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segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Beija-me!
És o melhor beijo da minha vida
boca com sabor a mel
beijo sonhado que nunca dei
rubro ardente
minha boca colada na tua pele...
Beija-me!
Purifica o meu amor
com o teu beijo de mulher
acorda-me deste sonho
com o mais puro
que do teu beijo houver...
A lua tem os olhos claros
tristes do meu olhar
do beijo sonhado que nunca te dei...
Bom fim de semana!
Cómo lograr que quieras escuchar
Cuando este fuego me desvela
pero despierto solo una vez más
Cómo lograr verte de nuevo, oh
Cómo he de recobrar tu corazón
Cómo aceptar que todo ha muerto
si ya no hay forma de pedir perdón
Que mal, que mal
esta absurda y triste historia
que se pone cada vez peor
Que mal, que mal
porque ni puedo hablarte
Temo que es así
ya no hay forma de pedir perdón
Que mal, que mal
esta absurda y triste historia
que se pone cada vez peor
OH, que mal, que mal
porque ni puedo hablarte
Temo que es así
si ya no hay forma de pedir perdón
Cómo lograr que aún me quieras, oh!
Cómo lograr que quieras escuchar
cuando este fuego me desvela
Qué es lo que voy a hacer
qué es lo que voy a hacer
Si ya no hay fomrma de perdir perdón
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Me chama mar..
Calmo mar
de poesia e silêncio
saudades de por ti navegar
deixa-me viver esta ilusão
de que hoje seja amor
amanhã solidão...
Tu minha ilusão perfeita
amor que ilumina a minha alma
meu amor na noite
no sono no sonho
tudo o que desejo
a(mar)que me acalma...
Diante dos meus olhos vejo a ilusão
dentro do meu peito
bate forte por ti o meu coração...
Me chama mar
me leva para onde
não me alcança
o seu olhar...
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Mas o amor é mesmo assim!
No amor
cabe tudo lá dentro
o desejo
a paixão
cabe tudo lá dentro
o desejo
a paixão
os sonhos
a ilusão...
No amor
há mais que o querer
é partilhar a vida
é poesia
é ver o sol nascer...
O amor é muita coisa junta
não cabe nas palavras
nos beijos
na resposta
na pergunta...
No amor
esquece-se tudo
a tristeza a dor...
Mas o amor é mesmo assim:
absoluto estúpido
tudo menos sensato...
a ilusão...
No amor
há mais que o querer
é partilhar a vida
é poesia
é ver o sol nascer...
O amor é muita coisa junta
não cabe nas palavras
nos beijos
na resposta
na pergunta...
No amor
esquece-se tudo
a tristeza a dor...
Mas o amor é mesmo assim:
absoluto estúpido
tudo menos sensato...
sábado, 6 de outubro de 2012
Se eu pudesse!
Se eu pudesse agarrava-te
todos os dias nos meus braços
Abraçava-te
e com juras de amor
te entrelaçava...
Ai! se eu pudesse
guardava-te sempre perto de mim
mesmo que não te ouvisse
ou que tu não me falasses
mesmo assim eu beijava-te
acariciava-te
te mostrava como gosto de ti...
Se eu pudesse
puxava-te para mim
e dizia-te que a distância também aproxima as pessoas...
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
SOS
Gadget Seguidores.
O meu gadget desapareceu já à algum tempo,no seu lugar aparece:
O meu gadget desapareceu já à algum tempo,no seu lugar aparece:
(Lamentamos...
A miniaplicação está configurada incorrectamente. Sugestão para o webmaster: certifique-se de que "Definições do Google Rede Social - URL da página inicial" corresponde ao URL deste site.)
Já virei inclusive o computador de pernas para o ar,não deu resultado.Há por aí alguém que me possa ajudar!
Desde já, o meu muito obrlgado.
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Literatura.
Sinopse
Leonor, Alcipe, condessa d’Oeynhausen, marquesa de Alorna - nomes de uma mulher única e invulgarmente plural. Chamei-lhe Senhora do Mundo. Poderia ter-lhe chamado senhora dos mundos. Dos muitos mundos de que se fez sen
Sinopse
Leonor, Alcipe, condessa d’Oeynhausen, marquesa de Alorna - nomes de uma mulher única e invulgarmente plural. Chamei-lhe Senhora do Mundo. Poderia ter-lhe chamado senhora dos mundos. Dos muitos mundos de que se fez sen
hora. Inconfundível entre as elites europeias pela sua personalidade forte e enorme devoção à cultura, desconcertou e deslumbrou o Portugal do séc. XVIII e XIX, onde ser mãe de oito filhos, católica, poetisa, política, instruída, inteligente e sedutora era uma absoluta raridade.
Viveu uma vida intensa e dramática, mas jamais sucumbiu. Privou com reis e imperadores, filósofos e poetas, influenciou políticas, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio. Viu Lisboa e a infância desmoronarem-se no terramoto de 1755, passou dezoito anos atrás das grades de um convento por ordem do Marquês de Pombal e repartiu a vida, a curiosidade e os afectos por Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid e Londres.
Marquesa de Alorna, Senhora do Mundo é uma história de amor à Liberdade e de amor a Portugal. A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite.
Viveu uma vida intensa e dramática, mas jamais sucumbiu. Privou com reis e imperadores, filósofos e poetas, influenciou políticas, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio. Viu Lisboa e a infância desmoronarem-se no terramoto de 1755, passou dezoito anos atrás das grades de um convento por ordem do Marquês de Pombal e repartiu a vida, a curiosidade e os afectos por Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid e Londres.
Marquesa de Alorna, Senhora do Mundo é uma história de amor à Liberdade e de amor a Portugal. A história de uma mulher apaixonada, rebelde, determinada e sonhadora que nunca desistiu de tentar ganhar asas em céus improváveis, como a estrela que, em pequena, via cruzar a noite.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
A(mar)
Quero navegar
no mar azul dos teus olhos
embalado pelas ondas do teu olhar...
sentir a brisa do vento
que passa
que nos une e abraça...
Quero ser Sol e Lua
ser a tua noite teu dia
água salgada
que tempera o teu corpo
odor e maresia...
Quero ser
o teu pôr do Sol
o teu querer
aurora boreal
o teu amanhecer...
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
O Silêncio está no vazio.
Num profundo silêncio
desejo renascer do nada
ao longe oiço as palavras
com uma dolorosa nitidez
no silêncio da minha amada...
Nem tudo no mundo pode ser belo
o silêncio está no vazio
são ecos de palavras estranhas
como um sopro de um vento frio
percorrendo as minhas entranhas...
Só falando se guarda o silêncio
só amando se preserva o amor
silenciar é enganar o coração
é o murchar de uma flor
é a morte de uma paixão...
Que o teu silêncio
se preserve no infinito
alguém te há-de ouvir
alguém te há-de amar
para que possa sentir
o amor que tens para dar...
Silenciando a minha voz
grito:
O silêncio não está em nós
está no vazio
quando estamos sós...
desejo renascer do nada
ao longe oiço as palavras
com uma dolorosa nitidez
no silêncio da minha amada...
Nem tudo no mundo pode ser belo
o silêncio está no vazio
são ecos de palavras estranhas
como um sopro de um vento frio
percorrendo as minhas entranhas...
Só falando se guarda o silêncio
só amando se preserva o amor
silenciar é enganar o coração
é o murchar de uma flor
é a morte de uma paixão...
Que o teu silêncio
se preserve no infinito
alguém te há-de ouvir
alguém te há-de amar
para que possa sentir
o amor que tens para dar...
Silenciando a minha voz
grito:
O silêncio não está em nós
está no vazio
quando estamos sós...
terça-feira, 18 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
A viagem talvez seja um caminho...
caminho neste entardecer
cada passo suspenso entre dois mundos
pudesse este crespúsculo nunca acabar
o caminho é longo
sigo quero te encontrar...
A viagem talvez seja um caminho
resplandecente de vermelho
e violeta no céu da tarde
para lá da linha
do mar e do horizonte...
Ando por aí
querendo encontrar-te
sigo o caminho das estrelas
iluminado pela luz do luar
navego nos meus sonhos
sonho em te amar...
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Outrora eu era daqui, e hoje regresso estrangeiro, Forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim. Já vi tudo, ainda o que nunca vi, nem o que nunca verei. Eu reinei no que nunca fui.
Fernando Pessoa
segunda-feira, 23 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
Amigo.
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neil
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neil
sábado, 14 de julho de 2012
Noite por ti despida.
Adulta é a noite onde cresce
o teu corpo azul. A claridade
que se dá em troca dos meus ombros
cansados. Reflexos
coloridos. Amei
o amor. Amei-te meu amor sobre ervas
orvalhadas. Não eras tu porém
o fim dessa estrada
sem fim. Canto apenas (enquanto os álamos
amadurecem) a transparência, o caminho. A noite
por ti despida. Lume e perfume
do sol. Íntimo rumor do mundo.
Casimiro de Brito, in "Solidão Imperfeita"
o teu corpo azul. A claridade
que se dá em troca dos meus ombros
cansados. Reflexos
coloridos. Amei
o amor. Amei-te meu amor sobre ervas
orvalhadas. Não eras tu porém
o fim dessa estrada
sem fim. Canto apenas (enquanto os álamos
amadurecem) a transparência, o caminho. A noite
por ti despida. Lume e perfume
do sol. Íntimo rumor do mundo.
Casimiro de Brito, in "Solidão Imperfeita"
terça-feira, 10 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Literatura.
O Tempo Entre Costuras de María Dueñas.
Sinopse
«O Tempo entre Costuras» é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias.
Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo.
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para os 10º, 11º e 12º anos de escolaridade, destinado a leitura autónoma. Também recomendado para as Novas Oportunidades, destinado a leitura autónoma - Grau de Dificuldade III.
Sinopse
«O Tempo entre Costuras» é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias.
Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo.
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para os 10º, 11º e 12º anos de escolaridade, destinado a leitura autónoma. Também recomendado para as Novas Oportunidades, destinado a leitura autónoma - Grau de Dificuldade III.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
São as pessoas como tu...
São as pessoas como tu que fazem com que o nada queira dizer-nos algo, as coisas vulgares se tornem coisas importantes e as preocupações maiores sejam de facto mais pequenas. São as pessoas como tu que dão outra dimensão aos dias, transformando a chuva em delirante orvalho e fazendo do inverno uma estação de rosas rubras.
As pessoas como tu possuem não uma, mas todas as vidas. Pessoas que amam e se entregam porque amar é também partilhar as mãos e o corpo. Pessoas que nos escutam e nos beijam e sabem transformar o cansaço numa esperança aliciante, tocando-nos o rosto com dedos de água pura, soltando-nos os cabelos com a leveza do pássaro ou a firmeza da flecha. São as pessoas como tu que nos respiram e nos fazem inspirar com elas o azul que há no dorso das manhãs, e nos estendem os braços e nos apertam até sentirmos o coração transformar o peito numa música infinita. São as pessoas como tu que não nos pedem nada mas têm sempre tudo para dar, e que fazem de nós nem ícaros nem prisioneiros, mas homens e mulheres com a estatura da vida, capazes da beleza e da justiça, do sofrimento e do amor. São as pessoas como tu que, interrogando-nos, se interrogam, e encontram a resposta para todas as perguntas nos nossos olhos e no nosso coração. As pessoas que por toda a parte deixam uma flor para que ela possa levar beleza e ternura a outras mãos. Essas pessoas que estão sempre ao nosso lado para nos ensinar em todos os momentos, ou em qualquer momento, a não sentir o medo, a reparar num gesto, a escutar um violino. São as pessoas como tu que ajudam a transformar o mundo.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
As pessoas como tu possuem não uma, mas todas as vidas. Pessoas que amam e se entregam porque amar é também partilhar as mãos e o corpo. Pessoas que nos escutam e nos beijam e sabem transformar o cansaço numa esperança aliciante, tocando-nos o rosto com dedos de água pura, soltando-nos os cabelos com a leveza do pássaro ou a firmeza da flecha. São as pessoas como tu que nos respiram e nos fazem inspirar com elas o azul que há no dorso das manhãs, e nos estendem os braços e nos apertam até sentirmos o coração transformar o peito numa música infinita. São as pessoas como tu que não nos pedem nada mas têm sempre tudo para dar, e que fazem de nós nem ícaros nem prisioneiros, mas homens e mulheres com a estatura da vida, capazes da beleza e da justiça, do sofrimento e do amor. São as pessoas como tu que, interrogando-nos, se interrogam, e encontram a resposta para todas as perguntas nos nossos olhos e no nosso coração. As pessoas que por toda a parte deixam uma flor para que ela possa levar beleza e ternura a outras mãos. Essas pessoas que estão sempre ao nosso lado para nos ensinar em todos os momentos, ou em qualquer momento, a não sentir o medo, a reparar num gesto, a escutar um violino. São as pessoas como tu que ajudam a transformar o mundo.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Literatura.
Toda a obra de arte se realiza a dois níveis - o da superfície e o da profundeza.Sei bem como isto pertence um pouco à linguagem do passado.Mas resta saber se o mais recente é o mais verdadeiro e não apenas o mais actual.O nível da superfície é aquele em que a obra se manifesta se concretiza e definitivamente existe.
domingo, 24 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Literatura
a máquina de fazer espanhóis - valter hugo mãe
Sinopse.
Mais um grande romance de valter hugo mãe, assim mesmo em minúsculas, como é de gosto do autor, angolano, radicado em Portugal e vencedor do Prêmio Literário José Saramago de 2007. Um romance daqueles que deixam saudade e pena de chegarmos ao final, mesmo tratando de um tema tão difícil quanto a chegada da terceira idade. Esta é a história de antónio jorge da silva, um barbeiro que acaba de completar 84 anos e que, depois da morte da mulher, é abandonado em um asilo pelos filhos. Os primeiros dias representam para o protagonista um lento processo de desintegração, chocado pela perda da sua companheira de toda a vida, ele se sente desamparado e sem esperanças em um mundo que parece ter perdido o objetivo, a não ser a lenta e solitária passagem do pouco tempo que lhe resta.
Sinopse.
Mais um grande romance de valter hugo mãe, assim mesmo em minúsculas, como é de gosto do autor, angolano, radicado em Portugal e vencedor do Prêmio Literário José Saramago de 2007. Um romance daqueles que deixam saudade e pena de chegarmos ao final, mesmo tratando de um tema tão difícil quanto a chegada da terceira idade. Esta é a história de antónio jorge da silva, um barbeiro que acaba de completar 84 anos e que, depois da morte da mulher, é abandonado em um asilo pelos filhos. Os primeiros dias representam para o protagonista um lento processo de desintegração, chocado pela perda da sua companheira de toda a vida, ele se sente desamparado e sem esperanças em um mundo que parece ter perdido o objetivo, a não ser a lenta e solitária passagem do pouco tempo que lhe resta.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Amar é preciso...
O eco do
teu sorriso
flutua no
ar
e perde-se
no vento
silenciam-se
no tempo...
Grito ao
vento
e ao tempo
quero o teu sorriso de volta
e que a
ternura das tuas palavras
ecoem em
mim a todo o momento...
Silêncio
nas
palavras
no sorriso
o sonho é
uma constante
amar é
preciso...
sexta-feira, 8 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Nunca Me Tinha Apaixonado Verdadeiramente
Escrevi até o princípio da manhã aparecer na janela. O sol a iluminar os olhos dos gatos espalhados na sala, sentados, deitados de olhos abertos. O sol a iluminar o sofá grande, o vermelho ruço debaixo de uma cobertura de pêlo dos gatos. O sol a chegar à escrivaninha e a ser dia nas folhas brancas. Escrevi duas páginas. Descrevi-lhe o rosto, os olhos, os lábios, a pele, os cabelos. Descrevi-lhe o corpo, os seios sob o vestido, o ventre sob o vestido, as pernas. Descrevi-lhe o silêncio. E, quando me parecia que as palavras eram poucas para tanta e tanta beleza, fechava os olhos e parava-me a olhá-la. Ao seu esplendor seguia-se a vontade de a descrever e, de cada vez que repetia este exercício, conseguia escrever duas palavras ou, no máximo, uma frase. Quando a manhã apareceu na janela, levantei-me e voltei para a cama. Adormeci a olhá-la. Adormeci com ela dentro de mim.
José Luís Peixoto.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Literatura.
Vergílio Ferreira.
Espaço do invisível 1.
Entre a dupla infinitude e o duplo incognoscível do donde e para onde aí os passos do homem.
Dos nossos ,surgidos do mundo recebemos um testemunho e com ele o impulso que vinha nele.
Uma evidência nos toma e com ela a indiscutibilidade que nos há-de orientar ,sem que muitas
vezes,pelo sabê-lo sublimemos ,de algum modo,essa nossa orientação,porque saber ter consciência,é já subir além de nós.
domingo, 27 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Família.
"Para uma família ser feliz, é necessário haver sedução. Os filhos têm de ser charmosos para encantar os pais, os pais têm de se esforçar para educarem convincentemente os filhos. E marido e mulher, caso queiram permanecer juntos, têm de passar a vida inteira a engatar-se. O mal da família é a facilidade. É pensar que aquele amor já é assunto arrumado."
(MEC)
segunda-feira, 21 de maio de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Poema sobre o amor eterno
'Inventaram um amor eterno. trouxeram-no em braços para o meio das pessoas e ali ficou, à espera que lhe falassem. mas ninguém entendeu a necessidade de sedução. pouco a pouco, as pessoas voltaram a casa convictas de que seria falso alarme, e o amor eterno tombou no chão. não estava desesperado, nada do que é eterno tem pressa, estava só surpreso. um dia, do outro lado da vida, trouxeram um animal de duzentos metros e mil bocas e, por ocupar muito espaço, o amor eterno deslizou para fora da praça. ficou muito discreto, algo sujo. foi como um louco o viu e acreditou nas suas intenções. carregou-o para dentro do seu coração, fugindo no exacto momento em que o animal de duzentos metros e mil bocas se preparava para o devorar valter hugo mãe, in 'contabilidade
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Fazer um registo de propriedade é chato e difícil mas fazer uma declaração de amor ainda é pior. Ninguém sabe como. Não há minuta. Não há sequer um despachante ao qual o premente assunto se possa entregar. As declarações de amor têm de ser feitas pelo próprio. A experiência não serve de nada — por muitas declarações que já se tenham feito, cada uma é completamente diferente das anteriores. No amor, aliás, a experiência só demonstra uma coisa: que não tem nada que estar a demonstrar coisíssima nenhuma. É verdade — começa-se sempre do zero. Cada vez que uma pessoa se apaixona, regressa à suprema inocência, inépcia e barbárie da puberdade. Sobem-nos as bainhas das calças nas pernas e quando damos por nós estamos de calções. A experiência não serve de nada na luta contra o fogo do amor. Imaginem-se duas pessoas apanhadas no meio de um incêndio, sem poderem fugir, e veja-se o sentido que faria uma delas virar-se para a outra e dizer: «Ouve lá, tu que tens experiência de queimaduras do primeiro grau...»
Pode ter-se sessenta anos. Mas no dia em que o peito sacode com as aurículas a brincar aos carrinhos-de-choque com os ventrículos, Deus Nosso Senhor carrega no grande botão «CLEAR» que mandou pôr na consola consoladora dos nossos corações. Esquece-se tudo. Que garfo usar com o peixe. Que flores comprar. Que palavras dizer. Que gravata com que raio de casaco hei-de usar? Sabe-se nada. Nicles.
Olha-se para as mãos e parece uma cena de transformação dum filme de lobisomens — de onde outrora havia aqueles dedos tão ágeis e pianistas, brotam dez abortos de polegares. E o vinho entorna-se só de pensar nisso. E as solas dos sapatos passam a atrair magneticamente todos os excrementos caninos da cidade. E a voz que era toda FM Estéreo da Comercial quando vai para dizer «Gosto muito de ti» fica repentinamente Abelha Maia.
Tenha-se 17 ou 71 anos, regressa-se automaticamente aos 13 — à terrível idade do Clearasil e das sensações como que de absorção. Quem se apaixona dá mesmo saltos no ar e diz «Uau!» quando o Pai deixa usar a pasta de dentes dele. Qual «ternura dos quarenta», qual bota da tropa cheia de minhocas! O amor é sempre uma anormalidade que provoca graves atrasos mentais.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas
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