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sábado, 10 de abril de 2010

Os meus Bichos.


Fredy:
Elegante,manhoso,só lhe falta falar.

Snupy:
Meigo, muito carinhoso.


Tosquina:Do meu filho Carlos.(vadia e dona do seu nariz.)


Caicedo:
Brincalhão , adora dormir de barriga para o ar.

Magalhães: do meu filho Miguel.
Mimado , ás vezes até chateia(é um amigão)

Um dia Brilhante...




Para todas as minhas amizades e não só.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fim de semana.


"Boa noite, Faça um final se semana diferente!"

Poema da Eterna Presença

Estou, nesta noite cálida, deliciadamente estendido sobre a relva,
de olhos postos no céu, e reparo, com alegria,
que as dimensões do infinito não me perturbam.
(O infinito!
Essa incomensurável distância de meio metro
que vai desde o meu cérebro aos dedos com que escrevo!)

O que me perturba é que o todo possa caber na parte,
que o tridimensional caiba no dimensional, e não o esgote.

O que me perturba é que tudo caiba dentro de mim,
de mim, pobre de mim, que sou parte do todo.
E em mim continuaria a caber se me cortassem braços e pernas
porque eu não sou braço nem sou perna.

Se eu tivesse a memória das pedras
que logo entram em queda assim que se largam no espaço
sem que nunca nenhuma se tivesse esquecido de cair;
se eu tivesse a memória da luz
que mal começa, na sua origem, logo se propaga,
sem que nenhuma se esquecesse de propagar;
os meus olhos reviveriam os dinossáurios que caminharam sobre a Terra,
os meus ouvidos lembrar-se-iam dos rugidos dos oceanos que engoliram
continentes,
a minha pele lembrar-se-ia da temperatura das geleiras que galgaram sobre a
Terra.

Mas não esqueci tudo.
Guardei a memória da treva, do medo espavorido
do homem da caverna
que me fazia gritar quando era menino e me apagavam a luz;
guardei a memória da fome;
da fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez estender os lábios sôfregos para mamar quando cheguei ao mundo;
guardei a memória do amor,
dessa segunda fome de todos os bichos de todas as eras,
que me fez desejar a mulher do próximo e do distante;
guardei a memória do infinito,
daquele tempo sem tempo, origem de todos os tempos,
em que assisti, disperso, fragmentado, pulverizado,
à formação do Universo.

Tudo se passou defronte de partes de mim.
E aqui estou eu feito carne para o demonstrar,
porque os átomos da minha carne não foram fabricados de propósito para mim.
Já cá estavam.
Estão.
E estarão.

António Gedeão, in 'Poemas Póstumos'

Vida Ilusória



Ao mesmo tempo que a realidade é uma fábula, simulações e enganos são considerados como as verdades mais sólidas. Se os homens se detivessem a observar apenas as realidades, e não se permitissem ser enganados, a vida, comparada com as coisas que conhecemos, seria como um conto de fadas ou as histórias das Mil e Uma Noites.
Se respeitássemos apenas o que é inevitável e tem direito a ser, a música e a poesia ressoariam pelas ruas fora. Quando somos calmos e sábios, percebemos que só as coisas grandes e dignas têm existência permanente e absoluta, que os pequenos medos e os pequenos prazeres não passam de sombra da realidade, o que é sempre estimulante e sublime. Por fecharem os olhos e dormirem, por consentirem ser enganados pelas aparências, os homens em toda a parte estabelecem e confinam as suas vidas diárias de rotina e hábito em cima de fundações puramente ilusórias.

Henry David Thoreau, in 'Walden'

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bom humor.


O bom humor tem algo de generoso: dá mais do que recebe ...

As Pessoas Só Crescem ao Ritmo a que São Obrigadas .




Os jovens de agora parece que têm dificuldade em crescer. Não sei porquê. Se calhar as pessoas só crescem ao ritmo a que são obrigadas. Um primo meu, com dezoito anos, já tinha as insignías de auxiliar do xerife. Era casado e tinha um filho. Tive um amigo de infância que, com a mesma idade, já tinha sido ordenado sacerdote baptista. Era pastor de uma igrejinha rural, muito antiga. Ao fim de uns três anos foi transferido para Lubbock e, quando disse às pessoas que se ia embora, elas desataram todas a chorar, ali sentadas no banco da igraja. Homens e mulheres, todos em lágrimas. Tinha celebrado casamento, baptizados, funerais. Com vinte e um anos, talvez vinte e dois. Quando pregava os seus sermões, a assistência era tanta que havia gente de pé no adro a ouvir. Fiquei espantado. Na escola ele era sempre tão calado.

(...) A Loretta contou-me que ouviu falar na rádio de uma certa percentagem de crianças deste país que está a ser criada pelos avós. Já não me lembro do número. Era bastante alto, pareceu-me. Os pais não querem ter esse trabalho. Conversámos sobre isso. Demos connosco a pensar que quando a próxima geração crescer e também já não quiser criar os filhos, quem é que vai tomar essa tarefa a seu cargo? Os pais deles vão ser os únicos avós disponíveis e nem os próprios filhos quiseram criar. Não encontrámos resposta para isto.

Cormac McCarthy, in 'Este País Não É para Velhos'

Nos dois lados do mar...


No outro lado do mar
há vida
há esperança
há amor...
Deste lado do mar
há amor
há esperança
há vida...
Dos dois lados do mar, de amar
ama-se
sofre-se
desespera-se...
águas mansas
bravas
em ondas de desespero
balançam corpos
famintos de amor...
Ventos
brisas marinhas
levam amor
trazem paixão
numa permuta de perfume
maresia
ilusão...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Olhar e Sentir .




Olhar e sentir
por dentro do corpo a massa de que é feito o avesso dele.
Ossos músculos nervos veias
tudo o que está no corpo e mundo é
a pintura contém e depõe na tela e
se acaso aí o pintor deixou reservas
nesse sem nada o avesso do mundo se
recolhe e mostra a face.

Júlio Pomar, in "TRATAdoDITOeFEITO"

Sentir...

Moral da moral.


Um coelhinho felpudo estava a fazer as suas necessidades matinais quando olha para o lado e vê um enorme urso fazendo exactamente o mesmo.

O urso vira-se para ele e diz:

- Hei, coelhinho, perdes pêlo?

O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:

- De forma nenhuma, descendo de uma linhagem muito boa...

Então o urso pegou no coelhinho e limpou o cu com ele.

MORAL DA HISTÓRIA:

CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, PENSA BEM NAS POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER!

No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:

- Olá amigo urso! Com toda essa pinta de bravo, forte e machão, vi-te ontem, a dar o cu a um coelhinho felpudo. Já contei a toda a malta!!!

MORAL DA MORAL:

PODES ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRA-TE QUE EXISTE SEMPRE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA DO QUE TU!



"O problema de Portugal é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê os jornais, mas quem limpa o cu com eles...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Memórias


A memória é o espelho onde observamos os ausentes ...

Fala Também Tu




Fala também tu,
fala em último lugar,
diz a tua sentença.

Fala —
Mas não separes o Não do Sim.
Dá à tua sentença igualmente o sentido:
dá-lhe a sombra.

Dá-lhe sombra bastante,
dá-lhe tanta
quanta exista à tua volta repartida entre
a meia-noite e o meio-dia e a meia-noite.

Olha em redor:
como tudo revive à tua volta! —
Pela morte! Revive!
Fala verdade quem diz sombra.

Mas agora reduz o lugar onde te encontras:
Para onde agora, oh despido de sombra, para onde?

Sobe. Tacteia no ar.
Tornas-te cada vez mais delgado, irreconhecível, subtil!
Mais subtil: um fio,
por onde a estrela quer descer:
para em baixo nadar, em baixo,
onde pode ver-se a cintilar: na ondulação
das palavras errantes.

Paul Celan, in "De Limiar em Limiar"

A Alma Dominada pela Solidão .




Se protegerdes com demasiada devoção o jardin secret da tua alma, ele pode facilmente começar a florescer de um modo excessivamente luxuriante, transbordar para além do espaço que lhe estava reservado e tomar mesmo pouco a pouco posse da tua alma de domínios que não estavam destinados a permanecer secretos. E é possível que toda a tua alma acabe por se tornar um jardim bem fechado, e que no meio de todas as suas flores e dos seus perfumes ela sucumba à sua solidão.

Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Em tons de Rosa.


Em sonhos cor de Rosa
alimentei ilusões
quimeras
utopias
construí castelos no ar
vivi num mundo
de fantasias...

Rosa cor de mulher
femenina delicada
cor de rosa de afeição
tens tons eróticos
infedilidade
e perdão...

Rosa flor
rosa bela
rosa cor de rosa
rosa mulher
rosa do amor
dos sonhos do prazer...

A rosa é rainha das flores,toda a mulher é uma rosa,toda a mulher é uma rainha.

sábado, 3 de abril de 2010

Páscoa


Páscoa é ressurreição...
E ressurreição é:
Passagem...
Mudança...
Renascer...
Passar é sair do lugar, da rotina...
Mudar é transformar...
Trocar uma vida gasta e empoeirada por um modo de ser e de viver...

Renascer é um recomeçar...
É "ser de novo"
De aniquilar a rotina e de recomeçar...
Por isso seja de novo...
Recomece!
Agora é o tempo e a hora...
Feliz recomeçar!
Feliz libertar-se!
Feliz Páscoa

A Páscoa no Mundo

Os festejos da Páscoa em todo o mundo
possuem variações em suas origens e significados.

Na China

O "Ching-Ming" é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa,
onde são visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma
de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes.

Nos países da Europa Oriental, como Ucrânia,
Estônia, Lituânia e Rússia

A tradição mais forte é a decoração de ovos com os quais
serão presenteados amigos e parentes.
A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior
ao domingo de Páscoa e deixarem um boné de tecido num lugar escondido,
o coelho deixará doces e ovos coloridos nesses "ninhos".

Na Europa

As origens da Páscoa remontam a bem longe, aos antigos rituais pagãos
do início da primavera (que no Hemisfério Norte inicia em março).
Nestes lugares, as tradições de Páscoa incluem a decoração de ovos cozidos
e as brincadeiras com os ovos de Páscoa como, por exemplo:
rolá-los ladeira abaixo, onde será vencedor aquele ovo que rolar
mais longe sem quebrar.

Nos Estados Unidos

A brincadeira mais tradicional ainda é a "caça ao ovo",
onde ovos de chocolate são escondidos pelo quintal ou pela casa
para serem descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa.
Em algumas cidades a "caça ao ovo" é um evento da comunidade
e é usada uma praça pública para esconder os ovinhos.

No Brasil e América Latina

O mais comum é as crianças montarem seus próprios ninhos de Páscoa,
sejam de vime, madeira ou papelão, e enchê-los de palha ou papel picado.
Os ninhos são deixados para o coelhinho colocar doces e ovinhos
na madrugada de Páscoa.
A "caça ao ovo" ou "caça ao cestinho" também é utilizada.

Canção de Madrugar



Obs:Este vídio foi sugestão da minha querida amiga Rosa de Oliveira do blog

.http://metafisicadacoincidencia.blogspot.com/

Rua da saudade.


De linho te vesti
De nardos te enfeitei
Amor que nunca vi
Mas sei

Sei dos teus olhos acesos na noite
Sinais de bem despertar
Sei dos teus braços abertos a todos
Que morrem devagar
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer

Irei beber em ti
O vinho que pisei
O fel do que sofri e dei
Dei do meu corpo um chicote de força
Rasei meus olhos com água
Dei do meu sangue uma espada de raiva
E uma lança de mágoa
Dei do meu sonho uma corda de insónias
Cravei meus braços com setas
Descobri rosas, alarguei cidades
E construí poetas

E nunca te encontrei
Na estrada do que fiz
Amor que não logrei
Mas quis

Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo pode acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
Então:

Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem feras, nem ferros, nem farpas, nem farsas,
Nem forcas, nem cardos, nem dardos, nem trevas,
Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos,
Nem pedras, nem facas, nem fomes, nem secas,
Nem terras, nem ferros, nem farpas, nem farsas
Nem MAL

José Carlos Ary dos Santos

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Minha Hora




Que horas são? O meu relógio está parado,
Há quanto tempo!...
Que pena o meu relógio estar parado
E eu não poder marcar esta hora extraordinária!
Hora em que o sonho ascende, lento, muito lento,
Hora som de violino a expirar... Hora vária,
Hora sombra alongada de convento...

Hora feita de nostalgia
Dos degredados...
Hora dos abandonados
E dos que o tédio abate sem cessar...
Hora dos que nunca tiveram alegria,
Hora dos que cismam noite e dia,
Hora dos que morrem sem amar...

Hora em que os doentes de corpo e alma,
Pedem ao Senhor para os sarar...
Hora de febre e de calma,
Hora em que morre o sol e nasce o luar...
Hora em que os pinheiros pela encosta acima,
São monges a rezar...

Hora irmã da caridade
Que dá remédio aos que o não têm...
Hora saudade...
Hora dos Pedro Sem...
Hora dos que choram por não ter vivido,
Hora dos que vivem a chorar alguém...

Hora dos que têm um sonho águia mas... ai!
Águia sem asas para voar...
Hora dos que não têm mãe nem pai
E dos que não têm um berço p'ra embalar...
Hora dos que passam por este mundo,
De olhos fechados, a sonhar...

Hora de sonhos... A minha hora
- 'Stertor's de sol, vagidos de luar -
Mas... ai! a lua lá vem agora...
- Senhora lua, minha senhora,
Mais um minuto para a minha hora,
Mais um minuto para sonhar...

Saúl Dias, in "Dispersos (Primeiros Poemas)"

Pink Floyd