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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Literatura.
Este é, sem dúvida, um livro que nos toca e não nos deixa indiferentes: é o testemunho de uma mãe que assistiu à luta da filha contra o cancro.
Margot faleceu a 31 de Agosto de 2007, um dia depois do seu aniversário. Tinha 24 anos.
Ana Paula Pinto não baixou os braços e continua ainda hoje a lutar contra o cancro.
Esta é uma história de amor que não terminou. E é também uma chamada de atenção para a necessidade de apoiar os doentes oncológicos em Portugal, sobretudo no que respeita aos cuidados paliativos: O Estado cobra 21% de IVA pelo aluguer de uma cama articulada ou de uma cadeira de rodas. Serão estes artigos de “luxo”?
“Olhavam o pôr-do-sol. Sentados no interior do Mercedes azul-escuro e resguardados do frio que se fazia sentir, observavam a luz do entardecer reflectida na imensidão lamacenta da baía de Alcochete.
Sob a luz alaranjada que declinava no horizonte, ele pegou na sua mão e acariciou um a um os seus dedos esguios. Calados na magia do momento, cruzavam os seus olhares, furtivamente, como duas crianças apanhadas em falta.
– Tenho cancro – tinha-lhe dito. Assim, sem reservas nem rodeios, logo na primeira troca de palavras, como se o quisesse prevenir do risco.
– Tens cancro – repetiu, pensando que não tinha abarcado o significado do que dissera. E as suas palavras ficaram, por momentos, a pairar no silêncio.”
in “Margot – Estrelinha Azul”
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13 comentários:
obrigado pela partilha, caro amigo...
Um imenso abraço,
Leonardo B.
Anotadinha a dica de leitura!
bjs.
Querido amigo, essa é uma doença que faz com que a pessoa sofra demais, ela mina toda a resistência, suga até o último momento. E as pessoas que ficam em volta do doente, vendo-o sofrer sem nada poder fazer, morrem um pouco a cada dia. Perdi minha mãe e minha irmã no mesmo ano, com intervalo de 5 meses com essa doença. Parabéns pelo post e pela chamada as autoridades portuguesas.Beijocas
Amor de mãe não se explica.
Bjus
Amigo, estou de volta! E vim aqui matar as saudades! Acho que meu inferno astral está a terminar! Triste esse post...é um assunto que mexe muito comigo. Beijo enorme e saudoso, da tua amiga
Não deve ser fácil para uma mãe lidar com a dor sofrimento e perda do seu filho, a minha mãe mooeu de cancro e foi muito duro ver como ela sofria e aos poucos se ia apagando.
Bj
QUE DEUS NOS AJUDE...É TRISTE DEMAIS ESTE HORROR DE PAÍS QUE NADA SE IMPORTA COM O POVO SOFERENTE,CARENTE DE TUDO...EM AUTÊNTICA BANCA-ROTA
beijinho Mª ELISA
Beijosss e um lindo final de semana
Olá Manuel
li e fiquei triste.
Tanta gente jovem que parte assim...
Só demonstra a nossa impotência como humanos.
Um abraço
viviana
Venho carinhosamente retribuir o seu carinho em ter vindo me visitar.
As amizades são conquistadas assim: com muito carinho e zelo. Agradeço com muito carinho a sua presença. Isso sim me deixa muito feliz. é ter a certeza que sempre estamos juntos compartilhando bons momentos.
O que mais me faz feliz é saber que posso contribuir um pouquinho mais para a felicidade daqueles que me rodeias todos os dias, é deixar um carinho e um cheiro bem especial a todos., é poder exalar o perfume das rosas por onde ondo. Muito obrigada por ser esta flor em meu Jardim.
Carinhosamente,
Sandra
Sabes,
Ler e falar sobre esta doença é reviver momentos difíceis que passei com pessoas queridas...
Meu carinho,
RO
Amigo uma narrativa com muito sentimento.
Só não posso dizer que seja linda mas com muito realismo, beijinhos de paz
Constância, Vila_Poema
Obrigada.
(sem mais palavras, mas com muito sentimento)
Ana Paula Pinto
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