Já não vivo, só penso. E o pensamento
é uma teia confusa, complicada,
uma renda subtil feita de nada:
de nuvens, de crepúsculos, de vento.
Tudo é silêncio. O arco-íris é cinzento,
e eu cada vez mais vaga, mais alheada.
Percorro o céu e a terra aqui sentada,
sem uma voz, um olhar, um movimento.
Terei morrido já sem o saber?
Seria bom mas não, não pode ser,
ainda me sinto presa por mil laços,
ainda sinto na pele o sol e a lua,
ouço a chuva cair na minha rua,
e a vida ainda me aperta nos seus braços.
Fernanda de Castro, in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
2 comentários:
será, talvez, do quotidiano com se empata, mas o seu amigo descartes, já dizia: penso, logo exito. diz qu'é um solipsismo, uma espécie de meterologia... deve ser, deve ser...
na continuação do último e à saída deste
vou ouvir
http://br.youtube.com/watch?v=WoE3MRS9Tqo&feature=related
metereologia, obviamente.
toda a gente percebeu
eu é k tenho a mania de me auto corrigir
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