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segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Crime da Palavra;



Nenhum código, nenhuma instituição humana pode prevenir o crime moral que mata com uma palavra. Nisso consta a falha das justiças sociais; aí está a diferença que há entre os costumes da sociedade e os do povo; um é franco, outro é hipócrita; a um, a faca, à outra, o veneno da linguagem ou das ideias; a um a morte, à outra a impunidade.

Honoré de Balzac, in "O Contrato de Casamento"

Refúgio.


A maneira de deitar tudo cá para fora,
fantasmas,amores,tristezas e alegrias:
-Escrever alivia a alma.

Busca.



A mão da menina desliza
Sobre a folha branca

Talvez
Uma floresta
Um pássaro
Um gigante
Uma bomba
Um perdão

A mão da menina busca
A qualidade da palavra
Aprendida
Apreendida

A mão desliza
A menina experimenta
O prazer da expressão

Cida Sepulveda.

domingo, 3 de maio de 2009

Eugénio de Andrade.

Palavras para a Minha Mãe .




mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.

lê isto: mãe, amo-te.

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.

José Luís Peixoto

Mãe.


E tu, sozinho e pensativo na tua dor,
procurarás a tua mãe,
e nestes braços esconderás o teu rosto;
no seio que nunca muda terás repouso .

Um xi-coração para todas as mães do mundo.

Pernoitas em Mim .




pernoitas em mim
e se por acaso te toco a memória... amas
ou finges morrer

pressinto o aroma luminoso dos fogos
escuto o rumor da terra molhada
a fala queimada das estrelas

é noite ainda
o corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço com a nómada solidão das aves

já não possuo a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe para beberes

Al Berto, in 'Rumor dos Fogos'

sábado, 2 de maio de 2009

Mar azul.

Linguagem Violenta: a Única !




Linguagem violenta: a única.
A outra é: Sedução ou Submissão.
Ou seja, o mesmo medo: recear estar só.
Quando se fala, fala-se. No alto da matéria e do espirito.

Gonçalo M. Tavares, in "Investigações

lições de vida.

YouTube - Susan Boyle Versão Completa Legendado PT BR

"Às vezes a glória traz a humilhação e há quem da humilhação levante a cabeça ."

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Rescaldo do 1° de Maio.




A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora .

Mariza e Tipo Paris.



Fim de semana lindo para todo o mundo.

Satisfação do Trabalho.



Para não sofrer, trabalha. Sempre que puderes diminuir o teu tédio ou o teu sofrimento pelo trabalho, trabalha sem pensar. Parece simples à primeira vista. Eis um exemplo trivial: saí de casa e sinto que as roupas me incomodam, mas com a preguiça de voltar atrás e mudar de roupa continuo a caminhar. Existem contudo muitos outros exemplos. Se se aplicasse esta determinação tanto às coisas banais da existência como às coisas importantes, comunicar-se-ia à alma um fundo e um equilíbrio que constituem o estado mais propício para repelir o tédio.

Sentir que fazemos o que devemos fazer aumenta a consideração que temos por nós próprios; desfrutamos, à falta de outros motivos de contentamento, do primeiro dos prazeres - o de estar contente consigo mesmo... É enorme a satisfação de um homem que trabalhou e que aproveitou convenientemente o seu dia. Quando me encontro nesse estado, gozo depois, deliciadamente, com o repouso e os mais pequenos lazeres. Posso mesmo encontrar-me no meio das pessoas mais aborrecidas, sem o menor desagrado; a recordação do trabalho feito não me abandona e preserva-me do aborrecimento e da tristeza.

Eugène Delacroix, in 'Diário'

Constância.(vila poema) 1° aniversário

tudo começou aqui.
«(a)Mar Pedra»: Dia do Trabalhador e assim

Os meus agradecimentos a todos os que me visitaram.

Dia do trabalhador.


Ah, esta vida de trabalhador! Se sobra tempo, falta dinheiro. Se sobra dinheiro, falta tempo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009



Melhor do que deitar a cabeça no travesseiro e sonhar com as estrelas,
é deitar a cabeça no travesseiro e realmente ver as estrelas!!!"

Um bom feriado para todo o mundo.

Coisas, Pequenas Coisas.




Fazer das coisas fracas um poema.

Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

Dia do Sol .


Dia do Sol - 3 de Maio - No Centro Ciência Viva de Constância
No próximo domingo, 3 de Maio, comemora-se o Dia do Sol, uma data que o Centro Ciência Viva de Constância vai assinalar com a dinamização de diversas iniciativas.

Assim, entre as 11 e as 13.30 horas, com entradas livres, decorrerão as seguintes actividades: Observação do Sol no Laboratório de Heliofísica; Observações (comentadas) do Sol através de telescópios com filtros especiais; Observação do Meio-Dia Solar.

Para mais informações devem os interessados contactar o Centro Ciência Viva de Constância através do telefone 249 739 066, ou via correio electrónico para info@contancia.cienciaviva.pt Por CMC

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia internacional da dança.

O Koala e a Lagartixa

Um koala estava sentado numa árvore, a fumar um charro...



Uma lagartixa que passava, olhou para cima e perguntou:

- Hei, Koala... tá tudo bem? O que estás a fazer?



O koala respondeu:
- Curtindo uma broca! Sobe, pá...
A lagartixa subiu a árvore e sentou-se ao lado do koala, a curtir uns charros.
Após algum tempo, a lagartixa disse:
- Porra, Koala, tenho a boca seca, vou beber água ao rio...

Quando estava junto ao rio, a lagartixa, desorientada com o fumo, inclinou-se muito e caiu no rio.
Um jacaré, quando a viu cair, nadou até ela, ajudando-a a subir p'rá margem.
Depois, perguntou:
- Então, lagartixa? O que aconteceu?

A lagartixa explicou que tinha estado a curtir umas brocas com o koala numa árvore, foi beber água, ficou azambuada e caiu no rio.

O jacaré disse que ia verificar e história e entrando da floresta, encontrou o koala sentado num galho, todo ganzado.
O jacaré olhou para cima e disse:
- Ei! Ó tu aí em cima!



O koala olhou para baixo e disse:



- Fonix....., Lagartixa.
Quanta água é que tu bebeste?!!