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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Literatura.


O Diário Secreto que Salazar não Leu


Baseado no diário secreto do responsável da contra-espionagem do MI5 durante a Segunda Guerra Mundial, o jornalista Rui Araújo conta a história oculta da espionagem em Portugal durante o conflito.

Para os historiadores, ou até para os meros curiosos da História, não é novidade que Lisboa foi um dos grandes centros de espionagem durante a Segunda Grande Guerra.

A capital portuguesa foi palco de conspirações, contactos, missões clandestinas, campanhas de contra-informação, contratação de espiões, rapto e trânsito de agentes, intrigas e subversão.

Lisboa era uma grande dor de cabeça para os serviços secretos britânicos e foram muitos os portugueses que participaram nessa guerra secreta, sobretudo ao lado das forças do Eixo (Alemanha-Itália-Japão), com a ajuda da “neutralidade” colaborante do regime de Salazar.

É da história desses homens e dessas mulheres que trata o livro de Rui Araújo. O jornalista baseou-se nos 12 volumes do diário secreto (de Agosto de 1939 a Junho de 1945) de Guy Liddell, responsável da contra-espionagem britânica para escrever um documento considerado essencial para a compreensão do conflito e do país que fomos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Parque infantil de Montalvo.


Reabertura do Parque Infantil de Montalvo
é já na próxima 5ª feira, dia 19 de Fevereiro
Na próxima quinta-feira, dia 19 de Fevereiro, pelas 17.30 horas, vai ter lugar a reabertura do Parque Infantil de Montalvo (localizado junto ao Jardim de Infância), na freguesia de Montalvo, Concelho de Constância, uma infra-estrutura que esteve encerrada durante cinco meses para obras de remodelação.

Tendo como principal objectivo servir melhor todos aqueles que usufruem do espaço, especialmente as crianças, os melhoramentos englobaram: colocação de novos equipamentos infantis, de pavimento e de iluminação; drenagem de águas pluviais; substituição de conduta de águas, do bebedouro e da vedação; arranjo da zona ajardinada e plantação de árvores.

A obra teve um custo de aproximadamente 70 mil euros, suportados integralmente pelo orçamento da autarquia.

A intervenção agora realizada insere-se nas estratégias de remodelação de espaços promovidas pela autarquia, as quais, neste caso específico, têm como principais objectivos dotar o Parque Infantil de Montalvo de óptimas condições para o lazer e para o bem-estar das pessoas, especialmente para quem vive na freguesia de Montalvo.
Por CMC

A não perder.



Constância-Vila poema.

Impaciência do Desejo.


A Paz Causa as Impaciências do Desejo
Jantar alegremente numa horta, debaixo das parreiras, vendo correr a água das regas - chorar com os melodramas que rugiam entre os bastidores do Salitre, alumiados a cera, eram contentamentos que bastavam à burguesia cautelosa. Além disso, os tempos eram confusos e revolucionários: e nada torna o homem recolhido, aconchegado à lareira, simples e facilmente feliz - como a guerra. É a paz que, dando os vagares da imaginação - causa as impaciências do desejo.

Eça de Queirós, in 'Contos'

Frustração .




Foi bonito
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.

Miguel Torga, in 'Diário XV'

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Lanterna dos afogados.



Luís Represas e Gal Costa.

insinceridade .



Quis-nos aos dois enlaçados
meu amor ao lusco-fusco
mas sem saber o que busco:
há poentes desolados
e o vento às vezes é brusco

Nem o cheiro a maresia
a rebate nas marés
na costa de lés a lés
mais tempo nos duraria
do que a espuma a nossos pés

A vida no sol-poente
fica assim num triste enleio
entre melindre e receio
de que a sombra se acrescente
e nós perdidos no meio

Sem perdão e sem disfarce,
sem deixar uma pegada
por sobre a areia molhada,
a ver o dia apagar-se
e a noite feita de nada

Por isso afinal não quero
ir contigo ao lusco-fusco,
meu amor, nem é sincero
fingir eu que assim te espero,
sem saber bem o que busco.

Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"

Reflecção após o dia dos namorados.


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isso é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não voltam...
Isso é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que se impõe, para realinhar os pensamentos...
Isso é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente...
Isso é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isso é circunstância!
Solidão é muito mais do que isso...
SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Mulheres com disfunções sexuais procuram soluções nas Sex Shops

O Mirante - diário online - Sociedade - Mulheres com disfunções sexuais procuram soluções nas Sex Shops

Beijo Subaquático + Longo


Ana Margarida Farinha e Luís Miguel Lopes foi o casal vencedor do Beijo Subaquático + Longo
... uma iniciativa comemorativa do Dia dos Namorados em Constância Ana Margarida Farinha e José Luís Lopes, Fernanda e António Rosa e Maria e Eduardo Conceição foram os casais vencedores do Beijo Subaquático + longo, os quais se classificaram em primeiro, segundo e terceiro lugar respectivamente.

Em quarto lugar classificou-se Bruna Morais e Diogo Oliveira.

O Beijo Subaquático + longo, decorreu na noite de sexta-feira, dia 13 de Fevereiro, na Piscina Municipal de Constância, uma iniciativa organizada pela autarquia, através dos Serviços de Desporto, a qual teve como principal objectivo comemorar de forma original o Dia de S. Valentim – Dia dos Namorados.

A iniciativa contou também com uma exibição da turma de Hidroginástica da Escola Municipal de Natação de Constância

Além do prazer na participação no Beijo Subaquático + longo os premiados serão contemplados com românticos prémios, nomeadamente: 1º Prémio – Passeio de Barco no Tejo; Jantar Romântico para duas pessoas; 2 Bilhetes de Cinema; Estadia de uma noite para duas pessoas na região; 2º Prémio – Passeio de Barco no Tejo; Jantar Romântico para duas pessoas; 2 Bilhetes de Cinema; 3º Prémio – Jantar Romântico para duas pessoas e 2 Bilhetes de Cinema.
Por CMC

Literatura.


Se bem que a principal função da PIDE fosse preservar a (paz social), durante os quase cinquenta anos de ditadura em Portugal a polícia política nunca deixou de estar atenta às empresas, aos empresários e ao mundo dos negócios, na Metrópole ou em África.
Este livro revela, pela primeira vez, os segredos das relações entre as empresas e a PIDE, a vigilância que a polícia política exerceu sobre alguns empresários quando estes divergiam do regime, e as represálias que outros sentiram quando se recusavam a ceder a chantagens e a contribuir para os cofres daquela organização.

Em Negócios Vigiados, os autores revelam ainda como a PIDE evitava as greves, interferia abertamente na promoção dos trabalhadores politicamente adversos ou reprimia os seus protestos de forma a preservar a ?normalidade? e a estabilidade do regime, constituindo esta obra um documento único e fundamental para um maior conhecimento de um período do Portugal Contemporâneo ainda com muito por desvendar.

A Mulher Nua.




Humana fonte bela,
repuxo de delícia entre as coisas,
terna, suave água redonda,
mulher nua: um dia,
deixarei de te ver,
e terás de ficar
sem estes assombrados olhos meus,
que completavam tua beleza plena,
com a insaciável plenitude do seu olhar?

(Estios; verdes frondas,
águas entre as flores,
luas alegres sobre o corpo,
calor e amor, mulher nua!)

Limite exacto da vida,
perfeito continente,
harmonia formada, único fim,
definição real da beleza,
mulher nua: um dia,
quebrar-se-á a minha linha de homem,
terei que difundir-me
na natureza abstracta;
não serei nada para ti,
árvore universal de folhas perenes,
concreta eternidade!

Juan Ramón Jiménez, in "La Mujer Desnuda"

Reflecções...


"Entre namorar e amar, está o reflectir ."

Dia dos namorados.


Sabia:

O lenço dos namorados é um lenço fabricado a partir de um pano de linho fino ou de lenço de algodão, bordado com motivos variados. É uma peça de artesanato e vestuário típico do Minho, sendo usado por mulheres com idade de casar.

Era hábito a rapariga apaixonada bordar o seu lenço e entregá-lo ao seu amado quando este se fosse ausentar. Nos lenços poderiam ter bordados versos, para além de vários desenhos, alguns padronizados, tendo simbologias próprias.

Era usado como ritual de conquista. Depois de confeccionado, o lenço acabaria por chegar à posse do homem amado, que o passaria a usar em público como modo de mostrar que tinha dado início a uma relação. Se o namorado (também chamado de conversado) não usasse o lenço publicamente era sinal que tinha decidido não dar início a ligação amorosa.

É provável que a origem dos "Lenços de Namorados", também conhecidos por "Lenços de Pedidos" esteja intimamente ligada aos lenços senhoris dos séculos XVII - XVIII, que posteriormente foram adaptados pelas mulheres do povo, adquirindo os mesmos, consequentemente, um aspecto mais popular.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Homem que Lê .




Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.

E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"

Transe



O estado de transe é um estado quase normal no ser humano; basta muito pouco para provocá-lo. Uma coisa de nada, um pouco de álcool no sangue, um pouco de droga, excesso de oxigénio, a cólera, o cansaço. Mas este estado é interessante na medida em que é orientável. Trata-se de um balanço, mas esse lança mão das regiões desconhecidas do nosso espírito. De facto, não há fundamentalmente nenhuma diferença, entre um homem intoxicado pelo álcool e um santo que se entregue ao êxtase. E no entanto há apesar de tudo uma diferença: a da interpretação. O momento de loucura é preparado por uma etapa onde o assunto é mergulhado numa espécie de vacilação da consciência, de excitação cerebral violenta. É esse momento que fabrica verdadeiramente o êxtase e lhe dá o sentido. Enquanto o êxtase em si mesmo é cego. É o vazio total, sem ascensão nem queda. A calma plana. Tanto quanto se possa dizer que o santo nunca conhecerá Deus. Aproxima-O, depois regressa. E estas duas etapas são as que são. Entre as duas, é o nada. O vazio, a amnésia completa. No momento X do êxtase, o santo e o intoxicado são semelhantes, estão no mesmo local. Habitam o mesmo paraíso vazio e terrífico.

Le Clézio, in 'A Febre'

Superstição.



sentimento religioso erróneo que induz a criar falsas obrigações e que leva à prática de deveres absurdos ou imaginários;

excessiva credulidade;

crendice;

preconceito.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Simone



Feiticeira-(Luís Represas)

Beija flor.







O beija-flor leva

o beijo da primavera

ao pousar na flor.



Silêncio na noite,

cobre-se a árvore de neve:

amor invernou.

Perguntar...


O mais grave no nosso tempo não é não termos respostas para o que perguntamos - é não termos já mesmo perguntas .