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segunda-feira, 16 de março de 2009

Anda vem...




Anda vem..., porque te negas,
Carne morena, toda perfume?
Porque te calas,
Porque esmoreces,
Boca vermelha --- rosa de lume?

Se a luz do dia
Te cobre de pejo,
Esperemos a noite presos num beijo.

Dá-me o infinito gozo
De contigo adormecer
Devagarinho, sentindo
O aroma e o calor
Da tua carne, meu amor!

E ouve, mancebo alado:
Entrega-te, sê contente!
--- Nem todo o prazer
Tem vileza ou tem pecado!

Anda, vem!... Dá-me o teu corpo
Em troca dos meus desejos...
Tenho saudades da vida!
Tenho sede dos teus beijos!

António Botto

2 comentários:

r disse...

Vim o mais rápido possível.
Cheguei.
Morena sardenta, perfumada e nunca me calo.
Consegui o meu melhor, dado o engarrafamento na galáxia virtual e peço desculpazinha por estragar o poema com comentário tolinho, sim!?


Ou

Excelente escolha. Gostei.
E assim.

r disse...

AH, meu corpo não posso dar; é muito pequenino e podia perdê-lo todo, sem querer.