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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Poeta Lobo
Sou o poeta que uiva através das palavras,
que vive o sofrimento de te ver nos braços de outro,
de quem nada faz por ti,
de quem não luta por ti,
de quem não te faz Feliz…
Trato-te com desvelo para te ver na tortura.
Declamo poemas no cimo de um penhasco,
na companhia duma guitarra que chora sons que molham.
Uivo na solidão, no recato exigido pela amizade.
Ombro que acolhe tuas lágrimas,
fazendo-me de forte,doendo mais em mim,
faca espetada em meu dorso…
Coisa essa de que foste gostar e que só te faz chorar.
Nem o mundo de pernas para o ar era capaz de te acordar
Amar sem por ti ser amado, apenas magoado.
Um dia vais acordar, olhar e ver quem tens a teu lado,
aperceber-te do terrível equívoco,
de um dia teres desprezado um grande Amor.
Já fiz mais por ti do que alguém algum dia fará…para ouvir o silêncio,
aplausos mudos de gratidão.
Sou o poeta que sacia a sede num riacho seco,
sequioso que estou de te voltar a beijar.
Obrigado a omitir, a negar,
talvez mentir…
Os primeiros pensamentos da manhã vão para ti,
bem como o último antes de adormecer.
Tal como os sonhos tornados em perfeitos amores…
Sou o poeta lobo que clama por ti nas noites de lua cheia.
Sou o poeta que vegeta no mundo animal em busca de teu “Graal”.
Dizes ser o último dos românticos, mas é com ele que trais.
Porque achas que a poesia é para ter na estante da biblioteca,
e não para levar para a cama…
(Escrito por pedrolopes)
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1 comentário:
Gosto dos poetas, mas não de todos os poemas.
Quem ama, não devia vegetar. Aliás, talvez não exista algo tão contraditório, amar e ser amado é vida. Digo mais, é tesão*. Por outro lado, não vale a pena amar alguém que pense deixar a poesia na estante, sem a levar para a cama. O poeta, devia uivar a outra (ou outro, sei lá).
*Dispensam-se putativas interprtações da palavra. Antes de qualquer tentativa hermenêutica, aconselha-se a consulta d'um bom dicionário.
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