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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Momentos meus...


O mundo gira
há momentos mágicos
vividos intensamente
cheios de magia
a dois
momentos lembrados
em lugares marcados.

Momentos próprios
inertes
momentos para esquecer
confusos
de dor
de sofrimento.

Momentos
espaços do tempo
pertença do meu ser
no passado
no futuro
no presente...

Momentos em que o mundo gira
me envolvem numa roda viva
de prazer...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O enigma do orgasmo feminino...





O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco,
E os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se
dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que
aconteceu, ou de que foi simulado.

Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas,
centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.
A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista na TV com uma
conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos
na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do
orgasmo.

Os resultados mostram que, na hora H, a pardaleca dispara uma carga de
250.000 micro volts. Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora
do 'ai meu Deus',são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é
capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo.
Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que
é só ter o orgasmo e, tchan...carregar.

Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma
rata:
É uma torradeira eléctrica!!! E se der curto-circuito na hora de
'virar os olhos'? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a
Salsicha assada.
Preservativo agora é pouco:
Tem de se mandar encamisar na Michelin.
E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não
os descalçar e não pisar o chão molhado.
É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se
pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar
a alheira...


Recebido por email.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Desencontros...




Há coisas na vida da gente
que a gente nunca esquece
são coisas que a gente sente
são coisas que a vida tece.

São os desencontros da vida
alegrias e tristezas
são vidas de gente perdida
vida de incertezas.

É o sonhar a fantasia
o amor a poesia
é o viver o dia a dia
nesta vida solitária.

Há vidas que se vão
sem que as possamos reaver
nos deixam em suspensão
e nos fazem sofrer.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que Sempre Soube das Mulheres



Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-semesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até amais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça,mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.

Rui Zink, in "Jornal Metro"

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os Cinco Sentidos.



Homenagem a Almeida Garrett (4 de fevereiro de 1799)



São belas - bem o sei, essas estrelas,
Mil cores - divinais têm essas flores;
Mas eu não tenho, amor, olhos para elas:
Em toda a natureza
Não vejo outra beleza
Senão a ti - a ti!

Divina - ai! sim, será a voz que afina
Saudosa - na ramagem densa, umbrosa.
será; mas eu do rouxinol que trina
Não oiço a melodia,
Nem sinto outra harmonia
Senão a ti - a ti!

Respira - n'aura que entre as flores gira,
Celeste - incenso de perfume agreste,
Sei... não sinto: minha alma não aspira,
Não percebe, não toma
Senão o doce aroma
Que vem de ti - de ti!

Formosos - são os pomos saborosos,
É um mimo - de néctar o racimo:
E eu tenho fome e sede... sequiosos,
Famintos meus desejos
Estão... mas é de beijos,
É só de ti - de ti!

Macia - deve a relva luzidia
Do leito - ser por certo em que me deito.
Mas quem, ao pé de ti, quem poderia
Sentir outras carícias,
Tocar noutras delícias
Senão em ti! - em ti!

A ti! ai, a ti só os meus sentidos
Todos num confundidos,
Sentem, ouvem, respiram;
Em ti, por ti deliram.
Em ti a minha sorte,
A minha vida em ti;
E quando venha a morte,
Será morrer por ti.

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O meu sentir.




Na minha mente sinto
o afago dos teus abraços
a quentura da tua boca...
Oiço longe a tua voz
sumida
ardente
rouca de paixão...
O que será de mim
o que será de nós...
Se o sentir está dentro de mim
sentindo eu
o que tu sentes
este desejo permanente
constante de te abraçar
e dizer baixinho
que te amo
constantemente....

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ser Feliz é um Dever...




É difícil ser feliz; requer espírito, energia, atenção, renúncia e uma espécie de cortesia que é bem próxima do amor. Às vezes é uma graça ser feliz. Mas pode ser, sem a graça, um dever. Um homem ou mulher ,digno desse nome agarra-se à felicidade, como se amarra ao mastro em mau tempo, para se conservar a si mesmo e aos que ama. Ser feliz é um dever. É uma generosidade.

Louis Pauwels, in "Carta Aberta às Pessoas Felizes"

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Amar é preciso...




O eco do teu sorriso
flutua no ar
perde-se no vento
a ternura das tuas palavras
silenciam-se no tempo...
Grito ao tempo
e ao vento
quero um sorriso de volta
e que a ternura das palavras
ecoem em mim a todo o momento...

Silêncio
nas palavras
no sorriso
o sonho é uma constante
amar é preciso...

Literatura


O Anjo branco de José Rodrigues dos Santos.

Sinopse

vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo.

No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato.

Chamam-lhe o Anjo Branco.

Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.

Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dentro de mim...




Escavando
entro nas minhas entranhas
procuro algo gravado
no fogo da minha alma...

Não sinto dentro de mim
o que me faz ser eu
apenas escuridão...

Luz
com o teu calor
faz derreter
a frieza que envolve
meu coração...

Vai ao centro do labirinto
abraçar o vazio
que lá bem no fundo
eu sinto
perdido
amedrontado
e frio...

sábado, 29 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desejo em mim...





Há um desejo em mim
de ser como sou
mas não ser assim...
Há um desejo em mim
de ver o mundo como é
amá-lo de outra maneira
mas enfim...
Há um desejo em mim
que a amizade,o amor
floresçam
como as flores de um jardim...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor vagabundo.




Perdi o caminho
quero agarrá-lo
mas escapa-se
o tempo imóvel
solitário
trespassa-me...

Morosamente corre
o amor e o tempo
pedra
a pedra
estrada fora
empurrados pelo vento...

Todos os caminhos
me servem
estrada de fogo
caminhos do mundo
caminhos que me levam
amor vagabundo...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Infinitude dos Amantes .



Se até agora ainda não possuo todo o teu amor,
Querida, nunca o terei de todo.
Não posso soltar mais um suspiro, comover-me,
Nem suplicar a mais outra lágrima que corra;
E todo o meu tesouro, que deveria comprar-te —
Suspiros, lágrimas, juras e cartas — já gastei.
Porém, nada mais me poderá ser devido,
Além do proposto no negócio acordado:
Se então a tua dádiva de amor foi parcial,
Que parte a mim, parte a outros, caberia,
Querida, nunca te possuirei totalmente.

Mas, se então me deste tudo,
Tudo seria apenas o tudo que ao tempo tinhas;
E se em teu coração, desde então, existe ou venha
A existir novo amor gerado por outros homens,
Cujos haveres estejam intactos e possam, em lágrimas,
Em suspiros, em juras e cartas, exceder a minha oferta,
Este novo amor pode suscitar novos receios,
Dado que um tal amor não foi jurado por ti.
Mas se foi, sendo as tuas dádivas gerais,
O terreno — o teu coração —, é meu, e o que quer
Que nele cresça, querida, pertence-me totalmente.

Porém, também não o quereria todo ainda,
Porque quem tudo tem nada mais pode possuir
E visto que o meu amor deve aceitar cada dia
Um novo aumento, deverias reservar-me novas recompensas.
Não podes dar-me o teu coração todos os dias,
Porque se pudesses, é porque nunca mo tinhas dado.
E tais são os enigmas do amor: ainda que teu coração parta,
Fica em casa; e ao perdê-lo, tu salvaste-o.
Mas nós encontraremos um caminho mais nobre
Que a troca de corações: poderemos uni-los, e assim
Seremos um, e o todo de cada um.

John Donne, in "Poemas Eróticos"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Não Sei se Isto é Amor ...





Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro a olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'

domingo, 23 de janeiro de 2011

Metallica com a orquestra sinfónica de San Francisco



"Quem ouve música, sente a sua solidão de repente povoada."

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amar...





Temos de amar e não deixar de viver ...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Amar é Raro



Amar é dar, derramar-me num vaso que nada retém e sou um fio de cana por onde circulam ventos e marés. Amar é aspirar as forças generosas que me rodeiam, o sol e os lumes, as fontes ubérrimas que vêm do fundo e do alto, água e ar, e derramá-las no corpo irmão, no cadinho que tudo guarda e transforma para que nada se perca e haja um equilíbrio perfeito entre o mesmo e o outro que tu iluminas. Dar tudo ao outro, dar-lhe tanta verdade quanta ele possa suportar, e mais e mais; obrigar o outro a elevar-se a um grau superior de eminência, fulguração, mas não tanto que o fira ou destrua em overdose que o leve a romper o contrato — o difícil equilíbrio dos amantes! Amar é raro porque poucos somos capazes de respirar as vastas planícies com a metade do seu pulmão; e amar é raro porque poucos aceitam a presença do seu gémeo, a boca insaciável de um irmão que todos os dias o vento esculpe e destrói.

Casimiro de Brito, in 'Arte da Respiração'

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Rio de mágoas...



Entre as margens
da saudade
há um leito
que transborda
e inunda o meu peito...

Como um caudal de magia
trazido na corrente
numa longa travessia...

Rio
que vens da nascente
que corres
galopas
no interior da gente...

Porque me arrastas
nas águas
do teu rio
de mágoas...