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sábado, 19 de junho de 2010

Amor




Tu acendeste-me o lume,
Naquela tarde de frio. E do jardim,
Solitário e sombrio,
Vinha até mim
Um suave perfume
De goivos a morrer.

Sobre a cidade calma,
As nuvens, uma a uma,
Como flocos de espuma,
Passavam a correr.

Era uma tarde, das tardes mais frias!
E as coisas não me sorriam.
Somente,
Doente,
Tu me sorrias.

Na vidraça, como gelo,
Soluçaram gotas de água.
Afaguei o teu cabelo,
Com alegria e com mágoa.

Era uma tarde sombria,
De luz bem singular.
Tarde tão fria,
Até parecia
Que tudo ia gelar.

Alfredo Brochado, in "Bosque Sagrado" Amor

9 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Manuel
Onde descobres esta pérolas de poemas...lindo.

Beijinhos
Sonhadora

Flor disse...

Muito bonito este poema.

Obrigada pelas tuas visitas.
Bom fim de semana.
Um beijo
Flor

Rosan disse...

olá.
por vezes é assim que acontece, o amor vai se tornando emnor a cada dia, até o frio tomar conta de tudo....e gelar a alma.

beijo

conduarte disse...

BEIJO E BOM FINAL DE SAMAN, SERÁ QUE ENTROU O OUTRO COMENTÁRIO? BJBJ OUTRA VEZ, con

conduarte disse...

lINDO O POEMA.
UM BEIJO MANUEL, OBRIGADA POR SUA AMIZADE, CON

Glorinha L de Lion disse...

Pude sentir o mesmo frio da solidão que o poeta sentiu....triste....beijos, bom domingo!

Laços e Rendas de Nós disse...

Sou da mesma opinião da Sonhadora.

Aqui tenho descoberto nomes e textos que são maravilhosos.

Beijo

Rosa disse...

Gosto muito deste poema ,Manuel!E da foto tambem .bjs e bom Domingo amigo

Guido Caldeira disse...

belíssimo poema