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domingo, 3 de fevereiro de 2013
Literatura.
Sinopse
Antero Moreira de Mendonça odeia os Jesuítas. Quando em 1755 um terramoto de proporções bíblicas arrasa a cidade de Lisboa e os Jesuítas pregam publicamente a fúria de Deus, o jovem entusiasta das ciências naturais vê chegada a oportunidade de se vingar da Companhia de Jesus. No entanto, Gabriel Malagrida, o líder dos Jesuítas a quem o povo reconhece poderes proféticos, revelar-se-á um opositor à altura. Contando com a ajuda de Leonor, filha de um comerciante alemão, Antero irá conseguir escapar-se ao cadafalso e à masmorra. Aquilo que Antero desconhece é que Leonor se conta entre os fiéis seguidores da ordem jesuíta. Que partido acabará o coração de Leonor por tomar? O de Antero ou o dos seus correligionários jesuítas?
A Jesuíta de Lisboa de Titus Muller
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
A neve cai lá fora...
Ao acordar
tua pele de veludo
roça ma minha
olho a janela
vidros baços...
Há neve lá fora
aconchego-me no teu corpo
quente
suave
ardente...
Debaixo dos lençóis
de linho macios
cheirando a rosas
teu corpo esguio
esfuma-se...
fico só
no vazio do meu quarto
olhando os vidros baços
vendo a neve cair
escondendo os teus passos...
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Literatura
Sinopse
Tido como autobiográfico, Jane Eyre é um marco da emancipação feminina. Uma menina infeliz, órfã de pai e mãe, obrigada pela força das circunstâncias a viver com uma tia que a odeia, é enviada para um colégio interno, onde se destaca como uma das melhores alunas da instituição e, mais tarde, como professora. Sem nada que a prenda ao colégio e ávida de independência, Jane torna-se preceptora de Adéle, pupila de Mr. Rochester, o proprietário de um imponente castelo, por quem se apaixona e com quem decide casar-se.
Tido como autobiográfico, Jane Eyre é um marco da emancipação feminina. Uma menina infeliz, órfã de pai e mãe, obrigada pela força das circunstâncias a viver com uma tia que a odeia, é enviada para um colégio interno, onde se destaca como uma das melhores alunas da instituição e, mais tarde, como professora. Sem nada que a prenda ao colégio e ávida de independência, Jane torna-se preceptora de Adéle, pupila de Mr. Rochester, o proprietário de um imponente castelo, por quem se apaixona e com quem decide casar-se.
domingo, 20 de janeiro de 2013
20-01-1955
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Literatura.
Ilusões Perdidas -Honoré de Balzac.
Por volta de 1830, aos trinta e poucos anos de idade, Honoré de Balzac elegeu seu projeto de vida: escrever uma série de romances, novelas e contos que retratasse a sociedade de sua época em todos os seus aspectos, um retrato abrangente da vida francesa que, segundo o autor, realizaria pela pena o que “Napoleão não conseguiu concluir pela espada”. E, caso esse ambicioso panorama tenha um centro, este necessariamente deve ser Ilusões perdidas, o mais extenso dos romances escritos por Balzac.
Publicado em três partes entre 1837 e 1843, Ilusões perdidas explora com maestria três aspectos fundamentais para compreender a sociedade francesa do século XIX: os jogos de poder e intriga das classes aristocráticas, o contraste entre a vida na capital e na província e o lado sujo - cínico e politiqueiro - da atividade jornalística. Tudo isso através da história do poeta Lucien de Rubempré, que sai da pequena cidade de Angoulême para buscar fortuna e consagração literária em Paris apenas para ver, um a um, seus sonhos caírem por terra.
sábado, 12 de janeiro de 2013
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Corremos Dentro dos Corpos.
Como o sangue, corremos dentro dos corpos no momento em que abismos os puxam e devoram. Atravessamos cada ramo das árvores interiores que crescem do peito e se estendem pelos braços, pelas pernas, pelos olhares. As raízes agarram-se ao coração e nós cobrimos cada dedo fino dessas raízes que se fecham e apertam e esmagam essa pedra de fogo.
Como sangue, somos lágrimas. Como sangue, existimos dentro dos gestos. As palavras são, tantas vezes, feitas daquilo que significamos. E somos o vento, os caminhos do vento sobre os rostos. O vento dentro da escuridão como o único objecto que pode ser tocado. Debaixo da pele, envolvemos as memórias, as ideias, a esperança e o desencanto.
José Luís Peixoto, in 'Antídoto'
sábado, 5 de janeiro de 2013
Queda de água...
O amor
é como uma queda de água
cristalino
puro
transparente
corrente de um rio
que inunda meu interior...
Como uma cascata
impetuosa
violenta
de uma beleza sem medida
que me sacia
alimenta
dá vida...
O amor!
São lágrimas que caiem
queda de água
que desgasta
cava
corrói
espelho da minha alma
amor que dói...
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Vida
Dedicado ao meu neto Rafael no dia em que nasceu.
Vejo-te tão pequenino
mas sei que serás grande
no amor
na humildade
no respeito
a vida é um circo
serás mais um actor
sentirás tristeza
alegria e amor
dentro do teu peito...
Quero para ti
uma nova vida
um novo sentir
sempre que precisares de mim
eu estarei aqui
para te guiar pela verdade
mostrar como é simples
a sinceridade
que nem sempre o mundo
é cor de rosa
também há falsidade...
Quero que cresças em paz
com carinho
e que todas as crianças
tenham o seu ninho
que vais á escola
que jogues á bola
que respeites o teu professor
para que sejas um homem
seja aonde for...
sábado, 29 de dezembro de 2012
Mais perto do Céu...
Subi à montanha
e mais perto do Céu
sonhei-te nas minhas mãos
corpo escultural feminino
conheço o amor
não conheço o teu corpo
divino...
Quero agarrar uma estrela
quando for noite
agarrar sonhos
sem o teu brilho a vida é escura
existência sem sentido
triste...
Olho as estrelas
e neste silêncio
penso se no Céu existe
um Céu para quem ama....
Literatura.
Sinopse
Romance, ficção documentada, relato das errâncias de um narrador europeu do século XXI através do universo mental do iluminismo, A Cidade do Homem é a biografia imaginada de António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799), magistrado e poeta árcade que viveu, trabalhou e poetou em Portugal e no Brasil. Participante ativo nas polémicas que, durante o consulado de Pombal, agitaram o Reino e a Europa, foi juiz militar em Elvas e autor de O Hissope, sátira à querela protocolar entre o bispo e o deão da Sé da cidade alentejana. Presente desde o início no imaginário do protagonista, o Brasil torna-se o cenário da narrativa com a transferência de Cruz e Silva para a Relação do Rio de Janeiro em 1776. A partir desse ano, servidor da Justiça e de Apolo, julgou e poetou nas capitanias do Sul, sobretudo em comarcas do Rio e de Minas, privando com os juristas e árcades locais. Em 1792, seria membro do tribunal que julgou e condenou na capital do Brasil os inconfidentes mineiros, entre eles os seus companheiros mais próximos nas lides judiciais e na poesía. Numa digressão através da História e das ideias em busca da polis racional, A Cidade do Homem centra-se-se na condenação dos conspiradores à morte ou ao degredo, evocando uma época que, na Europa, em Portugal e no Brasil nas vésperas da independência, prenunciou os antagonismos e as hecatombes do nosso tempo.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Natal é sempre que um homem quiser!
A vida renova-se
com vida nova
e só assim faz sentido
nascer
viver
morrer
mas para que a vida faça sentido
é preciso dar sentido à vida...
Não interessa apenas dizer
de palavras está o mundo cheio
há que fazer
por nós
pelos outros
para que possamos todos viver
em harmonia
paz
e alegria...
O Natal está aí
crianças no aconchego do seu lar
escrevem cartas ao pai Natal
no bairro de lata
ouvem-se crianças a chorar
querem comer não têm pão
rezam e não sabem porque razão
uns têm tudo
e outros não...
E no interior do meu ser
sinto o grito
do poeta!
Natal é sempre
que um homem quiser...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
"Como a gente se perde!
A linguagem que o meu sangue entende — é esta. A comida que o meu estômago deseja — é esta. O chão que os meus pés sabem pisar — é este. E, contudo, eu não sou já daqui. Pareço uma destas árvores que se transplantam, que têm má saúde no país novo, mas que morrem se voltam à terra natal."
Miguel Torga.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Terror de Te Amar.
Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”
domingo, 9 de dezembro de 2012
Literatura
Tereza Batista Cansada da Guerra.
Jorge Amado.
No sertão de Sergipe, perto da fronteira com a Bahia, aos treze anos incompletos a órfã Tereza Batista é vendida pela tia a um fazendeiro pedófilo e brutal. Depois de estuprá-la, ele a mantém cativa em sua propriedade. Amadurecida precocemente, e do modo mais doloroso, a menina se tornará uma mulher valente e decidida. Tereza Batista é sem dúvida uma das mais fascinantes heroínas de Jorge Amado, talvez a mais completa e complexa, que reúne os atributos de todas as outras: a valentia de Rosa Palmeirão, a sensualidade de Gabriela, a doçura de dona Flor, a altivez de Tieta.
As peripécias dessa heroína que "tinha aversão a badernas", que "não tolerava ver homem bater em mulher" são contadas por várias vozes. Um funcionário público, um pai-de-santo, a célebre ialorixá Mãe Senhora e até o poeta Castro Alves, retornado do mundo dos mortos, ajudam a relembrar e exaltar os feitos da protagonista. Um dos mais notáveis deles - ter comandado as meretrizes de uma cidade no combate a uma epidemia - é narrado à maneira de um romance de cordel, no capítulo "ABC da peleja entre Tereza Batista e a bexiga negra". Em outro episódio, ela lidera uma greve de prostitutas em Salvador. Em um terceiro, nocauteia um homem num cabaré de Aracaju depois de vê-lo bater na amante.
Escrito em 1972, quando Jorge Amado tinha sessenta anos, Tereza Batista cansada de guerra atesta a maestria desenvolvida pelo escritor baiano ao longo de quatro décadas de literatura. No conjunto de seus romances, destaca-se como um dos mais vigorosos do ponto de vista político - fato ainda mais notável por ter surgido no auge da ditadura militar - e um dos mais ousados no terreno do erotismo.
Jorge Amado.
No sertão de Sergipe, perto da fronteira com a Bahia, aos treze anos incompletos a órfã Tereza Batista é vendida pela tia a um fazendeiro pedófilo e brutal. Depois de estuprá-la, ele a mantém cativa em sua propriedade. Amadurecida precocemente, e do modo mais doloroso, a menina se tornará uma mulher valente e decidida. Tereza Batista é sem dúvida uma das mais fascinantes heroínas de Jorge Amado, talvez a mais completa e complexa, que reúne os atributos de todas as outras: a valentia de Rosa Palmeirão, a sensualidade de Gabriela, a doçura de dona Flor, a altivez de Tieta.
As peripécias dessa heroína que "tinha aversão a badernas", que "não tolerava ver homem bater em mulher" são contadas por várias vozes. Um funcionário público, um pai-de-santo, a célebre ialorixá Mãe Senhora e até o poeta Castro Alves, retornado do mundo dos mortos, ajudam a relembrar e exaltar os feitos da protagonista. Um dos mais notáveis deles - ter comandado as meretrizes de uma cidade no combate a uma epidemia - é narrado à maneira de um romance de cordel, no capítulo "ABC da peleja entre Tereza Batista e a bexiga negra". Em outro episódio, ela lidera uma greve de prostitutas em Salvador. Em um terceiro, nocauteia um homem num cabaré de Aracaju depois de vê-lo bater na amante.
Escrito em 1972, quando Jorge Amado tinha sessenta anos, Tereza Batista cansada de guerra atesta a maestria desenvolvida pelo escritor baiano ao longo de quatro décadas de literatura. No conjunto de seus romances, destaca-se como um dos mais vigorosos do ponto de vista político - fato ainda mais notável por ter surgido no auge da ditadura militar - e um dos mais ousados no terreno do erotismo.
sábado, 8 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A propósito de livros!
"Dizes tu que os livros te não consolam!? Que te irritam!? Que blasfémia, minha Júlia! Pois há lá melhores amigos!? Os livros, mas livros destes em que a alma dos bons anda sangrando por todas as suas páginas; livros
que eu beijo de joelhos, como se enternecidamente beijasse as mãos benditas dos que os escreveram! Lê os versos de António Nobre, o meu santo poeta da Saudade. Lê o «Fel» de José Douro, o malogrado poeta esquecido e desprezado. Lê «Doida de Amor» de Antero de Figueiredo, e depois diz-me se eles te irritam!..."
(Florbela Espanca)
Bom fim de semana.
(Florbela Espanca)
Bom fim de semana.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Desejo.
que queima as minhas entranhas
o aninhar-me no teu corpo
amar-te até sentir a dor
do teu amor em lágrimas...
Porque o meu desejo é
fogo que me faz arder
me enche de luz
o mesmo que me ilumina
me inflama de tanto te querer...
Tu, imagem dos meus desejos
enlouquecidos pelos teus cheiros de fêmea
desejos de sorver a tua carne
em grandes beijos
fundir-me em ti minha alma gémea...
domingo, 25 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Dia Nacional do livro.
"A leitura de livros - ficção, romance, novela, poesia - é hoje, talvez, a mais enriquecedora forma de estar sozinho sem estar só. Num tempo em que sobem os níveis de stress, se sofrem os efeitos do excesso de informação quase impossível de assimilar, aumenta vertiginosamente o número de pessoas que vivem sós, se formam ilhas e redutos onde antes se convivia, se perde a individualidade e a interioridade, os livros são um antídoto garantido. E também para aturar os inúmeros maçadores que nos rodeiam e ameaçam atrapalhar a nossa vida."
domingo, 28 de outubro de 2012
A Feira das Vaidades.
A Feira das Vaidades é o primeiro romance de William Thackeray que em 1847, quando começou a publicá-lo em fascículos, era ainda praticamente desconhecido do público. Considerada um clássico, esta obra é uma sátira à classe alta de Londres que, enquanto centenas de milhares de homens morrem nos campos de batalha, vítimas das atrocidades das Guerras Napoleónicas, continua imperturbável e feliz, a beber os seus cálices de Porto e Madeira no meio dos maiores excessos, luxos e loucuras.
A história centra-se em duas alunas da escola de Miss Pinkerton que se tornam as melhores amigas: a falsa, sedutora e ambiciosa Rebecca Sharp, mais conhecida por Becky, orfã e sem rendimentos, e a inocente e pura Amelia Sedley, filha de uma família da alta burguesia. Juntas, as duas amigas vão viver grandes momentos de paixão, sofrimento e vingança.
A história centra-se em duas alunas da escola de Miss Pinkerton que se tornam as melhores amigas: a falsa, sedutora e ambiciosa Rebecca Sharp, mais conhecida por Becky, orfã e sem rendimentos, e a inocente e pura Amelia Sedley, filha de uma família da alta burguesia. Juntas, as duas amigas vão viver grandes momentos de paixão, sofrimento e vingança.
A ti regresso mar...
Mar!
onde não cabe o meu desejo
donde parto e não regresso
onde olho e não te vejo
amor... que tanto por ti padeço...
mar!
A ti regresso mar
deixa-me adormecer no dorso das tuas vagas
embalado no vai e vem da minha dor...
Mar!
que guardas tantos segredos
no vai e vem das tuas ondas
embala os meus medos...
sábado, 27 de outubro de 2012
premio Dardos
Recebi da minha querida amiga ZilMar do blog ...rEcOmEçAr... http://euemmim-recomecar.blogspot.be/
Desde já agradeço o carinho e a simpatia.
transcrevo as informações sobre o selo do prêmio .
O Prêmio Dardos foi criado pelo escritor espanhol Alberto Zambade que, em 2008, concedeu no seu blog Leyendas de “El Pequeño Dardo”o primeiro Prêmio Dardo a quinze blogs selecionados por ele. Ao divulgar o prêmio, Zambade solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites considerados merecedores do prêmio. Assim a premiação se espalhou pela Internet.
Segundo o seu criador, o Prêmio Dardo destina-se a “reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diariamente durante seu empenho na transmissão de valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., demonstrando, em suma, a sua criatividade por meio do seu pensamento vivo que permanece inato entre as suas palavras”.
As regras do prêmio estabelecem que os indicados, depois de dizerem quem os presenteou, poderão exibir no seu blog/site o selo do prêmio e deverão indicar outros dez, quinze ou vinte blogs ou sites que preencham os requisitos acima para o recebimento do prêmio.
Como não quero fugir da regra estabelecida enumero meus indicados mesmo pensando que muitos outros Blogs tb sejam merecedores.
1-Sussurros..-http://soniagmicaelo.blogspot.be
2-conversas de café - http://conversasdecafe-flor.blogspot.be
3-CoNSTRuiR... - http://blog.daysesene.com
4-Divina Fimiminilidade - http://divinaefeminina.blogspot.be
5-Artes 100 fronteiras - http://artessemfronteiras.blogspot.be
6-*Cantinho virtual da Rita*-http://cantinhovirtualdarita.blogspot.be
7-amadeirado-http://amadeirado.blogspot.be
8-AS TRÊS PIRAMIDES-http://trespiramides-multiolhares.blogspot.be
9-ORVALHADAS de SAUDADE-http://orvalhadasdesaudade.blogspot.be
10-.flor de lis-http://lis-costa.blogspot.be
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Lembro-me de ti.
Lembro-me
do som dos teus passos
do teu primeiro sim
dos lábios bem amados
do frenesim que senti
quando te abracei
nos meus braços...
Lembro-me
de todos os abraços
da tua mão na minha
da mão que me acariciou
das noites de luar
das manhãs de sol
dos beijos à beira mar...
Hoje acordei ao som da saudade
do sabor a sal do teu corpo
tal como o cheiro a jasmim
desejei teus lábios
teu beijos
sentir-me dentro de ti...
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Vazio!
Neste mar aberto
há um vazio
de recordações
vazio deserto
mar de ilusões...
Hoje
desfraldo as velas
de outrora
do dia em que parti
por esse mar afora...
Mar de sonhos
vendavais dentro de mim
vagas de sofrimento
do dia em que te perdi...
...O tempo passou por mim
mas o meu pensamento
permanece em ti...
domingo, 21 de outubro de 2012
Homenagem ao poeta Manuel António Pina.
Que descanse em paz.
A Poesia Vai Acabar
A poesia vai acabar, os poetas
vão ser colocados em lugares mais úteis.
Por exemplo, observadores de pássaros
(enquanto os pássaros não
acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao
entrar numa repartição pública.
Um senhor míope atendia devagar
ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum
poeta por este senhor?» E a pergunta
afligiu-me tanto por dentro e por
fora da cabeça que tive que voltar a ler
toda a poesia desde o princípio do mundo.
Uma pergunta numa cabeça.
— Como uma coroa de espinhos:
estão todos a ver onde o autor quer chegar? —
Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"
A Poesia Vai Acabar
A poesia vai acabar, os poetas
vão ser colocados em lugares mais úteis.
Por exemplo, observadores de pássaros
(enquanto os pássaros não
acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao
entrar numa repartição pública.
Um senhor míope atendia devagar
ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum
poeta por este senhor?» E a pergunta
afligiu-me tanto por dentro e por
fora da cabeça que tive que voltar a ler
toda a poesia desde o princípio do mundo.
Uma pergunta numa cabeça.
— Como uma coroa de espinhos:
estão todos a ver onde o autor quer chegar? —
Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"
sábado, 20 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Juntos sonharemos os dois...
Fala!
ouvir-te-ei
conta-me o teu sonho
amor porque não vens com a noite?
sofro por não te ter
frias noites que parecem anos
vem!
antes do amanhecer...
Triste solidão
ó noite triste
a lua é a tua ausência
O sonho não existe...
Vem...ouvir-te-ei
e juntos sonharemos os dois
a lua brilhará
os sonhos rasgarão a noite
e o amanhecer virá depois...
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
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