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terça-feira, 10 de junho de 2008

Ruas de Constância.


Rua João Chagas.

"Dia da raça".


A propósito do tão badalado dia da "Raça" atente-se no que Guerra Junqueiro em 1896 através da sua obra "Pátria", descreveu sobre Portugal,encaixa perfeitamente nos dias de hoje..

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonha, feixes de miséria, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que já nem com as orelhas é capaz de sacudir as moscas. [...]"

segunda-feira, 9 de junho de 2008

10 de junho





"As armas e os barões assinalados,

Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;"

"Canto primeiro ( verso 1) "Os Lusíadas" de Luis de Camões




O Dia de Portugal, Camões e das Comunidades, deve ser vivido com o espírito lusitano pela continuidade dum País cada vez mais fraterno, solidário e mais justo pela honra e pela glória alcançada por homens arrojados, que rasgaram os mares, descobriram novos Povos e levaram o nome de Portugal às 5 partidas do Mundo.

Ode triunfal.



[Álvaro de Campos, Junho de 1914]

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical --
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força --
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,
Átomos que hão de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,
Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!

Fraternidade com todas as dinâmicas!
Promíscua fúria de ser parte-agente
Do rodar férreo e cosmopolita
Dos comboios estrénuos,
Da faina transportadora-de-cargas dos navios,
Do giro lúbrico e lento dos guindastes,
Do tumulto disciplinado das fábricas,
E do quase-silêncio ciciante e monótono das correias de transmissão!

Horas europeias, produtoras, entaladas
Entre maquinismos e afazeres úteis!
Grandes cidades paradas nos cafés,
Nos cafés -- oásis de inutilidades ruidosas
Onde se cristalizam e se precipitam
Os rumores e os gestos do Útil
E as rodas, e as rodas-dentadas e as chumaceiras do Progressivo!
Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares!
Novos entusiasmos da estatura do Momento!
Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostadas às docas,
Ou a seco, erguidas, nos pianos-inclinados dos portos!
Actividade internacional, transatlântica, Canadian-Pacific!
Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis,
Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots,
E Piccadillies e Avenues de l'Opera que entram
Pela minh'alma dentro!

Hé-lá as ruas, hé-lá as praças, hé-la-hó la foule!
Tudo o que passa, tudo o que pára às montras!
Comerciantes; vadios; escrocs exageradamente bem-vestidos;
Membros evidentes de clubes aristocráticos;
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete
De algibeira a algibeira!
Tudo o que passa, tudo o que passa e nunca passa!
Presença demasiadamente acentuada das cocotes;
Banalidade interessante (e quem sabe o quê por dentro?)
Das burguesinhas, mãe e filha geralmente,
Que andam na rua com um fim qualquer,
A graça feminil e falsa dos pederastas que passam, lentos;
E toda a gente simplesmente elegante que passeia e se mostra
E afinal tem alma lá dentro!

(Ah, como eu desejaria ser o souteneur disto tudo!)

A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!

Notícias desmentidas dos jornais,
Artigos políticos insinceramente sinceros,
Notícias passez à-la-caisse, grandes crimes --
Duas colunas deles passando para a segunda página!
O cheiro fresco a tinta de tipografia!
Os cartazes postos há pouco, molhados!
Vients-de-paraitre amarelos com uma cinta branca!
Como eu vos amo a todos, a todos, a todos,
Como eu vos amo de todas as maneiras,
Com os olhos e com os ouvidos e com o olfacto
E com o tacto (o que palpar-vos representa para mim!)
E com a inteligência como uma antena que fazeis vibrar!
Ah, como todos os meus sentidos têm cio de vós!

Adubos, debulhadoras a vapor, progressos da agricultura!
Química agrícola, e o comércio quase uma ciência!
Ó mostruários dos caixeiros-viajantes,
Dos caixeiros-viajantes, cavaleiros-andantes da Indústria,
Prolongamentos humanos das fábricas e dos calmos escritórios!

Ó fazendas nas montras! ó manequins! ó últimos figurinos!
Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar!
Olá grandes armazéns com várias secções!
Olá anúncios eléctricos que vêm e estão e desaparecem!
Olá tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem!
Eh, cimento armado, beton de cimento, novos processos!
Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos!
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!

Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera.
Amo-vos carnivoramente,
Pervertidamente e enroscando a minha vista
Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis,
Ó coisas todas modernas,
Ó minhas contemporâneas, forma actual e próxima
Do sistema imediato do Universo!
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!

Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls, ó Luna-Parks,
Ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes --
Na minha mente turbulenta e incandescida
Possuo-vos como a uma mulher bela,
Completamente vos possuo como a uma mulher bela que não se ama,
Que se encontra casualmente e se acha interessantíssima.

Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas!
Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios!
Eh-lá-hô recomposições ministeriais!
Parlamento, políticas, relatores de orçamentos;
Orçamentos falsificados!
(Um orçamento é tão natural como uma árvore
E um parlamento tão belo como uma borboleta.)

Eh-lá o interesse por tudo na vida,
Porque tudo é a vida, desde os brilhantes nas montras
Até à noite ponte misteriosa entre os astros
E o amor antigo e solene, lavando as costas
E sendo misericordiosamente o mesmo
Que era quando Platão era realmente Platão
Na sua presença real e na sua carne com a alma dentro,
E falava com Aristóteles, que havia de não ser discípulo dele.

Eu podia morrer triturado por um motor
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
Atirem-me para dentro das fornalhas!
Metam-me debaixo dos comboios!
Espanquem-me a bordo de navios!
Masoquismo através de maquinismos!
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho!

Up-lá hó jóquei que ganhaste o Derby,
Morder entre dentes o teu cap de duas cores!

(Ser tão alto que não pudesse entrar por nenhuma porta!
Ah, olhar é em mim uma perversão sexual!)

Eh-lá, eh-lá, eh-lá, catedrais!
Deixai-me partir a cabeça de encontro às vossas esquinas,
E ser levantado da rua cheio de sangue
Sem ninguém saber quem eu sou!

Ó tramways, funiculares, metropolitanos,
Roçai-vos por mim até ao espasmo!
Hilla! hilla! hilla-hô!
Dai-me gargalhadas em plena cara,
Ó automóveis apinhados de pândegos e de putas,
Ó multidões quotidianas nem alegres nem tristes das ruas,
Rio multicolor anónimo e onde eu me posso banhar como quereria!
Ah, que vidas complexas, que coisas lá pelas casas de tudo isto!
Ah, saber-lhes as vidas a todos, as dificuldades de dinheiro,
As dissensões domésticas, os deboches que não se suspeitam,
Os pensamentos que cada um tem a sós consigo no seu quarto
E os gestos que faz quando ninguém pode ver!
Não saber tudo isto é ignorar tudo, ó raiva,
Ó raiva que como uma febre e um cio e uma fome
Me põe a magro o rosto e me agita às vezes as mãos
Em crispações absurdas em pleno meio das turbas
Nas ruas cheias de encontrões!

Ah, e a gente ordinária e suja, que parece sempre a mesma,
Que emprega palavrões como palavras usuais,
Cujos filhos roubam às portas das mercearias
E cujas filhas aos oito anos -- e eu acho isto belo e amo-o! --
Masturbam homens de aspecto decente nos vãos de escada.
A gentalha que anda pelos andaimes e que vai para casa
Por vielas quase irreais de estreiteza e podridão.
Maravilhosa gente humana que vive como os cães,
Que está abaixo de todos os sistemas morais,
Para quem nenhuma religião foi feita,
Nenhuma arte criada,
Nenhuma política destinada para eles!
Como eu vos amo a todos, porque sois assim,
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus,
Inatingíveis por todos os progressos,
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida!

(Na nora do quintal da minha casa
O burro anda à roda, anda à roda,
E o mistério do mundo é do tamanho disto.
Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente.
A luz do sol abafa o silêncio das esferas
E havemos todos de morrer,
Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo,
Pinheirais onde a minha infância era outra coisa
Do que eu sou hoje. . . )

Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!
Outra vez a obsessão movimentada dos ónibus.
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo dentro de todos os comboios
De todas as partes do mundo,
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios,
Que a estas horas estão levantando ferro ou afastando-se das docas.
Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro ondulado!
Ó cais, ó portos, ó comboios, ó guindastes, ó rebocadores!

Eh-lá grandes desastres de comboios!
Eh-lá desabamentos de galerias de minas!
Eh-lá naufrágios deliciosos dos grandes transatlânticos!
Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá,
Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões,
Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim,
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa,
E outro Sol no novo Horizonte!

Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto
Ao fúlgido e rubro ruído contemporâneo,
Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?
Tudo isso apaga tudo, salvo o Momento,
O Momento de tronco nu e quente como um fogueiro,
O Momento estridentemente ruidoso e mecânico,
O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes
Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais.

Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar,
Engenhos, brocas, máquinas rotativas!

Eia! eia! eia!
Eia eletricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia, eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
Hé-lá! He-hô Ho-o-o-o-o!
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

Anedotas da nossa história!

O DINHEIRO DOS CRISTÃOS-NOVOS
Numa carta do inquisidor-geral Fernando de Mascarenhas a Filipe III, conta ter ficado com os bens de uns “conversos” por saber, de antemão, que o rei, a exemplo dos seus antecessores, os repudiava, por serem “cousa de gente empestada”.
Os bens dos cristãos-novos sujavam as mãos dos reis mas não dos inquisidores! Olha a lata!

Sugestões para poupar no petróleo!





domingo, 8 de junho de 2008

Poesias Eternas.


Passagem das horas.
(excerto)

Torna-me humano, ó noite, torna-me fraterno e solícito.
Só humanitariamente é que se pode viver.
Só amando os homens, as acções, a banalidade dos trabalhos,
Só assim -- ai de mim! --, só assim se pode viver.
Só assim, ó noite, e eu nunca poderei ser assim!
Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco -- não sei qual -- e eu sofri.
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse,
Amei e odiei como toda a gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a excepção, o choque, a válvula, o espasmo.

Vem, ó noite, e apaga-me, vem e afoga-me em ti.
Ó carinhosa do Além, senhora do luto infinito,
Mágoa externa da Terra, choro silencioso do Mundo.
Mãe suave e antiga das emoções sem gesto,
Irmã mais velha, virgem e triste, das ideias sem nexo,
Noiva esperando sempre os nossos propósitos incompletos,
A direcção constantemente abandonada do nosso destino,
A nossa incerteza pagã sem alegria,
A nossa fraqueza cristã sem fé,
O nosso budismo inerte, sem amor pelas coisas nem êxtases,
A nossa febre, a nossa palidez, a nossa impaciência de fracos,
A nossa vida, ó mãe, a nossa perdida vida...

Álvaro de Campos
1916

Velhos são os trapos

Anedotas da nossa história!

O REGRESSO DOS JESUÍTAS
Expulsos pelo Marquês de Pombal em 3/9/1759, os Jesuítas regressaram em 1829 pelas mãos do Rei D. Miguel e de D. Carlota Joaquina. Já antes, em 1816, o Papa Pio VII os tinha oferecido a Portugal, mas foram recusados pela boca do ministro António de Araújo.
Os Jesuítas são um bom exemplo da Infalibilidade Papal, pois aqui como noutros assuntos, estão sempre a dar o dito por não dito:
Extintos pela bula “Dominus ac Redemptor” do Papa Clemente XIV a 21/7/1773, a Rússia não aceitou esta bula, pelo que eles refugiaram-se na Rússia e aí se “reproduziram”. Mais tarde, o papa foi envenenado e Pio VIII, na bula “De Catholic Fides”, de 7/3/1801, recriou a extinta companhia.
Os Jesuítas tinham grande poder por serem, em regra, os confessores da amante do rei, e depois do próprio rei. O caso de maior sucesso foi o do jesuíta Nithard, confessor da rainha Mariana de Áustria, mulher de Filipe IV de Espanha, que além de confessor compartilhava a cama. Mas foi um caso excepcional.
Diga-se que se os Jesuítas não aconselhassem e evitassem o casamento de D. Sebastião, provavelmente Portugal nunca teria sido parte de Espanha.

Receitas da nossa região.


Barbos de Molhata




Ingredientes:
Para 6 pessoas

2 kg de barbos ;
2 cebolas ;
6 dentes de alho ;
1 ramo de salsa ou de coentros (ou dos dois) ;
2 colheres de sopa de massa de pimentão (ou colorau) ;
1,5 dl de azeite ;
1,5 dl de vinho branco ;
sal ;
pimenta ;
vinagre
Confecção:

Depois de amanhados, cortam-se os barbos aos bocados e temperam-se com sal. Deixam-se ficar assim durante algumas horas.
Cortam-se as cebolas e os dentes de alho ás rodelas e introduzem-se num tacho de barro alternadamente com os bocados de barbo.
Tempera-se com sal, pimenta, a massa de pimentão, o azeite, o vinho branco e um pouco de vinagre. Tapa-se o tacho e leva-se a cozer em lume brando. Agita-se o tacho de vez em quando, só se destapando quando for absolutamente indispensável.
Serve-se com bolo de batata ou com esparregado.

Bom apetite.

sábado, 7 de junho de 2008

Grupo A (euro 2008)


EURO'2008 - GRUPO A (1.ª JORNADA)

PORTUGAL-TURQUIA

Stade de Genève, em Genebra (Suíça)
Hora: 19.45
Árbitro: Herbert Fandel (Alemanha)

EQUIPAS

PORTUGAL
1 - Ricardo
4 - Bosingwa
15 - Pepe
16 - Ricardo Carvalho
2 - Paulo Ferreira
8 - Petit
10 - João Moutinho
20 - Deco
7 - Cristiano Ronaldo
21 - Nuno Gomes
11 - Simão

Treinador: Luiz Felipe Scolari.

Suplentes:
22 - Rui Patrício
3 - Bruno Alves
5 - Fernando Meira
6 - Raul Meireles
9 - Hugo Almeida
13 - Miguel
14 - Jorge Ribeiro
17 - Ricardo Quaresma
18 - Miguel Veloso
19 - Nani
23 - Hélder Postiga

TURQUIA
23 - Volkan Demirel
22 - Hamit Altintop
2 - Servet Çetin
4 - Gokhan Zan
3 - Hakan Balta
5 - Emre Belözoglu
7 - Mehmet Aurélio
18 - Kazim Kazim
17 - Tuncay Sanli
21 - Mevlüt Erdinç
8 - Nihat Kahveci

Treinador: Fatih Terim.

Suplentes:
1 - Rustu Reçber
12 - Tolga Zengin
6 - Mehmet Topal
9 - Semih Senturk
10 - Gokdeniz Karadeniz
11 - Tumer Metin
13 - Emre Gungor
14 - Arda Turan
15 - Emre Asik
16 - Ugur Boral
19 - Ayhan Akman
20 - Sabri Sanöglu

Resultado: 2-0 A favor da equipa Lusa.

Ruas de Constância.

Contra o nuclear,naturalmente!

Anedotas da nossa história!

OS VIVAS A DONA CARLOTA
De Janeiro de 1829 a Maio de 1933 esteve è frente da prisão na Torre de S. João da Barra o bronco oficial Teles Jordão.
Enquanto davam pontapés nos demónios situados no corpo dos presos, gritavam palavras de ordem, como: “ Viva a Dona Carlota Joaquina” e “ Morra a D. Pedro e à puta que o pariu”!
Ora, a puta era a mesma a que davam vivas!

Euro 2008 (Futebol)


Jogadores convocados de Portugal para a Eurocopa 2008:
N. - Pos. - Jogador - Clube
1 - G - Ricardo - Real Betis
2 - D - Paulo Ferreira - Chelsea
3 - D - Bruno Alves - Porto
4 - D - José Bosingwa - Porto
5 - D - Fernando Meira - Stuttgart
6 - M - Raul Meireles - Porto
7 - A - Cristiano Ronaldo - Manchester United
8 - M - Petit - Benfica
9 - A - Hugo Almeida - Werder Bremen
10 - M - João Moutinho - Sporting
11 - A - Simão - Atlético Madrid
12 - G - Quim - Benfica
13 - D - Miguel - Valencia
14 - D - Jorge Ribeiro - Boavista
15 - D - Pepe - Real Madrid
16 - D - Ricardo Carvalho - Chelsea
17 - A - Ricardo Quaresma - Porto
18 - M - Miguel Veloso - Sporting
19 - A - Nani - Manchester United
20 - M - Deco - Barcelona
21 - A - Nuno Gomes - Benfica
22 - G - Rui Patrício - Sporting
23 - A - Hélder Postiga - Porto



Força Portugal,o Céu é o limite...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Poemas eternos.


Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.

Eugénio de Andrade

Receitas tradicionais da nossa região.

Fataça na Telha


Ingredientes:

· 2 fataças redondas ;
· fatias de toucinho de salga ;
· 1 cebola grande ;
· 2 dl de azeite ;
· 1 colher de chá de colorau ;
· 3 dentes de alho ;
· 1 folha de louro ;
· vinagre q.b. ;
· piripiri q.b. ;
· salsa ;
· 3 batatas médias

Confecção:

Golpeia-se o peixe e nos cortes introduzem-se as fatias de toucinho. Salpica-se com sal. À parte, numa tigela, pica-se a cebola e juntam-se os restantes ingredientes (excepto as batatas). Forra-se o fundo da telha com fatias de toucinho e coloca-se o peixe dentro. Decora-se com as batatas cortadas em cubos pequenos e com o molho. Vai ao forno bem quente até corar. Serve-se bem quente

Últimatum


Últimatum futurista


ÀS GERAÇÕES PORTUGUESAS DO SÉC. XXI
Acabemos com este maelstrom de chá morno!
Mandem descascar batatas simbólicas a quem disser que não há tempo para a criação!
Transformem em bonecos de palha todos os pessimistas e desiludidos!
Despejem caixotes de lixo à porta dos que sofrem da impotência de criar!
Rejeitem o sentimento de insuficiência da nossa época!
Cultivem o amor do perigo, o hábito da energia e da ousadia!
Virem contra a parede todos os alcoviteiros e invejosos do dinamismo!
Declarem guerra aos rotineiros e aos cultores do hipnotismo!
Livrem-se da choldra provinciana e da safardanagem intelectual!
Defendam a fé da profissão contra atmosferas de tédio ou qualquer resignação!
Façam com que educar não signifique burocratizar!
Sujeitem a operação cirúrgica todos os reumatismos espirituais!
Mandem para a sucata todas as ideias e opiniões fixas!
Mostrem que a geração portuguesa do século XXI dispõe de toda a força criadora e construtiva!
Atirem-se independentes prá sublime brutalidade da vida!
Dispensem todas as teorias passadistas!
Criem o espírito de aventura e matem todos os sentimentos passivos!
Desencadeiem uma guerra sem tréguas contra todos os "botas de elástico"!
Coloquem as vossas vidas sob a influência de astros divertidos!
Desafiem e desrespeitem todos os astros sérios deste mundo!
Incendeiem os vossos cérebros com um projecto futurista!
Criem a vossa experiência e sereis os maiores!
Morram todos os derrotismos! Morram! PIM!

J o s é d e A l m a d a N e g r e i r o s

P O E T A

F U T U R I S T A
E
T U D O

Grandes idéias.

Poesias.