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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Adormecer.




Vai vida na madrugada fria.

O teu amante fica,
na posse deste momento que foi teu,
amorfo e sem limites como um anjo;
a cabeça cheia de estrelas...
Fica abraçado a esta poeira que teu pé levantou.
Fica inútil e hirto como um deus,
desfalecendo na raiva de não poder seguir-te!

Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"

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