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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Amizade e o Amor Segundo uma Lógica de Bazar...



Desconfia-se do que é dado e pesa-se o que se recebe. A amizade e o amor parecem gerir-se, por vezes, segundo uma lógica de bazar. Já nem é considerado má-educação perguntar quanto é que uma prenda custou. Se esse preço é excessivo chega-se a dizer que não se pode aceitar. Recusar uma dádiva é como chamar interesseiro ao dador. É desconfiar que existe uma segunda intenção. De qualquer forma, só quem tem medo (ou corre o risco) de se vender pode pensar que alguém está a tentar comprá-lo. Quem dá de bom coração merece ser aceite de bom coração. A essência sentimental da dádiva é ultrajada pela frieza da avaliação.
A mania da equitatividade contamina os espíritos justos. É o caso das pessoas que, não desconfiando de uma dádiva, recusam-se a aceitar uma prenda que, pelo seu valor, não sejam capazes de retribuir. Esta atitude, apesar de ser nobre, acaba por ser igualmente destrutiva, pois supõe que existe, ou poderá vir a existir, uma expectativa de retribuição da parte de quem dá. Mas quem dá não dá para ser pago. Dá para ser recebido. Não dá como quem faz um depósito ou investimento. O valor de uma prenda não está na prenda - está na maneira como é prendada.
Hoje em dia, com a filosofia energumenóide e pseudojusta que impera, condensada no ditado ‹‹There is no such thing as a free lunch» é praticamente impossível oferecer um almoço a alguém. Todos os gestos de amor e de amizade são reduzidos ao valor de troca, a uma mera transacção em que é tudo avaliado, registado, saldado, pago a meias e de um modo geral discutido e destruído até estar esvaziado de significado.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ouvir e calar...




"E eu que ouvi o que não dizias, apaixonei-me por ti porque calavas."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Literatura




No Livro Na Outra Margem, Philippe Debled reescreve a sua história, contada com detalhes nessa nova obra, da vida de um jovem belga de espírito aventureiro, que desde criança sonhavacom terras selvagens e distantes. Não demorou muito e partiu em busca de suas próprias aventuras: lutou com Jean-Claude Van-Damme, foi oficial de tropa de elite de Infantaria do Exército, sentiu o gosto de ser um vendedor de sucesso…
Mas nada disso era suficientemente excitante: abandonou tudo e pôs-se a viajar para países e regiões do mundo, às vezes pouco visitados. Sua sede de descoberta o levou a lugares pouco explorados. Viajou por Istambul, floresta da Malásia, Himalaia do Nepal, Vietnam, Triângulo de Ouro na Tailândia e Florianópolis, no Brasil, foram alguns de seus destinos.

Ao mesmo tempo, uma outra viagem – esta, interna –, conduzia o autor a situações não tão aprazíveis, transformando seus caminhos em descaminhos, a ação em inércia, os picos em abismos, a liberdade em dependência… E a cada trajeto ia se aproximando de um território perigoso, onde o aguardava um inimigo tão poderoso cuja luta roubou-lhe bom tempo e ainda quase lhe custou a vida, a droga e o álcool, até Philippe mudar o cenário.

Com coragem e sinceridade, ele narra audaciosas aventuras e experiências, e sua total mudança de vida, com um único propósito: poder ajudar quem ainda sofre de dependência.

domingo, 4 de setembro de 2011

Amantes clandestinos...



Parto noite fora
procuro uma estrela
fantasio
deixa-me voar
deixa-me acontecer...

O futuro nada me diz
chove
estrelas
nem velas...

Perdi o medo da chuva
única coisa que cai do céu
via-látea da ilusão
amantes clandestinos
tu e eu...

sábado, 3 de setembro de 2011

É urgente...




É urgente o amor
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Afetos...




"A prova de um afeto puro é uma lágrima."

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O meu barco...



No meu barco
navego
viajo pelo mundo...

Há histórias de encantar
rios para navegar
o mar
além mar...

Ondas que enrolam na areia
murmúrios do vento
sentimento
fases da Lua
Lua cheia...

O meu barco
é a barca dos sonhos
nau do amor
mar de encantos
jardim em flor...

domingo, 28 de agosto de 2011

Fim de férias...



Vou só arrumar a bagagem e já volto...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Amor Pacífico e Fecundo



Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!

Rabindranath Tagore


(Um abraço em tempo de férias,as saudades são imensas.)



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Literatura.



Sinopse

Durante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris, encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres num esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo, desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de Dreyfus para a embaixada alemã, a disseminação gradual daquela falsificação conhecida como Os Protocolos dos Sábios de Sião (que inspirará a Hitler os campos de extermínio), jesuítas que tramam contra maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam padres com as suas próprias tripas, um Garibaldi artrítico com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres numa Paris da Comuna em que se comem os ratos, golpes de punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de criminosos que entre os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras. Óptimo material para um romance-folhetim de estilo oitocentista, para mais, ilustrado com os feuilletons daquela época. Há aqui do que contentar o pior dos leitores. Salvo um pormenor. Excepto o protagonista, todos os outros personagens deste romance existiram realmente e fizeram aquilo que fizeram. E até o protagonista faz coisas que foram verdadeiramente feitas, salvo que faz muitas que provavelmente tiveram autores diferentes. Mas quando alguém se movimenta entre serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores e eclesiásticos pecadores, tudo pode acontecer. Até o único personagem inventado desta história ser o mais verdadeiro de todos, e se assemelhar muitíssimo a outros que estão ainda entre nós. Um romance fantástico, de um autor que uma vez mais mostra saber como nenhum outro combinar erudição, humor e reflexão.

O Cemitério de Praga de Umberto Eco

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Kiss the rain



Continuo de férias, o Sol de Portugal é maravilhoso o país é fantástico.
abraço para todos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Férias...




Estou indo de férias, volto assim que me encontrar.

domingo, 24 de julho de 2011

Noticias do meu amor...



Vento
dá-me noticias
do meu amor
trás o pólen
da minha flor
o perfume
o odor
não te esvaias no tempo...

Quero amar
ser amado
gritar ao vento
espalhar todo o amor que sinto
no teu corpo
que quero tanto...

Vento que sopras
dilui a minha pele
acaricia com a tua brisa
os meus desejos
com essência e mel...

sábado, 23 de julho de 2011

Passivo,ativo e perfeito...




"Apaixonar-se é passivo; amar activo; o perfeito está no que não é nem isto nem aquilo."

sexta-feira, 22 de julho de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Literatura.


Sinopse

Pedro Rosa Mendes, repórter galardoado do "Público", partiu em Junho de 1997, com uma bolsa de criação literária do Centro Nacional de Cultura, mochila às costas, máquina fotográfica e gravador, para uma viagem de Namibe, ao sul de Angola, onde se situa a Baía dos Tigres, a Quelimane, Moçambique, atravessando o continente Africano de costa a costa, à semelhança de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, por picadas, rios e caminhos de ferro. Regressaria três meses e meio depois desta viagem, carregado de histórias bastantes diferentes das que aqueles exploradores certamente encontraram. Histórias de ódio e de horror, de crueldade, num continente onde uma guerra sem fim à vista, tem vindo a aniquilar cada vez mais gente. Em mais de quatrocentas páginas, "Baía dos Tigres" é um relato dessas histórias, como diz Alexandra Lucas Coelho no suplemento Leituras, do "Público", «barroco, denso, infernal. Fino, claro, transparente. Como acontece aos homens ser.»

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Para os Amigos




De entre todos, apenas vós
tendes direito a ver-me
fracassar. Onde caio
entre a vossa irónica
doçura implacável, convosco
partilho o pão e o espaço
e a rapidez dos olhos
sobre o que fica (sempre)
para dar ou dizer.
E de vós me levanto
e vos levo pesando
e ardendo até onde
me ajudais a ser
melhor ou talvez
menos só.

(Vítor Matos e Sá.)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"A vida é uma coisa, o amor é outra.




A vida dura a vida inteira, o amor não.
Só um minuto de amor pode durar a vida inteira."

(MEC)