Seguidores
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
A Angústia.
Nada em ti me comove, Natureza, nem
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poentes, além.
Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções,
Da poesia, dos templos e das espirais
Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.
Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.
Já farta de existir, com medo de morrer,
Como um brigue perdido entre as ondas do mar,
A minha alma persegue um naufrágio maior.
Paul Verlaine, in "Melancolia"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Sensibilidade... Sentimentos a flor da pele ao ler voce...
Beijos!
Quanta amargura e sofrimento neste poema.
beijos
Ai, ai, ai!
O trem não tá bom por ai não heim!
Bjs meu querido.
Manuel
bela poesia...gostei muito um bocado triste, mas bela.
Beijinhos
sonhadora
Enviar um comentário