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domingo, 5 de outubro de 2008

Bestiário 2.



Festa dos sátiros e dos sádicos

dos vadios e dos românticos

pantagruélicos de mil banquetes

vazios, investidas de ginetes



com seus ferros pontiagudos

fustigando tecidos e membranas

ciclopes bestiais e chifrudos

monstruosos e doudivanas.



Lanças mortais ensangüentadas

nos cerimoniais da penetração

na ação das noites violentadas



dos transtornos e das ciladas

dos desmontes e das manadas

incontidas – e da sofreguidão!



Poema de Antonio Miranda

Ilus. de Carmen Fulle

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