A solidão é sempre fundamento
da liberdade. Mas também do espaço
por onde se desenvolve o alargar do tempo
à volta da atenção estrita do acto.
Húmus, e alma, é a solidão. E vento,
quando da imóvel solenidade clama
o mudo susto do grito, ainda suspenso
do nome que vai ser sua prisão pensada.
A menos que esse nome seja estremecimento
— fruto de solidão compenetrada
que, por dentro da sombra, nomeia o movimento
de cada corpo entrando por sua luz sagrada.
Fernando Echevarría.
4 comentários:
Espetacular!
Aliás, é sempre na solidão que se fundamentam os sonhos...
Beijos.
Nossa! Intenso. Denso.
beijo
Como é que se articula o texto (em baixo) de Rubem Alves e este poema é que não entendo.
A solidão fundamento da liberdade? O alicerce da liberdade é a solidão? Se isto não fosse um poema, seria um autêntico disparate.
Pronto, mas isto sou eu
oi
na verdade, por vezes gosto da solidão, coisa de gente meio bicho do mato, que não gosta de multidão, solidão por vezes me liberta sim.
beijo
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