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domingo, 5 de outubro de 2008
Bestiário 2.

Festa dos sátiros e dos sádicos
dos vadios e dos românticos
pantagruélicos de mil banquetes
vazios, investidas de ginetes
com seus ferros pontiagudos
fustigando tecidos e membranas
ciclopes bestiais e chifrudos
monstruosos e doudivanas.
Lanças mortais ensangüentadas
nos cerimoniais da penetração
na ação das noites violentadas
dos transtornos e das ciladas
dos desmontes e das manadas
incontidas – e da sofreguidão!
Poema de Antonio Miranda
Ilus. de Carmen Fulle
Coisas da Carbonária...


O Que Foi o 5 de Outubro?
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Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6 o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país. Em Braga foi-o no dia 7, tendo tomado posse da Câmara o Dr Manuel Monteiro.
A queda da Monarquia já era de esperar. Dois anos antes D. Carlos e D. Luíz Filipe haviam sido assassinados por activistas republicanos. O reinado de D. Manuel II tentou apaziguar a vida do país sem sucesso. Foi um reinado fraco e inexperiente. Apesar de o 5 de Outubro não ter sido uma verdadeira revolução popular, mas sobretudo um golpe de estado centrado em Lisboa, a nova situação acabou por ser aceite no país e poucos acreditaram na possibilidade de num regresso à Monarquia.
Seguiu-se um período de democracia republicana, caracterizado por forte instabilidade política, conflitos com a Igreja, mas também grandes progressos na educação pública. A chamada I República Portuguesa terminou em 1926, com o golpe de 28 de Maio, a que se seguiram muitos anos de ditadura.
Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa. As cores verde e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma as cinco chagas de Cristo. O hino A Portuguesa , composto por Alfredo Keil tornou-se o hino nacional.
sábado, 4 de outubro de 2008
Poesia

Poesia sensual, erótica e pornográfica ou simplesmente amorosa, está na essência e na textura da própria poesia, em sua te(n)são original. Seja de forma objetiva, explicita ou na interpretação do leitor, em sua subjetividade. Vale dizer que as palavras também exprimem, excitam sentimentos, além de sublimá-los e que toda poesia, em alguma dimensão, tem sua carga sensual, por ser humana.
António Miranda.
Galanteios.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Mar.
Bestiário .

Amores frívolos ou de arremedo
para vivê-los não para contá-los
e a paixão numa rinha de galos
fogo cruzado provocando o medo.
Tesão de juventude e de folguedo
da carne, galopes de cavalos
Carnaval celebrado mais cedo
no embate tenebroso dos falos.
Volúpias, clamores, nunca mais
só dores, associados aos prazeres
só dizeres, ais, furiosos animais
que se estranham e que se enfrentam
neste breve festim de comensais
dos imorais, que se atormentam.
(Poema de António Miranda)
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Prémio Camões e Certificados Sensosim vão ser entregues a 8 de Outubro

Na próxima quarta-feira, 8 de Outubro, a Câmara Municipal de Constância e a Escola Básica e Secundária Luís de Camões, vão proceder à entrega do Prémio Camões e dos Certificados Sensosim, uma cerimónia que decorrerá às 9.30 horas, nas instalações da própria Escola.
O Prémio Camões foi instituído pela Câmara Municipal e pela Escola logo no primeiro ano de funcionamento da instituição de ensino, visando incentivar os alunos a progredirem com vista ao seu melhor desempenho no âmbito da sua autoformação.
Assim, os alunos que alcançaram melhores resultados no ano lectivo de 2007/2008 vão receber obras literárias e placas alusivas ao acto, tendo-se distinguido os seguintes jovens: Ana Carolina Leitão e Sofia Lopes Agostinho (5ª ano), Alexandre Oliveira Rodrigues, Ana Cristina Pedro, Rita Medroa Mateus, Yuliya Zatserkovna (6º ano), Tiago Martins (7º ano), Bernardo Barroso Marques e André Xavier (8º ano), André Filipe Monteiro (9º ano), Susana Filipa Milheiriço (1º ano do Curso de Educação e Formação de Adultos (CEF)), Sandy Leila Rodrigues (2º ano CEF) e Cátia Picão (Secundário).
Após a entrega do Prémio Camões, serão também entregues os certificados e as placas que distinguem os alunos com o Sensosim, um prémio instituído pela Escola no ano lectivo 2004/2005, o qual tem como objectivo premiar aqueles que se destacaram pelas suas atitudes e valores, nomeadamente pela sensibilidade, pela solidariedade e pela simpatia.
Por CMC
O valor de uma dona de casa.


Um homem chegou em casa, depois do trabalho, e encontrou os três filhos a brincar do lado de fora, ainda vestidos de pijama. Estavam sujos de terra, rodeados por embalagens vazias de comida entregue em casa. A porta do carro da sua esposa estava aberta. A porta da frente da casa também. O cão nem veio recebê-lo. Enquanto ele entrava em casa, encontrava cada vez mais bagunça. A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede. Na sala de estar, a televisão ligada aos berros, o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas. Na cozinha, a pia estava cheia de pratos sujos e ainda havia café da do pequeno-almoço na mesa, o frigorifico estava aberta, e havia comida do cão no chão e até um copo partido em cima do balcão. Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta. Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando os brinquedos espalhados e de peças de roupa suja. 'Será que a minha mulher está mal?' ele pensou. 'Será que aconteceu alguma coisa grave?' Daí ele viu um fio de água no chão, vindo da casa de banho. Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiénico na sanita. A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma. Finalmente, ao entrar no quarto, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e a ler uma revista. Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: Então que aconteceu aqui em casa? Por que toda esta desarrumação? Ela sorriu e disse: - Todo dia, quando você chega do trabalho, pergunta: - Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro em casa?' -Bem... Hoje eu não fiz nada, QUERIDO !!!!
Poeta Lobo

Sou o poeta que uiva através das palavras,
que vive o sofrimento de te ver nos braços de outro,
de quem nada faz por ti,
de quem não luta por ti,
de quem não te faz Feliz…
Trato-te com desvelo para te ver na tortura.
Declamo poemas no cimo de um penhasco,
na companhia duma guitarra que chora sons que molham.
Uivo na solidão, no recato exigido pela amizade.
Ombro que acolhe tuas lágrimas,
fazendo-me de forte,doendo mais em mim,
faca espetada em meu dorso…
Coisa essa de que foste gostar e que só te faz chorar.
Nem o mundo de pernas para o ar era capaz de te acordar
Amar sem por ti ser amado, apenas magoado.
Um dia vais acordar, olhar e ver quem tens a teu lado,
aperceber-te do terrível equívoco,
de um dia teres desprezado um grande Amor.
Já fiz mais por ti do que alguém algum dia fará…para ouvir o silêncio,
aplausos mudos de gratidão.
Sou o poeta que sacia a sede num riacho seco,
sequioso que estou de te voltar a beijar.
Obrigado a omitir, a negar,
talvez mentir…
Os primeiros pensamentos da manhã vão para ti,
bem como o último antes de adormecer.
Tal como os sonhos tornados em perfeitos amores…
Sou o poeta lobo que clama por ti nas noites de lua cheia.
Sou o poeta que vegeta no mundo animal em busca de teu “Graal”.
Dizes ser o último dos românticos, mas é com ele que trais.
Porque achas que a poesia é para ter na estante da biblioteca,
e não para levar para a cama…
(Escrito por pedrolopes)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Á vezes.
Sonhar.

Quem és tu que me fazes sonhar?
Um feitiço que alguém me lançou!
Laço triangular,não quis apartar
Nos braços alguém me elevou!
Espera!-Que eu acorde de manhã...
Dá-me tempo e espaço,o que alterou?
Preciso de esconder o infame traço...
Corrompida esta alma!-Que amou!
Quiseste dar-me o céu,peguei numa estrela,
Ofereceste-me o mar,uma gota me levou!
Num olhar,indicaste um lindo bosque,
Em pegadas que alguém já desflorou!
Vai!-E procura os nómadas do deserto...
Impetuosa,esquecerá quem as deixou!
Quem és tu que me fazes sonhar?
Um feitiço que alguém me lançou!
(Poema de Maria Valadas in Palavras.ao.vento)
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