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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Coisas, Pequenas Coisas.




Fazer das coisas fracas um poema.

Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

1 comentário:

Anónimo disse...

FELIZ DIA DO TRABALHADOR, PARA TODO O TRABALHADOR.-TUDO DE BOM.---

QUANDO A CHUVA CESSAVA O VENTO FINO
FRANZIA A TARDE TÍMIDA E LAVADA,
EU SAIA A BRINCAR,PELA CALÇADA,
NOS MEUS TEMPOS FELIZES DE MENINO.

FAZIA,DE PAPEL,TODA UMA ARMADA;
E, ESTENDENDO MEU BRAÇO PEQUENINO,
EU SOLTAVA OS BARQUINHOS, SEM DESTINO,
AO LONGO DAS SARGETAS, NA ENXURRADA...
FIQUEI MOÇA.E HOJE SEI, PENSANDO NELES,
QUE NÃO SÃO BARCOS DE OURO MEUS IDEAIS:
SÃO DE PAPEL TAL COMO AQUELES.

PERFEITAMENTE,
EXATAMENTE IGUAIS...
POIS HOJE EU DIGO,QUE MEUS BARQUITOS ERAM DE PAPEL,------ FORAM EMBORA E NÃO VOLTARAM MAIS.---------DE COIMBRA.