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sábado, 24 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Alma de gente.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Entre o meu e o teu azul Celeste...

Navego nas nuvens
contra ventos
e bom senso
caminhando em direcção
ao céu...
Tudo em ti me atrai
o espaço em que habitas
suga-me
absorve-me...
Em mim
turbulência constante
pensamentos
desordenados
giram
envolvem-me
a cada instante...
Instantes de prazer
intermitentes
por vezes ocos
vazios de não te ter...
Entre o meu
e o teu
azul Celeste
nuvens cinzentas
toldam o céu...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
Apenas Conhecemos Fragmentos dos Outros.

Quando te encontras na base de um importante maciço montanhoso, estás longe de conhecer toda a sua diversidade, não tens nenhuma ideia das alturas que se ergueram por trás do seu cimo ou por trás daquele que te parece ser o cimo, não suspeitas nem o perigo dos abismos nem os confortáveis assentos ocultos entre os rochedos. É apenas se sobes e se persegues o teu caminho que se revelam pouco a pouco a teus olhos os segredos da montanha, alguns que esperavas, outros que te surpreendem, uns essenciais, outros insignificantes, tudo isso sempre e unicamente em função da direcção que tomares; e nunca te revelarão todas.
O mesmo acontece quando te encontras diante de uma alma humana.
Aquilo que se te oferece ao primeiro olhar, por mais perto que estejas, está longe de ser a verdade e certamente nunca é toda a verdade. É apenas no decurso do caminho, quando os teus olhos se tornam mais penetrantes e nenhuma bruma perturba o teu olhar, que a natureza íntima dessa alma se revela a pouco a pouco e sempre por fragmentos. Aqui é a mesma coisa: à medida que te afastas da zona explorada, toda a diversidade que encontraste no caminho se esbate como um sonho, e quando te voltas uma última vez antes de te afastares, vês apenas de novo esse maciço que te surgia falsamente como muito simples, e esse cimo que não era o único que existia.
Apenas a direcção é realidade; o objectivo é sempre ficção, mesmo quando alcançado - sobretudo neste caso.
Arthur Schnitzler, in 'Observação do Homem'
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Lágrimas.
Rancho Folclórico "Os Camponeses" de Malpique

Medalha do Concelho para o Rancho Folclórico "Os Camponeses" de Malpique
A Câmara Municipal de Constância atribuiu a Medalha do Concelho ao Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, - no ano em que o grupo celebra o seu 25º aniversário - relevando o excelente trabalho que o mesmo tem desenvolvido em prol do desenvolvimento da cultura e da etnografia do concelho, uma distinção que foi entregue no passado dia 18 de Julho, durante a actuação dos Camponeses nas Festas de Santa Margarida da Coutada, freguesia de onde são oriundos.
Recorde-se que o Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, nasceu em 1985, e tem baseado a sua acção num profundo trabalho de recolha de trajes, canto, música, danças, utensílios e alfaias agrícolas, vida doméstica e outros aspectos relevantes da sociedade.
Considerados como verdadeiros embaixadores do concelho, Os Camponeses de Malpique têm actuado um pouco por todo o país, e também na vila francesa de Fondettes, com a qual o município de Constância está geminado.
Em Constância, além de outras iniciativas em que participam pontualmente, há dois momentos ímpares na agenda de eventos organizados pelos Camponeses de Malpique: A Tarde de Folclore realizada do domingo de Páscoa, no âmbito das Festas do Concelho e o Festival Nacional de Folclore Tejo e Zêzere.
Por CMC
Literatura

(Relendo Júlio Dinis.)
Neste livro vamos encontrar a cidade do Porto na segunda metade do séc.XIX, altura em que a maior parte da sua classe mais alta era constituída por ingleses que desempenharam, nesta cidade, um papel fundamental não só no campo cultural como a nível social e económico. Trata-se de um romance citadino em que ficamos a conhecer uma família, de origem inglesa, composta pelo pai Richard Whitestone, um rico comerciante, o filho Carlos Whitestone e a irmã deste Jenny. Carlos e Cecília, a filha de Manuel Quintino, o modesto e obediente guarda-livros da família Whitestone, conhecem-se num baile de Carnaval, sem saberem quais são as respectivas origens. Carlos apaixona-se por ela, mas Jenny, acreditando tratar-se, apenas, de mais uma das aventuras do irmão, tenta proteger Cecília de quem se tornara amiga. Só quando se apercebe de que o irmão está verdadeiramente apaixonado é que começa a proteger os dois ajudando-os a alcançar a felicidade
domingo, 18 de julho de 2010
O Sexo

Neste corpo, a densa neblina, quase um hábito,
lentamente descida, sedimento e sede,
subtilmente o acalma. Ancora que se desloca,
movediça e infirme. Só no olhar, além
da luz e da cal, se distinguem os desejos
e a mestria das palavras. E não há remos
nem astros. Convido a neblina a esta
mesa de chumbo, onde nada levanta o fogo
solar ou os signos se alteiam. É a hora
em que o corpo treme e a sombra lavra as frouxas
manhãs. O que serão as tardes, sob a névoa,
quando o vigor agoniza e o vão das águas abre
o caos e os ecos? Estaremos em paz,
usando a palavra, última herdeira das areias.
Orlando Neves, in "Decomposição - o Corpo"
A Fonte do Interesse

E de vez em quando é assim: vivo numa suspensão de tudo, de interesses, de leituras, de escrita. Possivelmente é um erro supor-se que um interesse, seja qual for, reside nisso mesmo em que se está interessado. Não está. Um interesse remete sempre para outro e outro, até ao interesse final que tem que ver com a própria vida, o motivo global que nos impulsiona. Há pelo menos que haver uma razão final e genérica para que as razões circunstanciais ou ocasionais tenham um efeito propulsor. Há que termos essa razão, mesmo inconsciente, para que todas as outras actuem em nós. E o que não acontece quando por exemplo dizemos que estamos sem interesse. Não nos apetece ler, não nos apetece escrever, não nos apetece ir ao cinema, ouvir música etc, quando falta uma razão global em que isso se inscreva. E então dizemos sumariamente isso mesmo: que não nos apetece. Se temos um grande desgosto, se estamos condenados por uma doença etc. justifica-se o desinteresse por essa razão. Significa isso que essa razão é o fundamento global que nos falhou para qualquer outro interesse subsistir. Os que superam esse estado são excepcionais, ou loucos ou de força de vontade ou obsessivos, o que tudo é um modo de dizer que se está fora dos limites normais. Hoje estou em dia de suspensão - venho-o estando, aliás, há já dias. Só não sei a razão fundamental para que seja assim. Vou pensar aplicadamente, a ver se sei.
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 5'
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Que Há para Lá do Sonhar?
A Boa Disposição .

A boa disposição é o grande lubrificante da roda da vida. Torna o trabalho mais leve, reduz as dificuldades e mitiga os infortúnios. A boa disposição dá um poder criador que os pessimistas não conseguem ter. Uma disposição alegre, esparançosa e optimista torna a vida mais suave, alivia a sua inevitável monotonia e amortece os solavancos da estrada da vida.
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'
Bom fim de semana para todo o mundo.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Sinto.
Nós fazemos a diferença.

Ganhei este, selo: "Blogueiros por um mundo melhor - nós fazemos a diferença"! , da minha amiga, Rê do blog http://toforatodentro.blogspot.com
Não vou nomear nimguém mas indicar todo o mundo,
´Para quem levar é obrigatório postar "algo" dizendo como se deseja que o mundo seja. Como esse mundo pode ser melhor.
"A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça, e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo .
Vamos todos imaginar um mundo melhor.
O Papel do Sonho na Vida

Por vezes, o homem é mais sincero e rico na desordem dos sonhos que na consciência unitária do raciocinador acordado, mas nós vivemos enquanto negamos o sonho e o tornamos inútil. O génio é a extradição do sonho, porque enriquece a consciência com as reservas e as pessoas do inconsciente. Expulsa o selvagem e o delinquente, destila a sagacidade do louco, adopta a criança e escuta o poeta. Não é autocrata surdo, como o homem vulgar, mas pai de iguais. A concórdia de se terem almas subterrâneas faz a grandeza do génio, e a sua obra é a sublimação do sonho, desenrolado na vida verdadeira, liberdade concedida aos pensamentos inocentes dos reclusos.
Escolher é próprio do homem, mas escolhe-se com a rejeição e mais com o acolhimento. Vencer não significa apenas destruir, mas incorporar. A razão será tanto mais razoável quanto maior a loucura que assumir em si; o herói será mais forte se transferir para si a energia do pecador, e a fantasia do poeta tornará mais profundos os cálculos do político.
Quando o chefe da alma é o poeta, verdadeiramente poeta, não encarcera a razão, mas condu-la consigo para cima, ao céu em que até o silogismo se torna fogo. Quando o vitorioso é o santo, até o ladrão, sob a forma de arrependimento, é elevado ao paraíso. E os espectos, tornados participantes da luz, não têm motivo para recorrer às fantasias nocturnas para se iludirem de que vivem. A vida não é sonho, mas a urdidura dos sonhos pode iluminar e embelezar a trama da vida.
Giovanni Papini, in 'Relatório Sobre os Homens'
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Aprendamos, Amor
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