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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fêmea...


Mulher
esposa
amásia
senhora na corte da rainha
matrona quando quer.
Soberana ao reinar
fêmea fecunda
num ardente desejar.
Mulher
concubina
dona do seu corpo cobiçado
amante só de quem ama
mulher á toa
mulher da vida
meratriz desejada...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

É mais fácil amar o retrato.


“É mais fácil amar o retrato. Eu já disse que o que se ama é a ‘cena’. ‘Cena’ é um quadro belo e comovente que existe na alma antes de qualquer experiência amorosa. A busca amorosa é a busca da pessoa que, se achada, irá completar a cena. Antes de te conhecer eu já te amava.... E então, inesperadamente, nos encontramos com rosto que já conhecíamos antes de o conhecer. E somos então possuídos pela certeza absoluta de haver encontrado o que procurávamos. A cena está completa. Estamos apaixonados”

Rubem Alves

Quadras de madrugar.


Passeei noite dentro
até ao romper da madrugada
vislumbrei no sol nascente
o rosto da minha amada.

Meu amor não te vás embora
não me deixes sozinho
vem para junto de mim
dá-me o teu carinho.

Não me deixes só
nesta aflição desmedida
quero o teu amor
não a tua partida.

Neste vai e vem constante
acordei espantado
afinal era um sonho
agora já posso dormir descansado.

Emoção.



Pois, A emoção é decerto uma forma de subir mais alto. E quando caio, de cair de mais alto. Tenho que ser sereno. Porque mesmo que caia, não mago-o tanto ...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Comemorações


Comemorações do Centenário da República em Constância até Outubro de 2010

Aspectos relevantes da Constância republicana
no Boletim Informativo Municipal

A República Portuguesa vai fazer 100 anos. A 5 de Outubro de 2010 completa-se um século sobre a data em que o ribatejano José Relvas, proclamou o novo regime, a partir da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Nos dias seguintes, todo o país fez o mesmo e uma enorme onda de entusiasmo percorreu Portugal, dando vivas à República.

Em Constância, terra de fortes tradições republicanas, a implantação da República foi acolhida com júbilo e, como por todo o lado, as pessoas viram no novo regime uma espécie de panaceia capaz de resolver todos os problemas do país.

Seguiram-se tempos de muita mudança, de algumas realizações e de bastantes desencantos. Em Portugal inteiro e em Constância também. Amada por uns e odiada por outros, sinónimo de renovação ou de desregramento, sonho ou desilusão, a I República, que vigorou escassos 16 anos, até 1926, foi das fases mais intensas da História política portuguesa e marcou profundamente o país e o nosso concelho.

Assinalando o Centenário da República, o Boletim Informativo da Câmara Municipal de Constância está a publicar, desde Outubro de 2009 até Outubro de 2010, um conjunto de seis textos sobre aspectos relevantes da Constância republicana.

Centenário da República
nas escolas do concelho

Além dos textos temáticos publicados no Boletim Informativo o Município de Constância, através da Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill e do Museu dos Rios e das Artes Marítimas está a comemorar o Centenário da Implantação da República realizando um projecto junto das escolas do concelho com vista à elaboração de uma exposição temática.

A iniciativa procura a participação e o envolvimento dos alunos das escolas e dos pais, tendo como principal objectivo explicar aos mais pequenos a Implantação da República e a sua importância na História de Portugal, através da realização de trabalhos, recolhas de objectos, de histórias e de alguns jogos.

Para mais informações ou esclarecimentos adicionais devem os interessados contactar o Museu dos Rios e das Artes Marítimas ou a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, através dos números de telefone 249 730 053 ou 249 739 367, respectivamente.
Por CMC

Literatura.


Sinopse

A obra-prima do maior escritor de culto da actualidade
Toru Okada, um jovem japonês que vive na mais completa normalidade, vê a sua vida transformada após o telefonema anónimo de uma mulher. Começam a aparecer personagens cada vez mais estranhas em seu redor e o real vai degradando-se até se transformar em algo fantasmagórico. A percepção do mundo torna-se mágica, os sonhos invadem a realidade e, pouco a pouco, Toru sente-se impelido a resolver os conflitos que carregou durante toda a sua vida.
Este livro conta com uma galeria de personagens tão surpreendentes como profundamente autênticas e, quase por magia, o mundo quotidiano do Japão moderno aparece-nos como algo estranhamente familiar.
Crónica do Pássaro de Corda, ao qual foi atribuído o Prémio Yomiuri, é considerado, por muitos, a obra-prima de Murakami.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Intimidade.


Na intimidade
dos meus pensamentos
penso
reflito
com serenidade.
Tudo é íntimo
interior e profundo
num recordar ínfimo
como um poço sem fundo.
Insondável
este abismo que me separa
de uma vontade inegável
de sondar
compreender
o insondável.
Abismal
enigmático
mistério impenetrável
de um amor
insaciável...

Filosofia e Amor são completamente Antagónicos .




Entre a filosofia e o amor não há possibilidade de convivência. A filosofia exila a mulher e a mulher exclui a filosofia. Os filósofos são todos cérebro sem coração nem testículos. Aqueles que tiveram mulheres e filhos são filósofos menores, em segunda mão. Os maiores são todos misóginos.
A filosofia tem relação com a castidade: quem se aproxima da mulher não pode alcançar o absoluto. Os filósofos foram eunucos, como Orígenes e Abelardo; ou virgens por eleição, como São Tomás e São Boaventura; ou eternos celibatários, como Platão, Espinosa, Kant, Schopenhauer, Nietzsche, como todos os maiores. Quem teve mulher, como Sócrates, considerou-a empecilho e tortura.

São antes sodomitas, como Séneca e Bacon, ou onanistas, como Rousseau, Kierkegaard e Leopardi - em todos os casos, antifemininos. A mulher é a vida e a filosofia uma espécie de morte; a dona é o primado do sentimento e a filosofia quer ser racionalismo puro; a mulher é capricho e novidade e a filosofia ordem e sistema.
No entanto, a filosofia não se pode vangloriar de vencer, com a sua força, a tentação de Eros - é verdade, ao invés, que a frigidez e a impotência predispõem para a filosofia. Se virem um filósofo marido e pai feliz, desconfiem da sua filosofia - pode ser, quando muito, professor ou vulgarizador de metafísica, mas de modo algum um criador de sistemas.

Giovanni Papini, in 'Relatório Sobre os Homens'

Nua .




Nua
como Eva.
A cabeleira
beija-lhe o rosto oval e flutua;
o corpo
é água de torrente...
Eva adolescente,
com reflexos de lua
e tons de aurora...!
Roseira que enflora...!
Desflorada por tanta gente...
Teu corpo,
mal o toquei...
Só te abracei
de leve...
Foi todo neve
o sonho que alonguei...
Asas em voo,
quem, um dia, as teve?
Os sonhos que eu sonhei!
Jeito de ave
e criança,
suave
como a dança
do ramo de árvore
que o vento beija e balança!
Nave
de sonho
no temporal medonho
silvando agoiro!
Quem destrançou os teus cabelos de oiro?
Corpo fino,
delicado,
sereno, sem desejos...
Tão macio,
tão modelado...
Beijos... Beijos... Beijos...
No meu sono
ela flutua
a cada passo...
Nua,
riscando o espaço
numa névoa de outono...
Apenas nos cabelos
um azulado laço...
E assim enlaço
a imagem sua...

Saúl Dias, in "Sangue"

Ser Feliz é um Dever .



É difícil ser feliz; requer espírito, energia, atenção, renúncia e uma espécie de cortesia que é bem próxima do amor. Às vezes é uma graça ser feliz. Mas pode ser, sem a graça, um dever. Um homem digno desse nome agarra-se à felicidade, como se amarra ao mastro em mau tempo, para se conservar a si mesmo e aos que ama. Ser feliz é um dever. É uma generosidade.

Louis Pauwels, in "Carta Aberta às Pessoas Felizes"

sábado, 30 de janeiro de 2010

Não Pode Existir Amor Sem Verdadeira Troca .




Não te lembras de ter encontrado na vida aquela que se considera um ídolo? Que havia ela de receber do amor? Tudo, até a tua alegria de a encontrares, se torna homenagem para ela. Mas, quanto mais a homenagem custa, mais vale: ela saborearia melhor o teu desespero.
Ela devora sem se alimentar. Ela apodera-se de ti para te queimar à sua honra. Ela é semelhante a um forno crematório. Ela, na sua avareza, enriquece-se de várias capturas, julgando encontrar a alegria nessa acumulação. E não acumula mais do que cinzas. Porque o verdadeiro uso dos teus dons era caminho de um para o outro, e não captura.
Ela verá penhores nos teus dons e abster-se-á de tos conceder em paga. Na falta de arrebatamentos que te satisfariam, a falsa reserva dela far-te-á ver que a comunhão dispensa sinais. É marca da impotência para amar, não elevação do amor. Se o escultor despreza a argila, terá de modelar o vento. Se o teu amor despreza os sinais do amor a pretexto de atingir a essência, o teu amor não passa de um palavreado. Não descuides as felicitações, nem os presentes, nem os testemunhos.Serias capaz de amar a propriedade, se fosses excluindo dela, um por um, como supérfluos, porque particulares demais, o moinho, o rebanho, a casa? Como construir o amor, que é rosto lido através da urdidura, se não há urdidura sobre a qual escrever?

Sem cerimonial de pedras, não haveria catedral.
Nem haverá amor sem cerimonial em vistas do amor. Eu só atinjo a essência da árvore se ela modelou lentamente a terra segundo o cerimonial das raízes, do tronco e dos ramos. Nessa altura, ela é una. Tal árvore e não uma outra.
Mas aquela acolá desdenha as trocas, que a haviam de fazer nascer. Ela procura no amor um objecto capturável. E esse amor não tem significado algum.
Ela julga que o amor é presente que ela pode fechar nela. Se tu a amas, é porque ela te conquistou. Ela fecha-te nela, convencida de enriquecer. Ora o amor não e tesouro a conquistar, mas obrigação de parte a parte, fruto de um cerimonial aceite, rosto dos caminhos da troca.
Jamais essa mulher nascerá. Só de uma rede de laços se pode nascer. Ela continuará a ser semente abortada, poder por empregar, alma e coração secos. Ela há-de envelhecer funebremente, entregue à vaidade das suas capturas.
Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade. O templo, também é sentido das pedras.

Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela"

Cartas de amor


Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.

Rubem Alves

Fantasia




Há uma mulher em toda a minha vida,
Que não se chega bem a precisar.
Uma mulher que eu trago em mim perdida,
Sem a poder beijar.

Há uma mulher na minha vida inquieta.
Uma mulher? Há duas, muitas mais,
Que não são vagos sonhos de poeta,
Nem formas irreais.

Mulheres que existem, corpos, realidade,
Têm passado por mim, humanamente,
Deixando, quando partem, a saudade
Que deixa toda a gente.

Mas coisa singular, essa que eu não beijei,
É quem me ilude, é quem me prende e quer.
Com ela sonho e sofro... Só não sei
Quem é essa mulher.

Alfredo Brochado, in "Bosque Sagrado"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dificuldade de Governar




1.
Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.

2.
E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

3.
Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.

4.
Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?

Bertolt Brecht

Pachelbel Canon



Bom fim de semana para o mundo.

Espelho...


Olho o espelho
identifico-me
mas não me vejo.
Tua imagem
no baço reflexo
desperta em mim
imagens passadas
sem nexo!
Nada é real
tudo me transcende
neste amor platónico
anormal...
Entre nós
apenas uma fina película de vidro
nos separa
demasiado resistente
para que o quebre
e te abrace.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Beleza.


A beleza é apenas a promessa da felicidade ...

Roda de Livros



Concurso Concelhio / Nacional de Leitura
O Município de Constância, através da Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, e do Agrupamento de Escolas de Constância, representado pela Biblioteca Escolar Carlos Cécio, estão a organizar um Concurso Concelhio e um Concurso Nacional de Leitura, denominado Roda de Livros, que decorrerá nas Escolas do Agrupamento, contando com a participação de todos os alunos.

Tendo como objectivo promover o livro e a leitura, o concurso consiste no estudo de obras obrigatórias para cada escalão, sendo necessário para a participação, a inscrição em formulário próprio, disponibilizado pelas Bibliotecas Escolar e Municipal.

• Escalão A (1º Ciclo - 3º e 4ª anos)
Há fogo na floresta – Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada (1ª fase)
A menina que roubava gargalhadas – Inês Pedrosa (2ª fase)

• Escalão B (2º Ciclo - 5º e 6º anos)
Três História do futuro – Luísa Ducla Soares (1ª fase)
Uma aventura na Quinta das Lágrimas – Ana M. Magalhães, Isabel Alçada (2ª fase)

• Escalão C (3º Ciclo - 7º, 8º e 9º anos)
A lua de Joana – Maria Teresa Maia Gonzalez (1ª fase)
Casting – Jordi Sierra I Febra

• Escalão D (Secundário - 10º, 11º e 12º anos)
O bosque dos Pigmeus – Isabel Allende
O estranho caso do cão morto – Mark Haddon

O concurso decorrerá em duas fases distintas: numa primeira fase far-se-á o apuramento dos participantes dos quatro escalões, que terá lugar nas Escolas do Agrupamento e na segunda fase, que corresponde ao 3º Ciclo e Secundário, será numa Biblioteca a designar pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas; no caso do 1º e 2º Ciclo haverá uma prova final que terá lugar no Cine-Teatro Municipal de Constância, a 23 de Abril de 2010.

Para informações ou esclarecimentos adicionais devem os interessados contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, através do telefone 249 739 367 ou do e-mail biblioteca@cm-constancia.pt, ou ainda a Biblioteca Escolar Carlos Cécio, através do telefone 249730290 ou do e-mail biblioteca.carloscecio@gmail.com.


Leia mais. Viva mais.

Por CMC

Sorrisos.


De sorriso em sorriso
vou ser gentil com toda a gente
sorrir é preciso
é sentir-me feliz
é ver o mundo contente.
Sorrir,sorrir
vai ser o meu lema
é com oferecer uma flor
imaginar que abraço o mundo
ou beijar o meu amor...
Sorrir é urgente
mas,com sorrisos originais
vamos acabar com os risos contrafeitos
com o desespero e a tristeza
e outras coisas mais...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Parte de tudo...


Eu sou uma parte de tudo, tal como a hora é uma parte do dia ...