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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A sinceridade da Lua.


A lua flutua no céu
praia deserta
ouvindo os murmúrios do mar
nossos corpos entrelaçados
num gostoso amar...

A cor dos teus cabelos
a tonalidade da tua pele
refletidos com a luz do luar
tua boca a saber a mel
neste doce beijar...

Teu olhar lascivo
reflexo do meu desejo
intenso vivo
de te possuir
beijar tua boca
num infinito beijo.

Nossos corpos rolam na areia da praia
possui-te até madrugar
gozo nas tuas entranhas
escaldantes
em espasmos constantes
oh...Como é bom te amar...

...Cúmplice da nossa ebulição
a lua esconde-se envergonhada
e para lá do horizonte sorri
cansada e saciada
sonha
com outras noites de paixão...

domingo, 17 de outubro de 2010

Viajar em ti ...


Viajar em ti
é conhecer todos os cantinhos do teu corpo
é percorrer o interior e exterior,
do teu mundo.
É olhar cada movimento das tuas formas.
Curvas que me excitam
seios que me alimentam,
lábios que saceiam minha sede.
Acariciar-te
é viajar eternamente,
nesse teu lindo corpo,
num passado presente.
É sentir arder as tuas entranhas,
num fogo permanente.
É afagar-te com meiguices
em gestos afectuosos,
cheios de ternura,
é sentir tua sensualidade
fêmea
gostosa...

sábado, 16 de outubro de 2010

Opinião Independente .




É fácil viver no mundo conforme a opinião do mundo: é fácil na solidão viver conforme a própria opinião; mas grande homem é o que, no meio da multidão, conserva com plena serenidade a independência da solidão.

Ralph Waldo Emerson, in 'Ensaios'

Literatura.




Sinopse: «Uma rainha não foge, não vira costas ao seu destino, ao seu país. D. Amélia de Orleãs e Bragança era uma mulher marcada pela tragédia quando embarcou, em Outubro de 1910, na Ericeira rumo ao exílio. Essa palavra maldita que tinha marcado a sua família e a sua infância.
O povo acolheu-a com vivas, anos antes, quando chegou a Lisboa. Admirou a sua beleza, comentou como era alta e ficou encantado com o casamento de amor a que assistiu na Igreja de São Domingos. A princesa sentia-se uma mulher feliz. Mas cedo começou a sentir o peso da tragédia. O povo que a aclamou agora criticava os seus gestos, mesmo quando eram em prol dos mais desfavorecidos. O marido, aos poucos, afastava-se do seu coração, descobriu-lhe traições e fraquezas e nem o amor dos seus dois filhos conseguiu mitigar a dor.
Nos dias mais tristes passava os dedos pelo colar de pérolas que D. Carlos lhe oferecera, 671 pérolas, cada uma símbolo dos momentos felizes que teimava em não esquecer.
Isabel Stilwell, autora best-seller de romances históricos, traz-nos a história da última rainha de Portugal. D. Amélia viveu durante 24 anos num país que amou como seu, apesar de nele ter deixado enterrados uma filha prematura que morreu à nascença, o seu primogénito D. Luís Filipe, herdeiro do trono, e o marido D. Carlos assassinados ao pleno Terreiro do Paço a tiro de carabina e pistola. De nada lhe valeu o ramo de rosas que tinha na mão e com o qual tentou afastar o assassino. Outras mortes a perseguiriam…
D. Amélia regressou em 1945 a convite de António de Oliveira Salazar com quem mantinha correspondência e por quem tinha uma declarada admiração. Morreu seis anos depois em França, seu país natal, na cama que Columbano havia pintado para ela. Na cabeceira estavam desenhadas as armas dos Bragança.»

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amar é doce...



Nem sempre o que se sente
é dor
o prazer de amar é doce
sentir o amor
é andar nas nuvens
que bom que sempre assim fosse...
É sentir dentro de nós
outro alguém
olhar na mesma direcção
é ir mais além
de alma e coração...
É sentir
o que o outro sente
é o amor
na primeira semente
é a ausência da dor...
Amar é divino
é procriar a vida
o destino
trocar as voltas ao mundo
é não deixar o outro
ir ao fundo...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O cansaço da Lua.


Estrelas prenhes de luz
gravitam ao redor da Lua
a Lua uivada
enciumada
mingua...
Estrelas cadentes
fecundam novas Estrelas
no Céu brilhante
nascem brilhos diferentes...
A Lua procurando amante
aluada
muda de fase
"saída"na madrugada
procura ser fecundada...
Na orgia da noitada
triste
a Lua aluada
ao amanhecer
esconde-se cansada...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Brincadeira.

A amiga Angela do blog http://www.entremeiosangela.com sugeriu esta brincadeira



Entre Chegadas e Partidas o que faz você feliz?





Com regras bem fáceis:


1 - Copie e cole o selinho na sua postagem;
2 - Conte-nos o que lhe faz feliz, entre partidas e chegadas, simples assim!;
3 - Conte quem lhe presenteou, se possível adicionando o link para o blog;
4 - Indique ao menos 5 blogs para receberem o carinho e avise-os, para que eles possam continuar a brincadeira. Podem ser mais, claro, o importante é provocar a ideia naqueles que lhe visitam!
5 - Volte aqui e avise se já está participando, nesse mesmo post.


A aproximação enche-me sempre de felicidade ,é sempre mais bela que a chegada ...




Só pensando nas pequenas coisas chegaremos a compreender as grandes .


A ausência só mata o amor quando ele já está doente na data da partida





Há uma hora de partida mesmo quando não há lugar certo para ir .





Sugiro que os blogues abaixo continuem a brincadeira.

Manú do blog http://vivercomlight.blogspot.com

Fátima do blog http://vivereafinaroinstrumento.blogspot.com

Valeria do blog http://dolcealgodao.blogspot.com

Amelia do blog http://w-entrevidas.blogspot.com

Acácia rubra do blog http://rubraacacia.blogspot.com

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Felicidade Perene e Felicidade Duradoura




Por entre as vicissitudes de uma longa vida, reparei que as épocas das mais doces delícias e dos prazeres mais vivos não são aqueles cuja lembrança mais me atrai e mais me toca. Esses curtos momentos de delíriro e paixão, por mais vivos que possam ter sido, não são, no entanto, e até pela sua própria intensidade, senão pontos bem afastados uns dos outros na linha da minha vida. Foram demasiados raros e demasiado rápidos para constituírem um estado, e a felicidade de que o meu coração sente saudades não é constituída por instantes fugidios, é antes um estado simples e permanente que em si mesmo não tem vivacidade, mas cuja duração aumenta o seu encanto ao ponto de nele encontrar finalmente a felicidade suprema.

Na terra, tudo vive num fluxo contínuo. Nada conserva uma forma constante e segura, e as nossas afeições, que se prendem às coisas exteriores, passam e, como elas, mudam. Sempre à nossa frente ou atrás de nós, elas lembram o passado que já não existe, ou prevêem o futuro que muitas vezes não será: não existe nada de sólido a que o coração possa prender-se. É por isso que, na terra, só existe prazer passageiro; duvido que se conheça felicidade que dure. Nos nossos prazeres mais vivos, quase não existe um instante em que o coração possa verdadeiramente dizer-nos: Queria que este instante durasse para sempre; e como poderá chamar-se felicidade a um estado fugidio que nos deixa o coração inquieto e vazio, que nos faz ter saudades de algo que passou, ou desejar alguma coisa no futuro?

Jean-Jacques Rousseau, in 'Os Devaneios do Caminhante Solitário'

Literatura,


Autor
Haruki Murakami
Editora
Casa das Letras
Sinopse
Por uma noite, Murakami leva-nos com ele através de uma Tóquio sombria, onírica, hipnótica. Um deslumbrante romance perpassado de uma singular atmosfera poética, na fronteira entre a realidade e o universo fantasmático, onde cada pormenor, olhado retrospectivamente, faz sentido.
Num bar, Mari encontra-se mergulhada num livro, enquanto bebe o seu chá e fuma cigarro atrás de cigarro. Às tantas, entra em cena um músico que a reconhece. Ao mesmo tempo, encerrada num quarto, Eri, a irmã de Mari, dorme com os punhos cerrados, sem saber que está a ser observada por alguém.
Em torno das duas irmãs desfilam personagens insólitas: uma prostituta chinesa vítima de agressão, a gerente de um hotel do amor, um técnico informático, uma empregada de limpeza em fuga. Sucedem-se acontecimentos bizarros: um aparelho de televisão que, de um momento para o outro, começa bruscamente a funcionar, um espelho que conserva os reflexos.

Em Tóquio, durante as horas de uma noite, vai desenrolar-se um estranho drama...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Roda viva...


Sonho
que o amor sorri
e a vida gira
em volta
de ti...
De súbito o mundo para
deixa de girar
deixa de sorrir
e eu sem saber
para onde ir...
Procuro e não encontro
nesta bola
que não rola
este desencontro...
E desenquadrado
com o mundo parado
empurro a vida
para outro lado...
De repente
o mundo volta a girar
mas roda ao contrário
troco as voltas á vida
nesta roda viva
continuo a sonhar...

domingo, 10 de outubro de 2010

Dança do amor...


Danço
o meu corpo funde-se
no teu
há musica dentro de mim.
vinda do céu...
Redopio nas nuvens
de corpo e alma
refugio-me nos teus braços
e no interior das tuas margens
anseio pelos teus abraços...
Abraçado
cinjo-me completamente
envolvo-me no teu corpo
amo-te intensamente...
E na dança do amor
meu corpo em cadência
oscila, treme de prazer
de te sentir
possuir
nesta dança de te querer...

sábado, 9 de outubro de 2010

Imagine



Fazia hoje 70 anos.

Coração Mais Forte que o Dever





Nas alturas em que o meu dever e o meu coração estavam em contradição, o primeiro raramente saiu vitorioso, a menos que bastasse eu abster-me; então, na maioria das vezes, eu era forte, mas sempre me foi impossível agir contra o meu feitio. Quer sejam os homens, o dever, ou mesmo a fatalidade quem comanda, sempre que o meu coração se cala, a minha vontade fica surda, e eu não sou capaz de obedecer. Vejo o mal que me ameaça e deixo-o chegar, em vez de agir para o evitar. Começo por vezes com esforço, mas esse esforço cansa-me e depressa me esgota, e não sou capaz de continuar. Em todas as coisas imagináveis, aquilo que não faço com prazer logo se me torna impossível de levar a cabo.

Jean-Jacques Rousseau, in 'Os Devaneios do Caminhante Solitário'

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fragmentos...


Jamais serei quem era
cresci
aprendi
que nem sempre é Primavera
há nuvens que nos escondem
vida que nunca se recupera...
Pintei os meus sonhos
de várias cores
construí o meu arco íris
revoltando a terra
semeando flores...
Já não há mais amanhã
só o amanhã seguinte
resgatados de mim
sobraram pedaços
fragmentos dos nossos sonhos
carinhos,abraços...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os Caminhos Desapareceram da Alma Humana...




Caminho: faixa de terra sobre a qual se anda a pé. A estrada distingue-se do caminho não só por ser percorrida de automóvel, mas também por ser uma simples linha ligando um ponto a outro. A estrada não tem em si própria qualquer sentido; só têm sentido os dois pontos que ela liga. O caminho é uma homenagem ao espaço. Cada trecho do caminho é em si próprio dotado de um sentido e convida-nos a uma pausa. A estrada é uma desvalorização triunfal do espaço, que hoje não passa de um entrave aos movimentos do homem, de uma perda de tempo.
Antes ainda de desaparecerem da paisagem, os caminhos desapareceram da alma humana: o homem já não sente o desejo de caminhar e de extrair disso um prazer. E também a sua vida ele já não vê como um caminho, mas como uma estrada: como uma linha conduzindo de uma etapa à seguinte, do posto de capitão ao posto de general, do estatuto de esposa ao estatuto de viúva. O tempo de viver reduziu-se a um simples obstáculo que é preciso ultrapassar a uma velocidade sempre crescente.

Milan Kundera, in "A Imortalidade"

terça-feira, 5 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Novo amanhecer...



Quero um novo amanhecer
com um raiar brilhante
ver uma flor a nascer
sentir o calor do sol
no vidro da minha janela
aguardar o entardecer
partir no meu barco á vela...
Quero agarrar o Pôr do sol
para que o ocaso não aconteça
sem um ai
sem um lamento
navegar mar afora
para que o sonho permaneça
de popa ao vento...
Quero desfraldar as velas
esquecer o sabor amargo
das lágrimas do passado
sentir na minha face a brisa marinha
refrescar o amor
lavar a alma
neste imenso mar salgado...

domingo, 3 de outubro de 2010

Farol.



"O amor é uma luz que não deixa escurecer a vida ..."

sábado, 2 de outubro de 2010

Elixir...


No meio da tristeza ,sorrio para a vida como conhecesse o elixir que transforma o amor e o desamor em paz interior.Procuro uma razão para este estado de alma,não encontro,rio-me de mim mesmo.Creio que a própria vida é o único segredo, a única razão para a felicidade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sem rumo.


Sinto uma mágoa
como espinhos que se cravam
na minha pele
na minha face rola uma lágrima
que se funde no sabor
amargo-salgado
da dor...
Porque é que ao amar
se tem que chorar
sentir o gosto a fel
porque é que no amor
também se sente dor...
Sem remos
sem leme
sem rumo
arrasto-me em direcção ao vazio
sinto a tua desilusão
amor amargo-salgado
neste frágil navio
procuro a solidão.