Quantos milhões de palavras eu disse durante a vida. E ouvi. E pensei. Tudo se desfez. Palavras sem inteira significação em si, o professor devia ter razão. Palavras que remetiam umas para as outras e se encostavam umas às outras para se aguentarem na sua rede aérea de sons. Mas houve uma palavra - meu Deus. Uma palavra que eu disse e repercutiu em ti, palavra cheia, quente de sangue, palavra vinda das vísceras, da minha vida inteira, do universo que nela se conglomerava, palavra total. Todas as outras palavras estavam a mais e dispensavam-se e eram uma articulação ridícula de sons e mobilizavam apenas a parte mecânica de mim, a parte frágil e vã. Palavra absoluta no entendimento profundo do meu olhar no teu, palavra infinita como o verbo divino. Recordo-a agora - onde está? Como se desfez? Ou não desfez mas se alterou e resfriou e absorveu apenas a fracção de mim onde estava a ternura triste, o conforto humilde, a compaixão. Não haverá então uma palavra que perdure e me exprima todo para a vida inteira? E não deixe de mim um recanto oculto que não venha à sua chamada e vibre nela desde os mais finos filamentos de si? Uma palavra. Recupero-a agora na minha imaginação doente. Amo-te. Na intimidade exclusiva e ciumenta do nosso olhar mútuo e encantado. Fecha-nos o lençol na claridade difusa do amanhecer, estás perto de mim no intocável da tua doçura. Frágil de névoa. Fímbria de sorriso e de receio, de pavor, no meu olhar embevecido. Uma palavra. A primeira que em toda a minha vida me esgotou o ser. A que foi tão completa e absorvente, que tudo o mais foi um excesso na criação. Deus esgotou em mim, na minha boca, todo o prodígio do seu poder. Ao princípio era a palavra. Eu a soube. E nada mais houve depois dela.

Vergílio Ferreira, in 'Para Sempre'

quinta-feira, 31 de março de 2011

literatura.


Sinopse

A história de um jovem dividido entre duas religiões e dois amores, em busca da sua liberdade e da do seu povo, na Andaluzia do séc. XVI.
1568. Depois de derrotados por Isabel, a Católica, a comunidade muçulmana andaluza sobrevive com muitas dificuldades, sob a constante repressão dos Cristãos, mas depressa o descontentamento dá lugar a uma sanguinária revolta.
Entre os revoltosos encontra-se Hernando, um jovem desprezado pelo seu próprio povo e maltratado por Brahim, o seu padrasto. Dotado de uma extraordinária habilidade para lidar com animais, Hernando salva a vida ao filho de uma jovem belíssima, Fátima. Dividido entre a fé que lhe foi incutida e as atrocidades que vê serem cometidas em nome de Alá, o seu coração impele-o a ajudar um nobre cristão, obtendo a sua eterna gratidão.
Porém, a sua coragem e honestidade também lhe granjeiam alguns inimigos, sobretudo o seu cruel padrasto que, aproveitando-se da morte do rei, consegue condenar Hernando à escravatura e desposar a bela Fátima, o grande amor do enteado. Brahim, na qualidade de lugartenente do novo monarca, parece inatacável, e Hernando parece condenado à desgraça…

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu Simplesmente Amo-te



Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde. Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.

Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"

terça-feira, 29 de março de 2011

Penso em Ti e Dentro de Mim Estou Completo .




Vai alta no céu a lua da Primavera
Penso em ti e dentro de mim estou completo.

Corre pelos vagos campos até mim uma brisa ligeira.
Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.

Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelo campo,
E eu andarei contigo pelos campos ver-te colher flores.
Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos,
Pois quando vieres amanhã e andares comigo no campo a colher flores,
Isso será uma alegria e uma verdade para mim.

Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso"
Heterónimo de Fernando Pessoa

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Lealdade é um Amor que Esquece o Mundo.




Só se é realmente leal quando se está sujeito a alguém ou a algo. Aí, onde mesmo um sonho pode ser senhor. Na sujeição de quem serve uma causa, na sujeição de quem se submete a um chefe, na sujeição à pessoa amada, na sujeição do sentimento e na sujeição do dever, no sacrifício da liberdade, da razão e do interesse. No desperdício e no desprezo do que está à vista e do que está à mão, é nesta desagradável situação que se acha ou não acha a lealdade. É por ser selvagem e servil, mas só a um senhor, que a lealdade tem valor. É muito difícil ser-se leal, mas só porque é muito difícil seguirmos o coração. A lealdade é um amor que esquece o mundo.

Ao escolher um amigo, e ao ser-se amigo dele, rejeitam-se as outras pessoas. Quando estamos apaixonados, é através dessa pessoa que amamos a humanidade. O amor ocupa-nos muito. E para os outros, não fica quase nada.
Não se consegue ser leal ao ponto de calar o coração. Mas sofremos com as nossas deslealdades. Sabemos perfeitamente o que estamos a fazer, quem sacrificámos, e porquê. É por causa da consciência da nossa imperfeição que o ideal da verdadeira lealdade não pode ser abandonado ou alterado. O facto de ser incumprível não obriga a que se arranje uma versão softcore, mais cómoda e realista. É preciso aguentar. A lealdade é uma coisa tão cega e simples de determinar quanto é difícil de determinar quanto é difícil de seguir.

Miguel Esteves Cardoso, in 'As Minhas Aventuras na República Portuguesa'

domingo, 27 de março de 2011

Sonho de amor..




Minha cabeça em teu peito
meu coração
pulsa e dança
sinto um baque dentro de mim
de amor e esperança...
transportando sonhos
quero navegar na tua vida
abrir um rio
sem margens que nos comprimam
onde a areia e a dor
se transformam
num poema de amor...

"O sonho nos dá aquilo que a realidade nos nega!"

sábado, 26 de março de 2011

viver o amor...




"No amor não há férias nem nada que se pareça. O amor deve viver-se plenamente, com o seu aborrecimento e com tudo. "

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vamos lá perceber isto!




Quando se quer perceber o amor é porque não há nada para perceber.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ai quem me dera...




Flores de Primavera
aromas e cheiros do teu Outono
um amor
uma quimera
o meu sonho...
Há um Outono em ti
que me faz ficar á tua espera
é lindo o teu
sorrir
no florir da Primavera...
Ai quem me dera
que o teu Outono
fosse a minha Primavera
e que as nossas flores
desabrochassem numa nova era...