Apòs uma garrafa de tequila.
Após uma caipirinha de vodka dupla.
Após 7 cuba libre.
Uma sessão de caipirinha.
Após alguns whiskis.
Após 2 taças de vinho.
Após 2 garrafas de vinho compartilhadas,claro.
Após 6 cervejas
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Grafitagem e exorcismo.
Ocupar muros envergonhados
espaços de pichar e depurar
minha angústia mais profunda
para exorcizar tanta frustração.
'Chega de merda no ventilador !!!
Quero ocupar os espaços públicos
ainda disponíveis, não contaminados
as paredes envilecidas das cidades
abandonadas – horror e vômito.
'Já falta ar e me sufoco !!!
Asfixia tanta sordidez, mijo
excrescências, gente esfacelada
disputando calçadas, indigência
valores apodrecidos, decepção.
'Quero o meu voto de volta !!!
Tanta desfaçatez, tamanha insídia
tanto cinismo e tanta sordidez.
Escorre uma gosma putrefacta
dos noticiários mais vis e canalhas.
'Meus tímpanos não aguentam mais !!!
Os jornais expelem ares venenosos
declarações despistadoras, viscerais.
Cospem, vociferam impropérios
numa pantomima dos horrores!
'Estou á beira do abismo!!!
'Abaixo todos os poderes prostituídos !!!
'Vou escrever paro os que não sabem ler !!!
Poema de Antonio Miranda
Viver Constância.
Programa Viver Constância
Protocolos vão ser assinados na próxima quarta-feira Na próxima quarta-feira, 29 de Outubro, a Câmara Municipal de Constância vai proceder a assinatura dos protocolos no âmbito do programa Viver Constância com os beneficiários do mesmo, um acto que terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, às 18.00H.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Constância criou e implementou o Viver Constância, um programa que pretende apoiar a conservação de habitações degradadas de agregados carenciados a residir no concelho.
Assim, sob a égide do Regulamento do Programa, tendo em conta a conjugação dos critérios sociais e económicos e, no que respeita às patologias das habitações, dando primazia às questões relativas à segurança da estrutura habitacional (telhados), foram apoiadas seis candidaturas, na freguesia de Santa Margarida da Coutada e na freguesia de Montalvo.
Estes agregados serão apoiados financeiramente, tal como contempla o regulamento, na execução das obras de conservação da habitação onde residem, sendo que a intervenção a realizar, comum a todas, será ao nível da recuperação dos telhados, necessitando também algumas delas de intervenção ao nível do pavimento e da instalação sanitária.
A Câmara Municipal de Constância realizará, nesta primeira edição do Programa Viver Constância, um investimento de cerca de 40 mil euros que permitirá, através de algumas obras de conservação, profundas transformações no modo e qualidade de vida de seis famílias constancienses
Por CMC
Á descoberta da Ribeira de Alcolobre.
À Descoberta da Ribeira de Alcolobre
Percurso Pedestre de Observação e Interpretação da Natureza - 8 de Novembro Descrição sumária da actividade: Percurso algo exigente do ponto de vista físico, devido ao terreno acidentado. Decorre numa zona onde o sobreiral, o montado de sobro e o olival tradicional ainda marcam a sua presença. Mas o grande ponto de interesse é a ribeira de Alcolobre que corre num vale profundo e rochoso, apresentado uma galeria ripícola bastante bem conservada.
Início: 8:45h
Distância: 7,5 km.
Duração média: 3h30.
Dificuldade: Considerável.
Preçário:
- Estudantes residentes no Concelho de Constância – Gratuito
- Estudantes residentes fora do Concelho – 1,50€
- Residentes no Concelho de Constância – 1,50€
- Outros – 2,50€
Local de encontro: Parque Ambiental de Santa Margarida
Actividade com inscrição obrigatória.
Por CMC
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Entre o puro e o obsceno.
Depois de teus sonetos ler e salivar
a revolver em busca de lascívia e mel
os vinte e cinco poemas, de um só tropel
e, acinte, é que fico aqui eu a cismar.
Se pode haver pornografia em amar
mesmo que o amor seja reverso e cruel
ainda que a soldo no mais reles bordel
ou mesmo na inversão de corpos a arfar.
Não seria no ato que se pratica
nem poderia estar naquele que fornica
ainda que na condição mais canalha
mesmo que nem seja amor, seja mortalha
imunda, perfídia, que só valha
o ditado: amor que fica é o de pica.
António Miranda
Ó sino da minha aldeia.
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Fernando Pessoa.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Leis da natureza.
leis da natureza...
O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu.
Quando estiveres apenas uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no bolso oposto.
Quando tuas mãos estiverem sujas de graxa, vais começar a coçar no mínimo o nariz.
Quando pensas que as coisas parecem ter melhorado, é porque algo passou despercebido.
Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não atendestes a todas as instruções.
Se mantens a calma, quando todos perderam a cabeça, é porque não captaste o problema.
Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam.
Vais chegar ao telefone exatamente a tempo de ouvir quando o desligam.
Se só existirem dois programas na TV que vale a pena assistir, os dois passarão na mesma hora.
A velocidade do vento é diretamente proporcional ao preço do penteado.
Quando, depois de anos sem usar, decides arquivar alguma coisa, vais precisar dela na semana seguinte.
Sempre que chegares pontualmente a um encontro não haverá ninguém lá para comprovar, e se ao contrário te atrasares, todo mundo vai ter chegado antes de ti.
Faz-me o favor...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Há palavras que nos beijam.
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
As palavras.
As palavras saltitam, pululam,
estão soltas, sem amarras.
Palavras vivas.
Sons, movimentos, sentimentos.
Se não, estão
petrificadas,
feitas de letras
- arquiteturas banais.
As palavras não representam,
elas são,
estão além dos significados
- ou seria, mais, bem,
aquém?
Libertadas dos dicionários
pelos campos
pelas fábricas, pelos lugares
de sua gestação.
Originárias, necessárias.
Elas exercem um poder
tanto porque podemos com elas
apoderar-nos do mundo
(ou conhecer)
quanto elas nos governam
e orientam.
As palavras são a música
das coisas nomináveis;
as formas das coisas:
o próprio som
que elas emitem.
Podemos dar às palavras
o sentido que se queira
aprisiona-las em obras
de fina urdidura.
Mas nem sempre
-e felizmente –
as palavras levam à Razão,
vão ao imaginário
à beleza de sua condição:
as ondas equilibram o movimento
do mar, marmorizado nas palavras.
Podemos transformá-las
em textos decifráveis.
Esgarçá-las, montá-las
sobre uma superfície
limitante, e fria.
Não obstante, as palavras
estarão livres
vivificadas
quando poesia.
(António Miranda)
domingo, 19 de outubro de 2008
O verbo amar.
O verbo amar
Te amei: era de longe que te olhava
e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.
Te amava: como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.
Te amo: e ao te amar assim vou conjugando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...
Te amar: é mais que em verbo é a minha lei,
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!
(Poema de JG de Araujo Jorge
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