As cartas de amor estão em desuso. Para os mais velhos, da geração em que ainda me incluo, eram algo de fascinante e de imortal. Nunca esqueci quem me escreveu cartas de amor embora tenha apagado da memória outras pessoas que estiveram bem mais perto da minha vida. No mundo da tecnologia, do consumismo e da individualização perdeu-se a noção desses sonhos pueris como se apagaram outro tipo de recordações.
Caríssimo, eu escrevo todos os dias quase-cartas de amor. Garanto-lhe com muitíssima probabilidade: se havia uma macieira no paraíso, era para se comer as maças. A contemplação da macieira não alimentaria o corpo e um corpo desalimentado nada aprende; os corpos desalimentados «en-formam», ficam cheios de informação balofa, por isso, «de-formam», nada mais.
Ainda guardo algumas relíquias dessa época preciosa, em que o amor se fantasiava daquela caneta tinteiro para embarcar no envelope lacrado que saía em busca de seu destino...minha natureza romântica viveu essa plenitude, esse amor entregue às letras que o registraram. Que sorte a minha...a nossa...
7 comentários:
Manuel
As cartas de amor estão em desuso. Para os mais velhos, da geração em que ainda me incluo, eram algo de fascinante e de imortal. Nunca esqueci quem me escreveu cartas de amor embora tenha apagado da memória outras pessoas que estiveram bem mais perto da minha vida.
No mundo da tecnologia, do consumismo e da individualização perdeu-se a noção desses sonhos pueris como se apagaram outro tipo de recordações.
Abraço
Manuel
Cartas de amor..farrapos muitas vezes do que sobrou, do que foi um grande amor.
Beijinhos
Donhadora
Caríssimo, eu escrevo todos os dias quase-cartas de amor. Garanto-lhe com muitíssima probabilidade: se havia uma macieira no paraíso, era para se comer as maças. A contemplação da macieira não alimentaria o corpo e um corpo desalimentado nada aprende; os corpos desalimentados «en-formam», ficam cheios de informação balofa, por isso, «de-formam», nada mais.
Cf.
Por Uma Educação Romântica
Rubem Alves
Ainda guardo algumas relíquias dessa época preciosa, em que o amor se fantasiava daquela caneta tinteiro para embarcar no envelope lacrado que saía em busca de seu destino...minha natureza romântica viveu essa plenitude, esse amor entregue às letras que o registraram. Que sorte a minha...a nossa...
Beijo
Em tempo...lembrou também dele?...rs
Rubem Alves é um luxo à parte...
Romantica ideia, bem de coração apaixonado.
beijo
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