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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Literatura.


Com 23 anos a infanta Catarina de Bragança, filha de D. Luísa de Gusmão e de D. João IV, deixou para trás tudo o que lhe era querido e próximo para navegar rumo a uma vida nova. No coração um misto de tristeza e alegria. Saudade da sua Lisboa, de Vila Viçosa, do cheiro a laranjas, dos seus irmãos que já haviam partido deste mundo e dos que ficavam em Portugal a lutar pelo poder. Mas os seus olhos escuros deixavam perceber o entusiasmo pelo casamento com o homem dos seus sonhos, Charles de Inglaterra, um príncipe encantado que Catarina amava perdidamente ainda antes de conhecê-lo. Por ele sofreu num país do qual desconhecia a língua, os costumes e onde a sua religião era condenada. Assistiu às infidelidades do marido, ao nascimento dos seus filhos bastardos enquanto o seu ventre permanecia liso e seco, incapaz de gerar o tão desejado herdeiro. Catarina não foi capaz de cumprir o único objectivo que como mulher e rainha lhe era exigido. «Se ao menos não o amasse tanto!», pensava nas noites mais longas e tristes... Ao longo destas páginas apaixonamo-nos, sofremos, rimos e choramos.

1 comentário:

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

QUERIDO MANUEL, BELA HISTÓRIA DE AMOR, COM O DESFECHO INFELIZ... ELA AMOU MUITO, MAS SOFREU BASTANE AO NÃO PODER TER UM FILHO... HÁ AORES ASSIM!!! UM ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA