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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sempre haverá uma ilha de esperança no mar dos meus sonhos.



Juntos olhamos o mar
para além do infinito
o crepúsculo
escurece o nosso olhar
de mãos dadas olhamos o céu...

O sonho é o nosso universo 
espaço sideral
transformado 
submerso
imortal...

A lua beija o mar
a maresia perfuma o teu corpo
envolve-me no sonho
de te amar...

Olho o mar
cada vez mais distante
o vento refresca-me 
abraço-te sofregamente
o sonho é uma constante...


quarta-feira, 5 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Tremo Quando te Escrevo.




Meu amor adorado: a tua querida cartinha ao chegar-me hoje às mãos veio dar-me o primeiro momento de alegria desde que partiste. O que eu sinto corresponde exactamente - ai de mim - aos sentimentos que expressas, mas é-me muito difícil responder na tua bela língua a essas doces expressões, que merecem uma resposta mais em actos do que em palavras. Espero, no entanto, que o teu coração seja capaz de sugerir tudo o que o meu gostaria de te dizer. Talvez que se te amasse menos não me custasse tanto exprimir o meu pensamento, pois tenho de vencer a dupla dificuldade de expor um sofrimento insuportável numa língua estranha. Desculpa os meus erros. Quanto mais bárbaro for o meu estilo, mais se assemelhará ao meu Destino longe de ti. Tu, o meu único e derradeiro amor - tu, minha única esperança - tu, que já me habituara a considerar só minha - partiste e eu fiquei sozinho e desesperado. Eis a nossa história em poucas palavras. É esta uma provação que suportaremos como outras suportámos, porque o amor nunca é feliz, mas devemos, tu e eu, sofrer mais ainda, pois tanto a tua situação como a minha são igualmente extraordinárias. 

(...) Quando o Amor não é o Senhor de um coração, quando não cede tudo perante ele, quando não se lhe sacrifica tudo, então trata-se de Amizade, - de estima - de tudo o que tu quiseres, mas de Amor é que não. 
(...) Antes de te conhecer estava sempre interessado em muitas mulheres, nunca numa só. Agora, que te amo, não existe nenhuma outra mulher no Mundo. Falas de lágrimas e da nossa desdita; o meu sofrimento é interior, não choro. 
(...) Meu tesouro adorado - tremo enquanto te escrevo, como treme o mesmo doce bater de coração. Tenho milhares de coisas para te dizer e não sei como dizer-tas - um milhão de beijos para te dar, e, ai de mim, quantos suspiros! Ama-me - não como eu te amo, pois te sentirias muito infeliz; não me ames como eu mereço, pois não seria o bastante - ama-me como te ordena o coração. Não duvides de mim. Sou e serei sempre o teu mais terno amante. 

Lord Byron, in 'Carta a Teresa de Guiccioli (1819)'

terça-feira, 28 de maio de 2013

Literatura.

Sinopse

Nesta obra, o autor oferece-nos belas telas ricas de cor, de luz, dos vários elementos colhidos na natureza.
O entardecer nas suas várias cambiantes, conforme o lugar e o tempo, é descrito em pinceladas fortes com verbos no presente - a ação em decurso e com o subjetivismo do autor arrastado pelo sonho e transpor para as telas, que sugere, a tragédia de um poente tempestuoso à beira-mar que é sempre temível para os pescadores.
Além de belos quadros paisagísticos, também nos oferece sugestivos retratos - o do faroleiro, a velha da Foz do Douro, a sanjoaneira, a mulher da Afurada, de Mira "feia mas esbelta (que) tem ar grave e senhoril quase sempre", a heroica Ti Ana Arneira da Gafanha, a mulher da Murtosa "baixa e atarracada", a de Ovar "delicada e forte, alta e bem proporcionada, cheia de predicados domésticos e morais", a poveira "a bem dizer - um homem", a Rata da Foz. É evidente a simpatia de Raul Brandão pela sua dolorosa vida difícil, de trabalho, de explorados.

sábado, 25 de maio de 2013

Cheiros da Lua...

Saudoso de ti caminho só no escurecer.
as pálpebras fecham-se silenciosamente...

À noite até a Lua
 tem o teu cheiro!

sábado, 18 de maio de 2013

A cor da tua alma...


É na noite
que me deito a teu lado
enquanto te beijo
invento palavras
e descrevo a cor da tua alma...

Resta-me uma dor suave
porque me amaste
assim me disse o teu olhar...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mulher ...



Tu que inquietas o meu sono
de insónia
e ilusão
asas do meu sonho
em noites de lua (cheia)
de paixão...
Tu mulher amada
extensão dos meus sonhos
de noites brancas
ilusão inventada
sonho o teu corpo
beijo a tua boca
tua alma perfumada...

sábado, 4 de maio de 2013

Poeminha à Lua.



Olho a tua imagem
e vejo a lua em meu redor
Lu(a) feiticeira 
és o meu amor...

domingo, 28 de abril de 2013

O tempo já não dá tempo ao tempo ...


O tempo passa
como a água do rio
no aconchego do seu leito
escoa lágrimas da vida
de dentro do peito...
Tempo que tudo arrasta
intemporal para os amantes
entre alegria e tristezas
vida de incertezas
nada deixas como antes...
Deixas marcas
feridas por cicatrizar
boas recordações
muitas emoções
e segues sem parar...
Corres e desgastas
como as pedras do rio
desgastadas pela corrente
como um amor fugidio
e segues em frente...
O tempo já não dá tempo ao tempo
o tempo que era já se foi
são apenas os momentos
parados no tempo
que por vezes dói...

sábado, 27 de abril de 2013

Pernoitas em mim ...

Pernoitas em mim 
e se por acaso te toco a memória... amas 
ou finges morrer 

pressinto o aroma luminoso dos fogos 
escuto o rumor da terra molhada 
a fala queimada das estrelas 

é noite ainda 
o corpo ausente instala-se vagarosamente 
envelheço com a nómada solidão das aves 

já não possuo a brancura oculta das palavras 
e nenhum lume irrompe para beberes 

Al Berto, in 'Rumor do

terça-feira, 23 de abril de 2013

O livro.


«Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.»

Jorge Luís Borges:

domingo, 21 de abril de 2013

Desejo.


Há dentro de mim um desejo
que queima as minhas entranhas
o aninhar-me no teu corpo
amar-te até sentir a dor
do teu amor em lágrimas...

Porque o meu desejo é
fogo que me faz arder
me enche de luz
o mesmo que me ilumina
me inflama de tanto te querer...

Tu, imagem dos meus desejos
enlouquecidos pelos teus cheiros de fêmea
desejos de sorver a tua carne
em grandes beijos
fundir-me em ti minha alma gémea...

Porque o meu desejo
é amor é querer é ambição
na liberdade do meu ensejo
num desejo ardente
almejado na minha solidão...

É amar-te num vendaval de desejos
sentir-te em todas as minhas madrugadas
pelo teu cheiro pelo teu suor
debaixo dos lençóis te tocar
com desejo e muito amor...

sábado, 20 de abril de 2013

Memória do teu corpo.

Tenho nas mãos
a memória do teu corpo
adio o sonho
invento palavras
escondo o meu rosto
por detrás de um ar risonho
escondendo o meu desgosto...

Nem sempre se ama
quando se quer
flutuo nas incertezas
tacteando os meus pensamentos
no teu corpo
mulher...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

Um só corpo....

Na escuridão do frio
ajoelho-me à lareira
reacendo o fogo
apagado por completo
o amor jaz nas cinzas...

Acendo as chamas do amor
nas labaredas
o teu sorriso
ilumina o meu caminho
esqueço a dor...

Quero adormecer no teu leito
sermos um só corpo
aquecer-me na tua boca quente
resguardar-me no teu peito
amar-te eternamente....

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Literatura.


Os Miseravéis , Victor Hugo

(Os miseráveis) é uma das principais obras escritas pelo francês Victor Hugo no século XIX, também autor de “Os Trabalhadores do Mar” e “O Corcunda de Notre Dame” entre outras obras, que narra a situação política e social francesa no período da Insurreição Democrática em 5 de junho de 1832 através da história de Jean Valjean.  
No tribunal de Faverolles, França, Jean Valjean é condenado a passar 10 anos nas galés, por roubar comida. Após cumprir a pena é posto em liberdade condicional, sendo que se não se apresentar regularmente descumprirá os termos da condicional e ficará preso por toda a vida. Logo Valjean se sente marginalizado por todos que encontra, pois carrega o “passaporte amarelo” que o identifica como um ex-presidiário. Valjean só é ajudado pelo bispo Bienvenu , mas em vez de se mostrar grato ele rouba toda a prataria do bispo. Logo é preso, pois as peças de prata tinham o brasão do bispo. Quando Valjean é levado pelos soldados até a presença de Bienvenu, este diz que deu a prataria para Valjean e ainda diz que ele esqueceu de levar os castiçais. Esta demonstração de bondade faz Valjean voltar a crer nas pessoas. Após alguns anos, Valjean torna-se um próspero empresário, o prefeito da cidade e um homem respeitado pela sua bondade, chegando até mesmo a adotar Cosette . Ele é realmente um pai, em parte para se redimir de ter se expressado mal e ter deixado Fantine , a mãe de Cosette, ter sido despedida da sua fábrica, que ficou em razão disto com a saúde muito abalada e ter perdido por anos a guarda da filha. Um dia Valjean vê um aldeão preso embaixo de uma carroça pesada, e com uma força que parece ser sobre-humana, a levanta usando suas costas, o que permite que homem seja salvo. O chefe de polícia do local, Javert , que cumpre a lei ao pé da letra sem a menor clemência, assiste este feito, que o faz lembrar que um prisioneiro de galé que ele encontrou uma vez. Ele investiga o passado do prefeito e o identifica como Jean Valjean, um criminoso procurado pois nunca se apresentou para cumprir os termos da condicional. Porém fica confuso quando um prisioneiro retardado que será julgado afirma ser Jean Valjean. Quando o julgamento estava em andamento alguns prisioneiros afirmam que ele é Valjean, mas o verdadeiro Jean Valjean, que estava no tribunal, diz que o acusado é inocente, pois ele é Jean. Isto fará Javert iniciar uma caçada sem tréguas para prender Valjean, pois a lei tem de ser cumprida. 

sábado, 13 de abril de 2013

Vem ao meu encontro.



Vem ao meu encontro
transforma o teu mar no meu
mistura as tuas águas nas minhas
juntos seremos um oceano de amor
e neste mar imenso
seremos apenas um só...

Navegaremos rumo ao sol nascente
e no universo do amor
transportaremos o sol pelo mar adentro
para que nos aqueça e ilumine
nas vagas da tristeza
nas marés da dor...

Vem ao meu encontro
abraça-me e sente o que tenho para te dar:
um oceano de flores de todas as cores
o meu peito para que adormeças nos teus sonhos
para que possas navegar
no nosso mar de amar...

Vem ao meu encontro
neste mar que cante e chora
e no marujar das ondas
atracaremos na ilha dos sonhos
e nos amaremos até ao nascer da aurora...

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O toque das minhas mãos.




Encaixo-me nos teus braços
abraçado desfruto
do calor do teu corpo
pressiono o meu corpo contra o teu
tua pele arrepiada
alisa-se sob o calor
do toque das minhas mãos...

Ah!Como me
dói-me o coração
de te amar tanto...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tu...





Tu és
o meu poema de amor
balada dos meus sonhos
canção de embalar
palavras que escrevo
neste imenso mar de amar..

És o mar que reinventei
miragem neste imenso azul
ondas que enrolam ao vento
em águas salgadas de lágrimas
num amor que invento...

Tu
és o poema
que gostava de escrever
de amar até morrer...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Não acordes meu amor.



Deixa que te diga no teu sono
o quanto te amo
enquanto dormes nos meus braços
posso dizer-te coisas loucas
que os teus sonos entenderão.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pecados de amor...


O amor deveria perdoar todos os pecados, menos um pecado contra o amor. O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor."

Oscar Wilde

sábado, 6 de abril de 2013

O livro,a janela e a noite...

Fechei o livro
fui à janela
a noite é enorme...

Literatura.



Sinopse
"Orgulho e Preconceito" é, sem dúvida, uma das obras em que melhor se pode descobrir a personalidade literária de Jane Austen.
Com o fino poder de observação que lhe era peculiar, a autora dá-nos um retrato impressionante do que era o mundo da pequena burguesia inglesa do seu tempo:um mundo dominado pela mesquinhez do interesse, pelo orgulho e preconceitos de classe.
Esses "orgulho" e "preconceito" que, no romance, acabam por ceder o passo a outras razões com bem mais fundadas raízes no coração humano.
Uma obra intemporal.
Orgulho e Preconceito de Jane Austen

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dá-me a tua mão!




Dá-me a tua mão
para que sinta um pouco mais de mim
povo-a a minha solidão
agora que as palavras secaram
dá-me um pouco de ti...

Podes dar-me o que sentes
podes dar-me o que tens
envolve-me nos teus sentimentos
dá-me a tua mão
outros ventos...

Dá-me a tua mão
Para que eu me construa de novo
de mão dada vem à minha vida
transporta-me à emoção
por ti sentida...

(Manuel Marques Arroz)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Acaso.

Quer queiramos ou não,
a nossa existência resume-se a uma sucessão de instantes passageiros aprisionados entre o (tudo)
que ficou para trás e o (nada) que temos pela frente...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Desespero...

Preciso desesperadamente de te esquecer,
como preciso desesperadamente de te abraçar...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

sábado, 30 de março de 2013

Lágrimas de amor.


Da tua ausência
é feita a minha vida
amor que ficou não sei onde
escuto a voz do silêncio
e tu sempre mais longe...

Da tua ausência
é feito o meu sofrimento de te perder
sofro de não te ver...

Fala
ouvir-te-ei
ainda
existirão lágrimas para chorar...

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sonhos...



"Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho.Outros não têm na vida nenhum sonho,e faltam a esse também."

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 26 de março de 2013

Literatura.



Herzog de :Saul Bellow.

Na meia-idade, em crise na profissão, traído pela mulher, que o trocou por seu melhor amigo, Moses Herzog, um judeu, sente sua sanidade vacilar. Às voltas com uma fogosa nova namorada, com a tentativa inglória de conquistar a guarda da filha pequena e com um livro de filosofia que nunca termina, Herzog imagina que escreve cartas (jamais enviadas) a parentes, amigos, inimigos e grandes personalidades vivas ou mortas, como o presidente Dwight Eisenhower e o filósofo Friedrich Nietzsche.

Nessas “cartas” conta do seu primeiro casamento, de seu próprio caso fora do casamento e em geral, da angústia da vida contemporânea.
Bellow constumava dizer que as pessoas não se dão conta de que convivem muito mais com suas próprias ideias do que convivem com o mundo externo. E é isso que seu livro retrata: as progressivas imaginações de Herzog.

sábado, 23 de março de 2013

Para ti:



Terás sempre um cantinho dentro do meu coração
desde que te sinta cá dentro
sou um afortunado
mas também te podes deslocar para onde quiseres e aninhares-te em qualquer canto
desde que te sinta cá dentro
sou feliz...

terça-feira, 19 de março de 2013

domingo, 17 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

sábado, 9 de março de 2013

sexta-feira, 8 de março de 2013

8 de Março ,dia internacional da mulher.



A minha singela homenagem,


És menina e mel
mulher menina
á flor da pele
és sonho és vida
meu doce amar
és poesia
mulher menina
luz do luar...
És o meu canto
o meu choro
o meu pranto
menina mulher
meu encanto
és o poema
que eu quero cantar
és emoção
que me faz chorar...
És água
e o sal do meu mar
és lágrima
em preia-mar
mulher menina
meu porto
tempestade e vento
no meu mar revolto
és o puro sentimento
do meu amar...

domingo, 3 de março de 2013

Noite adentro

.

Procuro uma estrela
incandescente
que te ilumine
que te encha de felicidade
sempre...
Uma estrela que adormeça
na Lua
uma estrela que te aqueça de ternura
uma estrela que seja minha e tua
que nos proteja nesta loucura...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Literatura.


 Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski


Publicado em 1866, Crime e Castigo é a obra mais célebre de Fiódor Dostoiévski. Neste livro, Raskólnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, perambula pelas ruas de São Petesburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria: grandes homens, como César e Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História. Este ato desencadeia uma narrativa labiríntica que arrasta o leitor por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para perservar sua dignidade contra as várias formas da tirania.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tu és o poema que gostava de escrever...




Tu és
o meu poema de amor
balada dos meus sonhos
canção de embalar
palavras que escrevo
neste imenso mar de amar..

És o mar que reinventei
miragem neste imenso azul
ondas que enrolam ao vento
em águas salgadas de lágrimas
num amor que invento...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Literatura.


Sinopse .

É um livro em que o desenvolvimento dos enredos erótico-amorosos se conjuga com extrema felicidade à descrição de um tempo histórico politicamente opressivo e à reflexão sobre a existência humana como um enigma que resiste à decifração - o que lhe dá um interesse sempre renovado. Quatro personagens protagonizam essa história - Tereza e Tomas, Sabina e Franz. Por força de suas escolhas ou por interferência do acaso, cada um deles experimenta, à sua maneira, o peso insustentável que baliza a vida, esse permanente exercício de reconhecer a opressão e de tentar amenizá-la.

A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Cuidem-se.


Já é a segunda vez este ano.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Abraço-te e danço...



Lá fora o vento
varre as estrelas
lágrimas voam
silêncio na noite
a lua
ao relento...

O vento
para lá e para cá
meu coração estremece
embalo no vento
abraço-te
e danço...

Literatura.


Sinopse
Antero Moreira de Mendonça odeia os Jesuítas. Quando em 1755 um terramoto de proporções bíblicas arrasa a cidade de Lisboa e os Jesuítas pregam publicamente a fúria de Deus, o jovem entusiasta das ciências naturais vê chegada a oportunidade de se vingar da Companhia de Jesus. No entanto, Gabriel Malagrida, o líder dos Jesuítas a quem o povo reconhece poderes proféticos, revelar-se-á um opositor à altura. Contando com a ajuda de Leonor, filha de um comerciante alemão, Antero irá conseguir escapar-se ao cadafalso e à masmorra. Aquilo que Antero desconhece é que Leonor se conta entre os fiéis seguidores da ordem jesuíta. Que partido acabará o coração de Leonor por tomar? O de Antero ou o dos seus correligionários jesuítas?
A Jesuíta de Lisboa de Titus Muller

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Vazio...



Ausente
olho o universo
nada vejo...

Sinto um vazio
fecho os olhos
imagino
teu corpo
envolto numa áurea
luminosa...

Flutua no espaço
que me limita
circunda
e controla...

Grito a tua ausência
não te vejo
não te sinto
espaço sideral
universo vazio
vácuo total.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A neve cai lá fora...



Ao acordar
tua pele de veludo
roça ma minha
olho a janela
vidros baços...

Há neve lá fora
aconchego-me no teu corpo
quente
suave
ardente...

Debaixo dos lençóis
de linho macios
cheirando a rosas
teu corpo esguio
esfuma-se...

fico só
no vazio do meu quarto
olhando os vidros baços
vendo a neve cair
escondendo os teus passos...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Literatura

Sinopse

Tido como autobiográfico, Jane Eyre é um marco da emancipação feminina. Uma menina infeliz, órfã de pai e mãe, obrigada pela força das circunstâncias a viver com uma tia que a odeia, é enviada para um colégio interno, onde se destaca como uma das melhores alunas da instituição e, mais tarde, como professora. Sem nada que a prenda ao colégio e ávida de independência, Jane torna-se preceptora de Adéle, pupila de Mr. Rochester, o proprietário de um imponente castelo, por quem se apaixona e com quem decide casar-se.

domingo, 20 de janeiro de 2013

20-01-1955

Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, 
Eu era feliz e ninguém estava morto. 
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, 
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. 

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, 
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, 
De ser inteligente para entre a família, 
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. 
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. 
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida. 

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, 
O que fui de coração e parentesco. 
O que fui de serões de meia-província, 
O que fui de amarem-me e eu ser menino, 
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... 
A que distância!... 
(Nem o acho... ) 
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! 

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, 
Pondo grelado nas paredes... 
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), 
O que eu sou hoje é terem vendido a casa, 
É terem morrido todos, 
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio... 

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ... 
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! 
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, 
Por uma viagem metafísica e carnal, 
Com uma dualidade de eu para mim... 
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes! 

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... 
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, 
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado, 
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, 
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... 

Pára, meu coração! 
Não penses! Deixa o pensar na cabeça! 
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! 
Hoje já não faço anos. 
Duro. 
Somam-se-me dias. 
Serei velho quando o for. 
Mais nada. 
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ... 

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!... 

Álvaro de Campos, in "Poemas" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Literatura.



Ilusões Perdidas -Honoré de Balzac.

Por volta de 1830, aos trinta e poucos anos de idade, Honoré de Balzac elegeu seu projeto de vida: escrever uma série de romances, novelas e contos que retratasse a sociedade de sua época em todos os seus aspectos, um retrato abrangente da vida francesa que, segundo o autor, realizaria pela pena o que “Napoleão não conseguiu concluir pela espada”. E, caso esse ambicioso panorama tenha um centro, este necessariamente deve ser Ilusões perdidas, o mais extenso dos romances escritos por Balzac.
Publicado em três partes entre 1837 e 1843, Ilusões perdidas explora com maestria três aspectos fundamentais para compreender a sociedade francesa do século XIX: os jogos de poder e intriga das classes aristocráticas, o contraste entre a vida na capital e na província e o lado sujo - cínico e politiqueiro - da atividade jornalística. Tudo isso através da história do poeta Lucien de Rubempré, que sai da pequena cidade de Angoulême para buscar fortuna e consagração literária em Paris apenas para ver, um a um, seus sonhos caírem por terra.