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domingo, 25 de julho de 2010

Seis coisas sobre mim.

Recebi o desafio da minha querida amiga Denise do blog http://baliar.blogspot.com. Devo contar seis coisas sobre mim que muita gente não deve ainda saber.


1.
Querer:

Quero ser um homem de valores e não apenas bem sucedido.
Quero amar e ser amado.
Quero um mundo de paz aonde toda a gente se entenda.
Quero sonhar mas não viver de sonhos.
Quero o melhor para todas as minhas amizades.

2.

Gostar:

Gostava de conhecer todos os meus amigos virtuais pessoalmente.
Gostava de um dia os reunir e fazer uma grande festa de amizade.
Gostava de poder acabar com a fome.
Gostava que todas as crianças fossem felizes.



3.
Precisar:

Precisava de reunir todas as condições para poder realizar o ponto 3.


4.
Aprender:

Tenho tanto que aprender que não sei por onde começar.
Primeiro gostava muito de aprender a pensar...

5.
Procurar:
Eu procuro o mais possível ser como o gato, um gato bem manso de maneira que a vida venha, me pegue pelo cachaço e me leve onde isso for conveniente para a vida .

6.
ser:
Se apenas restar um, esse serei eu ...

Caminharemos de Olhos Deslumbrados




Caminharemos de olhos deslumbrados
E braços estendidos
E nos lábios incertos levaremos
O gosto a sol e a sangue dos sentidos.

Onde estivermos, há-de estar o vento
Cortado de perfumes e gemidos.
Onde vivermos, há-de ser o templo
Dos nossos jovens dentes devorando
Os frutos proibidos.

No ritual do verão descobriremos
O segredo dos deuses interditos
E marcados na testa exaltaremos
Estátuas de heróis castrados e malditos.

Ó deus do sangue! deus de misericórdia!
Ó deus das virgens loucas
Dos amantes com cio,
Impõe-nos sobre o ventre as tuas mãos de rosas,
Unge os nossos cabelos com o teu desvario!

Desce-nos sobre o corpo como um falus irado,
Fustiga-nos os membros como um látego doido,
Numa chuva de fogo torna-nos sagrados,
Imola-nos os sexos a um arcanjo loiro.

Persegue-nos, estonteia-nos, degola-nos, castiga-nos,
Arranca-nos os olhos, violenta-nos as bocas,
Atapeta de flores a estrada que seguimos
E carrega de aromas a brisa que nos toca.

Nus e ensanguentados dançaremos a glória
Dos nossos esponsais eternos com o estio
E coroados de apupos teremos a vitória
De nos rirmos do mundo num leito vazio.


Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'

sábado, 24 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Alma de gente.


Hoje trago flores
como são lindas!
colhi-as no meu jardim
floresceram com amor
Toma,são para ti...
Plantei-as com carinho
no meu interior
reguei-as com ternura
podei-as de sentimento
têm formosura
e alma de gente...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Entre o meu e o teu azul Celeste...


Navego nas nuvens
contra ventos
e bom senso
caminhando em direcção
ao céu...
Tudo em ti me atrai
o espaço em que habitas
suga-me
absorve-me...
Em mim
turbulência constante
pensamentos
desordenados
giram
envolvem-me
a cada instante...
Instantes de prazer
intermitentes
por vezes ocos
vazios de não te ter...
Entre o meu
e o teu
azul Celeste
nuvens cinzentas
toldam o céu...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Há dias assim.





O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo ..."Hoje estou ás escuras."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigo




Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

Tristeza...


A tristeza é um muro entre dois jardins ...

Apenas Conhecemos Fragmentos dos Outros.




Quando te encontras na base de um importante maciço montanhoso, estás longe de conhecer toda a sua diversidade, não tens nenhuma ideia das alturas que se ergueram por trás do seu cimo ou por trás daquele que te parece ser o cimo, não suspeitas nem o perigo dos abismos nem os confortáveis assentos ocultos entre os rochedos. É apenas se sobes e se persegues o teu caminho que se revelam pouco a pouco a teus olhos os segredos da montanha, alguns que esperavas, outros que te surpreendem, uns essenciais, outros insignificantes, tudo isso sempre e unicamente em função da direcção que tomares; e nunca te revelarão todas.
O mesmo acontece quando te encontras diante de uma alma humana.

Aquilo que se te oferece ao primeiro olhar, por mais perto que estejas, está longe de ser a verdade e certamente nunca é toda a verdade. É apenas no decurso do caminho, quando os teus olhos se tornam mais penetrantes e nenhuma bruma perturba o teu olhar, que a natureza íntima dessa alma se revela a pouco a pouco e sempre por fragmentos. Aqui é a mesma coisa: à medida que te afastas da zona explorada, toda a diversidade que encontraste no caminho se esbate como um sonho, e quando te voltas uma última vez antes de te afastares, vês apenas de novo esse maciço que te surgia falsamente como muito simples, e esse cimo que não era o único que existia.
Apenas a direcção é realidade; o objectivo é sempre ficção, mesmo quando alcançado - sobretudo neste caso.

Arthur Schnitzler, in 'Observação do Homem'

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Lágrimas.


Mar salgado de lágrimas
cheiro a tua maresia
sinto tuas mágoas
teu lamento
dia a dia...
Choras uma despedida magoada
de um qualquer cais da vida
ondas que vêm
saudades que ficam
esperança perdida...

Rancho Folclórico "Os Camponeses" de Malpique


Medalha do Concelho para o Rancho Folclórico "Os Camponeses" de Malpique
A Câmara Municipal de Constância atribuiu a Medalha do Concelho ao Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, - no ano em que o grupo celebra o seu 25º aniversário - relevando o excelente trabalho que o mesmo tem desenvolvido em prol do desenvolvimento da cultura e da etnografia do concelho, uma distinção que foi entregue no passado dia 18 de Julho, durante a actuação dos Camponeses nas Festas de Santa Margarida da Coutada, freguesia de onde são oriundos.

Recorde-se que o Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, nasceu em 1985, e tem baseado a sua acção num profundo trabalho de recolha de trajes, canto, música, danças, utensílios e alfaias agrícolas, vida doméstica e outros aspectos relevantes da sociedade.

Considerados como verdadeiros embaixadores do concelho, Os Camponeses de Malpique têm actuado um pouco por todo o país, e também na vila francesa de Fondettes, com a qual o município de Constância está geminado.

Em Constância, além de outras iniciativas em que participam pontualmente, há dois momentos ímpares na agenda de eventos organizados pelos Camponeses de Malpique: A Tarde de Folclore realizada do domingo de Páscoa, no âmbito das Festas do Concelho e o Festival Nacional de Folclore Tejo e Zêzere.
Por CMC

Literatura


(Relendo Júlio Dinis.)


Neste livro vamos encontrar a cidade do Porto na segunda metade do séc.XIX, altura em que a maior parte da sua classe mais alta era constituída por ingleses que desempenharam, nesta cidade, um papel fundamental não só no campo cultural como a nível social e económico. Trata-se de um romance citadino em que ficamos a conhecer uma família, de origem inglesa, composta pelo pai Richard Whitestone, um rico comerciante, o filho Carlos Whitestone e a irmã deste Jenny. Carlos e Cecília, a filha de Manuel Quintino, o modesto e obediente guarda-livros da família Whitestone, conhecem-se num baile de Carnaval, sem saberem quais são as respectivas origens. Carlos apaixona-se por ela, mas Jenny, acreditando tratar-se, apenas, de mais uma das aventuras do irmão, tenta proteger Cecília de quem se tornara amiga. Só quando se apercebe de que o irmão está verdadeiramente apaixonado é que começa a proteger os dois ajudando-os a alcançar a felicidade

domingo, 18 de julho de 2010

O cheiro.

O Sexo




Neste corpo, a densa neblina, quase um hábito,
lentamente descida, sedimento e sede,
subtilmente o acalma. Ancora que se desloca,
movediça e infirme. Só no olhar, além

da luz e da cal, se distinguem os desejos
e a mestria das palavras. E não há remos
nem astros. Convido a neblina a esta
mesa de chumbo, onde nada levanta o fogo

solar ou os signos se alteiam. É a hora
em que o corpo treme e a sombra lavra as frouxas
manhãs. O que serão as tardes, sob a névoa,

quando o vigor agoniza e o vão das águas abre
o caos e os ecos? Estaremos em paz,
usando a palavra, última herdeira das areias.

Orlando Neves, in "Decomposição - o Corpo"

A Fonte do Interesse




E de vez em quando é assim: vivo numa suspensão de tudo, de interesses, de leituras, de escrita. Possivelmente é um erro supor-se que um interesse, seja qual for, reside nisso mesmo em que se está interessado. Não está. Um interesse remete sempre para outro e outro, até ao interesse final que tem que ver com a própria vida, o motivo global que nos impulsiona. Há pelo menos que haver uma razão final e genérica para que as razões circunstanciais ou ocasionais tenham um efeito propulsor. Há que termos essa razão, mesmo inconsciente, para que todas as outras actuem em nós. E o que não acontece quando por exemplo dizemos que estamos sem interesse. Não nos apetece ler, não nos apetece escrever, não nos apetece ir ao cinema, ouvir música etc, quando falta uma razão global em que isso se inscreva. E então dizemos sumariamente isso mesmo: que não nos apetece. Se temos um grande desgosto, se estamos condenados por uma doença etc. justifica-se o desinteresse por essa razão. Significa isso que essa razão é o fundamento global que nos falhou para qualquer outro interesse subsistir. Os que superam esse estado são excepcionais, ou loucos ou de força de vontade ou obsessivos, o que tudo é um modo de dizer que se está fora dos limites normais. Hoje estou em dia de suspensão - venho-o estando, aliás, há já dias. Só não sei a razão fundamental para que seja assim. Vou pensar aplicadamente, a ver se sei.

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 5'

sexta-feira, 16 de julho de 2010

No te olvides de mi.

Que Há para Lá do Sonhar?




Céu baixo, grosso, cinzento
e uma luz vaga pelo ar
chama-me ao gosto de estar
reduzido ao fermento
do que em mim a levedar
é este estranho tormento
de me estar tudo a contento,
em todo o meu pensamento
ser pensar a dormitar.

Mas que há para lá do sonhar?

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1'

A Boa Disposição .




A boa disposição é o grande lubrificante da roda da vida. Torna o trabalho mais leve, reduz as dificuldades e mitiga os infortúnios. A boa disposição dá um poder criador que os pessimistas não conseguem ter. Uma disposição alegre, esparançosa e optimista torna a vida mais suave, alivia a sua inevitável monotonia e amortece os solavancos da estrada da vida.

Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'


Bom fim de semana para todo o mundo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sinto.




Sinto
que em minhas veias arde
sangue,
chama vermelha que vai cozendo
minhas paixões no coração.

Mulheres, por favor,
derramai água:
quando tudo se queima,
só as fagulhas voam
ao vento.

Federico García Lorca, in 'Poemas Esparsos'

Nós fazemos a diferença.


Ganhei este, selo: "Blogueiros por um mundo melhor - nós fazemos a diferença"! , da minha amiga, Rê do blog http://toforatodentro.blogspot.com

Não vou nomear nimguém mas indicar todo o mundo,

´Para quem levar é obrigatório postar "algo" dizendo como se deseja que o mundo seja. Como esse mundo pode ser melhor.


"A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça, e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo .
Vamos todos imaginar um mundo melhor.

O Papel do Sonho na Vida




Por vezes, o homem é mais sincero e rico na desordem dos sonhos que na consciência unitária do raciocinador acordado, mas nós vivemos enquanto negamos o sonho e o tornamos inútil. O génio é a extradição do sonho, porque enriquece a consciência com as reservas e as pessoas do inconsciente. Expulsa o selvagem e o delinquente, destila a sagacidade do louco, adopta a criança e escuta o poeta. Não é autocrata surdo, como o homem vulgar, mas pai de iguais. A concórdia de se terem almas subterrâneas faz a grandeza do génio, e a sua obra é a sublimação do sonho, desenrolado na vida verdadeira, liberdade concedida aos pensamentos inocentes dos reclusos.

Escolher é próprio do homem, mas escolhe-se com a rejeição e mais com o acolhimento. Vencer não significa apenas destruir, mas incorporar. A razão será tanto mais razoável quanto maior a loucura que assumir em si; o herói será mais forte se transferir para si a energia do pecador, e a fantasia do poeta tornará mais profundos os cálculos do político.
Quando o chefe da alma é o poeta, verdadeiramente poeta, não encarcera a razão, mas condu-la consigo para cima, ao céu em que até o silogismo se torna fogo. Quando o vitorioso é o santo, até o ladrão, sob a forma de arrependimento, é elevado ao paraíso. E os espectos, tornados participantes da luz, não têm motivo para recorrer às fantasias nocturnas para se iludirem de que vivem. A vida não é sonho, mas a urdidura dos sonhos pode iluminar e embelezar a trama da vida.

Giovanni Papini, in 'Relatório Sobre os Homens'

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Aprendamos, Amor




Aprendamos, amor, com estes montes
Que, tão longe do mar, sabem o jeito
De banhar no azul dos horizontes.

Façamos o que é certo e de direito:
Dos desejos ocultos outras fontes
E desçamos ao mar do nosso leito.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

A Nossa Arte




A arte de desenvolver os pequenos motivos para nos decidirmos a realizar as grandes acções que nos são necessárias. A arte de nunca nos deixarmos desencorajar pelas reacções dos outros, recordando que o valor de um sentimento é juízo nosso, pois seremos nós a senti-lo e não os que assistem. A arte de mentir a nós próprios, sabendo que estamos a mentir. A arte de encarar as pessoas de frente, incluindo nós próprios, como se fossem personagens de uma novela nossa. A arte de recordar sempre que, não tendo nós qualquer importância e não tendo também os outros qualquer espécie de importância, nós temos mais importância que qualquer outro, simplesmente porque somos nós.
A arte de considerar a mulher como um pedaço de pão: problema de astúcia. A arte de mergulhar fulminante e profundamente na dor, para vir novamente à tona graças a um golpe de rins. A arte de nos substituirmos a qualquer um, e de saber, portanto, que cada pessoa se interessa apenas por si própria. A arte de atribuir qualquer dos nossos gestos a outrem, para verificarmos imediatamente se é sensato.
A arte de viver sem a arte.
A arte de estar só.

Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'

terça-feira, 13 de julho de 2010

Amor




Por teu ventre começa a minha vida,
Por teus olhos a estrela que me guia.
Amor, que Deus te salve! — Ave-Maria
Cheia de Graça ó Bem-Aparecida.

Por meu e por teu verbo de harmonia
Se fará eterna origem comovida
De outros frutos de Amor! — Ave-Maria,
Senhora da minh'alma apetecida.

E meu sangue amoroso e produtivo
Se fará carne e espírito fecundo
À tua imagem noutro corpo vivo.

E assim ambos, Amor, iremos ser
Seio da vida originando o mundo
Por teu ventre bendito de Mulher.

Afonso Duarte, in "Ritual do Amor"

Quando Falo com Sinceridade não sei com que Sinceridade Falo




Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou váriamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros).
Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpétuamente me ponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore [?] e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

Fernando Pessoa, in 'Para a Explicação da Heteronímia'

Em amor


Em amor, não há um último adeus, a não ser aquele que não diz ...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

"Quem és, deixa marca!!"


/

Recebi uma mensagem maravilhosa,do blog Tecendo idéias(http://baliar.blogspot.com) que pensei em compartilhar com vocês propondo a ação! O texto já explica como fazer, e, depois que ler, você decide se quer participar. Caso também tenha alguém pra quem queira entregar a faixa azul, pegue a imagem e o texto e leve com você. Imagine o efeito multiplicador desta ação entre amigos!!


Uma professora de Nova York decidiu honrar cada um de seus alunos que estavam por se graduar no colégio, falando-lhes da marca que cada um deles havia deixado. Chamou cada um dos estudantes à frente da classe, um a um. Primeiro, contou a cada um como haviam deixado marca na vida dela e na da turma. Logo presenteou cada um, com uma faixa azul, impressa com letras douradas, na qual se lia: “Quem sou deixa marca.”

Por fim, a mestra decidiu fazer um projeto de aula para ver o impacto que o reconhecimento teria na comunidade. Deu a cada aluno mais três faixas azuis e lhes pediu que levassem adiante esta cerimônia de reconhecimento. E que deveriam acompanhar os resultados, ver quem premiou quem, e informar à turma no final de uma semana.

Um dos alunos foi ver um jovem executivo de uma indústria próxima e o premiou por tê-lo ajudado com o planejamento de sua carreira. Deu-lhe uma faixa azul, e colou-a em sua camisa. Em seguida deu-lhe as duas faixas extras e lhe disse: “Estamos fazendo em aula um projeto de... ‘reconhecimento’, e gostaríamos que você encontrasse alguém a quem premiar e lhe desse uma faixa azul.”

Mais tarde, nesse mesmo dia, o jovem executivo foi ver seu chefe que tinha reputação de ser uma pessoa amargurada, e lhe disse que o admirava profundamente por ser um gênio criativo. O chefe pareceu ficar muito surpreso. Então o jovem executivo lhe perguntou se ele aceitaria o presente da faixa azul e se lhe dava permissão de colocá-la em sua camisa. O chefe disse: “Bem…claro!” Então o jovem executivo pegou uma das faixas azuis e a colocou no casaco do chefe, bem sobre seu coração, e, oferecendo-lhe a última faixa, perguntou: “Poderia pegar esta faixa extra e passá-la a alguém mais a quem queira premiar? O estudante que me deu estas faixas está fazendo um projeto de aula, e queremos continuar esta cerimônia de reconhecimento para ver como vai afetar as pessoas.”

Nessa noite, o chefe chegou em casa, sentou- se com seu filho de 14 anos, e lhe disse: “Hoje me aconteceu algo incrível Estava no meu escritório e um de meus empregados veio e me disse que me admirava; então me deu uma faixa azul por me considerar um gênio criativo. Imagina! Ele pensa que eu sou um gênio criativo! Logo me pôs uma faixa azul que diz: “Quem sou deixa marca". Deu-me uma faixa extra e me pediu que encontrasse alguém mais a quem premiar. Quando eu estava dirigindo para casa esta noite, comecei a pensar a quem poderia premiar com esta faixa, e pensei em ti. Quero premiar a ti. Meus dias são muito agitados e quando venho para casa, não te dou muita atenção; grito contigo por não tirar boas notas e pela desordem em teu quarto. Por isso, esta noite, só quero sentar-me aqui e… bem… te dizer que és muito importante para mim. Tu e tua mãe são as pessoas mais importantes em minha vida. És um grande garoto e te amo muito!”

O garoto surpreendido começou a soluçar e a chorar, e não conseguia parar. Todo o seu corpo tremia. Olhou para seu pai e entre lágrimas lhe disse: “Papai, momentos atrás me sentei em meu quarto e escrevi uma carta para ti e para mamãe, explicando porque tinha tirado minha vida, e lhes pedia que me perdoassem. Ia me suicidar esta noite depois de vocês terem dormido. Eu pensava que vocês não se importavam comigo. A carta está lá em cima, mas não creio que eu vá precisar dela, depois de tudo o que conversamos.”

Seu pai subiu ao segundo piso e encontrou a carta, sincera e cheia de angústia e dor. No dia seguinte, o chefe regressou ao trabalho totalmente modificado. Já não estava amargurado, e se empenhou em fazer todos os seus empregados saberem que cada um deles faz a diferença. Por outro lado, o jovem executivo ajudou muitos outros jovens a planejarem suas carreiras, inclusive o filho do chefe, e nunca se esqueceu de recordar-lhes que eles deixavam marcas em sua vida. Ainda mais, o jovem e seus companheiros de classe aprenderam uma lição muito valiosa. “Quem és, deixa marca.”




Bem, eu estou passando a faixa azul para você, que passou a fazer parte do meu cotidiano. A você que enfeita meus dias com tua presença, me emociona com as mensagens, me ensina com tua sabedoria, me alegra com tua amizade, me encanta com teu carinho. Receba tua faixa azul, pela importância que já tens na minha vida. Porque...

"Quem és, deixa marca!!"

E aí, quer participar???

Centro de Ciência Viva de Constância


Centro de Ciência Viva de Constância promove ASTROFESTA 2010
Nos próximos dias 16, 17 e 18 de Julho, o Centro de Ciência Viva de Constância - Parque de Astronomia (CCV), localizado no Alto de Santa Bárbara em Constância, recebe a Astrofesta 2010.

Em colaboração com o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e o apoio da Câmara municipal de Constância, o Centro Ciência Viva de Constância vai realizar mais uma edição da Astrofesta com a organização de actividades variadas – palestras, observações, sessões de planetário, cursos, exposições, entre outras actividades – com o objectivo de sensibilizarem o público para a ciência através da Astronomia.

A participação nesta actividade implica inscrição, pelo que os interessados devem contactar o CCV, através do número de telefone 249 730 066, ou via correio electrónico para info@constancia.cienciaviva.pt.

PROGRAMA

Exposição de "Astropintura" por Luís Carmo

6ª Feira - 16 de Julho

21h00 – Recepção aos participantes
21h30 às 24h00 – Observações nocturnas

Sábado - 17 de Julho

10h00 às 23h00 – Curso de Introdução à Astronomia (Nível I)

14h30 – Sessão de abertura

OUTRAS ACTIVIDADES

10h00 – Visita orientada ao Parque Exterior
11h00 – Sessão de Planetário
12h00 – Observação do Sol

14h00 – Construção de um Telescópio de Kepler
15h00 – Observação do Sol
16h00 – Sessão de Planetário
17h00 – Construção de relógio de Sol e astrolábio
18h00 – Visita orientada ao Parque Exterior

21h30 – Início das observações nocturnas:
• Cúpula 1 – M56, M57, M27, Albireo, M32
• Cúpula 2 – Lua (até às 23h00), M13
• Cúpula 3 – Saturno (até às 23h00), M4, M8, M20, Júpiter a partir da 1h00 de Domingo

PALESTRAS

15H00 – Máximo Ferreira – CCVCTítulo: «Um Passeio pelo Céu – Recursos para reconhecer objectos celestes»
16h00 – Luís Saraiva – MCUL Título: (a designar)
17h00 – Luís Miguel Carolino - MCULTítulo: «Medir os céus para dominar a Terra: a Astronomia na Escola Politécnica, 1837- 1911»
18h00 – Ricardo Monteiro - Universidade de CambridgeTítulo: Buracos Negros
19h00 – Mário Loureiro – CCVCTítulo: Bioadversidade
21h00 – João Paulo Vieira – ORIONTítulo: (a designar)22h00 - Rui Agostinho - FCUL/OALTítulo: Um Universo de Galáxias
23h00 – Máximo Ferreira – CCVCTítulo: «Um passeio pelo céu real»

Domingo - 18 de Julho

0h00 às 6h30 – Continuação das observações nocturnas
Por CMC

Literatura


Sinopse: O assassínio do Presidente da República Sidónio Pais, ocorrido em 1918, é um mistério. Apesar de a polícia ter prendido um suspeito, este nunca foi julgado. A tragédia ocorreu quando Lisboa estava a braços com a pneumónica, a mais mortífera epidemia que atravessou o séc. XX e, ainda, na ressaca da Primeira Guerra Mundial. A cidade estava exaurida de fome e sofrimento. É neste ambiente magoado e receoso que Sidónio Pais é assassinado na estação do Rossio em Dezembro de 1918.

Francisco Moita Flores constrói um romance de amor e morte. Fundamentado em documentos da época, reconstrói o homicídio do Presidente-Rei, utilizando as técnicas forenses e que, de certa forma, continuam a ser reproduzidas em séries televisivas de grande divulgação sobre as virtualidades da polícia científica. Os resultados são inesperados e (Morro Bem. Salvem a Pátria?) é um verdadeiro confronto com esse tempo e as verdades históricas que ao longo de décadas foram divulgadas, onde o leitor percorre os medos e as esperanças mais fascinantes dessa Lisboa republicana que despertava para a cidade que hoje vivemos. E sendo polémico, é terno, protagonizado por personagens que poucos escritores sabem criar. Considerado um dos mestres da técnica de diálogo, Moita Flores provoca no leitor as mais desencontradas emoções que vão da gargalhada hilariante ao intenso sofrimento. Um romance que vem da História. Uma história única para um belo romance.

domingo, 11 de julho de 2010

Amizade.


Amizade
bem precioso
de afectos
amor
muito saboroso...
Disposição de alma
sentimentos
aptidão do meu sentir
sensibilidade
o meu sorrir...
Fraternidade
simpatia
laços de solidariedade
inclinação recíproca
na dor
no prazer
ternura interior...

sábado, 10 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Amizade.



Recebi da minha querida amiga:Manuela Freitas
do blog
http://vivercomlight.blogspot.com


"A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor."

Joseph Addison

URGENTEMENTE



É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.

É urgente inventar a alegria,
Multiplicar as searas,
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.

Eugénio de Andrade, Antologia Breve

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amizade




Recebi este selo do blog que muito admiro http://chocolatecompimentagtt.blogspot.com
Fiquei muito feliz quando me indicou para recebê-lo.

As regras são: responder a pergunta abaixo e indicar 5 blogs


O que te aquece o coração?

Lealdade,amizade, amor e paz.


5 dos blogs que me aquecem o coração:

http://vivercomlight.blogspot.com
http://cantodecontarcontos.blogspot.com
http://baliar.blogspot.com
http://vivereafinaroinstrumento.blogspot.com
http://rosani22.blogspot.com

No teu olhar...


No teu olhar
procuro encontrar
reflexo dos olhos meus
luz do luar
nos olhos teus...
Amar-te ao crepúsculo
no raiar do dia
olhar teus olhos
doces de fantasia...
Olhares profundos
sentidos
olhar teus olhos
enternecidos...
Ternura e emoção
olhar carinhoso
doce
suave
ternurento,mavioso.
Nos teus olhos
deslumbro os meus
comtemplo o teus
sinto o teu carinho
saudades
de um adeus...

Conversão Mental




Os métodos de conversão religiosa foram até agora considerados mais sob ângulos psicológicos e metafísicos que psicológicos e mecanísticos; contudo, as técnicas empregadas aproximam−se tanto frequentemente das modernas técnicas políticas de lavagem cerebral e controle da mente que cada uma delas lança luz sobre os mecanismos da outra. É conveniente começar com a história melhor documentada de conversão religiosa, que tem em comum com a conversão política o facto de um indivíduo ou grupo de indivíduos poder adoptar novas crenças ou padrões de comportamento, em resultado de revelações surgidas na mente repentinamente e com grande intensidade, muitas vezes depois de períodos de grande tensão emocional.

William Sargant, in 'A Luta Pela Mente'

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Mulher Nua




Humana fonte bela,
repuxo de delícia entre as coisas,
terna, suave água redonda,
mulher nua: um dia,
deixarei de te ver,
e terás de ficar
sem estes assombrados olhos meus,
que completavam tua beleza plena,
com a insaciável plenitude do seu olhar?

(Estios; verdes frondas,
águas entre as flores,
luas alegres sobre o corpo,
calor e amor, mulher nua!)

Limite exacto da vida,
perfeito continente,
harmonia formada, único fim,
definição real da beleza,
mulher nua: um dia,
quebrar-se-á a minha linha de homem,
terei que difundir-me
na natureza abstracta;
não serei nada para ti,
árvore universal de folhas perenes,
concreta eternidade!

Juan Ramón Jiménez, in "La Mujer Desnuda"

A Felicidade não Inclui o Êxtase




A sensação de sermos unos com a natureza animal, vegetal e mineral, e a satisfação de mergulhar nessa sensação, não é de todo degradante. É tão bom sentir pulsar dentro de nós toda a vida, e simultaneamente buscar aquela existência superior cuja realização só nos é possível sonhar ou pressentir!
Não permitis que considerem fantasmas os dois grandes pólos do homem, a verdade e a felicidade; quando sonhamos sonhos de felicidade, é certo já a termos conquistado.
A satisfação de uma paixão absolutamente pessoal é embriaguez ou prazer: não é felicidade.
A felicidade é algo duradouro e indestrutível; caso contrário, não seria felicidade. Aqueles que gostariam de perpetuar a embriaguez e de incluir nela a felicidade, andam atrás do impossível. O êxtase é um estado excepcional cuja permanência nos mataria, e a natureza inteira depressa se eclipsaria sob a influência desse estado delirante.

George Sand, in 'Diário Íntimo'

terça-feira, 6 de julho de 2010

Inocência




De um lado, a veste; o corpo, do outro lado,
Límpido, nu, intacto, sem defesa...
Mitológico rosto debruçado
Na noite que, por ele, fica acesa!

Se traz os lábios húmidos e lassos
É que a paixão sem mácula ainda o cega
E tatuou na curva de alvos braços
As sete letras da palavra: entrega.

Acre perfume o dessa flor agreste.
Álcool azul o desse verde vinho.
De um lado o corpo; do outro lado, a veste
Como luar deitado no caminho...

Em frente há um pinheiro cismador.
O rio corre, vagaroso ao fundo.
Na estrada ninguém passa... Ai! tanto amor
Sem culpa!
Ai! dos Poetas deste mundo!

Pedro Homem de Mello, in "O Rapaz da Camisola Verde"

Reconhecimento à Educação.


Constância voltou a obter o 1º lugar nos Prémios de Reconhecimento à Educação
• Ministra da Educação entregou o Prémio dia 5 de Julho Pelo segundo ano consecutivo o Município de Constância voltou a obter o 1º lugar nos Prémios de Reconhecimento à Educação, desta vez na categoria de Comunidade e Parcerias/Protocolos, com o projecto Constância é Comunidade!

A cerimónia de entrega deste prémio que decorreu na passada segunda-feira, dia 5 de Julho, na Universidade Católica, foi presidida pela Ministra da Educação, no âmbito da 18ª Conferência Sinase.

Os Prémio de Reconhecimento à Educação, têm como objectivo distinguir e galardoar entidades educativas e formativas, cuja actuação se destacou ao nível do contributo que prestaram junto e para a comunidade educativa no ano de 2009, nomeadamente ao nível do ensino regular e de projectos específicos, no âmbito da formação profissional e de situações de envolvimento da comunidade alargada no contexto escolar.

O projecto apresentado pelo município de Constância, denominado Constância é Comunidade, aborda a importância do estabelecimento de parcerias, e o seu papel no processo educativo do concelho de Constância, mencionando acções desenvolvidas com os seguintes parceiros: Agrupamento de Escolas de Constância, Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro, Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário Os Quatro Cantos do Cisne e Associação Casa Memória de Camões.

Constância é Comunidade é bastante revelador do facto do Município de Constância apostar na concretização de um projecto educativo concelhio, tendo como base essencial as parcerias, pois a escola constitui-se num espaço privilegiado de participação dos indivíduos com o desiderato de uma sociedade e de um futuro melhor.

Assim, uma das presenças mais fortes e visíveis na comunidade, principalmente em Constância, sendo um concelho pequeno, é, sem dúvida, a Autarquia. Deste modo, a Autarquia revela-se como promotora de uma rede de parcerias credível e organizada, envolvendo os estabelecimentos de ensino e as associações, tendo como linhas orientadoras a execução de um projecto educativo concelhio que promova a educação para o exercício de uma cidadania responsável e participada, sendo assim a forma mais eficaz e económica de assegurar uma sociedade mais democrática e solidária.

Considerando o papel cada vez mais importante dos municípios na educação a nível local e nacional, a Autarquia de Constância, assume um posicionamento expressivo na definição, coordenação e promoção de políticas educativas locais.
Por CMC

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Palavras para quê...

Ateliês de Verão em Constância



Dando continuidade às suas estratégias de promoção do livro e de ocupação saudável dos tempos livres e de lazer, a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, promove nas terças-feiras do mês de Julho, um conjunto de ateliês que pretendem proporcionar aos participantes actividades lúdico-pedagógicas, contribuindo para o desenvolvimento do gosto pela leitura e pela expressão artística.

Assim, para o próximo mês estão agendados os seguintes ateliês:

• 6 de Julho - Ateliê de Trabalhos Manuais – Soraia Fonseca

• 13 de Julho - Arca das Histórias – Anabela Cardoso

• 20 de Julho - Ideias & Ideias – Sara Nunes

• 27 de Julho – Oficina de Construção de Herbário – Tiago Lopes

A participação nestas actividades implica inscrição, pelo que os interessados nas mesmas devem contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, através do número de telefone 249 739 367 ou via correio electrónico para biblioteca@cm-constancia.pt.
Por CMC

De Um e de Dois, de Todos




Sou o espectador o actor e o autor
Sou a mulher o marido e o filho
E o primeiro amor e o derradeiro amor
E o furtivo transeunte e o amor confundido

E de novo a mulher seu leito e seu vestido
E seus braços partilhados e o trabalho do homem
E seu prazer em flecha e a fêmea ondulação
Simples e dupla a carne nunca se exila

Pois onde começa um corpo ganho eu forma e
[consciência
E mesmo quando na morte um corpo se desfaz
Eu repouso em seu cadinho desposo o seu
[tormento
Sua infâmia me honra o coração e a vida.

Paul Eluard, in "Algumas das Palavras"

domingo, 4 de julho de 2010

Angie

O homem que contempla.


Vejo que as tempestades vêm aí
pelas árvores que, à medida que os dias se tomam mornos,
batem nas minhas janelas assustadas
e ouço as distâncias dizerem coisas
que não sei suportar sem um amigo,
que não posso amar sem uma irmã.

E a tempestade rodopia, e transforma tudo,
atravessa a floresta e o tempo
e tudo parece sem idade:
a paisagem, como um verso do saltério,
é pujança, ardor, eternidade.

Que pequeno é aquilo contra que lutamos,
como é imenso, o que contra nós luta;
se nos deixássemos, como fazem as coisas,
assaltar assim pela grande tempestade, —
chegaríamos longe e seríamos anónimos.

Triunfamos sobre o que é Pequeno
e o próprio êxito torna-nos pequenos.
Nem o Eterno nem o Extraordinário
serão derrotados por nós.
Este é o anjo que aparecia
aos lutadores do Antigo Testamento:
quando os nervos dos seus adversários
na luta ficavam tensos e como metal,
sentia-os ele debaixo dos seus dedos
como cordas tocando profundas melodias.

Aquele que venceu este anjo
que tantas vezes renunciou à luta.
esse caminha erecto, justificado,
e sai grande daquela dura mão
que, como se o esculpisse, se estreitou à sua volta.
Os triunfos já não o tentam.
O seu crescimento é: ser o profundamente vencido
por algo cada vez maior.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"

Ventos meus...



O amor é como o vento,não se vê,mas sente-se!

sábado, 3 de julho de 2010

A Única Coisa Duradoura Que Podes Criar




A mamã costumava dizer-lhe que tinha muita pena. As pessoas tinham andado a trabalhar durante tantos anos para fazer do mundo um sítio organizado e seguro. Ninguém percebera como ele se iria tornar aborrecido. Com todo o mundo dividido em propriedades, com os limites de velocidade e as divisões por zonas, com tudo regulado e tributado, com todas as pessoas analisadas e recenseadas e rotuladas e registadas. Ninguém tinha deixado muito espaço para a aventura, exceptuando, talvez, a do género que se pode comprar. Numa montanha-russa. Num cinema. No entanto, isso seria sempre uma excitação falsa. Sabes que os dinossauros não vão comer os míudos. Os referendos recusaram com os seus votos qualquer hipótese de um desastre falso ainda maior. E porque não existe a possibilidade de um desastre verdadeiro, ficamos sem nenhuma hipótese de termos uma salvação verdadeira. Entusiasmo verdadeiro. Excitação a sério. Alegria. Descoberta. Invenção.
As leis que nos dão segurança, estas mesmas leis condenam-nos ao aborrecimento. Sem acesso ao verdadeiro caos, nunca teremos paz verdadeira.


A não ser que tudo possa ficar pior, nunca poderá ficar melhor.
Isto eram tudo coisas que a mamã lhe costumava dizer.
E dizia-lhe mais:
- A única fronteira que ainda tens é o mundo dos intangíveis, tudo o resto está demasiado controlado.
Aprisionado dentro de demasiadas leis.
Por intangíveis ela quer dizer a Internet, os filmes, a música, as histórias, a arte, os boatos, os programas de computador, tudo o que não é real. Realidades virtuais. Coisas imaginadas. A cultura.
O irreal é mais poderoso que o real.
Porque nada é tão perfeito como tu és capaz de imaginar.
Porque são só as ideias intangíveis, conceitos, crenças, fantasias que duram. A pedra esfarela-se. A madeira apodrece. As pessoas, bem, essas morrem.
Mas coisas tão frágeis como um pensamento, um sonho, uma lenda, essas continuam para sempre.
Se conseguires mudar a maneira como as pessoas pensam, dizia ela. A maneira como elas se vêem a si próprias. A maneira como vêem o mundo. Se fizeres isso, consegues mudar a maneira como as pessoas vivem as suas vidas. E isso é a única coisa duradoura que podes criar.

Chuck Palahniuk, in 'Asfixia'

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Amo porque sinto...


Essência do amor
ternura e sentimento
um olhar juntos enfrente
subir ás nuvens
sorrir de contente...
O amor
jamais terá fim
é imortal
faz parte de mim...
Não amo apenas por amar
amo porque sinto
amar é gostar
odores que pairam no ar
flores do meu jardim
aromas que cheiro em ti..

Literatura.


A Chave para Rebecca – Ken Follett

«A Chave para Rebecca faz parte de um conjunto de obras que Ken Follett, um dos mais aclamados escritores da actualidade, escreveu sobre a II Guerra Mundial. Nessa altura, o Nazismo estava no auge, e com espiões espalhados por toda a Europa. Mas o alvo do Reich não era nenhum país do Velho Continente, e sim o Cairo, a capital do Egito.
Neste livro, Follett relata a história de um espião alemão, Alex Wolff, conhecido como “A Esfinge”, em busca de uma documentação secreta que ajudará o exército alemão a concretizar a estratégia de Hitler.
É com esse objectivo – e com habilidade e frieza – que Alex Wolff, homem desapiedado e hábil espião ao serviço do capitão Rommel, atravessa o deserto do Sahara e penetra na misteriosa cidade egípcia. Estamos em 1942.
Rommel parece imbatível: as suas armas secretas são Alex Wolff, espião exímio, e um código fatal enterrado nas páginas do romance de Daphne de Maurier, Rebeca.
Porém, se atravessar o deserto se afigura um desafio fácil, enfrentar William Vandam (do exército britânico) revela-se bastante mais complicado. E tanto um como outro recorrem à mesma estratégia: fazem-se valer de Elene e Sonia que tentam seduzir, respectivamente, Wolff e Vandam.
E à medida que as tropas de Rommel se aproximam da vitória, a perseguição desenrola-se no deserto até chegar a um confronto impressionante e explosivo.»

Banda da Armada e Festival de Folclore em Constância




2 e 3 de Julho Hoje, dia 2 de Julho, pelas 21h30, o Anfiteatro dos Rios em Constância recebe um grandioso concerto com a Banda da Armada, o qual será o primeiro evento do programa de Animação de Verão 2010.

No Sábado, dia 3 de Julho, também no Anfiteatro dos Rios em Constância, a partir das 21h30 terá lugar o XXV Festival Nacional de Folclore Tejo e Zêzere 2010, uma organização do Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, da freguesia de Santa Margarida da Coutada, concelho de Constância.
Por CMC

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Poema Melancólico a não sei que Mulher .




Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...

Miguel Torga, in 'Diário VII'

Se Penso, Existo .




Se penso, existo; se falo, existo para os outros, com os outros.

A necessidade é o lugar do encontro. Procuro os outros para me lembrar que existo. E existo, porque os outros me reconhecem como seu igual. Por isso, a minha vida é parte de outras vidas, como um sorriso é parte de uma alegria breve.

Breve é a vida e o seu rasto. A posteridade é apenas a memória acesa de uma vela efémera. Para que a memória não se apague, temos que nos dar uns aos outros, como elos de uma corrente ou pedras de uma catedral.

A necessidade de sobrevivência é o pão da fraternidade.
O futuro é uma construção colectiva.

António Arnaut, in 'As Noites Afluentes'