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sábado, 18 de abril de 2009

Ordens Honoríficas Portuguesas .



Em exposição na Casa-Memória de Camões
- De 18 de Abril a 8 de Maio
O Município de Constância através do Museu dos Rios e das Artes Marítimas, apresenta ao público de 18 de Abril a 8 de Maio a exposição Ordens Honoríficas Portuguesas, gentilmente cedida pelo Museu da Presidência da República.

Esta exposição está integrada nas comemorações do 25 de Abril e pretende apresentar o conjunto das ordens honoríficas portuguesas, com o objectivo de dar a conhecer o seu significado no contexto político e social contemporâneo, numa lógica de valorização dos símbolos nacionais, do mérito e da sua recompensa.

As ordens honoríficas têm por finalidade distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos portugueses que se notabilizem por méritos pessoais, por feitos cívicos ou militares ou por serviços prestados ao País.

Com esta iniciativa pretende-se encontrar novas formas de estimular as crianças e os jovens pela História de Portugal, em especial, por um momento recente; o 25 de Abril de 1974.

Aberto à comunidade em geral, a exposição Ordens Honoríficas Portuguesas estará patente ao público na Casa-Memória de Camões em Constância no seguinte horário: dias úteis das 10.00H às 12.30H e aos fins-de semana das 15.00H às 18.00H.

Para informações ou esclarecimentos adicionais contacte o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, através dos números de telefone 249 730 053 / 249 736 234 ou via correio electrónico para museu.rios@cm-constancia.pt.
Por CMC

Ri, quesa!


são marés de pássaros na hecatombe
do ladrar nupcial dos galgos

avós das migas batem a calda num respigue
vento goleando as frinchas

o gado acena o focinho á passagem do homo erectus
seus cornos d'asas oscilam

enrola a águia, o tabaco e a mortalha
só a culatra perdura e acena ao grito

homem? ou mira?, em passadio "breve"
pelo chão mel de abutres que gravitam ?...

lençol equestre na timidez da pupila lavra em leque
a farsa na reentrância da terra – virgem

e esmaga prosélito a ânsia noctívaga dum duelo
franco - ibérico na sucata do império?

a cama – doce se estende neste estival de sopros de cana
enquanto o pente desliza em serpente o crânio choco

que tem este gás pancreático, aftoso e dissonante
que não tenha já estado mas fossas nasais de qualquer povo?

hostes salemas, luvas movediças
lesmas, baratas, canas da índia e borboletas

que rico !

Aureliano Costa.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Lembranças.


Talvez um dia seja bom relembrar este dia !

Fala Também Tu .




Fala também tu,
fala em último lugar,
diz a tua sentença.

Fala —
Mas não separes o Não do Sim.
Dá à tua sentença igualmente o sentido:
dá-lhe a sombra.

Dá-lhe sombra bastante,
dá-lhe tanta
quanta exista à tua volta repartida entre
a meia-noite e o meio-dia e a meia-noite.

Olha em redor:
como tudo revive à tua volta! —
Pela morte! Revive!
Fala verdade quem diz sombra.

Mas agora reduz o lugar onde te encontras:
Para onde agora, oh despido de sombra, para onde?

Sobe. Tacteia no ar.
Tornas-te cada vez mais delgado, irreconhecível, subtil!
Mais subtil: um fio,
por onde a estrela quer descer:
para em baixo nadar, em baixo,
onde pode ver-se a cintilar: na ondulação
das palavras errantes.

Paul Celan, in "De Limiar em Limiar

A espera do prazer.


O prazer que tu esperas varia na razão inversa do tempo de o esperares. E da inquietação também. Porque quanto mais esperas e te inquietas, menos prazer ele é. Espera-o no infinito para te não inquietares. E que ele seja depois o prazer que for.


Vergílio Ferreira, in "Pensar"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pensamentos.


O que vulgarmente faz que um pensamento seja grande é dizer-se uma coisa que nos conduz a muitas outras .

Soneto da Chuva.



Quantas vezes chorou no teu regaço
a minha infância, terra que eu pisei:
aqueles versos de água onde os direi,
cansado como vou do teu cansaço?
Virá abril de novo, até a tua
memória se fartar das mesmas flores
numa última órbita em que fores
carregada de cinza como a lua.
Porque bebes as dores que me são dadas,
desfeito é já no vosso próprio frio
meu coração, visões abandonadas.
Deixem chover as lágrimas que eu crio:
menos que chuva e lama nas estradas
és tu, poesia, meu amargo rio.

Carlos de Oliveira, in 'Terra de Harmonia'

Quantas vezes era uma vez.







É, desde o começo elas existiam. As pessoas.

No princípio, finda a jornada de labuta, costumavam ir em busca de calor e logo uma ciranda nascia em tomo às fogueiras. Frias eram as noites e elas, as pessoas, querendo se aquecer, ali também aqueciam seus sonhos, com o fascínio das histórias que vinham da voz pausada, porque sábia, de um homem de cabelos antigos e fundas rugas, capaz, entretanto, de iluminar ainda mais o ambiente com o fogo de sua palavra e o encanto de seu olhar. E se acontecia de ele sentir junto de si um hálito frio, molhado de noite, maior era o ardor com que envolvia seu conto, pois era assim que gostaria de ouvi-lo de novo, lá no além, recontado pelos que só partiriam algum tempo depois.

Isso foi há muitos anos. Foi outrora.

Até que um dia chegou o medo. Porque alguém se flagrara pensando alto: seria a perda do tesouro! Isso se, como por encantamento, as pessoas desaprendessem a arte de narrar. De repente, todos os mitos dos povos poderiam se apagar num lapso de memória dos guardadores das relíquias. Em coro, as pessoas ecoaram um único desgosto: que mundo sensaborão seria aquele sem o fermento do muito imaginar!

E eis que, num abre-te sésamo, descobriu-se existir lá num reino de longe, junto aos egípcios, uma planta cujas folhas, colocadas umas vizinhas às outras e coladas, serviam exatamente para o que se queria: juntar os pedaços das histórias. Assim todos os que lessem o que nelas estava gravado murmuraram sem susto: e depois? Da folha seguinte saltaria a resposta consoladora.

E o passar das horas se repetia incessante. Ao observar o trabalho dos pastores, que curtiam a pele de ovelhas e cabras, algumas pessoas perceberam a mão da natureza, mãe generosa, imolando alguns de seus filhos, para que outros pudessem subsistir alimentados pelas fábulas inscritas no pergaminho. E era longo o percurso de muito copiar: costas curvadas, dedos enrijecidos, fatigado labor.

A roda da vida engoliu o tempo. Agora, tipos metálicos repetiam nos papéis os caracteres contadores de história, tantas vezes quantas, sujos de tinta, percorressem as folhas brancas. Ainda mais tarde, os olhos buliçosos das crianças arrancariam das páginas o colorido alegre das figuras, que falava de histórias tão bonitas... Ah! e desde então elas vinham morar dentro de seus coraçõezinhos alvoroçados!

E a máquina prodigiosa foi capaz também de encher de suspiros tardes e noites de muita moça em botão. Era só passar a página dos livros e, como num espelho, ver projetarem-se os seus sonhos e lá, invariavelmente, estava ele: o jovem capaz de lhe oferecer o mundo com o perfume da ilusão. Nem sempre era tudo tão ameno, porém. Por vezes era como se os tipos de metal recebessem vergastadas: das folhas de papel, então, emergia toda a crueldade de uma realidade sombria. E era assim que, descendentes muito longínquos daqueles que em volta da fogueira tinham aprendido o que era contar, partilhavam, tempos e tempos depois, o prazer e as dores das pessoas que brotavam das páginas dos livros.

Até que um dia descobriu-se uma maneira de todos lerem ao mesmo tempo, se quisessem. E criou-se uma caixa (diziam que era eletrônica!) cheia de histórias que, a cada dia, mais se enchia de outras, pois, não se duvide, o tecido da noite faz do mundo um continuo renovar-se com o nascimento de novos contadores. Muitas pessoas, entretanto, achavam estranho o objeto, por isso surgiram escuros vaticínios: agora, sim, para sempre finda a sedução de antes! O que virá depois? — era a pergunta que faziam aos sábios. Esses discordavam de tão sombrios presságios, entreolhando-se, serenos e de alma branda. Sabiam que a saga de encantamento das gentes parecia nascida para nunca terminar. Tantas vezes era uma vez.

Fernanda Coutinho.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Amar é Raro.





Amar é dar, derramar-me num vaso que nada retém e sou um fio de cana por onde circulam ventos e marés. Amar é aspirar as forças generosas que me rodeiam, o sol e os lumes, as fontes ubérrimas que vêm do fundo e do alto, água e ar, e derramá-las no corpo irmão, no cadinho que tudo guarda e transforma para que nada se perca e haja um equilíbrio perfeito entre o mesmo e o outro que tu iluminas. Dar tudo ao outro, dar-lhe tanta verdade quanta ele possa suportar, e mais e mais; obrigar o outro a elevar-se a um grau superior de eminência, fulguração, mas não tanto que o fira ou destrua em overdose que o leve a romper o contrato — o difícil equilíbrio dos amantes! Amar é raro porque poucos somos capazes de respirar as vastas planícies com a metade do seu pulmão; e amar é raro porque poucos aceitam a presença do seu gémeo, a boca insaciável de um irmão que todos os dias o vento esculpe e destrói.

Casimiro de Brito, in 'Arte da Respiração'

Homens.


Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são .

Teus Olhos .




Teus olhos são a pátria do relâmpago e da lágrima,
silêncio que fala,
tempestades sem vento, mar sem ondas,
pássaros presos, douradas feras adormecidas,
topázios ímpios como a verdade,
outono numa clareira de bosque onde a luz canta no ombro
duma árvore e são pássaros todas as folhas,
praia que a manhã encontra constelada de olhos,
cesta de frutos de fogo,
mentira que alimenta,
espelhos deste mundo, portas do além,
pulsação tranquila do mar ao meio-dia,
universo que estremece,
paisagem solitária.

Octavio Paz, in "Liberdade sob Palavra"

terça-feira, 14 de abril de 2009

Fotos boa viagem 2009.(Constância.)



Gamado daqui:by oirazann.blogspot.com

Paixão!


Não há nada como as paixões e as grandes paixões para elevar a alma às coisas grandes .

A casa.



A casa estava arrumada. Do jeito que ele gostava. Havia passado a tarde dedicando-se a tirar o pó impregnado dos móveis, limpando os porta-retratos, esfregando o chão de suas imundícies até sentir que as mãos estavam trêmulas e não obedeciam mais. Tomou cuidado para que cada canto, cada entrada e cada saída ficasse impecável. A casa não era grande, mas depois de todo lixo expulso, parecia maior. E agora, quase imaculada não fosse a presença dela, a casa era só solidão. Porque até a sua presença estava cheia de solidão. E ela esperava, torcendo as mãos e observando as luzes da rua, a chegada dele. Sabia que seria intempestiva, por isso arrumava a casa, uma, duas, três vezes, para que ele pudesse despejar sua bagunça.
Era assim sempre.
A casa pronta, as três batidas, ela saltava do sofá e abria a porta. Tudo se modificava. A casa branca enchia-se novamente. As cores trazidas por ele riscavam o chão, a mesa, a janela, o quadro, o teto, a cama, o tapete, os lençóis. Quase cegando-a.
Já na porta, os pedaços de seu desarrumado começavam a ficar pelo chão. Ela apenas dava passagem para ele pudesse entrar e observava a poeira deitando novamente sobre os móveis.
Era como um vento.
As folhas de papel cuidadosamente empilhadas na escrivaninha saltavam e eram levadas para fora da janela. Um a um os porta-retratos estilhaçavam-se no chão. Não era mais só uma casa, era um emaranhado de palavras, sons, luzes e visões desconexas. E ele agigantava-se vertiginosamente aos olhos dela.
Ouvia o som dos vidros serem quebrados longinquamente, de lençóis sendo rasgados e sentia o cheiro da lama misturado ao cheiro das rosas esmigalhadas. Havia uma brusquidão nos gestos, que a cada movimento acertavam-lhe um soco no estômago, mesmo sem tocá-la.
Ele nunca a tocava.
Ao mesmo tempo, havia certa suavidade na voz, como que parecida com uma carícia sutil. Seus olhos sugavam-na, chamando a misturar-se a ele, a compartilhar da desordem das coisas. Aquela desordem que parecia imiscuir-se nele.
Por um segundo, apenas e somente por um segundo, que ficava suspenso no ar, ela deixava-se mergulhar, e neste segundo podia ver caleidoscópios rodopiando, portas que se abriam estrondosamente, vozes misturadas, e mãos de mil cores tocando-a.
Então ela se dava conta de que ele era feito disso, ele era isso. A desordem das coisas, as mil cores, as mil vozes, as mil portas. E o aceitava como quem aceita uma criança em seu ventre.
— Eu te aceito. Te aceito. — as únicas palavras no meio daquela noite, ditas sem deixar escorrer um único som.
Agora ele estava dentro dela, correndo por suas veias, atravessando suas conexões nervosas e remexendo suas entranhas, pulsante, pulsante.
Ela era a casa. A casa que ele desarrumava. Deixando em cada pedaço de espaço, o pó viscoso de sua imensidão. E dentro dela ele se arrumava e reconstruía cada parte sua.
Abandonava ali, a lama e a brusquidão, para se tornar suave, quase harmonioso outra vez.
Ela ouvia então um grito quase mudo que se esforçava para sair da garganta de alguma coisa. E como num parto, ela o expulsava de si, como num parto que faz nascer, brotar, jorrar.
Ele nascia novamente, limpo, puro de todas as durezas, pecados e da loucura suja – nem toda loucura é suja, assim como nem todo mal é ruim – para sair pela porta e deixá-la novamente sentada no sofá, as mãos se torcendo e os olhos espiando as luzes da rua.
Ele havia partido, estava sozinha. Ela e casa, que já não era mais ela. As cores apagadas e o silêncio. A casa que ela tinha que arrumar. Pois sabia que ele viria novamente no outro dia.


Anne Luisa Nardi.

Sedução




A poesia me pega com sua roda dentada,
me força a escutar imóvel
o seu discurso esdrúxulo.
Me abraça detrás do muro, levanta
a saia pra eu ver, amorosa e doida.
Acontece a má coisa, eu lhe digo,
também sou filho de Deus,
me deixa desesperar.
Ela responde passando
a língua quente em meu pescoço,
fala pau pra me acalmar,
fala pedra, geometria,
se descuida e fica meiga,
aproveito pra me safar.
Eu corro ela corre mais,
eu grito ela grita mais,
sete demônios mais forte.
Me pega a ponta do pé
e vem até na cabeça,
fazendo sulcos profundos.
É de ferro a roda dentada dela.

Adélia prado.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Por que as pessoas gritam?


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.

- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? Questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos oiça, respondeu o outro discípulo.

E o mestre volta a perguntar:

- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu:

- Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?
Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir essa distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos que seus corações, nem falam, apenas sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e chega.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

-Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta, que não mais encontrarão o caminho de volta.

Não quero sorrir com os olhos cheios de lágrimas!



Na refrega da vida

minha alma chora em silêncio

e em silêncio minhas lágrimas de sangue

sulcam meus sonhos difusos e

desaguam na represa da dor silênciada
nesta luta desigual

minha alma sofre em silêncio

a incerteza de uma claridade esvanecida

que ora brilha, ora cintila

no espelho da água calma desse rio

que corta as entranhas da minha alma
nesta batalha campal

numa luta irracional

minha alma geme em silêncio

a dor existencial no desígnio da vida
e assim

no oceano da incerteza

minha alma agoniza em silêncio
repousa no crepúsculo do entardecer

na ilusão de uma aurora distante

driblando o fantasma

de uma desgraça prenunciada


Dr. Vulcão

Boa Viagem.(Constância)



A Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, que se realiza segunda- feira (feriado municipal), envolve mais de meia centena de embarcações provenientes da grande maioria dos municípios ribeirinhos do Tejo, de Abrantes até à foz, que participam, ao fim da manhã, num cortejo fluvial no Tejo, de Tancos até Constância.


à tarde, as embarcações, que são engalanadas e trazem a bordo tripulação trajada à época em que os rios eram determinantes para a economia da região, recebem no Tejo e no Zêzere a bênção, prosseguindo a procissão em terra pelas ruas da vila.


Segundo a autarquia, a festa pretende "chamar a atenção para o património ambiental e cultural" que representam os rios que confluem em Constância, "recriando, num grande espectáculo para os olhos, a vivência de outras épocas que deram origem ao culto de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira dos marítimos".

domingo, 12 de abril de 2009

Lágrimas.


"Um dia a lágrima disse ao sorriso: invejo-te porque vives sempre feliz. O sorriso respondeu: enganas-te, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor."

Ruas Floridas.












Vestir Constância com flores de papel por ocasião da Páscoa é uma tarefa partilhada por moradores, escolas, crianças e animadoras do Projecto Actividades de Tempos Livres - ATL, Santa Casa da Misericórdia e várias instituições do Concelho. Por isso as ruas são, há mais de vinte anos, um motivo de grande interesse nas Festas do Concelho.

Ruas e becos da vila são adornados com motivos típicos e grandiosos arranjos florais, tornando Constância num local de eleição nacional por ocasião da Páscoa.

Os adornos de papel confeccionados manualmente contêm mais de 3000 rolos de papel crepe, mais de 350 resmas de papel de seda, mais de 1000 rolos de papel crepon, 150 kilos de cordel, 200 kilos de arame entre outros e novos materiais como redes, manga plástica, esponjas, fitas de seda, musgumi, etc, que anualmente são introduzidos na elaboração das mais belas e variadas flores.

As ruas floridas são sem dúvida, uma das principais atracções destas Festas que trazem a Constância muitos milhares de visitantes de todo o país e do estrangueiro.
Por CMC

Páscoa.



Felíz Páscoa para todo o mundo.

sábado, 11 de abril de 2009

A Prática Fomenta a Vontade.



Se desejamos tornar-nos fortes, temos, primeiro, de comprender o que é a vontade. A vontade não é nenhuma entidade mística, que presida aos outros elementos do carácter, qual mestre de banda - sim, a soma, a substância de todos os nossos impulsos e disposições. Essa energia formadora do carácter não tem senhor a quem obedeça além de si própria; e é graças a ela que algum poderoso impulso pode vir a dominar e unificar o complexo. Isto forma a «força de vontade» - um supremo desejo que se ergue acima dos mais para arrastá-los num mesmo sentido ou para uma dada meta. Se não descobrimos essa meta não alcançaremos a unidade - e seremos simples pedra de que outro homem se utiliza nas suas construções.

Will Durant,in"Filosofia de vida."

Poesia.


Poesia não é para compreender, mas para incorporar.
Entender é parede; procure ser árvore.

Páscoa.




Velhice
é um modo de sentir frio que me assalta
e uma certa acidez.
O modo de um cachorro enrodilhar-se
quando a casa se apaga e as pessoas se deitam.
Divido o dia em três partes:
a primeira pra olhar retratos,
a segunda pra olhar espelhos,
a última e maior delas, pra chorar.
Eu, que fui loura e lírica,
não estou pictural.
Peço a Deus,
em socorro da minha fraqueza,
abrevie esses dias e me conceda um rosto
de velha mãe cansada, de avó boa,
não me importo. Aspiro mesmo
com impaciência e dor.
Porque sempre há quem diga
no meio da minha alegria:
"põe o agasalho"
"tens coragem?"
"por que não vais de óculos?"
Mesmo rosa sequíssima e seu perfume de pó,
quero o que desse modo é doce,
o que de mim diga: assim é.
Pra eu parar de temer e posar pra um retrato,
ganhar uma poesia em pergaminho.

Adélia Prado.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Se Tudo quanto Existe...




Se tudo quanto existe
é lenta evolução,
longa transformação
sem Deus e sem mistério;
se tudo no Universo tem sentido
sem o sopro divino;
se o segredo da vida, a criação,
se explica pela ciência,
e a corrente vital
é também consequência;
se a humana consciência
é simples equação...
— que significa a vocação do eterno,
que quer dizer a aspiração do Céu
e o terror do inferno?

E se acaso é o instinto a lei da vida,
se a verdade
é só necessidade
inexorável, lenta, laboriosa,

que sábia explicação
tem esta frágil, esta inútil rosa?

Fernanda de Castro, in "Asa do Espaço"

Assédio!

A Alma Transforma-se em Sensações .




Eis um efeito que me será contestado, e que só apresento aos homens que, digamos, são bastante infelizes para terem amado com paixão durante longos anos, dum amor contrariado por obstáculos invencíveis:
A vista de tudo o que é extremamente belo, tanto na natureza como nas artes, traz-nos a recordação do que amamos, com a rapidez de um relâmpago. É que, pelo processo do ramo de árvore guarnecido de diamantes da mina de Salzburgo, tudo o que no mundo é belo e sublime faz parte da beleza do que amamos, e esta visão imprevista da felicidade enche-nos os olhos de lágrimas num instante. É assim que o amor do belo e o amor se dão vida um ao outro.
Uma das infelicidades da vida é que a ventura de ver a quem amamos e de lhe falar não deixa recordações distintas. Aparentemente, a alma está demasiado perturbada pelas suas emoções para poder prestar atenção ao que as causa ou as acompanha. Transforma-se na própria sensação. É talvez porque estes prazeres não se podem renovar sempre que queremos, por simples força de vontade, que se renovam com tanta força, desde que um objecto qualquer nos venha tirar da meditação consagrada à mulher que amamos, e lembrar-no-la mais vivamente por meio de uma nova sugestão (o perfume dela, por exemplo).

Stendhal, in "Do Amor"

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Porque




Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


“No Tempo Dividido e Mar Novo”
Sophia de Mello Breyner Andresen

Páscoa


Coelhinho da páscoa
que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim.
Um ovo, dois ovos, três ovos assim.

Coelhinho da páscoa
que cor eles tem?
Azul, amarelo, vermelho também.
Azul, amarelo, vermelho também.

Coelhinho da páscoa
que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim.
Um ovo, dois ovos, três ovos assim.

Coelhinho da páscoa
que cor eles tem?
Azul, amarelo, vermelho também.
Azul, amarelo, vermelho também.

Ninguém é de ninguém.

Literatura

O crime do padre Amaro.

O romance desenrola-se na província de Leiria. Este começa com a apresentação do ambiente - Leiria e a sua vida devota – e das personagens principais – Amaro e Amélia.

Depois, em analepse, volta à infância dos protagonistas para explicar a sua formação moral e educação, já que serão estes factores que irão condicionar e explicar as suas atitudes posteriores.

Amaro fica órfão muito cedo e é entregue ao cuidado de uma protectora que era uma marquesa rica. À morte desta é herdeiro de um legado, mas só na condição de se fazer padre. E lá acaba por fazer, a muito custo, o seminário.

A protecção que pede à família do conde de Ribamar, faculta-lhe um lugar como pároco em Leiria.

É aí que Amaro conhece Amélia e rapidamente se apaixonam. Esta fica grávida, situação que, naturalmente, acarretaria graves consequências para a vida sacerdotal de Amaro. Assim, num acto impensado, este mata o próprio filho, já que Amélia morre após o parto.



Relendo Eça de Queiroz.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Fragilidades!


Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incómodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida

Canto dos Espíritos sobre as Águas




A alma do homem
É como a água:
Do céu vem,
Ao céu sobe,
E de novo tem
Que descer à terra,
Em mudança eterna.

Corre do alto
Rochedo a pino
O veio puro,
Então em belo
Pó de ondas de névoa
Desce à rocha liza,
E acolhido de manso
Vai, tudo velando,
Em baixo murmúrio,
Lá para as profundas.

Erguem-se penhascos
De encontro à queda,
— Vai, 'spúmando em raiva,
Degrau em degrau
Para o abismo.

No leito baixo
Desliza ao longo do vale relvado,
E no lago manso
Pascem seu rosto
Os astros todos.

Vento é da vaga
O belo amante;
Vento mistura do fundo ao cimo
Ondas 'spumantes.

Alma do Homem,
És bem como a água!
Destino do homem,
És bem como o vento!

Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas"
Tradução de Paulo Quintela

Pergunte à mamãe!




Esta é uma conversa de mãe para filha, do tempo em que as moças que iam casar perguntavam às mães sobre a noite de núpcias. Ela explica talvez um pouco porque deixaram de perguntar.

— É assim, minha filha. O importante é não ficar nervosa. Na hora ele bota uma valsinha na vitrola, pede pra você pegar a sombrinha e ir andando na corda bamba. Você já deve estar preparada, de saiote, e sem nada por baixo. Isso é importante. Ele senta numa cadeira e fica olhando pra cima e assobiando como se não fosse com ele. Você se concentra na música, vai botando um pezinho na frente do outro, sempre sorrindo e mandando beijinhos como se tivesse gente assistindo. Assim ele fica mais excitado. Quando você estiver bem distraída, ele faz "u!", você se assusta, perde o equilíbrio e cai escanchada no colo dele. Ele faz "ú!" de novo mas aí com outra entonação. É assim, minha filha.

— Ah — fez a moça e foi se preparar não muito convencida, pois a mulher do engolidor de fogo tinha lhe ensinado diferente.

Por Fortuna.


Texto extraído do livro "Acho tudo muito estranho ."

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cultura e Lazer .

O Mirante - diário online - Cultura & Lazer - O escritor dos “homens que nunca foram meninos” chegou a Alhandra guiado por um grande amor

Viver a Páscoa .




É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor...

Artesanato em Constância.


XXII Mostra Nacional de abre as suas portas sexta-feira, dia 10 de Abril, pelas 15.00H
Região Autónoma dos Açores em destaque na Mostra de Artesanato
A Mostra Nacional de Artesanato abre as suas portas ao público, em Constância, na próxima sexta-feira, dia 10 de Abril pelas 15.00H, um evento que integra a Festas do Concelho de Constância 2009, as quais decorrem nesta vila ribatejana nos dias 11, 12 e 13 de Abril.

À semelhança dos anos anteriores haverá uma região do País em destaque na Mostra Nacional de Artesanato, um lugar que este ano será ocupado por um pavilhão da Região Autónoma dos Açores.

A Mostra Nacional de Artesanato, que já vai na sua XXII edição, conferindo a cada produto um bocadinho da nossa identidade, pretende valorizar as artes e os ofícios tradicionais, contribuindo para a preservação dos usos e costumes da cultura portuguesa.

Assim, nos dias 10, 11, 12 e 13 de Abril, o Parque de Campismo de Constância transforma-se numa grande montra de artesanato, acolhendo dezenas de pavilhões, que comercializam produtos de excelente qualidade, manufacturados por pessoas que detêm um saber artístico único e exclusivo.

Deste modo, convidam-se os visitantes das Festas do Concelho de Constância a efectuar uma viagem pelas nossas raízes, apreciando os produtos de artesanato expostos nos 57 pavilhões presentes na XXII Mostra Nacional de Artesanato

CMC.

Versos.



Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Escrever, por exemplo: “a noite está estrelada

e tiritam, azuis, os astros, na distância”.

O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Eu a quis, e ela, às vezes, também a mim.

Em noites como esta a tive entre meus braços.

A beijei tantas vezes debaixo do céu infinito.

Ela me quis, como algumas vezes eu também a ela.

Como não ter amado seus grandes olhos fixos.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.

E o verso cai na alma como o sereno no pasto.

Que importa que meu amor não pôde mantê-la comigo.

A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Alguém canta lá longe. Muito longe.

Minha alma não se conforma por tê-la perdido.

Como para aproximá-la, meu olhar busca por ela.

Meu coração busca por ela, e ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquear as mesmas árvores.

Nós, os daquela época, não somos mais os mesmos.

Já não a amo, é certo, mas quanto a quis.

Minha voz buscava o vento para tocar seu ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.

Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos.

Já não a amo, é certo, mas talvez ainda a ame.

É tão curto o amor, e tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta a tive em meus braços, minha alma não se conforma por tê-la perdido.

Ainda que esta seja a última dor que ela me causa. E estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.)

Pablo Neruda.

domingo, 5 de abril de 2009

Falámos Tantos Anos de Tão Pouco .




Falámos tantos anos de tão pouco
entre os campos
do corpo
a fala fende os dentes
o corpo que te ouve ampara
a tua fala

É o último dia mas que dia
poderia deter assim a boca
dizíamos ainda que viríamos
ouvir-nos um ao outro
a fala dolorosa encontra os dentes
e olho a tua boca como um corpo

Gastão Cruz, in "Teoria da Fala"

Dono de quem?







O cão, que pensava ser dono de seu dono, que o via correr ao menor ganido (e afagá-lo a qualquer momento), teve, naquela tarde, uma surpresa: constatou, da maneira mais patética que um cão poderia fazê-lo, sofrendo como o cão mais desgraçado da quadra sofreria ante àquilo, que era preterido em função de uma garota. E não adiantaram apelos chantagistas, olhares tristes ou abanar de rabos, pois o olhar que o rapaz propôs à garota que entrava em seu quarto dizia tudo. O olhar tinha cheiro de paixão, e o cão bem sabia distinguir os cheiros. E havia o aroma que brotava daquele pescoço, um pescoço liso como a pele de uma relva, interrompido por uma fina corrente que mal separava a relva do início do rosto, da tez que era bronzeada mesmo no inverno mais rude, mesmo no vento mais cortante que arrancava folhas das árvores de nossa cidade. Naquela tarde, o cão soube quem era dono de quem, e então não teve escolha: aceitou a porta fechada em sua cara, desceu as escadas pata por pata, saiu ao pátio e ao vento nos pêlos, e se pôs a roer, velho e gasto, o osso.

Cassio Grinberg.

Ginásio de Ar Livre .



Equipamento Pioneiro vai ser inaugurado em Constância
Domingo - 5 de Abril – 16.OO Horas Sob a égide do conceito Desporto para Todos, a autarquia de Constância, vai inaugurar o primeiro Ginásio de Ar Livre, no próximo domingo, 5 de Abril, pelas 16 horas, uma infra-estrutura que se localiza no Parque Ambiental de Santa Margarida, freguesia de Santa Margarida da Coutada, concelho de Constância.

Constituído por sete equipamentos, o Ginásio de Ar Livre, acompanha os modelos de pioneirismo de hábitos de prática desportiva procurando associar o modelo família e desporto, potenciando os diferentes espaços de fruição desportiva do Parque Ambiental.

O novo equipamento teve um custo de aproximadamente sete mil euros, assegurado integralmente pelo orçamento da autarquia.

Registe-se que os Ginásios de Ar Livre tiveram um forte incremento na China, após os Jogos Olímpicos de 2008, caracterizando-se por equipamentos que potenciam o trabalho cardio-vascular a par de uma especificação em determinados grupos musculares, como são o caso dos ombros, pernas, costas e abdominais.

Por CMC

sábado, 4 de abril de 2009

Desporto e Pedagogia .





Diz ele que não sei ler
Isso que tem? Cá na aldeia
Não se arranjam dúzia e meia
Que saibam ler e escrever.


P'ra escolas não há bairrismo,
Não há amor nem dinheiro.
Por quê? Porque estão primeiro
O Futebol e o Ciclismo!


Desporto e pedagogia
Se os juntassem, como irmãos,
Esse conjunto daria,
Verdadeiros cidadãos!
Assim, sem darem as mãos,
O que um faz, outro atrofia.


Da educação desportiva,
Que nos prepara p'ra vida,
Fizeram luta renhida
Sem nada de educativa.


E o povo, espectador em altos gritos,
Provoca, gesticula, a direito e torto,
Crendo assim defender seus favoritos
Sem lhe importar saber o que é desporto.


Interessa é ganhar de qualquer maneira.
Enquanto em campo o dever se atropela,
Faz-se outro jogo lá na bilheiteira,
Que enche os bolsinhos aos que vivem dela.

Convém manter o Zé bem distraído
Enquanto ele se entrega à diversão,
Não pode ver por quantos é comido
E nem se importa que o comam, ou não.

E assim os ratos vão roendo o queijo
E o Zé, sem ver que é palerma, que é bruto,
De vez em quando solta o seu bocejo,
Sem ter p'ra ceia nem pão, nem conduto.

António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."

A Luta pela Recordação .




Os meus pensamentos foram-se afastando de mim, mas, chegado a um caminho acolhedor, repilo os tumultuosos pesares e detenho-me, de olhos fechados, enervado num aroma de afastamento que eu próprio fui conservando, na minha pequena luta contra a vida. Só vivi ontem. Ele tem agora essa nudez à espera do que deseja, selo provisório que nos vai envelhecendo sem amor.
Ontem é uma árvore de longas ramagens, e estou estendido à sua sombra, recordando.
De súbito, contemplo, surpreendido, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a este caminho, com os olhos adormecidos na recordação, entoam canções e recordam. E algo me diz que mudaram para se deter, que falaram para se calar, que abriram os olhos atónitos ante a festa das estrelas para os fechar e recordar...
Estendido neste novo caminho, com os olhos ávidos florescidos de afastamento, procuro em vão interceptar o rio do tempo que tremula sobre as minhas atitudes. Mas a água que consigo recolher fica aprisionada nos tanques ocultos do meu coração em que amanhã terão de se submergir as minhas velhas mãos solitárias...

Pablo Neruda, in 'Nasci para Nascer'

Moral da história.


Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada à óleo.
Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio. O gênio diz:
"Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês".
"Eu primeiro, eu primeiro !"- grita um dos funcionários.
"Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!"
Puf! e ele se foi.
O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
"Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pinas coladas!"
Puf! e ele se foi.
"Agora você" diz o gênio para o Gerente.
" Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do almoço ! "

Moral da História: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Inconstância.



Florbela Espanca.