Estrela do Oriente.
Por teus olhos acesos de inocência
Me vou guiando agora, que anoitece.
Rei Mago que procura e desconhece
O Caminho,
Sigo aquele que adivinho
Anunciado
Nessa luz adivinhada,
Infância humana madrugada.
Presépio é qualquer berço
Onde a nudez do mundo tem calor
E o amor
Recomeça.
Leva-me, pois, depressa,
Através do deserto desta vida,
À Belém prometida…
Ou és tu a promessa?
Miguel Torga.
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