Amores frívolos ou de arremedo
para vivê-los não para contá-los
e a paixão numa rinha de galos
fogo cruzado provocando o medo.
Tesão de juventude e de folguedo
da carne, galopes de cavalos
Carnaval celebrado mais cedo
no embate tenebroso dos falos.
Volúpias, clamores, nunca mais
só dores, associados aos prazeres
só dizeres, ais, furiosos animais
que se estranham e que se enfrentam
neste breve festim de comensais
dos imorais, que se atormentam.
(Poema de António Miranda)
2 comentários:
Dramei este António Miranda, logo na primeira vez que o referenciou.
«para vivê-los não para contá-los»
bestialmente lindinho.
Rosa Oliveira
Gramei, claro.
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