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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2009



A Câmara Municipal de Constância, aprovou as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2009.
A Câmara Municipal de Constância, em reunião ordinária de 26 de Novembro, aprovou as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2009, o qual prevê um movimento financeiro de 9.190.935 euros.

De acordo com os documentos aprovados, a estratégia de desenvolvimento do município prevê a continuidade de investimentos ao nível da educação, formação e modernização, no incremento de actividades que reforçam o tecido económico e o emprego, no estímulo ao investimento, na inovação e competitividade das empresas e serviços, na promoção do saber e do conhecimento e no desenvolvimento do turismo activo, cultural e científico.

Analisando as Grandes Opções do Plano, verifica-se que existe um forte investimento nas funções sociais, seguindo-se as funções económicas e as gerais. No que concerne à área social, que engloba a educação, destaca-se um avultado investimento na requalificação do Parque Escolar do Concelho, na qual se inserem os Centros Escolares.

A reabilitação de imóveis degradados, a construção ou recuperação do Posto Médico de Montalvo, o apoio às instituições de carácter social que operam no concelho, a protecção civil e a luta contra incêndios são outras áreas que contarão com a intervenção municipal.

No que respeita ao saneamento e ao abastecimento de água, há que destacar a construção do emissário de esgotos da zona de expansão de Constância / ETAR do Caima e a substituição da conduta de água de Vale de Mestre / Pereira.

A cultura, o desporto, o ambiente e o turismo são outras áreas onde se desenvolverão diversas acções e projectos.

Após a aprovação no órgão executivo municipal, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2009 serão submetidos à apreciação da Assembleia Municipal que reúne no final do mês de Dezembro. Por CMC

Constância vai ter o maior telescópio público do país .




A Fundação EDP assinou recentemente um Protocolo de Apoio Mecenático com o Centro Ciência Viva de Constância – Parque de Astronomia (CCV), tendo como principal objectivo a promoção da ciência e da cultura e que permitirá adquirir e colocar em funcionamento o maior telescópio público do país.

Considerando que a Fundação EDP, criada pela EDP – Energias de Portugal, S.A., tem por fins gerais a promoção, o desenvolvimento e o apoio a iniciativas de natureza social, cultural, científica, tecnológica, educativa e ambiental e que tanto esta instituição como o CCV visam contribuir para superar as insuficiências que existem em Portugal no que respeita ao conhecimento científico e aos meios técnicos para formar os jovens na área da Astronomia, decidiram ambas as entidades estabelecer um protocolo de parceria.

Assim, com a assinatura do Protocolo de Apoio Mecenático, a Fundação EDP vai apoiar financeiramente o CCV com uma verba de 56 mil euros (dividida pelos anos de 2008 e 2009) com vista à aquisição de um moderno telescópio. Com este equipamento o CCV fica apetrechado para dinamizar múltiplas iniciativas, disponibilizando ao público, em particular a jovens estudantes, o acesso a recursos tecnológicos que, para além de simples curiosidades, permitem estabelecer uma relação muito próxima com os métodos modernos de aplicações tecnológicas, nomeadamente na área da Astronomia.

Para além da aquisição do equipamento acima mencionado, a Fundação EDP ajudará a promover as actividades dinamizadas pelo CCV e cederá as instalações do Museu da Electricidade para que ocasionalmente o Centro Ciência Viva lá realize conferências e exposições.

No que concerne ao papel do CCV, esta entidade colaborará na dinamização e organização de eventos de carácter científico e pedagógico no Museu da Electricidade, com o intuito de aumentar a divulgação do tema da sustentabilidade e da biodiversidade.
Por CMC

Ser poeta.

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Presépio.


Duas tábuas...
E era um berço!


Tudo escuro...
E alumiava!


Estaria Deus lá dentro?
Fomos a ver...


E lá estava!


Pedro Homem de Mello .

Os Presépios em Portugal





Os presépios portugueses constituem importantes obras de arte, grandes barristas portugueses ocuparam-se com esta arte. Nestes presépios existe uma conciliação perfeita do folclore português com as correntes estéticas.

O Livro da Fundação do Mosteiro do Salvador da Cidade de Lisboa, de 1618, de autoria de Maria Baptista, refere-se à existência de um presépio ali, antes dos meados de Quinhentos, presépio esse muito venerado.

Há notícia de, pelo menos, outro presépio em Lisboa no século XVI, este foi encomendado a Bastião d’Artiaga em 1558 pela irmandade dos Livreiros de Lisboa, para a Igreja de Santa Catarina do Monte Sinai.

No século XVII, os presépios começam a espalhar-se pelo país.

O presépio barroco, no século XVIII, desenvolveu-se em Portugal no reinado de D. João V, recebendo talvez sugestão dos seus congéneres do Sul de Itália.

É neste século que se notabiliza, em Portugal, a produção de presépios pelas mãos de grandes barristas, em especial, Machado de Castro e António Ferreira.

Machado de Castro, em defesa perante as opiniões de um crítico, refere-se a António Ferreira, esclarecendo “que [se] não operou senão em barro, ou cera, não deixa por isso de ser Escultor”. Ora, tanto Machado Ferreira como António Ferreira, e de um modo geral todos os escultores da época, praticaram uma escultura de pequeno formato, em barro, onde a modelação impera.

Dos mais conhecidos presépios de Machado de Castro, destacam-se o da Igreja da Sé Patriarcal de Lisboa e o da Basílica da Estrela, também em Lisboa.

António Ferreira criou, também, importantes presépios, entre outros foi ele o escultor do enorme presépio da Igreja Madre de Deus, situada em Lisboa.

Nesta época, os presépios têm uma presença constante em igrejas, conventos e lares particulares. Infelizmente, muitos desses presépios foram desmantelados, como é o caso do famoso exemplar da Cartuxa de Laveiras, mesmo assim subsistem montados bons exemplares como é o caso do da Sé (1776), o da Basílica da Estrela (1782), o da Igreja de S. José, o da Capela da Senhora do Monte e o da Igreja dos Mártires; desmontados ou apenas com figuras avulsas estão em vários museus, como o Museu da Arte Antiga e do Azulejo.

Os presépios são largas narrativas que contam com a participação de pequenas figuras. Contudo, também existem em pequeno formato, com menor número de figuras e com uma narrativa mais sintética, como o do Palácio de Mafra, este é um pequeno presépio em madeira atribuído a José de Almeida.

De entres os presépios de maiores dimensões, temos como exemplos: o da Estela com cerca de 500 figuras e o da Madre de Deus com cerca de 200. Um outro presépio de grande dimensão encontra-se no coro alto do Mosteiro de Santo André de Ponta Delgada, nos Açores, e integrado no Museu Carlos Machado.

No século XIX, o presépio começou a ser objecto da arte popular, caindo em desuso a criação de presépios de monumentais.

Com introdução, em Portugal, do costume da árvore de Natal no século XX, o presépio, infelizmente, passou para segundo plano.

Um menino chamado Jesus.


Um pequeno conto de Natal.

Numa fria noite de Natal saí para dar um passeio pela cidade. Transeuntes apressados, embuçados nos seus abafos, dirigiam-se para casa ou para as igrejas para assistirem à Missa do Galo. As suas expressões eram felizes e alegres. Os grupos tagarelavam com vivacidade.

Naquela noite um suave milagre tornava toda a gente boa. Todos deviam ter a sua festa de Natal, todos os homens pareciam de facto de boa vontade.

Num portal de um cinema uma mulher tinha montado uma venda de jornais e revistas. Num caixote forrado de jornais, uma criança de tenra idade dormia serenamente. Aquela família não devia ter Natal.

Àquela hora já não havia fregueses para os jornais e a pobre mulher certamente aguardava que a sessão de cinema acabasse, na esperança de, à saída, alguns espectadores ainda lhe comprassem qualquer jornal da noite ou uma revista.

De longe observei aquela mãe transida de frio que não se resolvia a regressar a casa naquela noite dedicada à família. Mas teria ela verdadeiramente uma casa ou mesmo uma família? Pelo menos alguma família tinha, pois a criança que dormia no caixote forrado de jornais devia ser sua filha, a avaliar pelos cuidados com que ela a protegia do frio com uns farrapos e lhe afagava os cabelos.

Observei também a criança que era robusta e perfeita, de faces coradas e feições muito correctas.

Devia ter menos de um ano, dez ou onze meses, e já a tinha visto noutras ocasiões, de dia, acordada, pôr-se de pé, apoiada nos bordos do caixote, lambuzando-se com as gulodices que lhe davam.

A criança era com efeito linda e eu pensava quantos casais abastados ou mesmo remediados, gostariam de ter um bébé assim.

Havia, na verdade, coisas extraordinárias - quantos casais que podiam proporcionar todas as comodidades, tratamentos e boa alimentação aos filhos, os tinham franzinos e doentes e aquela criança criada sem cuidados, sem higiene, no meio do pó das ruas e tendo como agasalho jornais velhos, era de uma perfeição invulgar e respirava saúde.

De súbito, um casal passou e reparou no bébé. A senhora, comovida com a cena, baixou-se, disse qualquer coisa à mãe que sorria desvanecida e afagou a cabecita da criança. Esta abriu os olhos, uns grandes olhos, de mansinho, e o rosto abriu-se-lhe num luminoso sorriso. Depois a senhora pegou na criança ao colo, acariciou-a mais e voltou a pousá-la no improvisado berço. Trocou breves palavras com o marido e entregou à mãe, discretamente, algumas notas enroladas na mão.

Entretanto o cinema tinha acabado, os espectadores começaram a sair e alguns compravam àquela pobre mulher jornais ou revistas. Misturei-me com eles e quando passei perto dela parei, fiz uma pequena festa na cabecita linda do petiz, comprei também um jornal e deixei esquecida uma nota nas mãos daquela mãe, perguntando-lhe curioso:

- Como se chama o menino?

Respondeu-me a pobre mulher, parecendo admirada com a pergunta:

- Como se chama o menino?...

E depois de uma hesitação:

- Ora, como havia de se chamar?! O menino chama-se Jesus!

Troquei um último sorriso com o menino, apressei-me para a consoada que esperava por mim e continuei a sorrir-me sozinho, satisfeito por pensar que aquela mãe e aquele menino chamado Jesus iam ter certamente um dia de Natal muito feliz.

Cícero Galvão.

Publicada por Livro de Contos

Poema de Natal.

Poesia de Vieira Calado.


Naquela noite fazia frio fazia pena
ver almas despedaçadas deitadas corpos entrouxados
dispersos nas calçadas luzidias do passeio das ruas

.
Caía uma névoa fina que simulava chuva punhais
de raiva e resignação ou antes uma levada de mágoa
de murmúrios sem data sem fumo sem restos de cio
perdidos num mar de pedras nas calçadas da rua

.
Era uma noite de claustros tambores rufando clamando
os clamores da vida a náusea descrente na boca sofrida
o granito fundido já duro das lutas perdidas
pisado nos ossos nos ombros nos olhos que olham
as coisas por fora nas coisas por dentro
e as noites nos dias e os búzios na praia sem vento
soprando as pedras do passeio da rua

.
Doía a quem doía não fora a noite uma noite
de aprazimento em todas as aldeias da cidade
tempo de alegrias acepipes farturas alvarinho
em casas abastadas sobranceiras aos passeios da rua

.
o mais vago grave desígnio dum oráculo de plenitude
na inocência das crianças nas crenças na sentença
dos mecanismos que levam ao enternecimento
por ver a chuva a cair sobre corpos alheios
prostrados enrodilhados sobre o passeio da ruas

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Façam o favor de serem felizes.

Para todos os meus amigos e não só:


Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho

Natal de quê?




Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?
Ou de quem traz às costas
As cinzas de milhões?
Natal de paz agora
Nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
Num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
Roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
Em ser-se concebido,
Em de um ventre nascer-se,
Em por de amor sofrer-se,
Em de morte morrer-se,
E de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
Quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
Num mundo todo bombas?
Natal de honesta fé,
Com gente que é traição,
Vil ódio, mesquinhez,
E até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Ou dos que olhando ao longe
Sonham de humana vida
Um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
E torturados são
Na crença de que os homens
Devem estender-se a mão?

Jorge de Sena

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Cúmplices.



Para a minha querida amiga Fernanda Costa,com votos de boas festas.

Boas festas.



Para a minha querida amiga Rosa Oliveira, com votos de um bom Natal.

A não esquecer.




É bonito respeitar a tradição e dar presentes. É uma reverência a tão importante data do calendário cristão. Mas, não podemos esquecer que o verdadeiro presente está no estender a mão todos dias ao irmão esquecido, abandonado, vilipendiado, caído na sarjeta de uma esquina qualquer.

Que fizeste das palavras?






Que fizeste das palavras?
Que contas darás tu dessas vogais
de um azul tão apaziguado?

E das consoantes, que lhes dirás,
ardendo entre o fulgor
das laranjas e o sol dos cavalos?

Que lhes dirás, quando
te perguntarem pelas minúsculas
sementes que te confiaram?


Eugénio de Andrade

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Navidade.

Jose Feleciano

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Para a minha querida amiga Lúcia Galeano.

Coração.


"O coração é uma riqueza que não se vende nem se compra. Presenteia-se "

Estrela do Oriente.


Estrela do Oriente.




Por teus olhos acesos de inocência

Me vou guiando agora, que anoitece.

Rei Mago que procura e desconhece

O Caminho,

Sigo aquele que adivinho

Anunciado

Nessa luz adivinhada,

Infância humana madrugada.

Presépio é qualquer berço

Onde a nudez do mundo tem calor

E o amor

Recomeça.

Leva-me, pois, depressa,

Através do deserto desta vida,

À Belém prometida…

Ou és tu a promessa?


Miguel Torga.

Rabanadas (ou fatias douradas)


Porque estamos na altura do Natal e nesta época se fazem montes de doces tradicionais, aqui fica a receita de um deles que não pode faltar á mesa.


1 pão de véspera
3 dl de leite
4 ovos
300 g de açúcar
canela
1 casca de limão
óleo para fritar


Coloca-se o leite a ferver com duas colheres de sopa de açúcar e a casca de limão.
Batem-se os ovos muito bem, de modo que a clara fique imperceptível.
Corta-se o pão em fatias com cerca de 1,5 cm e passam-se primeiro pelo leite e depois pelos ovos.
Fritam-se em óleo bem quente e escorrem-se sobre papel absorvente ou sobre um pano.

Servem-se polvilhadas com açúcar e canela ou com calda de açúcar.

Bom apetite e feliz Natal.

Criatividade Cega



Entre o caos e a harmonia. A cegueira pensada é uma aflição mental, uma das formas do isolamento porque a invisibilidade não é obstáculo: é apenas um fenómeno subtilíssimo da ausência. Na criação tudo é potencialmente uma entidade distinta da matéria, uma improbabilidade, porque, como diziam os antigos, diante da luz somos todos cegos.

Ana Hatherly, in 'Tisanas'

domingo, 21 de dezembro de 2008

Literatura.


Sinopse:

Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história. Recheado de suspense, corrupção, ambição e romance, Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

Johnny Cash.

Fiquem-se com esta preciosidade dos anos 60.