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domingo, 26 de outubro de 2008

Não me leves a mal,perdoa...






Não leves a mal, perdoa...

Mas a frieza que eu ponho

Nos meus beijos —

Não é cansaço, nem tédio.



O teu corpo

Tem o charme necessário

Para iludir ou prender,

E a tua boca

Tem o aroma dos cravos —

À tarde, ao anoitecer.



Não é cansaço, nem tédio.

É somente uma certeza

Que eu não sei como surgiu

Aqui — no meu coração:



Não, amor; não és aquele

Que o meu sonho distinguiu...

— Não queiras a realidade.



A realidade mentiu...


António Botto.

O vil metal.


Ouro amarelo, fulgurante, ouro precioso! (...) Basta uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo; do baixo, nobre; do velho, jovem; do cobarde, valente. Ó deuses!, por que isso? O que é isso, ó deuses? (...) [O ouro] arrasta os sacerdotes e os servos para longe do seu altar, arranca o travesseiro onde repousa a cabeça dos íntegros. Esse escravo dourado ata e desata vínculos sagrados; abençoa o amaldiçoado; torna adorável a lepra repugnante; nomeia ladrões e confere-lhes títulos, genuflexões e a aprovação na bancada dos senadores. É isso que faz a viúva anciã casar-se de novo (...). Venha, mineral execrável, prostituta vil da humanidade (...) eu o farei executar o que é próprio da sua natureza.

William Shakespeare, in "Timão de Atenas"

sábado, 25 de outubro de 2008

Não esquecer.



Esta noite dorme-se mais 1 hora.

Higiéne íntima.


Marc-Antoine Jacoud é conhecido como o inventor do bidé. Uma invenção francesa do final do século XVII ou do começo do XVIII, embora não se saiba exactamente a data e o inventor.


Existem teorias de que seu inventor seja Christophe Des Rosiers. Marceneiro da Família Real Francesa, pois a rainha de França, segundo ditos da própria história, sentia-se "suja", em não ter um recipiente para lavar as suas partes íntimas, encomendou tal peça aos marceneiros reais, os quais montaram uma peça em madeira, adaptada ao seu corpo.


A mais antiga referência escrita de que se tem notícia, a respeito do bidé data de 1710, mas só por volta de 1900, graças às melhorias dos sistemas de canalização das cidades, o bidé saiu do quarto e foi para o banheiro.

Sentir!


"São os olhos que dizem o que o coração sente ."

Detrás do espelho.



sou um rato

que comanda o mundo



que me comanda





os animais não verbalizam

mas (também) sentem

decidem

respondendo ao desafio

da sobrevivência



acumulando, estocando energia



sou um rato na troca permanente

de energia:

passado e presente

— indissociáveis:

sinergia.





II



sendo um rato, penso

por ação

acaso mentalizo

sem palavras

— reação.



o desafio é extremo!!! constante

o caminho da harmonia é arriscado

— entropia

fúria desintegradora da matéria

na dissolução dos elementos



(na individuação

do ente)





III



sendo um rato, uma dor de dente

perturba minhas convicções mais profundas

me desentranha;

a carência de proteína desfaz

a minha fé.



o espelho, do outro lado,

não me reflete

mas reflito:



a multiplicação / decadência



do da



(argumento de momento)



adensar-me de fora para dentro

estender-me

— extensão de mim

na resignificação desesperada

agÔnica.





IV



do lá de cá do espelho

há uma outra realidade



questiono

sobre a metade

amputada.



não consigo estar sozinho.



V



em sendo rato desenvolvo

meu olfato, meu tato

em contato com o mundo



minha pele é sensível e me orienta

pelo diálogo!!! pela dialética

(positivo – negativo)

dos confrontos, dos contrários

dos desencontros



(in)formação em meu sangue circulante

minha transformação

meus dedos pensantes

minhas mãos falantes

— meus horizontes

minhas penas, minhas pernas, meus ossos

instintos, intestinos, testículos

sentimentos, trocando experiência

com as pedras

os ventos

por alamedas (in)corpóreas

no ciclo tautológico do universo:

no entanto, portanto, me reciclo.





VI



um homem sem memória (que) se extingue

se desintegra regenera / recupera;

excede

na irreversibilidade da fatal

idade : paixão irreversível

na (des)organização sistêmica

endêmica, interdependência, instância

circunstância = homeostasia.



pré(conceitos) — convicções em crise

(re)(in)duzindo (in)certezas...

sentimentos em suspenso



transfiro minhas energias, matérias

cromossomos:

sobreviver é preciso

criar, recriar, fazer e refazer (-me)

indis pensável!!!

na irreversibilidade, na errância

(equilíbrio insustentável)





VII



sendo rato em relação com o mundo

— que se adensa em camadas de conflito

em reações e rearranjos

(in)controláveis, incontornáveis:



o nome se refaz, se renova

nas relações fortuitas, encontros azarosos

tentativas antinaturais de acomodação

que se desfazem pela inércia

que se auto-dissolvem

na corrente natural da

consciência / existência

(matéria e energia)

des / informação

desconstrução absoluta



abocanhando, ruminando, vomitando

padrões de relação / relações monitoradas

impossível parar!!! e sem retorno.



Luz! Esplendor!

o espelho reverberando

poder da tradição = fator de renovação


(Poema de António Miranda)

Autarcas aplaudem requalificação da ponte de Constância.

O Mirante - diário online - Sociedade - Autarcas aplaudem requalificação da ponte de Constância

Frases de fim de semana!

"Olho as paisagens distantes, estas sempre podem conter fragmentos de si, o mundo da Fadas têm a compreensão de captar todas as linguagens
(às vezes as lágrimas também são... Fe-li-ci-da-de)."



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Viagens na minha terra.

Relendo Almeida Garrett

Resumo



“Viagens na Minha Terra”, pode ser considerado um romance contemporâneo. Um livro difícil de enquadrar em género literário, pelo hibridismo que apresenta, além da viagem que de facto acontece, paralelamente o autor conta um romance sentimental.

O conteúdo da obra, parte, como já dissemos, de um facto real, uma viagem que Garrett fez a Santarém e que teve o cuidado de situar no tempo. Além da viagem real, Garrett, faz nas suas divagações, várias viagens paralelas. Tantas e tais viagens, que numa delas o leva justamente, e pela mão de um companheiro de itinerário, a centrar-se no drama sentimental de Carlos e a”menina dos rouxinóis”- Joaninha.

Caixa de comentários moderna.

O estrago que o álcool faz...

Apòs uma garrafa de tequila.
Após uma caipirinha de vodka dupla.

Após 7 cuba libre.

Uma sessão de caipirinha.
Após alguns whiskis.

Após 2 taças de vinho.

Após 2 garrafas de vinho compartilhadas,claro.
Após 6 cervejas

Grafitagem e exorcismo.






Ocupar muros envergonhados

espaços de pichar e depurar

minha angústia mais profunda

para exorcizar tanta frustração.


'Chega de merda no ventilador !!!



Quero ocupar os espaços públicos

ainda disponíveis, não contaminados

as paredes envilecidas das cidades

abandonadas – horror e vômito.


'Já falta ar e me sufoco !!!



Asfixia tanta sordidez, mijo

excrescências, gente esfacelada

disputando calçadas, indigência

valores apodrecidos, decepção.


'Quero o meu voto de volta !!!




Tanta desfaçatez, tamanha insídia

tanto cinismo e tanta sordidez.

Escorre uma gosma putrefacta

dos noticiários mais vis e canalhas.


'Meus tímpanos não aguentam mais !!!



Os jornais expelem ares venenosos

declarações despistadoras, viscerais.

Cospem, vociferam impropérios

numa pantomima dos horrores!


'Estou á beira do abismo!!!
'Abaixo todos os poderes prostituídos !!!
'Vou escrever paro os que não sabem ler !!!




Poema de Antonio Miranda

Viver Constância.


Programa Viver Constância

Protocolos vão ser assinados na próxima quarta-feira Na próxima quarta-feira, 29 de Outubro, a Câmara Municipal de Constância vai proceder a assinatura dos protocolos no âmbito do programa Viver Constância com os beneficiários do mesmo, um acto que terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, às 18.00H.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Constância criou e implementou o Viver Constância, um programa que pretende apoiar a conservação de habitações degradadas de agregados carenciados a residir no concelho.

Assim, sob a égide do Regulamento do Programa, tendo em conta a conjugação dos critérios sociais e económicos e, no que respeita às patologias das habitações, dando primazia às questões relativas à segurança da estrutura habitacional (telhados), foram apoiadas seis candidaturas, na freguesia de Santa Margarida da Coutada e na freguesia de Montalvo.

Estes agregados serão apoiados financeiramente, tal como contempla o regulamento, na execução das obras de conservação da habitação onde residem, sendo que a intervenção a realizar, comum a todas, será ao nível da recuperação dos telhados, necessitando também algumas delas de intervenção ao nível do pavimento e da instalação sanitária.

A Câmara Municipal de Constância realizará, nesta primeira edição do Programa Viver Constância, um investimento de cerca de 40 mil euros que permitirá, através de algumas obras de conservação, profundas transformações no modo e qualidade de vida de seis famílias constancienses
Por CMC

Á descoberta da Ribeira de Alcolobre.


À Descoberta da Ribeira de Alcolobre
Percurso Pedestre de Observação e Interpretação da Natureza - 8 de Novembro Descrição sumária da actividade: Percurso algo exigente do ponto de vista físico, devido ao terreno acidentado. Decorre numa zona onde o sobreiral, o montado de sobro e o olival tradicional ainda marcam a sua presença. Mas o grande ponto de interesse é a ribeira de Alcolobre que corre num vale profundo e rochoso, apresentado uma galeria ripícola bastante bem conservada.

Início: 8:45h
Distância: 7,5 km.
Duração média: 3h30.
Dificuldade: Considerável.
Preçário:
- Estudantes residentes no Concelho de Constância – Gratuito
- Estudantes residentes fora do Concelho – 1,50€
- Residentes no Concelho de Constância – 1,50€
- Outros – 2,50€
Local de encontro: Parque Ambiental de Santa Margarida

Actividade com inscrição obrigatória.
Por CMC

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

'Á descoberta da Ribeira de Alcolobre.

Município de Constância

Tempo.


O tempo não se ocupa em realizar as nossas esperanças: faz o seu trabalho e voa .

Entre o puro e o obsceno.


Depois de teus sonetos ler e salivar
a revolver em busca de lascívia e mel
os vinte e cinco poemas, de um só tropel
e, acinte, é que fico aqui eu a cismar.
Se pode haver pornografia em amar
mesmo que o amor seja reverso e cruel
ainda que a soldo no mais reles bordel
ou mesmo na inversão de corpos a arfar.
Não seria no ato que se pratica
nem poderia estar naquele que fornica
ainda que na condição mais canalha
mesmo que nem seja amor, seja mortalha
imunda, perfídia, que só valha
o ditado: amor que fica é o de pica.

António Miranda

Ó sino da minha aldeia.



Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

Fernando Pessoa.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Leis da natureza.


leis da natureza...

O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu.
Quando estiveres apenas uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no bolso oposto.
Quando tuas mãos estiverem sujas de graxa, vais começar a coçar no mínimo o nariz.
Quando pensas que as coisas parecem ter melhorado, é porque algo passou despercebido.
Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não atendestes a todas as instruções.
Se mantens a calma, quando todos perderam a cabeça, é porque não captaste o problema.
Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam.
Vais chegar ao telefone exatamente a tempo de ouvir quando o desligam.
Se só existirem dois programas na TV que vale a pena assistir, os dois passarão na mesma hora.
A velocidade do vento é diretamente proporcional ao preço do penteado.
Quando, depois de anos sem usar, decides arquivar alguma coisa, vais precisar dela na semana seguinte.
Sempre que chegares pontualmente a um encontro não haverá ninguém lá para comprovar, e se ao contrário te atrasares, todo mundo vai ter chegado antes de ti.

Em terra de cegos...