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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Roda dos Livros



CONCURSO CONCELHIO O Município de Constância e o Agrupamento de Escolas Luís de Camões, através da Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill e da Biblioteca Escolar Carlos Cécio, irão realizar no dia 23 de Abril, a final do Concurso Concelhio Roda de Livros.

Nesta iniciativa terá lugar a eliminatória do 1º Ciclo, através de uma 1ª fase com uma prova escrita, tipo americano, com perguntas de vários graus de dificuldade, sendo apurados 7 concorrentes. Na 2ª fase, cada um dos 7 participantes do 1º e 2º Ciclos, juntamente com um familiar, formarão equipas, para se apurarem os vencedores.

No final deste evento, serão entregues prémios aos vencedores do 1º e 2º Ciclos do Concurso Concelhio e ao 3º Ciclo e Secundário do Concurso Nacional, como recompensa pela generosa e empenhada participação neste concurso.

Este concurso pretende promover, entre os alunos, o prazer de ler, o estímulo e o gosto pela leitura e o contacto com os livros, com a certeza de que só com a leitura se tornarão seres humanos mais completos.

Aberta à comunidade em geral, esta actividade está agendada para o dia 23 de Abril (sexta-feira), pelas 21.00H, no Cine Teatro Municipal de Constância.

Para informações ou esclarecimentos adicionais devem contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, através do telefone 249 739 367 ou o e-mail biblioteca@cm-constancia.pt, ou ainda a Biblioteca Escolar Carlos Cécio, através do telefone 249730290 e e-mail biblioteca.carloscecio@gmail.com.


Leia mais. Viva mais.

Por CMC

Tentação.




Eu não resistirei à tentação,
não quero que de mim possas perder-te,
que só na fonte fria da razão
renasça a minha sede de beber-te.

Eu não resistirei à tentação
de quanto adivinhei nesta amargura:
um sim que só assalta quem diz não,
um corpo que entrevi na selva escura.

Resistirei a te chamar paixão,
a te perder nos versos, nas palavras:
mas não resistirei à tentação
de te dizer que o céu é o que rasa

a luz que nos teus olhos eu perdi
e que na terra toda não mais vi.

Luis Filipe Castro Mendes, in "Os Amantes Obscuros"

terça-feira, 20 de abril de 2010

Um Sentido Para a Vida ...




Valeu-me a pena viver? Fui feliz, fui feliz no meu canto, longe da papelada ignóbil. Muitas vezes desejei, confesso-o, a agitação dos traficantes e os seus automóveis, dos políticos e a sua balbúrdia - mas logo me refugiava no meu buraco a sonhar. Agora vou morrer - e eles vão morrer.
A diferença é que eles levam um caixão mais rico, mas eu talvez me aproxime mais de Deus. O que invejei - o que invejo profundamente são os que podem ainda trabalhar por muitos anos; são os que começam agora uma longa obra e têm diante de si muito tempo para a concluir. Invejo os que se deitam cismando nos seus livros e se levantam pensando com obstinação nos seus livros. Não é o gozo que eu invejo (não dou um passo para o gozo) - é o pedreiro que passa por aqui logo de manhã com o pico às costas, assobiando baixinho, e já absorto no trabalho da pedra.

Se vale a pena viver a vida esplêndida - esta fantasmagoria de cores, de grotesco, esta mescla de estrelas e de sonho? ... Só a luz! só a luz vale a vida! A luz interior ou a luz exterior. Doente ou com saúde, triste ou alegre, procuro a luz com avidez. A luz é para mim a felicidade. Vivo de luz. Impregno-me, olho-a com êxtase. Valho o que ela vale. Sinto-me caído quando o dia amanhece baço e turvo. Sonho com ela e de manhã é a luz o meu primeiro pensamento. Qualquer fio me prende, qualquer reflexo me encanta. E agora mais doente, mais perto do túmulo, busco-a com ânsia.

Raul Brandão, in " Se Tivesse de Recomeçar a Vida "

Literatura


Roberta é uma jovem livreira em plena crise existencial e conjugal - Oscar, o marido, com quem casou contra a opinião de toda a gente, revela-se incapaz de responder às suas necessidades e de assumir as responsabilidades de uma família.

Uma dolorosa reflexão leva Roberta a percorrer o passado e a descobrir as raízes do seu mal-estar, que remontam à infância, passada no meio dos afectos envolventes da família paterna, onde a mãe, Malvina, brilhava pela ausência. Feminista convicta no período turbulento de 68, Malvina escolhera viver de acordo com os seus princípios e confia a filha ao companheiro. Desta situação vão nascer, ao longo do tempo, dramas, mal-entendidos, conflitos mal resolvidos e também segredos há muito guardados. E é apenas ao dissipar estas sombras que Roberta vai conseguir superar a crise e reconciliar-se consigo mesma.

Uma história de ligações profundas e paixões intensas em que Sveva Casati Modignani, através do confronto entre duas gerações de mulheres, nos conta como éramos antes e como somos agora. "

Penumbra...


Noite longa
penumbra sombria
vultos
fantasia...
Noites de breu
espaços vazios
tu
e
eu...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vermelho

Resgate no Reino da Dinamarca.

Ontem foi dia de resgate de uma princesa.


Passava uma semana de férias em Copenhague (Dinamarca) a Natureza pegou-lhe uma partida, os aviões deixaram de voar e a escola começava hoje, em Antwerpen (Bélgica).



Minha neta Laura,já bordo do carro e em território alemão (Lubeck)São e salva.





Depois de muita tagarelice dorme um sono merecido.

Foram cerca de 1800 km no ir e vir mas correu tudo bem.

Vermelho .


Lábios vermelhos
sexys,sensuais
boca vermelha
sedução
cor de fogo
paixão...

Vermelho
vinho generoso
que me abrasas
num amor ardente
dramático
misterioso
potente...

Dália vermelha,mulher
teus olhos abrasadores
rosa vermelha
de paixão
amor vivo
vermelha tulipa
que declaras amor
cravo vermelho
altivo...

sábado, 17 de abril de 2010

Obs:


Todo aquele que conseguir a alegria deve partilhá-la ...

A Mulher Inspiradora .




Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro:
o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

Porque amanhã é Domingo...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nas asas do sonho...


Nas asas do sonho
voo com destino incerto
regresso ao passado?
Nem eu sei!
apenas sinto
que de ti
quero estar perto...

Pensamentos...


O que seria o vazio das nossa vidas sem as luminosas idéias dos nossos pensamentos!

Dia Mundial do Livro



23 de Abril Para celebrar o Dia Mundial do Livro, que se comemora no dia 23 de Abril, vai a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill promover a Maratona de Contos que se assume como um incentivo à leitura, à expressividade e à partilha de saberes, através de contos que transformam um simples livro num mundo mágico onde tudo pode acontecer. Como diz o povo, as histórias são como as cerejas, que se contam e recontam num desfiar de imaginação e criatividade.

Assim no Dia Mundial do Livro, vai realizar-se uma sessão de contos para crianças, narrados por convidados de diferentes áreas profissionais, que irão contar uma pequena história de forma muito própria e singular, com o objectivo de promover uma maior consciencialização sobre a importância dos livros na sociedade actual.

Aberta à comunidade em geral, esta actividade está agendada para o dia 23 de Abril (sexta-feira) às 10.30H na Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill.

Para mais informações ou esclarecimentos adicionais devem os interessados contactar a Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill através do número de telefone 249 739 367 ou via correio electrónico para biblioteca@cmconstancia.pt.


Leia mais. Viva mais.

Por CMC

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Perfume de rosas.


Pele macia
corpo sensual
olhos doces
brilhos de cristal...
Seios redondos
cativantes
corpo divino
formas ondulantes...
Olhar cristalino
boca formosa
teus cheiros
perfume de rosa...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Loreena McKennitt

Paixão




Supõe que de uma praia, rocha ou monte,
Com essa vista embaciada e turva
Que dá aos olhos entranhável dor,
Tinhas podido ver transpor a curva
Pouco a pouco do líquido horizonte
A barca saudosa que levasse
Aquele a quem primeiro uniste a face
E o teu primeiro amor!

Depois, que toda mágoa e saudade,
Da mesma rocha ou alcantil deserto,
Olhando avidamente para o mar...
Vias na solitária imensidade
Vagas ficções de um pensamento incerto
Surgir das ondas, desfazer-se em espuma,
Não alvejando nunca vela alguma...
E sempre a suspirar!

Até que à luz de uma intuição sublime
De alma arrancavas o gemido extremo
De saudade, desespero e dor!...
Pois é assim que eu sofro, assim que eu gemo,
Que nuvem negra o coração me oprime,
Nuvem de mágoa, nuvem de ciúme,
Em te não vendo à hora do costume...
Meu anjo e meu amor!

João de Deus, in 'Campo de Flores'

O Que Devemos Sentir




Todas as pessoas devem ter experimentado a sensação desagradável que se tem nas estações de caminho de ferro. Vamos despedir-nos de alguém. A pessoa já entrou no comboio, mas ele demora a partir. Ali ficam as duas pessoas, uma na plataforma e a outra à janela, esforçando-se por conversar, mas de repente não têm nada para dizer.
Isto, evidentemente, resulta de não podermos sentir o que queremos. A situação impõe-nos um determinado sentimento. E quem não experimentou aquele tremendo alívio quando o comboio finalmente parte?

Ou nos funerais. Quando alguém morre ou adoece, quando surgem as desilusões, espera-se sempre que sintamos determinadas coisas.
Em todas as situações, excepto as mais quotidianas, as mais neutras, há uma pressão que se exerce sobre nós, que nos dita a forma como devemos conduzir-nos, aquilo que devemos sentir, E se examinarmos bem o fenómeno, verificamos, não raras vezes, que esses papéis nos são atribuídos por romances, filmes ou peças de teatro que vimos há muito tempo.
Quando somos realmente confrontados com situações invulgares (por exemplo, rivalidades que prevíamos e não se verificam, e em vez disso se transformam num amor que nos deixa sós), a primeira coisa a que nos agarramos são esses padrões sentimentais livrescos.
Não nos ajudam muito. Deixam-nos mais sós do que antes - e caímos, desamparados, na realidade.

Lars Gustafsson, in 'A Morte de um Apicultor'

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um Certo Grau de Vida .




Quando atingimos um certo grau da vida, da experiência e do conhecimento dos homens, toda a relação, mesmo com os mais avisados e os mais amáveis dos nossos amigos, quase não vale mais do que pela atmosfera que a envolve, e todas as nossas conversas, mesmo aquelas que se dizem profundas, já não são capazes de nos dar riqueza e felicidade no plano intelectual, mas unicamente de um modo quase melódico ou musical.

Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

Hoje é dia do beijo.


Beijo

Beijo na face
Pede-se e dá-se:
Dá?
Que custa um beijo?
Não tenha pejo:
Vá!

Um beijo é culpa,
Que se desculpa:
Dá?
A borboleta
Beija a violeta:
Vá!

Um beijo é graça,
Que a mais não passa:
Dá?
Teme que a tente?
É inocente...
Vá!

Guardo segredo,
Não tenha medo...
Vê?
Dê-me um beijinho,
Dê de mansinho,
Dê!

*

Como ele é doce!
Como ele trouxe,
Flor,
Paz a meu seio!
Saciar-me veio,
Amor!

Saciar-me? louco...
Um é tão pouco,
Flor!
Deixa, concede
Que eu mate a sede,
Amor!

Talvez te leve
O vento em breve,
Flor!
A vida foge,
A vida é hoje,
Amor!

Guardo segredo,
Não tenhas medo
Pois!
Um mais na face,
E a mais não passe!
Dois...

*

Oh! dois? piedade!
Coisas tão boas...
Vês?
Quantas pessoas
Tem a Trindade?
Três!

Três é a conta
Certinho, e justa...
Vês?
E que te custa?
Não sejas tonta!
Três!

Três, sim: não cuides
Que te desgraças:
Vês?
Três são as Graças,
Três as Virtudes;
Três.

As folhas santas
Que o lírio fecham,
Vês?
E não o deixam
Manchar, são... quantas?
Três!

João de Deus, in 'Campo de Flores'