Sendo tudo como é: uma farsa
sendo a mais pura imaginação
havendo ou não havendo comparsa
baste o poema da consumação
que o verso sublinhe o desejo
que o poema sublime o refúgio
que movimenta ou dá ensejo
ao puro ser e seu subterfúgio.
Ter medo de nossa fantasia
medo de que não seja verdade
o amor que se está praticando
medo de ser apenas poesia
de encobrir apenas a maldade
de estar só e apenas sonhando.
Poema de Antonio Miranda
Ilus. de Carmen Fulle
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