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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Poesias eternas


Sá de Miranda.


Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
.
Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assim crescesse:
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?

3 comentários:

r disse...

Eu hoje 'tou do contra, ou então, esta poesia eterna é mesmo complicadinha... o homem que se desavem consigo (próprio), está muito mal.

Unknown disse...

Á que ter em conta que o gajo viveu entre 1481-1558.

r disse...

Ah?
Ele era isso?
Tadito, pronto, já o compreendo.