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domingo, 2 de maio de 2010

Janela do Sonho .






Abri as janelas
que havia dentro de ti
e entrei abandonado
nos teus braços generosos.

Senti dentro de mim
o tempo a criar silêncio
para te beber altiva e plena.

Mil vezes
repeti teu nome,
mil vezes,
de forma aveludada
e era a chave
que se expunha
e fecundava dentro de mim.

Já não se sonha,
deixei de sonhar,
o sonho é poeira dos tempos
é a voz da extensão
é a voz da pureza
que dardejava na nossa doçura.

Quando abri as tuas janelas
e despi teus braços
perdi a vaidade
e a pressa,
amei a partida
e em silêncio abri,
(sem saber que abria)
uma noite húmida
em combustão secreta
desmaiado no teu ombro
de afrodite.

Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"

3 comentários:

Maria Rodrigues disse...

Amigo, como o seu blog para mim é local especial, deixei um presentinho para si, lá no meu cantinho. Espero que goste.

Tenha uma boa semana
Bjs do tamanho do infinito
Maria

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
Lindo poema.
Deixo um beijinho

Sonhadora

AFRICA EM POESIA disse...

Manuel

Meu amigo..

Mãe é nome muito sublime e muito nobre.Este dia é sempre muito Especial,

Para ti um beijo de carinho.