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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os Amantes com Casa...



Andavam pela casa amando-se
no chão e contra as paredes.
Respiravam exaustos como se tivessem
nascido da terra
de dentro das sementeiras.
Beijavam-se magoados
até se magoarem mais.
Um no outro eram prisioneiros um do outro
e livres libertavam-se
para a vida e para o amor.
Vivendo a própria morte
voltavam a andar pela casa amando-se
no chão e contra as paredes.
Então era a música, como se
cada corpo atravessasse o outro corpo
e recebesse dele nova presença, agora
serena e mais pobre mas avidamente rica
por essa pobreza.
A nudez corria-lhes pelas mãos
e chegava aonde tudo é branco e firme.
Aquele fogo de carne
era a carne do amor,
era o fogo do amor,
o fogo de arder amando-se e por toda a casa,
contra as paredes, no chão.
Se mais não pressentissem bastaria
aquela linguagem de falar tocando-se
como dormem as aves.
E os olhos gastos
por amor de olhar,
por olhar o amor.
E no chão
contra as paredes se amaram e
pela casa andavam como
se dentro das sementeiras respirassem.
Prisioneiros libertados, um
no outro eram livres
e para a vida e para o amor se beijaram
magoando-se mais, até ficarem magoados.
E uma presença rica,
agora nova e mais serena,
avidamente recebeu a música que atravessou de
um corpo a outro corpo
chegando às mãos
onde toda a nudez é branca e firme.
Com uma carne de fogo,
incarnando o amor,
incarnando o fogo,
contra o chão das paredes se amaram
pressentindo que
andando pela casa bastaria tocarem-se
para ficarem dormindo
como acordam as aves.

Joaquim Pessoa, in 'Inéditos'

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Literatura.


Sobre o livro:

«Quando os acordos de paz da Sexta-Feira Santa são violados por três selvagens actos de terrorismo, a Irlanda do Norte torna a ser arrastada para o conflito. E depois de o seu sogro ser nomeado o novo embaixador americano em Londres, Michael Osbourne, agente reformado da CIA, é uma vez mais atraído para o activo.
Depressa descobre que o sogro está marcado como alvo a abater. E que ele próprio se encontra de novo na mira de um dos assassinos mais inclementes que o mundo já conheceu…
Repleto de reviravoltas de tirar a respiração, A Marcha prossegue em espiral até à sua conclusão acutilante.
Trata-se de um romance sobre o poder e a intriga, onde a aparência e a realidade são inimigas e a confiança é traída tantas vezes quantas as que é honrada.»

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mar dos meus sonhos.



Juntos olhamos o mar
para além do infinito
o crepúsculo
escurece o nosso olhar
de mãos dadas olhamos o céu...

O sonho é o nosso universo
espaço sideral
transformado
submerso
imortal...

A lua beija o mar
a maresia perfuma o teu corpo
envolve-me no sonho
de te amar...

Olho o mar
cada vez mais distante
o vento refresca-me
abraço-te sofregamente
o sonho é uma constante...


Sempre haverá uma ilha de esperança no mar dos meus sonhos...

domingo, 13 de novembro de 2011

Conta Comigo



Conta comigo sempre. Desde a sílaba inicial até à última gota de sangue. Venho do silêncio incerto do poema e sou, umas vezes constelação e outras vezes árvore, tantas vezes equilíbrio, outras tantas tempestade. A nossa memória é um mistério, recordo-me de uma música maravilhosa que nunca ouvi, na qual consigo distinguir com clareza as flautas, os violinos, o oboé.
O sonho é, e será sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam o pão amadurecido da dúvida e a carne deslumbrada das pupilas. Estou entre vazios e plenitudes, encho as mãos com uma fragilidade que é um pássaro sábio e distraído que se aninha no coração e se alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do sofrimento.
Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas, ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até o que é indivisível. Tu sabes onde estou.
Sabes como me chamo. Estarei presente quando já mais ninguém estiver contigo, quando chegar a hora decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga coragem vacilar. Caminharei a teu lado. Haverá, decerto, algumas flores derrubadas, mas haverá igualmente um sol limpo que interrogará as tuas mãos e que te ajudará a encontrar, entre as respostas possíveis, as mais humildes, quero eu dizer, as mais sábias e as mais livres.
Conta comigo. Sempre.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

Pra você.

sábado, 12 de novembro de 2011

Ensaio.



Sempre haverá uma ilha de esperança no mar dos nossos sonhos...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Amor é...



O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim. O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. O amor castiga-te. O amor compensa-te. O amor é um prémio e um castigo. O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. O amor é alegria. O amor é tristeza. É ciúme, orgasmo, êxtase. O nós, o outro, a ciência da vida.
O amor é um pássaro. Uma armadilha. Uma fraqueza e uma força.
O amor é uma inquietação, uma esperança, uma certeza, uma dúvida. O amor dá-te asas, o amor derruba-te, o amor assusta-te, o amor promete-te, o amor vinga-te, o amor faz-te feliz.
O amor é um caos, o amor é uma ordem. O amor é um mágico. E um palhaço. E uma criança. O amor é um prisioneiro. E um guarda.
Uma sentença. O amor é um guerrilheiro. O amor comanda-te. O amor ordena-te. O amor rouba-te. O amor mata-te.
O amor lembra-te. O amor esquece-te. O amor respira-te. O amor sufoca-te. O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz.
O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma


Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Reinventar o mar...



Vou reinventar um mar
onde o meu barco
levado pelo vento
sem rumo e sem destino
dance nas ondas
intemporais do tempo...

Onde o crepúsculo
naufrague nas águas salgadas
do meu rosto
onde o nascer do Sol
aqueça o mar
que me gela a alma..

Um
mar onde o pôr do Sol
incandescente
ilumine o caminho
o rumo
o sonho e o destino...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Abraça-me.



Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos. Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem a carne incandescente das estrelas. Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram. Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. Dá-me a beber, antes, a água dos teus beijos, para que possa levá-la comigo e oferecê-la aos astros pequeninos.
Só essa água fará reconhecer o mais profundo, o mais intenso amor do universo, e eu quero que delem fiquem a saber até as estrelas mais antigas e brilhantes.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Como se Faz uma Declaração de Amor?



Mas então como se faz uma declaração de amor? Em papel selado, na presença de um advogado. Por que não? As piores declarações são as pífias e clandestinas, do género «Acho-te uma pessoa muito interessante». As melhores são aquelas que comprometem quem as faz, que se baseiam em provas capazes de serem apresentadas em tribunal, que fazem corar as testemunhas. As declarações do tipo «Experimentar-a-ver-se-dá» nunca dão. É melhor mandar imprimir 2000 folhetos e distribuí-los por avioneta à população, devidamente identificados, do que um bilhetinho anónimo de «um admirador». As declarações de amor têm de cortar a respiração de quem as recebe, têm de rebentar na cara de quem as lê. O amor e o terrorismo são questões de objectivo, e não de grau.

Como estamos todos a zero, ninguém pode dar conselhos a ninguém. Há séculos que as maiores cabeças do mundo procuram a frase perfeita de apresentação. Há as deixas rascas, do género «Deixe-me adivinhar o seu signo» ou «Não costuma cá estar às terças-feiras, pois não?». Há as deixas pirosas, do género «Importa-se que eu lhe diga que você é muito bonita?» ou «Posso só dizer-lhe uma coisa? O seu namorado tem muita sorte!». Depois, há as deixas supostamente cool, do tipo «O meu nome é Max e eu toco sax» ou, mais formal, «Muito prazer, Luís Bobone, toco saxofone». Ultimamente, a julgar por recentes exemplos, é moda usar deixas crípticas, do género «Então sempre conseguiu resolver aquilo?» ou «Importa-se de me segurar a bebida enquanto eu olho para si? É que pode apetecer-me bater palmas» ou ainda (versão 1987) «Não se importa de ficar aqui comigo um bocadinho enquanto o meu guarda-costas não volta da casa de banho?».
Todo o amor é um engano. Trata-se é de nos enganarmos bem.

(MEC) 'Os Meus Problemas'

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Não acordes meu amor...



Deixa que te diga no teu sono
o quanto te amo
enquanto dormes nos meus braços
posso dizer-te coisas loucas
que os teus sonhos entenderão.

Não acordes meu amor...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Literatura.




Através das vozes dos sobreviventes e da nova ciência da arqueologia forense, Charles Pellegrino descreve os acontecimentos e as consequências das explosões nucleares que devastaram o Japão e mudaram a vida na Terra para sempre. O Último Comboio de Hiroxima oferece-nos uma espécie de cápsula do tempo, fazendo-nos sentir como se estivéssemos mesmo lá. A credibilidade científica de Pellegrino e a sua estreita relação com os sobreviventes fazem deste relato o mais preciso e emocionante alguma vez escrito, questionando a versão oficial dos factos e contando o que realmente aconteceu em Hiroxima e Nagasáqui.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Uivos do vento...




Observo o anoitecer
sons trespassam-me
gritos agonizantes
uivos do vento
abafam meu eco...
Sombras crescem
no escurecer
nuvens que se adensam
lua cheia que se esconde
vento frio
no meu adormecer...

Minhas palavras sem eco
morrem na agonia do vento
grito!
Quero um novo amanhecer
uma nova vida sem sofrimento
quero viver...

domingo, 23 de outubro de 2011

Tempo...




"Há coisas que têm o seu tempo e o seu modo e não vale a pena tentar voltar a lugares onde fomos felizes; é preferível encontrar novos lugares, mesmo que sejam iguais aos anteriores"

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um só corpo....




Na escuridão do frio
ajoelho-me á lareira
reacendo o fogo
apagado por completo
o amor jaz nas cinzas...

Acendo as chamas do amor
nas labaredas
o teu sorriso
ilumina o meu caminho
esqueço a dor...

Quero adormecer em teu leito
sermos um só corpo
aquecer-me na tua boca quente
resguardar-me no teu peito
amar-te eternamente....

sábado, 15 de outubro de 2011

Noite adentro!




Procuro uma estrela
incandescente
que te ilumine
que te encha de felicidade
sempre...
Uma estrela que adormeça
na Lua
uma estrela que te aqueça de ternura
uma estrela que seja minha e tua
que nos proteja nesta loucura...

Olho noite adentro
há estrelas no firmamento
a Lua flutua no céu
cheia,resplandescente
plana,bidimensional
sem sombras...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Carta de Amor.


Eu sabia que seria apenas depois de te teres ido embora que iria perceber a completa extensão da minha felicidade e, alas! o grau da minha perda também. Ainda não a consegui ultrapassar, e se não tivesse à minha frente aquela caixinha pequena com a tua doce fotografia, pensaria que tudo não teria passado de um sonho do qual não quereria acordar. Contudo os meus amigos dizem que é verdade, e eu próprio consigo-me lembrar de detalhes ainda mais charmosos, ainda mais misteriosamente encantadores do que qualquer fantasia sonhadora poderia criar. Tem que ser verdade. Martha é minha, a rapariga doce da qual todos falam com admiração, que apesar de toda a minha resistência cativou o meu coração logo no primeiro encontro, a rapariga que eu receava cortejar e que veio para mim com elevada confiança, que fortaleceu a minha confiança em mim próprio e me deu esperanças e energia para trabalhar, na altura que eu mais precisava.

Quando tu voltares, querida rapariga, já terei vencido a timidez e estranheza que até agora me inibiu perante a tua presença. Iremos sentar-nos de novo sozinhos naquele pequeno quarto agradável, vais-te sentar naquela poltrona castanha , eu estarei a teus pés no banquinho redondo, e falaremos do tempo em que não existirá diferença entre noite e dia, onde não existirão intrusos nem despedidas, nem preocupações que nos separem.

A tua amorosa fotografia. No início, quando eu tinha o original à minha frente não pensei nada sobre a mesma; mas agora, quanto mais olho para ela mais esta se assemelha ao objecto amado; espero que o rosto pálido se transforme na cor das nossas rosas, e que os braços delicados se desprendam da superfície e prendam a minha mão; mas a imagem preciosa não se move, parece apenas dizer: «Paciência! Paciência” Eu sou apenas um símbolo, uma sombra no papel; a tua amada irá voltar, e depois podes negligenciar-me de novo».

Eu gostaria imenso de colocar esta fotografia entre os deuses da minha casa que pairam acima da minha secretária, mas embora eu possa mostrar os rostos severos dos homens que reverencio, quero esconder a face delicada da minha amada só para mim. Vai continuar na tua pequena caixinha e eu não me atrevo a confessar a quantidade de vezes, nestas últimas vinte e quatro horas, que tranquei a minha porta para poder tirar a fotografia da caixa e refrescar a minha memória.

Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 19 de Junho 1882 (excerto)

domingo, 9 de outubro de 2011

A tua idade.




"Conta a tua idade pelo número de amigos, e não pelo número de anos. Conta a tua vida pelos sorrisos, e não pelas lágrimas."

John Lennon nasceu no dia 9 de Outubro, em 1940. Faria hoje 71 anos.

sábado, 8 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sorriso.




"O sorriso é a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura"

sábado, 1 de outubro de 2011

Á mesa do café:




AI AMIGO, PODERIAM FAZER DUAS PESSOAS COMO TU, UMA ERA MINHA.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

No escuro da madrugada...



Reacende a chama
no escuro da madrugada
toma o meu corpo
para que sejamos um só
o que aconteça não importa
estrada fora
caminharemos de mão dada...

O meu caminho pode não ser o teu
de mãos dadas com o sonho
sonharemos juntos
na beleza dos nossos sonhos
desvendaremos mistérios
e o teu sonho será meu...

Toma o meu corpo
embriaga-o em desejos
enlaça-o nos teus braços
e no escuro da madrugada
sacia-o com beijos..

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ele anda aí! cuidem-se

MALWARE.



Eu já estou vacinado.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Esperança...




"Sabem o que é esperança? Esperança é quando o telefone toca, tu atendes, a pessoa não fala nada, e tu ao invés de pensar que é puro gozo, achas que foi um antigo amor que ligou só para ouvir a tua voz..."

sábado, 24 de setembro de 2011

Uma rosa para ti...



Há um Val perfumado
de Primavera em flor
aromas que me transportam
para os teus braços meu amor...

Uma rosa especial
flores de todas as cores
um sorriso um olhar
muitas,muitas flores...

Gosto do teu perfume
dos teus olhos a sorrir
do perfume que me embriaga
de uma rosa a florir...

E sob o Céu da Primavera
há uma rosa perfumada
flores que ondulam ao vento
trazem o perfume da minha amada....

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O toque das minhas mãos.



Encaixo-me nos teus braços
abraçado desfruto
do calor do teu corpo
pressiono o meu corpo contra o teu
tua pele arrepiada
alisa-se sob o calor
do toque das minhas mãos...

Ha!Como me
dói-me o coração
de te amar tanto...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dá-me uma dose de amor



A minha memória alonga-se
serenidade é a lucidez da alma
tenho saudades de não saber nada
sentir tudo
ter paz e calma...
Tenho saudades do tempo
de abraçar teu corpo
entrar lá dentro
descansar um pouco...
Não quero acreditar
que a solidão é viver só
morrer de saudade
transformar-me em pó...

Dá-me uma dose de amor
uma overdose
por favor...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O que é amar?



"Que é amar senão inventar-se a gente noutros gostos e vontades? Perder o sentimento de existir e ser com delícia a condição de outro, com seus erros que nos convencem mais do que a perfeição?"

Agustina Bessa-Luís .

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Literatura


Sinopse:

Durante vinte anos Claire Randall manteve o seu segredo. Mas agora, de férias nas majestosas e misteriosas Highlands, Claire planeia revelar à sua filha uma verdade tão impressionante como os acontecimentos que lhe deram origem: o mistério de um antigo círculo de pedras, um amor que transcende os limites do tempo e a verdadeira identidade de James Fraser, um guerreiro escocês cuja valentia levou uma Claire ainda jovem da segurança do seu século de vida para os perigos de um outro tempo.
Mas um legado de sangue e desejo vai testar Brianna, a sua bela filha. A fascinante viagem de Claire vai continuar em Paris, ao lado de Carlos Stuart, na corte intriguista de Luís XV. Jamie tem de ajudar o príncipe a formar alianças que o apoiem na reconquista do trono de Inglaterra. Claire, no entanto, sabe que a rebelião está fadada ao insucesso. A tentativa de devolver o Reino aos católicos resultará num banho de sangue que ficará conhecido como a Batalha de Culloden, e deixará os clãs esconceses em ruínas. No meio das intrigas da corte parisiense, Claire enfrenta novamente um velho rival, tenta impedir o morticínio cruel e salvar a vida do homem que ama.

Sobre a autora:
Diana Gabaldon é uma escritora americana de ascendência mexicana e inglesa. Licenciada em Zoologia, mestre em Biologia Marinha e doutorada em Ecologia, foi professora universitária durante 12 anos. Neste momento dedica-se exclusivamente à escrita. Vive de momento em Scottsdale, Arizona, com a família.

domingo, 18 de setembro de 2011

Na outra margem.

Recebi do autor do livro:Na outra margem
o seguinte email ,que me lisonjeou e emocionou muito e que desejo repartir com todos vós.



Obs: esta postagem foi inserida no meu blog no dia: 6 de Setembro de 2011
Na rubrica-Literatura.


Literatura

Livro na outra margem
Philippe Debled
Para:de Jesus Marques Manuel.



Boa tarde Manuel,

Eu queria lhe agradecer pela apresentação que você fez do meu
Iivro no seu blog. Creio que o adquiriu na livraria Orfeu em Bruxelas, onde meus pais deixaram exemplares em junho passado(eles moram em Bruxelas).
Foi uma surpresa muito boa e emocionante ler o seu resumo e os comentários dos seus seguidores. Como estou preparando lançamentos em varias capitais brasileiras para os proximos meses(Curitiba,Campo Grande, Porto Alegre, São Paulo), estava pesquisando as ultimas noticias sobre o livro no google, e apareceu a capa do meu livro no seu blog. Portanto ,caro Manuel, muito obrigado mais uma vez, você entendeu o meu objetivo ao ter escrito esse livro, o de ajudar a outros através da minha historia, pelo menos fazendo que eles mesmo procuram ajuda. Alias, hoje, mandei um novo e-mail para uma editora belga(les editions de l'arbre/editions jourdan), onde apresentei pessoalmente "Na outra margem",em maio, na esperança de poder publicar ele em francês também, aumentando assim, as chances de aumentar o meu objetivo. Na epoca, pareciam muito interessados, mas, como ainda não obtive resposta definitiva, mandei um novo e-mail hoje. Lhe conto tudo isso, Manuel, porque você leu sobre a minha vida e me conhece bem, mais até que meus proprios pais, que ainda não leram tudo o que escrevi, por não saber ler nem falar português. Os dados estão lançados, e com a ajuda de gente como você, espero que a minha historia conseguirá ser divulgada cada vez mais.

Um grande Abraço,

Philippe Debled

sábado, 17 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os homens são todos iguais,



"Os homens são todos iguais, até na maneira de gostarem das mulheres. É a nossa única superioridade. Um homem, quando ama uma mulher adora-a. Uma mulher, quando ama um homem, aceita-o. Um homem vê todas as mulheres na mulher que ama. A mulher esquece os outros homens. Um homem ama e respeita uma só mulher. Uma mulher limita-se a amar só um."

Fonte - Último Volume

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Águas passadas...




O amor e a paixão
são margens do mesmo rio
o desejo a combustão
que incendeia o amor
em corpo frio...

O amor e a razão
sentimentos que se opoiem
reverso da ilusão
lágrimas de dor
em amores que dóiem.


E nas margens do amor
correntes desencontradas
a razão e a dor
se fundam e misturam
em águas passadas...

domingo, 11 de setembro de 2011

O Amor não Rende Juros...




É verdade «que um baixo amor os fortes enfraquece»
mas também o grande amor torna ridículos os grandes,
pois o amor é, em energia material sobre o mundo, um roubo — apesar de, em sensações, ser magnífico. 0 amor será útil internamente,
mas externamente não carrega um tijolo.
Disso nunca tive dúvidas.
A vida, é certo, não será um sítio excepcional para as paixões.
Nos países humanos, o amor mistura-se muito
com palavras equívocas.
0 fogo que existe numa lareira, por exemplo,
é um fogo servil, cultural, educado.
Uma coisa vermelha, mas mansa,
que nos obedece.
Só é natureza, o fogo na lareira,
quando, vingando-se, provoca um incêndio.
E o amor assim funciona. Mas é preferível o contrário.
É desarranjo de estratégias e planos,
surpresa ritmada, uma ilegalidade exaltante que não prejudica
os vizinhos.
Mas atenção, de novo: o amor não faz bem aos países,
não desenvolve as suas indústrias, nem a economia.
Disso nunca tive dúvidas. E por isso é preferível não.
No entanto, qual é o país que pode impedir que o amor
entre? Não é mercadoria traficada em caixas,
que as caixas são objectos que se abrem ao meio
— e é possivel, com uma lanterna, olhar lá para dentro.
0 amor não se vê como
se fosse uma presença.
É demasiado completo
para ter uma forma. E como jamais
se conseguiram obter juros de uma coisa
que não ocupa espaço, é preferível não,
parece-me.

Gonçalo M. Tavares,

sábado, 10 de setembro de 2011

literatura.


Sinopse:
"Neste seu romance, o escritor peruano Mário Vargas Llosa debruça-se sobre a figura do ditador dominicano Rafael Trujillo, que esteve no poder durante 31 anos (foi deposto e assassinado numa conjura em 1961). Mas, como diz o autor em entrevista (Visão, 8/3/2001), este livro 'pretende transcender a figura de Trujillo para se transformar num romance sobre todas as ditaduras'. O título vem duma das alcunhas que o povo pôs a este ditador, que, como outros ditadores, cometeu as maiores atrocidades (conta-se que chegou a obrigar um dos seus súbditos a comer o próprio filho), mas também foi considerado uma espécie de semi-deus (e daí a sua perpetuação no poder durante tanto tempo). No romance, muito bem documentado, convergem três histórias: a de Urania Cabral (esta uma personagem inventada por Vargas Llosa 'porque não queria que o romance fosse contado apenas a partir do interior da ditadura', Visão, ibid.), uma mulher que regressa à República Dominicana nos anos 90, depois de uma ausência de mais de trinta anos, a dos conjurados de 61, e a das atrocidades de Trujillo."

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Amizade e o Amor Segundo uma Lógica de Bazar...



Desconfia-se do que é dado e pesa-se o que se recebe. A amizade e o amor parecem gerir-se, por vezes, segundo uma lógica de bazar. Já nem é considerado má-educação perguntar quanto é que uma prenda custou. Se esse preço é excessivo chega-se a dizer que não se pode aceitar. Recusar uma dádiva é como chamar interesseiro ao dador. É desconfiar que existe uma segunda intenção. De qualquer forma, só quem tem medo (ou corre o risco) de se vender pode pensar que alguém está a tentar comprá-lo. Quem dá de bom coração merece ser aceite de bom coração. A essência sentimental da dádiva é ultrajada pela frieza da avaliação.
A mania da equitatividade contamina os espíritos justos. É o caso das pessoas que, não desconfiando de uma dádiva, recusam-se a aceitar uma prenda que, pelo seu valor, não sejam capazes de retribuir. Esta atitude, apesar de ser nobre, acaba por ser igualmente destrutiva, pois supõe que existe, ou poderá vir a existir, uma expectativa de retribuição da parte de quem dá. Mas quem dá não dá para ser pago. Dá para ser recebido. Não dá como quem faz um depósito ou investimento. O valor de uma prenda não está na prenda - está na maneira como é prendada.
Hoje em dia, com a filosofia energumenóide e pseudojusta que impera, condensada no ditado ‹‹There is no such thing as a free lunch» é praticamente impossível oferecer um almoço a alguém. Todos os gestos de amor e de amizade são reduzidos ao valor de troca, a uma mera transacção em que é tudo avaliado, registado, saldado, pago a meias e de um modo geral discutido e destruído até estar esvaziado de significado.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ouvir e calar...




"E eu que ouvi o que não dizias, apaixonei-me por ti porque calavas."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Literatura




No Livro Na Outra Margem, Philippe Debled reescreve a sua história, contada com detalhes nessa nova obra, da vida de um jovem belga de espírito aventureiro, que desde criança sonhavacom terras selvagens e distantes. Não demorou muito e partiu em busca de suas próprias aventuras: lutou com Jean-Claude Van-Damme, foi oficial de tropa de elite de Infantaria do Exército, sentiu o gosto de ser um vendedor de sucesso…
Mas nada disso era suficientemente excitante: abandonou tudo e pôs-se a viajar para países e regiões do mundo, às vezes pouco visitados. Sua sede de descoberta o levou a lugares pouco explorados. Viajou por Istambul, floresta da Malásia, Himalaia do Nepal, Vietnam, Triângulo de Ouro na Tailândia e Florianópolis, no Brasil, foram alguns de seus destinos.

Ao mesmo tempo, uma outra viagem – esta, interna –, conduzia o autor a situações não tão aprazíveis, transformando seus caminhos em descaminhos, a ação em inércia, os picos em abismos, a liberdade em dependência… E a cada trajeto ia se aproximando de um território perigoso, onde o aguardava um inimigo tão poderoso cuja luta roubou-lhe bom tempo e ainda quase lhe custou a vida, a droga e o álcool, até Philippe mudar o cenário.

Com coragem e sinceridade, ele narra audaciosas aventuras e experiências, e sua total mudança de vida, com um único propósito: poder ajudar quem ainda sofre de dependência.

domingo, 4 de setembro de 2011

Amantes clandestinos...



Parto noite fora
procuro uma estrela
fantasio
deixa-me voar
deixa-me acontecer...

O futuro nada me diz
chove
estrelas
nem velas...

Perdi o medo da chuva
única coisa que cai do céu
via-látea da ilusão
amantes clandestinos
tu e eu...

sábado, 3 de setembro de 2011

É urgente...




É urgente o amor
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Afetos...




"A prova de um afeto puro é uma lágrima."

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O meu barco...



No meu barco
navego
viajo pelo mundo...

Há histórias de encantar
rios para navegar
o mar
além mar...

Ondas que enrolam na areia
murmúrios do vento
sentimento
fases da Lua
Lua cheia...

O meu barco
é a barca dos sonhos
nau do amor
mar de encantos
jardim em flor...

domingo, 28 de agosto de 2011

Fim de férias...



Vou só arrumar a bagagem e já volto...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Amor Pacífico e Fecundo



Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!

Rabindranath Tagore


(Um abraço em tempo de férias,as saudades são imensas.)



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Literatura.



Sinopse

Durante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris, encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres num esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo, desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de Dreyfus para a embaixada alemã, a disseminação gradual daquela falsificação conhecida como Os Protocolos dos Sábios de Sião (que inspirará a Hitler os campos de extermínio), jesuítas que tramam contra maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam padres com as suas próprias tripas, um Garibaldi artrítico com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres numa Paris da Comuna em que se comem os ratos, golpes de punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de criminosos que entre os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras. Óptimo material para um romance-folhetim de estilo oitocentista, para mais, ilustrado com os feuilletons daquela época. Há aqui do que contentar o pior dos leitores. Salvo um pormenor. Excepto o protagonista, todos os outros personagens deste romance existiram realmente e fizeram aquilo que fizeram. E até o protagonista faz coisas que foram verdadeiramente feitas, salvo que faz muitas que provavelmente tiveram autores diferentes. Mas quando alguém se movimenta entre serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores e eclesiásticos pecadores, tudo pode acontecer. Até o único personagem inventado desta história ser o mais verdadeiro de todos, e se assemelhar muitíssimo a outros que estão ainda entre nós. Um romance fantástico, de um autor que uma vez mais mostra saber como nenhum outro combinar erudição, humor e reflexão.

O Cemitério de Praga de Umberto Eco

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Kiss the rain



Continuo de férias, o Sol de Portugal é maravilhoso o país é fantástico.
abraço para todos.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Férias...




Estou indo de férias, volto assim que me encontrar.

domingo, 24 de julho de 2011

Noticias do meu amor...



Vento
dá-me noticias
do meu amor
trás o pólen
da minha flor
o perfume
o odor
não te esvaias no tempo...

Quero amar
ser amado
gritar ao vento
espalhar todo o amor que sinto
no teu corpo
que quero tanto...

Vento que sopras
dilui a minha pele
acaricia com a tua brisa
os meus desejos
com essência e mel...

sábado, 23 de julho de 2011

Passivo,ativo e perfeito...




"Apaixonar-se é passivo; amar activo; o perfeito está no que não é nem isto nem aquilo."

sexta-feira, 22 de julho de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Literatura.


Sinopse

Pedro Rosa Mendes, repórter galardoado do "Público", partiu em Junho de 1997, com uma bolsa de criação literária do Centro Nacional de Cultura, mochila às costas, máquina fotográfica e gravador, para uma viagem de Namibe, ao sul de Angola, onde se situa a Baía dos Tigres, a Quelimane, Moçambique, atravessando o continente Africano de costa a costa, à semelhança de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, por picadas, rios e caminhos de ferro. Regressaria três meses e meio depois desta viagem, carregado de histórias bastantes diferentes das que aqueles exploradores certamente encontraram. Histórias de ódio e de horror, de crueldade, num continente onde uma guerra sem fim à vista, tem vindo a aniquilar cada vez mais gente. Em mais de quatrocentas páginas, "Baía dos Tigres" é um relato dessas histórias, como diz Alexandra Lucas Coelho no suplemento Leituras, do "Público", «barroco, denso, infernal. Fino, claro, transparente. Como acontece aos homens ser.»

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Para os Amigos




De entre todos, apenas vós
tendes direito a ver-me
fracassar. Onde caio
entre a vossa irónica
doçura implacável, convosco
partilho o pão e o espaço
e a rapidez dos olhos
sobre o que fica (sempre)
para dar ou dizer.
E de vós me levanto
e vos levo pesando
e ardendo até onde
me ajudais a ser
melhor ou talvez
menos só.

(Vítor Matos e Sá.)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"A vida é uma coisa, o amor é outra.




A vida dura a vida inteira, o amor não.
Só um minuto de amor pode durar a vida inteira."

(MEC)

domingo, 17 de julho de 2011

Eternamente verde.



Vou plantar o planeta
de verde
num mundo verde
de esperança
semear para colher
maduro
colher os frutos
da vida
no futuro
de um criança...
Verde são os anos
do amor
que chega e parte
verde
dos nossos enganos
dos amores simples
ingénuos
sem arte...