no obscuro desejo,
no incerto silêncio,
nos vagares repetidos,
na súbita canção
que nasce como a sombra
do dia agonizante,
quando empalidece
o exterior das coisas,
e quando não se sabe
se por dentro adormecem
ou vacilam, e quando
se prefere não chegar
a sabê-lo, a não ser,
pressentindo-as, ainda
um momento, na aresta
indizível do lusco-fusco.
Vasco Graça Moura
2 comentários:
Lindo poema, passei para conhecer o espaço que deixou marcas no blog da Cris.. foi um prazer.
Abs,
Olá meu lindo amigo.
O poeta nos deixa nesse poema traços de sua passagem, não provas.
Só os traços nos fazem sonhar.
Nesse poema, ele nos passou o estado íntimo a qual as palvras falam sózinhas.
Lindo...lindo...lindo...
Parabéns , amigo querido.
Beijinhos doces, e uma semna de muitos brilhos e paz.
Regina Colei.
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