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sexta-feira, 20 de março de 2009

Hoje, apetecia-me falar de amor...



Há dias assim... procuram-se histórias no interior...
Buscar as palavras mais belas...
Pintar a loucura, a paixão, colorir negras telas...
Hoje, como ontem... apetecia-me conversar...
Dizer por dizer... coisas sem ninguém escutar...
Ontem como amanhã... o silêncio que invade o coração...
Persistirá... presente... na ausência dessa invasão.
De tempos a tempos... escuto... sinto...
Este vazio... que reanima, depois de extinto...
Que me preenche... com inúmeros nadas...
Que me deixa, livremente de mãos atadas.
(Luz ao fundo...) ávido por um olhar...
Entro em túnel com vista para... amar...
Às paredes... meus sonhos vão segredando...
Os medos... os pesadelos... que vou guardando...
Ontem, como hoje... nasci de novo...
Hoje... como amanhã... morro...
Reencarno agora, novamente em mim...
E parto... para futuro com idêntico fim...
De mãos livremente atadas...
Repito-me...
De mãos livremente atadas...
Há sempre uma liberdade...
Há sempre uma verdade...
Há sempre... uma eterna saudade...
Para dizer... (o que disse na intimidade)

Filipe M.

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