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terça-feira, 2 de junho de 2009

Tentação...


O problema de resistir a uma tentação é que não podemos ter uma segunda oportunidade .

Café ao Luar;




Integradas nas Comemorações do Ano Internacional da Astronomia, que se assinala no corrente ano de 2009, o Centyro Ciência Viva de Constância - Parque de Astronomia, promove sessões de observação da lua e de Saturno, através de telescópios, na primeira semana de Junho, das 21 às 22.30 horas, nas seguintrs locais do Concelho:

Dia 1 de Junho

Montalvo: Casa do Povo
Constância: Café Os Arcos
Vale de Mestre: Central Parque

Dia 2 de Junho

Malpique: Café Progresso
Portela: Sociedade Recreativa POrtelense
Pereira: Fonte da Ti Ana

Dia 4 de Junho

Aldeia: Café Zangarilho
Constância Sul: Café Sobe e Desce
Por CMC

XI Encontros do Cantar Diferente .


Pedro Barroso, Francisco Ceia e Luísa Bastos nos XI Encontros do Cantar Diferente
Constância - 9 de Junho, 22 Horas
No próximo dia 9 de Junho, Pedro Barroso, o grande trovador da música portuguesa, é o anfitrião da iniciativa Encontros do Cantar Diferente, um evento que já vai na sua XI edição e que decorrerá no âmbito das XIV Pomonas Camonianas, uma actividade que terá lugar em Constância, nos próximos dias 9, 10, 11 e 12 de Junho.

O espectáculo terá início às 22 horas, no Anfiteatro dos Rios, e conta este ano com a presença de dois grandes nomes da música portuguesa: Francisco Ceia e Luísa Bastos.

Os Encontros do Cantar Diferente são uma ideia original de Pedro Barroso que, além de músico, autor e compositor, assina também a produção deste espectáculo, que já data de 1997.

Por um dia, o palco do Anfiteatro dos Rios, em Constância, transforma-se numa verdadeira sala de estar, onde, entre músicas e conversas, o anfitrião Pedro Barroso recebe amigos, grandes nomes do panorama musical português. Por este palco já passaram Manuel Freire, José Mário Branco, José Fanha, João Afonso, Vitor Silva, Carlos Mendes, Francisco Fanhais, Fernando Tordo, Samuel, o Maestro Vitorino d’ Almeida, Janita Salomé, Carlos Alberto Moniz, Zeca Medeiros, José Cid, Afonso Dias, Paulo de Carvalho, Francisco Naia, Ricardo Parreira, Fernando Alvim e Paco Bandeira.

Para além dos Encontros do Cantar Diferente, o programa das XIV Pomonas Camonianas integra diversas iniciativas: um mercado quinhentista onde são vendidos os frutos e as flores referidos por Camões na sua obra, figurantes trajados ao modo da época; uma Prova de Orientação Nocturna (dia 9); uma Feira de Antiguidades e Velharias, Inauguração do Arquivo Municipal, Deposição de Coroas de Flores, Sarau Quinhentista, Teatro Auto da Barca do Inferno pelo Fatias de Cá (dia 10); Animação de Rua pelos alunos da Escola Básica e Secundária Luís de Camões (dia 11); várias exposições e muita animação.
Por CMC

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sem palavras...

Criança .




Cabecinha boa de menino triste,
de menino triste que sofre sozinho,
que sozinho sofre, — e resiste,

Cabecinha boa de menino ausente,
que de sofrer tanto se fez pensativo,
e não sabe mais o que sente...

Cabecinha boa de menino mudo
que não teve nada, que não pediu nada,
pelo medo de perder tudo.

Cabecinha boa de menino santo
que do alto se inclina sobre a água do mundo
para mirar seu desencanto.

Para ver passar numa onda lenta e fria
a estrela perdida da felicidade
que soube que não possuiria.

Cecília Meireles, in 'Viagem'

A propósito do dia mundial da criança...


A palavra ''progresso'' não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes!

domingo, 31 de maio de 2009

obstáculos.


O homem descobre-se quando se mede com um obstáculo .

Ansiedade




Quero compor um poema
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos.

Que o meu canto seja
no meio do temporal
uma chicotada de vento
que estremeça as estrelas
desfaça mitos
e rasgue nevoeiros — escancarando sóis!

Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"

Vence a Tua Inércia!



O destino que nos oprime é a inércia do nosso espírito. Através do alargamento e formação da nossa actividade transmutamo-nos, nós próprios, em Destino.
Tudo parece fluir para nós vindo do exterior, porque nós não fluímos para o exterior. Somos negativos, apenas, porque o queremos - quanto mais positivos nos tornarmos, mais negativo será o mundo à nossa volta - até que, por fim, já não haverá negação e nós seremos tudo em tudo.
Deus quer deuses.
Se o nosso corpo, em si mesmo, não é senão um centro de acção comum dos nossos sentidos - se nós possuímos o domínio dos nossos sentidos - se os podemos fazer agir à vontade - se os podemos centrar em comunidade, então não depende senão de nós o darmos a nós próprios o corpo que queremos.
Sim, se os nossos sentidos não são senão modificações do órgão pensante - do elemento absoluto - então poderemos, também, pela dominação deste elemento, modificar e dirigir, como nos agradar, os nossos sentidos.

Friedrich von Novalis, in "Fragmentos"

sábado, 30 de maio de 2009

Fascinacion.



Bom fim de semana e façam o favor de serem felizes.

Infância .




Sonhos
enormes como cedros
que é preciso
trazer de longe
aos ombros
para achar
no inverno da memória
este rumor
de lume:
o teu perfume,
lenha
da melancolia.

Carlos de Oliveira, in 'Cantata'

Vida...


Como é a história da sua vida? Vire a página do ontem e reescreva-a, hoje, com a tinta da esperança no amanhã. Como não dá para mudar o passado, tente escrever um novo futuro

sexta-feira, 29 de maio de 2009

És um homem, se...


És Um HOMEM, Se...

Se és capaz de conservar o teu bom senso e a calma,
Quando os outros os perdem, e te acusam disso,

Se és capaz de confiar em ti, quando te ti duvidam
E, no entanto, perdoares que duvidem,

Se és capaz de esperar, sem perderes a esperança
E não caluniares os que te caluniam,

Se és capaz de sonhar, sem que o sonho te domine,
E pensar, sem reduzir o pensamento a vício,

Se és capaz de enfrentar o Triunfo e o Desastre,
Sem fazer distinção entre estes dois impostores,

Se és capaz de ouvir a verdade que disseste,
Transformada por canalhas em armadilhas aos tolos,

Se és capaz de ver destruído o ideal da vida inteira
E construí-lo outra vez com ferramentas gastas,

Se és capaz de arriscar todos os teus haveres
Num lance corajoso, alheio ao resultado,
E perder e começar de novo o teu caminho,
Sem que ouça um suspiro quem seguir ao teu lado,

Se és capaz de forçar os teus músculos e nervos
E fazê-los servir se já quase não servem,
Sustentando-te a ti, quando nada em ti resta,
A não ser a vontade que diz: Enfrenta!

Se és capaz de falar ao povo e ficar digno
Ou de passear com reis conservando-te o mesmo,

Se não pode abalar-te amigo ou inimigo
E não sofrem decepção os que contam contigo,

Se podes preencher todo minuto que passa
Com sessenta segundos de tarefa acertada,

Se assim fores, meu filho, a Terra será tua,
Será teu tudo que nela existe

E não receies que te o tomem,

Mas (ainda melhor que tudo isto)
Se assim fores, serás um HOMEM.

Rudyard Kipling

Quem não Ama, Desmente a Natureza




Se a flor namora a flor que lhe é vizinha,
Se uma palma com outra enlaça os ramos,
Se nos prados, com cândidos reclamos,
Namora uma avezinha outra avezinha.

Se o mundo o seu Autor quando o sustinha,
Nos eixos do poder, que acreditamos,
Na longa rotação que divisamos,
Viu que, para o suster, Amor convinha:

Se Amor é um dever que impresso existe
Em tudo que vegeta a redondeza,
Em que o governo universal consiste:

Quem se exime de amor e a Amor despreza?
Quem ataca esta Lei? Quem lhe resiste?
Quem não ama, desmente a Natureza.

Francisco Joaquim Bingre, in 'Sonetos'

Cultura e lazer.


O Mirante - diário online - Cultura & Lazer - Duzentos e cinquenta figurantes no cortejo das Pomonas Camonianas de Constância

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Amanhecer.


Se os sonhos não pudessem criar novos tempos, se a esperança não iluminasse cada amanhecer, se a cada novo dia não pudessemos escrever uma nova história, a vida seria repleta de certezas. Mas, a vida é cheia de incertezas, e é isso que nos estimula a sonhar e a depositar nossas esperanças no amanhã, sabendo que, o hoje é uma fonte inesgotável de possibilidades de ser feliz.

Paixão Secreta.




Acordei com os primeiros pássaros,
já minha lâmpada morria.
Fui até à janela aberta e sentei-me,
com uma grinalda fresca
nos cabelos desatados...
Ele vinha pelo caminho
na névoa cor de rosa da manhã.
Trazia ao pescoço
uma cadeia de pérolas
e o sol batia-lhe na fronte.
Parou à minha porta
e disse-me ansioso:
— Onde está ela?
Tive vergonha de lhe dizer:
— Sou eu, belo caminhante,
sou eu.

Anoitecia
e ainda não tinham acendido as luzes.
Eu atava o cabelo, desconsolada.
Ele chegava no seu carro
todo vermelho, aceso pelo sol poente.
Trazia o fato cheio de poeira.
Fervia a espuma
na boca anelante dos seus cavalos...
Desceu à minha porta
e disse-me com voz cansada:
— Onde está ela?
Tive vergonha de lhe dizer:
— Sou eu, fatigado caminhante,
sou eu.

Noite de Abril.
A lâmpada arde neste meu quarto
que a brisa do Sul
enche suavemente.
O papagaio palrador
dorme na sua gaiola.
O meu vestido é azul
como o pescoço dum pavão,
e o manto verde como a erva nova.
Sentada no chão, perto da janela,
olho a rua deserta ...
Passa a noite escura
e não me canso de cantar:
— Sou eu, caminhante sem esperança,
sou eu.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"

“Marley & Eu”.


Sessão de Cinema “Marley & Eu” - Entrada Grátis para crianças até aos 12 anos

30 de Maio - 21h30
O Cine-Teatro Municipal de Constância associa-se às comemorações do Dia Mundial da Criança.

Assim, na sessão semanal de cinema do próximo sábado, dia 30, pelas 21h30, todas as crianças até aos 12 anos têm entrada grátis.

O filme em exibição será “Marley & Eu”, uma divertida comédia para maiores de 6 anos (com legendas).

Para os restantes espectadores aplicar-se-á o preçário normal.

Veja toda a informação sobre Cinema neste site em “Acção Municipal/Cultura”.
Por CMC

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Moonlight sonata.

O Amor .


O Amor

Estou a amar-te como o frio
corta os lábios.

A arrancar a raiz
ao mais diminuto dos rios.

A inundar-te de facas,
de saliva esperma lume.

Estou a rodear de agulhas
a boca mais vulnerável

A marcar sobre os teus flancos
o itinerário da espuma

Assim é o amor: mortal e navegável.


Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"