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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Mariza e Tipo Paris.



Fim de semana lindo para todo o mundo.

Satisfação do Trabalho.



Para não sofrer, trabalha. Sempre que puderes diminuir o teu tédio ou o teu sofrimento pelo trabalho, trabalha sem pensar. Parece simples à primeira vista. Eis um exemplo trivial: saí de casa e sinto que as roupas me incomodam, mas com a preguiça de voltar atrás e mudar de roupa continuo a caminhar. Existem contudo muitos outros exemplos. Se se aplicasse esta determinação tanto às coisas banais da existência como às coisas importantes, comunicar-se-ia à alma um fundo e um equilíbrio que constituem o estado mais propício para repelir o tédio.

Sentir que fazemos o que devemos fazer aumenta a consideração que temos por nós próprios; desfrutamos, à falta de outros motivos de contentamento, do primeiro dos prazeres - o de estar contente consigo mesmo... É enorme a satisfação de um homem que trabalhou e que aproveitou convenientemente o seu dia. Quando me encontro nesse estado, gozo depois, deliciadamente, com o repouso e os mais pequenos lazeres. Posso mesmo encontrar-me no meio das pessoas mais aborrecidas, sem o menor desagrado; a recordação do trabalho feito não me abandona e preserva-me do aborrecimento e da tristeza.

Eugène Delacroix, in 'Diário'

Constância.(vila poema) 1° aniversário

tudo começou aqui.
«(a)Mar Pedra»: Dia do Trabalhador e assim

Os meus agradecimentos a todos os que me visitaram.

Dia do trabalhador.


Ah, esta vida de trabalhador! Se sobra tempo, falta dinheiro. Se sobra dinheiro, falta tempo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009



Melhor do que deitar a cabeça no travesseiro e sonhar com as estrelas,
é deitar a cabeça no travesseiro e realmente ver as estrelas!!!"

Um bom feriado para todo o mundo.

Coisas, Pequenas Coisas.




Fazer das coisas fracas um poema.

Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

Dia do Sol .


Dia do Sol - 3 de Maio - No Centro Ciência Viva de Constância
No próximo domingo, 3 de Maio, comemora-se o Dia do Sol, uma data que o Centro Ciência Viva de Constância vai assinalar com a dinamização de diversas iniciativas.

Assim, entre as 11 e as 13.30 horas, com entradas livres, decorrerão as seguintes actividades: Observação do Sol no Laboratório de Heliofísica; Observações (comentadas) do Sol através de telescópios com filtros especiais; Observação do Meio-Dia Solar.

Para mais informações devem os interessados contactar o Centro Ciência Viva de Constância através do telefone 249 739 066, ou via correio electrónico para info@contancia.cienciaviva.pt Por CMC

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dia internacional da dança.

O Koala e a Lagartixa

Um koala estava sentado numa árvore, a fumar um charro...



Uma lagartixa que passava, olhou para cima e perguntou:

- Hei, Koala... tá tudo bem? O que estás a fazer?



O koala respondeu:
- Curtindo uma broca! Sobe, pá...
A lagartixa subiu a árvore e sentou-se ao lado do koala, a curtir uns charros.
Após algum tempo, a lagartixa disse:
- Porra, Koala, tenho a boca seca, vou beber água ao rio...

Quando estava junto ao rio, a lagartixa, desorientada com o fumo, inclinou-se muito e caiu no rio.
Um jacaré, quando a viu cair, nadou até ela, ajudando-a a subir p'rá margem.
Depois, perguntou:
- Então, lagartixa? O que aconteceu?

A lagartixa explicou que tinha estado a curtir umas brocas com o koala numa árvore, foi beber água, ficou azambuada e caiu no rio.

O jacaré disse que ia verificar e história e entrando da floresta, encontrou o koala sentado num galho, todo ganzado.
O jacaré olhou para cima e disse:
- Ei! Ó tu aí em cima!



O koala olhou para baixo e disse:



- Fonix....., Lagartixa.
Quanta água é que tu bebeste?!!

Plano Estratégico de Constância 2020 .


Apresentação Pública do Plano Estratégico de Constância 2020
No próximo dia 8 de Maio, pelas 20.30H, no Auditório do Cine-Teatro Municipal de Constância vai decorrer a Sessão Pública de apresentação do Plano Estratégico de Constância 2020.
Recorde-se que Constância, um concelho de oferta diversificada e qualificada, para visitantes e residentes, atractiva para o investimento produtivo, em articulação com o sistema urbano do Médio Tejo, é o objectivo central proposto pelo Plano Estratégico do Concelho de Constância 2020 para o desenvolvimento de Constância. Deste modo, o documento aponta cinco linhas estratégicas com vista à operacionalização do objectivo central:

Constância Solidária
Constância Competitiva
Constância Atractiva
Constância Moderna
Constância Integrada

Assim, atendendo à importância deste documento enquanto quadro de referência tecnicamente fundamentado e focalizado nas perspectivas de desenvolvimento do concelho, convidam-se os interessados a assistir à Sessão Pública de apresentação do Plano Estratégico de Constância 2020, na data e horário acima mencionados.

Informamos também que o Plano Estratégico de Constância 2020 está disponível do Portal do Município.

Por CMC

Literatura.


A Demanda do mestre.

A Crise de 1383-85

de Isabel Ricardo



«A Demanda do Mestre» é um romance notável sobre o genial Nuno Álvares Pereira, as suas lutas e conquistas, e a vida turbulenta da corte portuguesa.
Em Outubro de 1383, com a morte do rei D. Fernando, Portugal é lançado numa crise inquietante… A única herdeira do trono é a jovem Beatriz, casada com o rei de Castela.
Lado a lado com personagens históricas notáveis, tais como D. Nuno Álvares Pereira, o nosso Santo Condestável, e o primeiro rei da segunda dinastia, D. João I, Mestre de Avis, o leitor conhece também a escandalosa Constança e os seus amantes, e a doce e meiga Catarina, duas personagens femininas muito marcantes, que nos envolvem apaixonadamente.
Num romance histórico de leitura compulsiva, extremamente emocionante e irresistível, que nos deixa sem fôlego do início ao fim, a autora transporta-nos numa viagem até um Portugal de finais da Idade Média.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Meu Sonho Habitual .




Tenho às vezes um sonho estranho e penetrante
Com uma desconhecida, que amo e que me ama
E que, de cada vez, nunca é bem a mesma
Nem é bem qualquer outra, e me ama e compreende.

Porque me entende, e o meu coração, transparente
Só pra ela, ah!, deixa de ser um problema
Só pra ela, e os suores da minha testa pálida,
Só ela, quando chora, sabe refrescá-los.

Será morena, loira ou ruiva? — Ainda ignoro.
O seu nome? Recordo que é suave e sonoro
Como esses dos amantes que a vida exilou.

O olhar é semelhante ao olhar das estátuas
E quanto à voz, distante e calma e grave, guarda
Inflexões de outras vozes que o tempo calou.

Paul Verlaine, in "Melancolia"

A Quimera da Felicidade.





(...) do alto de uma montanha, inclinei os olhos a uma das vertentes, e contemplei, durante um tempo largo, ao longe, através de um nevoeiro, uma cousa única. Imagina tu, leitor, uma redução dos séculos, e um desfilar de todos eles, as raças todas, todas as paixões, o tumulto dos impérios, a guerra dos apetites e dos ódios, a destruição recíproca dos seres e das cousas. Tal era o espectáculo, acerbo e curioso espectáculo. A história do homem e da terra tinha assim uma intensidade que não lhe podiam dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a imaginação mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva de todos os tempos. Para descrevê-la seria preciso fixar o relâmpago. Os séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim, - flagelos e delícias, - desde essa cousa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da fatalidade das cousas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, - nada menos que a quimera da felicidade, - ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.

Machado de Assis, in 'Memórias Póstumas de Brás Cubas'

Determinação.




Nem um passo para trás. Nem para tomar impulso .

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Identidade .




Preciso ser um outro
para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta

Sou pólen sem insecto

Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro

No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

Viver a vida.

Isabelle.







Ela é stripper na internet. Tem um filho de cinco anos. Mora em Hong-Kong. Tem suores noturnos que acrescem ainda mais a umidade relativa do ar — as pás do ventilador estampando toxinas na parede. Contempla a ausência de murmúrio, rastro qualquer de seu exílio, e ama insensatamente um homem que não quer ser seu. O corpo de contornos arredondados. Tem vaidades, veleidades. Entre rendas e cetim, solta os cabelos ao vento, mata baratas e sorri subterrâneos inteiros. Ninguém sabe, mas Isabelle é hipocondríaca e pretende, ante o lirismo dilacerado, jogar no vaso sanitário a cartela de prozac e toda a perspicácia aviltada. Tudo está nos devidos lugares. Inclusive os livros. Entre paredes e portas, com a singularidade resguardada pelo enquadramento da câmera, ela tira uma a uma as peças de roupa em frente ao computador. Está protegida de assaltos e das doenças. Tem todos os modos de reunir seus talentos e o exibir-se. Então para quê sustentar esse amarelo? De calcinha e soutien ela dança e faz malabarismos. Sorri carmim.


Clotilde Zingali

Texto extraído do livro "40 possíveis maneiras de se descascar uma mulher",

domingo, 26 de abril de 2009

Ter um destino.


Ter um destino
é não caber num berço
onde o corpo nasceu,
é transportar as fronteiras
uma a uma
e morrer sem nenhuma.

Miguel Torga.

Mar.

Tua influência ó mar!;



Que influência tens tu sobre mim ó mar,
Que feitiço me fizeste,logo que nasci?!
Quando triste,sinto meu pranto rolar
Em ondas salgadas,que vêm de ti.

Amigo,companheiro da minha infância
Ouvia teu susurro ao anoitecer,
Numa canção que ensaiavas à distância
E me embalava p,ra me adormecer.

Quado te encontro,sinto renascer
A coragem,a força e a energia,
E a seiva que preciso p,ra viver
Vem de ti,num perfume de maresia.

Agora,da viagem já cansada
Sonho contigo,amigo dedicado,
Respiro o ar da noite despenhada
Em ecos,num pranto ainda salgado

Fernanda Costa.