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domingo, 7 de dezembro de 2008

Ausência.




Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus
[braços

que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'

1 comentário:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querido Manuel, bem-vindo ao nosso mundo virtual, onde os amigos são verdadeiros... Boa semana, beijinhos de carinho e ternura,
Fernamndinha