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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Gosto que há no mundo.




Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.



Manuel Maria Barbosa du Bocage

2 comentários:

r disse...

Tse, tse, tse
até parece!... isso foi porque ele nunca degustou doce de cereja com requeijão.

Unknown disse...

Não sabe o que é bom,é um doce de comer e chorar por mais.